sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Steam


Esse ano eu coloquei como meta jogar pelo menos uma vez cada um dos meus 10 jogos preferidos, um deles é o Steam e jogando ele percebi que ainda não tinha escrito uma resenha dele e vou aqui corrigir esse erro.

Steam foi lançado em 2009 e é uma reimplementação do Age of Steam do grande Martin Wallace (famoso aqui no Brasil pelo Brass), ele é um jogo onde construímos linhas ferroviárias para conseguir levar bens entre cidades e assim ganhar prestígio.

Inicialmente sorteamos os bens que cada cidade vai receber e bens que ficam de foram para entrarem durante o jogo, as cartas de ações dos jogadores é separada e um primeiro leilão é feito para ordem inicial da partida.

As sete ações do jogo tem sua importância variando
em momentos distintos do jogo.

O jogo é dividido em uma série de rodadas compostas por seis fases, sendo a primeira delas a escolha das ações pelos jogadores.

São 7 tipos de ações que o jogo oferece (no modo básico de partida) : para ficar em primeiro na rodada seguinte, ser o primeiro a mover os bens, ser o primeiro a construir trilhos, construir um trilho à mais que os outros, colocar novos bens na cidade, aumentar sua locomotiva e urbanizar uma cidade.

Todas são ações muito importantes durante o decorrer da partida, e conforme o jogo avança fica cada vez mais acirrada a disputa por ações específicas.

Depois na segunda fase do jogo, vamos construir as linhas férreas que são a forma de levar um bem de uma cidade para outra.

 Você precisa levar os bens de determinada cor para a cidade
certa (da mesma cor), por trechos de ferrovia.

Cada jogador pode construir até 3 tiles de ferrovia (com a ação do engenheiro, uma à mais), e você precisa pagar por cada saída que ela tiver no hexágono, então à princípio o custo base é de dois.

Vale aqui uma parada para falar sobre o dinheiro em Steam, o jogo é cruel, não tanto como seu antecessor, mas ainda assim conseguir dinheiro é uma batalha.

Você começa zerado, e conforme o jogo avança e você vai entregando bens começa a fazer sua máquina de recebimento funcionar, mas enquanto isso não acontece, você vai pedindo empréstimo e tendo que pagar juros a cada início de rodada.

Uma vez que todos constroem seus trilhos, começamos a fase de entrega de bens, aqui cada jogador vai levar um bem de uma cidade para outra ganhando pontos por cada trecho que passar, mas você pode escolher ao invés de ganhar pontos de vitória aumentar seu rendimento, e essa é uma decisão interessante do meio pro fim do jogo.

Conforme você aumenta seu nível de locomotiva
consegue ir mais longe na sua entrega.

Inicialmente só podemos usar um trecho de tiles de ferrovia para a entrega, mas conforme vamos fazendo upgrades de locomotiva isso vai melhorando, e fazê-los é imprescindível se você quiser ter algum sucesso no jogo.

As duas últimas são fases "burocráticas" de recebimento de grana ou pagamentos de dívidas, depois de arrumação da ordem da próxima rodada baseada na escolha dos tiles de ação.

O jogo se desenvolve dessa forma por uma quantidade de rodadas definida pela quantidade de jogadores, e no final quem tiver mais pontos de vitória é o vencedor.

Steam é um euro médio/pesado, cruel (mas nem tanto), mas que você precisa ficar medindo suas decisões o tempo todo, além de ficar sempre ligado pra onde o trem do amiguinho está indo e se você pode tirar proveito dos trechos dele de alguma forma, um jogo brilhante que está no meu TOP10 a muito tempo e é uma pena não ter chegado ainda ao Brasil.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Lhama


Como está virando uma marca registrada, a Paper Games lançou recentemente mais um excelente jogo de cartas, dessa vez trata-se do Lhama, jogo do mestre Reiner Knizia que foi indicado ao Spiel des Jahres e agora vamos falar um pouquinho dele.

Em Lhama temos um baralho com cartas numerada que vão de 1 a 6, além da simpática figura da lhama, os jogadores recebem inicialmente uma mão de 6 cartas e precisamos nos livras delas, pois elas vão se tornar pontos negativos no decorrer da partida.

A rodada funciona da seguinte forma, abrimos uma primeira carta no centro da mesa, então os jogadores um por vez tem três opções de jogada : baixar uma carta, que deve ser de valor igual ou um número superior à que está no centro da mesa, comprar uma carta para a mão ou passar baixando as cartas que ainda tiverem com ele à sua frente.

 Você pode sempre colocar cartas iguais, ou superiores
um número na mesa. Depois do 6 vem a lhama e volta pro 1.

A lhama funciona como um recomeço, ela é usada após o número 6 e os jogadores recomeçam a contagem a partir dela, só que passar deixando lhamas na mão não é uma boa ideia e já explico porquê.

A rodada termina quando todos os jogadores passam ou se um dos jogadores "bate" conseguindo baixar todas as cartas da sua mão.

Quando isso acontece os jogadores vão receber pontos negativos baseados nos valores nominais da carta, mas como em todo bom jogo do Knizia a pontuação não poderia ser tão simples, então você só perderá pontos por uma das cartas daquele valor, ou seja, mesmo que você tenha oito cartas de valor 6, perderá apenas 6 pontos.

 Conseguir se livrar das cartas, ou saber a melhor
hora de passar é importante aqui.

Como disse lá em cima, tentar se livrar das lhamas é primordial, pois no final as que ficarem na sua mão valerão 10 pontos negativos e isso é ruim, mas também pode ser interessante, pois quando um jogador termina a rodada "batendo" ele pode se livrar de uma ficha negativa.

O grande barato aqui é que temos fichas negativas de 1 e 10 pontos, então você pode ao bater se livrar de uma ficha, seja ela que qualquer valor.

O jogo termina quando algum dos jogadores tiver 40 pontos negativos e aquele com a menor quantidade de pontos negativos é o vencedor.

Lhama é um jogo de observação, saber o melhor momento de passar, e de ficar de olho nos próprios pontos para tentar ter sempre sempre fichas grandes pra se livrar, aqui 10 negativos acaba sendo mais interessante do que 9.

Fichas negativas de 6 e de 10.
 
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Quilombolas - O Refúgio dos Palmares


Durante o século XVII, os escravos que fugiam dos engenhos de açúcar na área da Serra da Barriga tinham destino certo, o grande Quilombo dos Palmares, e aqui você será a liderança de um grupo de quilombolas tentando trazer mais escravos fugidos para a proteção de Palmares a assim ganhar prestígio dentro do quilombo.

Criado pelo designer Valter Bispo, em Quilombolas - O Refúgio dos Palmares, você vai começar o jogo com presença em quilombos menores que formavam o grande Palmares, quanto mais presença nesses quilombos menores, mais pontos de movimento você terá durante o seu turno.

O jogo funciona em uma série de rodadas, em cada rodada os quilombolas farão suas ações, que basicamente são tentar resgatar escravos fugidos, lutar contra os capitães do mato e tentar ter dominância entre os quilombos menores.

 Os escravos tentam escapar dos engenhos de cana
e nós precisamos ajudá-los a chegar a Palmares.

Depois das ações dos quilombolas, novos escravos começam sua fuga em direção à Palmares e os capitães do mato começam sua busca para tentar evitar essa fuga.

A movimentação dos capitães do mato foi muito bem planejadinha, você tem seis espaços até a segurança de Palmares, só que a ordem dos números é embaralhada no setup inicial do jogo, durante a movimentação rola-se um D6, e a cor dos capitães que se moverão naquele turno, e ele então se move até o número indicado.

Caso ele encontre um fugitivo sozinho no caminho, esse é capturado e volta ao engenho, mas se esse fugitivo estiver já sob a proteção de algum quilombola, rola um conflito resolvido nos dados, pela numeração do espaço onde eles se encontram sabemos a força do capitão do mato.

Se o capitão do mato encontra fugitivos sozinhos
esses são capturados, mas se estão protegidos o bicho pega.

O lance além de salvar os fugitivos, também é conseguir levá-los até Palmares para que eles comecem a fazer presença pelos quilombos menores e ajudarem a sua presença política neles, e isso foi uma sacada muito legal do Valter, mostrar esse lado da estrutura interna de Palmares.

O jogo se desenvolve até que as condições de final de jogo sejam alcançadas, depois disso temos as pontuações pelos objetivos secretos (aqui mais uma vez tendo sido feita uma pesquisa muito legal sobre os personagens da época) e presença nos quilombos menores.

A ideia do Valter é levar o jogo para o financiamento coletivo ainda esse ano por conta própria, mas eu se tivesse uma editora pegava na mão dele para dar uma força, pois o Quilombolas - O Refúgio dos Palmares, tem regras simples, um trabalho de pesquisa bacana, serve como jogo de entrada e é um excelente trabalho sobre esse período histórico brasileiro que algumas pessoas tentam renegar ou diminuir, tipo de tema necessário nos dias de hoje.

O jogo serve para mostrar um pouco da grandiosidades de Palmares
uma sociedade formada por vários pequenos quilombos.

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Valeria : Card Kingdoms


O reino de Valeria viveu em paz durante muitos anos, o Rei conseguiu evitar que as forças do mal avançassem, mas ele está ficando velho e sem herdeiros, por conta disso os Duques de Valeria precisam mostrar seu valor para tentarem manter o reino em segurança.

Em Valeria : Card Kingdoms seremos esses duques e temos como missão chamar cidadãos para nossa empreitada nos ajudando a conseguir os recursos necessários, além de construirmos domínios e é claro, lutarmos contra as forças do mal que estarão sempre a espreita.

Como setup inicial é formado um grid com 5 tipos de monstros, 10 cartas de cidadãos e completando uma última linha com 5 pilhas de domínios, além disso cada jogador começa com um Cavaleiro e um Camponês para angariar recursos e o seu Duque, que na verdade é uma carta de pontuação de final de jogo.

Ficam sempre dispostos os cidadãos, monstros
e domínios do jogo para interagirmos.

Valeria joga-se em uma sucessão de turnos, a cada turno o jogador da vez rola dois dados de seis lados, os valores que saírem vão ativar os cidadãos de todos os jogadores com aqueles números (algo como a fase de produção do Catan).

Legal aqui é que você ativa não só os dois dados sozinhos, mas também o seu somatório, dando acesso a pelo menos três ativações, mas no caso do jogador da vez não ter nenhum dos números possíveis, o jogo te deixa pegar um recurso.

Depois dessa fase, então o turno do jogador ativo começa efetivamente, ele tem duas ações que pode realizar entre comprar cidadãos, lutar contra monstros, construir um domínio ou ganhar um recurso, e pode repeti-las sem problemas.

 Ao rolarem os dados, vamos ativar os dois números
e o somatório deles, ganhando os recursos indicados.

O lance aqui é tentar abranger o maior números de combinações possíveis nos dados, para sempre conseguir algum recurso mesmo na rolagem dos outros duques, e assim quando chegar na sua vez ter como construir logo os domínios (que costumam ser caros) ou para abater inimigos mais fortes.

O jogo flui dessa forma até que uma quantidade de pilhas de compra se exaura, ou se a linha de monstros ou domínios acabar também, aí a rodada da vez acaba e os jogadores vão contar os pontos baseados nos seus duques e nos pontos de monstros abatidos e domínios construidos.

Valeria : Card Kingdoms é um jogo que lembra o Thunderstone, mas mais simplificado e mais fluido, a arte dele é outro atrativo e o fato da caixa base vir com combinações diferentes dos cidadãos, monstros e domínios faz com que o jogo seja uma excelente aquisição para coleção de quem curte temas de fantasia.

Conforme vão se exaurindo as pilhas de compras
mais perto fica o final da partida.

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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Captando novos jogadores


Nos dias 17 a 20 de janeiro aconteceu no Rio Centro a feira Rio Matsuri de Cultura Japonesa, uma feira voltada para a comunidade nipo-brasileira com muita comida, vestuário, atividades artísticas, e claro muita coisa nerd como mangás e animes, mas onde encaixamos os jogos nisso aí?

Então, o pessoal do Diversão Offline achou que levar um pouco do nosso evento para dentro de outro seria uma boa ideia, para isso convidou a Conclave, a Loja RED, o pessoal da monitoria do SeJoga além de terem jogos e brindes da Galápagos Jogos... E não poderia ter dado mais certo!

Foram quatro dias de mesas "non-stop" com muitos curiosos chegando para conhecer esse nosso hobby. Pessoas com a velha bagagem "WAR/Banco Imobiliário" ficaram impressionados com jogos totalmente diferentes e alucinantes.

O estande do Diversão Offline não parou de
ter mesas cheias durante os quatro dias.

A localização do estande ajudava muito, estávamos ao lado do palco principal, então tínhamos sempre passagem de pessoas que ao verem mesas sempre animadas paravam para ver o que estava acontecendo.

Mas ao mesmo tempo que isso era um ponto positivo, as atividades do palco principal também atrapalhavam por conta do barulho muito alto (principalmente na hora dos tambores e flautinhas), mas isso em nada afastou o público das mesas.

O interesse desse novo público se refletiu nas vendas, o lançamento da Conclave Ice Cool vendeu praticamente todas as cópias trazidas para o evento, outro sucesso de vendas por parte da RED foram as cartas Pokémon, mas essas já tem seu lugar de destaque dentro do cenário de jogos.

 O palco principal com atrações IRADAS.

A organização do Diversão Offline também foi muito feliz em trazer uma galera do meio para ajudar na divulgação, então durante todos os dias revezaram os amigos do Meeple Maniacs, o Didi Braguinha, o Rafa Studart e ficou comigo, After Match e o Siga o Coelho a tarefa de fechar o último dia do evento com um painel sobre a importância dos temas orientais nos jogos para chamar novos jogadores.

O saldo final do evento foi super positivo, a ideia de levar o Diversão Offline XP para eventos fora pode ser uma excelente forma de divulgar o hobby para uma galera que não conhece ou tem pouco acesso, e isso só vai ajudar para que o próprio Diversão Offline cresça cada vez mais.

Deu até pra tirar uma onda no palco falando
sobre os temas orientais nos jogos.
 
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Betrayal Legacy (sem spoilers)


Betrayal Legacy no leva à temida casa da colina, mas nos conta em 13 capítulos todos os acontecimentos que fizeram com que a casa recebesse a sua fama de amaldiçoada.

Esse novo jogo bebe muito do seu original, o divertido Betrayal at the House on the Hill (um dos meus prediletos), e basicamente usa as mesmas regras, com alguns elementos adicionais como todo bom Legacy.

Inicialmente os jogadores voltam a 1666, época em que os primeiros casos envolvendo a casa são noticiados, à partir daí serão 13 partidas, até o final da campanha.

 Explorar a casa continua igual, mas os tiles
vão ganhando suas histórias.

O jogo em si é bem parecido em jogabilidade, na maioria das vezes todos começam juntos explorando a casa, conforme as profecias (Omens) vão aparecendo as chances da maldição estourar vai aumentando, até que ela aparece e o jogo toma um novo rumo.

Adicionalmente às regras normais, a forma de rolagem para verificação das maldições mudou (para melhor) e além disso temos adições legais, mas que para não estragar a surpresa vamos dizer que elas aparecem conforme os cenários acontecem.

Adesivos são colocados, personagens vão aparecendo
e o jogo diferente a cada sessão.

Gostei muito de como funciona o jogo, eu sou fã dele e a versão Legacy dá um tempero bastante legal ao Betrayal básico, mas acho que os autores perderam a oportunidade de corrigir alguns tropeços tanto de regras quanto de clareza das Haunts, que continuam confusas e algumas vezes quebradas.

Mas se você está na mesa pela diversão, Betrayal Legacy é um bom jogo, divertido, com uma duração bastante boa (no máximo duas horas de partida) e com uma história que no final vai fazer com que a casa da colina tenha um "background" bastante assustador.

Uma longa árvore genealógica vai passar pelas
maldições e perigos da casa da colina.

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Vampire : Eternal Struggle em Português


Chegaram ao mercado os primeiros baralhos de Vampire : Eternal Struggle em português, são quatro diferentes com clãs de Sabá e que foram montados de forma que o jogador possa comprar a sua cópia e sair jogando.

A qualidade de impressão das cartas, totalmente produzida no Brasil pela Copag, está idêntica a versão importada, e apesar de algumas críticas dos jogadores mais antigos, a tradução dos termos do jogo e das cartas também está bastante boa.

Mas para os neófitos no jogo, vamos dar uma pincelada em que cada um deles faz e qual a melhor forma de usá-los nas mesas de Vampire.

O Parlamento das Sombras é um baralho do clã Lasombra, ele é baseado em cartas de política, com uma cripta de vampiros altos e todos eles titulados, aumenta muito as chances de que você consiga sucesso nas votações que for fazer.

Além disso cartas como "Governar os Desalinhados" ajudam tanto a trazer vampiros novos sem usar o seu próprio sangue, como abrem possibilidade de sangrar o adversário com mais eficiência.

Outro baralho que trabalha com ações políticas, é o Baile da Libertinagem do clã Toreador Antitribu, mas diferente do anterior, os vampiros da cripta tem capacidade menor e aqui vamos focar na quantidade absurda de votos através de cartas como "O Abraço" que aliada a "Exibição da Fundação" garantem suas ações políticas.

Além disso você tem cartas também para aumentar as ações de sangrar e com ações políticas como "Dádiva Consanguínea" você aumenta o seu banco de sangue enquanto tenta diminuir os do adversário.

Trabalhando de forma bem diferente do que os anteriores, o Covil dos Demônios faz jus ao nome, trazendo do clã Tzimisce o que eles tem de mais mortal, a violência desmedida dos seus vampiros.

O baralho é baseado em cartas de percepção, que estão ali para parar as ações dos adversários antes que elas se realizem, trazerem os vampiros inimigos para o combate e sempre que possível, mandá-los para torpor sem dó com cartas como "Sopro do Dragão" e "Depredador Quiróptero".

Finalmente temos o baralho Pacto com Nefandus, que traz os magos do clã Tremere Antitribu puxando os malditos aliados para fazer número na mesa defendendo seu matusalém e sangrando a presa sempre que possível.

Baseado em um vampiro em especial, o Antonio d'Erlette, você praticamente puxa um ou dois Nefandus a cada rodada, enchendo a mesa com eles, aí com cartas de percepção e com cartas que aumentam o sangramento para os aliados, esse baralho é super efetivo e altamente perigoso.

Os jogadores que estão chegando agora ao jogo, estarão bem servidos com quatro baralhos funcionais e competitivos, ainda que precisem de cartas para dar uma "bombada" (cartas essas que você consegue nos grupos do jogo pelas mídias sociais) já dá pra começar a brincar com o que saiu e agora é esperar que a Conclave continue dando o suporte para esse jogaço!

Cartas com qualidade que podem tranquilamente
ser usadas com as lançadas lá fora.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Retrospectiva 2019


Mais um ano começa e pelo menos para o site, 2019 foi um ano bastante produtivo e com muita coisa para se comemorar, então vamos dar uma passada nesse ano que terminou com alguns TOP3 para vocês.

Dos jogos que eu conheci em 2019, meus três destaques vão para Twilight Struggle, para a expansão Mãe dos Dragões do Guerra dos Tronos e para o Barrage.

Os três são excelentes jogos, o Twilight Struggle foi uma correção de caráter, ele que já foi nº1 do BoardGameGeek é um jogo de 2005 que eu nunca tinha conseguido jogar, e ano passado isso foi arrumado, e agora é bem possível dele se tornar um daqueles jogos que eu vou querer jogar pelo menos uma vez por ano.


Já o Mãe dos Dragões é uma expansão tardia para um jogaço, e a espera super valeu à pena, pois essa expansão além de introduzir novas casas, ainda traz um novo mapa e novas regras que deixaram o jogo muito mais bacana do que ele já era, e a experiência agora com a mesa cheia, pra mim, é só comparável a partidas de Twilight Imperium (e isso não é pouca coisa).

Pra terminar o Barrage, que foi um dos últimos jogos que eu conheci no ano, mas que foi direto para o topo tamanha qualidade de jogo.

Ele é um daqueles euros de queimar neurônios que você sai da mesa e fica horas pensando às melhores formas de jogar nas partidas seguintes, e para mim foi o melhor jogo de 2019.


Mas apesar desses três terem sido os melhores, eles não foram os mais jogados no ano, essa categoria geralmente vai para jogos mais leves ou então para os 'vícios', então para esse quesito, os jogos que mais viram mesa foram o Vampire : The Eternal Struggle, Keyforge e o No Thanks!

Os dois primeiros são jogos de cartas competitivos, que por si só já trazem a carga de muitas partidas consigo, o Keyforge então, com partidas super rapidinhas faz com que você jogue várias quando pode, e os torneios tendem a ter várias rodadas.

Já no Vampire, as partidas costumam ser mais longas, mas isso não diminui em nada a fome por esse jogo tão brilhante, e ele acabou sendo pra mim o jogo mais jogado com 30 partidas durante o ano.

Finalizando, o mais light dos três, o No Thanks! é o jogo oficial de final de jogatina, lançado esse ano aqui no Brasil, ele é um delícia de filler, rápido, inteligente e cheio das pernadas nos amiguinhos, típico jogo para andar dentro da mochila e levar para onde quer que você vá.


Os autores nacionais também estão na nossa retrospectiva, e os meus três destaques desse ano vão para os jogos Dwar7s : Inverno (do Andrá Brueh), para o Cartógrafos (do Jordy Adan) e para o Saco de Ossos (do Eduardo Caetano).

Os dois primeiros citados foram lançados com enorme sucesso lá fora, e chegaram ao Brasil já com o sucesso garantido, tanto que as cópias do Cartógrafos durante o Diversão Offline simplesmente evaporaram rapidamente.

Já o Saco de Ossos veio de mansinho pela Ludens Spirit e chamou muita atenção, ele pega regras do jogo da velha e desconstrói trazendo uma experiência totalmente nova e bastante bacana, e merece destaque.


Também foi um ano de realizações super importantes para o site, conseguimos finalmente ganhar o Prêmio Ludopédia de Melhor Mídia Escrita (depois de dois segundo lugares), que foi a forma da galera demonstrar o quanto o nosso trabalho é importante, e seremos sempre agradecidos pela força de vocês.

E também chegamos a incrível marca de um milhão de visitas ao site, que nesses 12 anos esteve sempre tentando trazer o que há de mais importante e relevante para quem curte o hobby dos jogos de tabuleiro modernos.

Além disso conseguimos finalmente entregar todas as cópias do Die die DIE, e apesar da demora tão grande o produto final foi muito elogiado e deu uma satisfação pessoal muito grande o fato de termos honrado com a nosso compromisso.


Para não dizer que o ano (lúdico pelo menos) foi um sucesso absoluto, tivemos o cancelamento da edição carioca do Diversão Offline, que por conta do seu sucesso arrasador em São Paulo, fez com que a organização desse preferência à terra da garoa como única data para o principal evento de jogos no Brasil.

Mas acredito que esse espaço deixado no calendário, em breve será preenchido, a nossa certeza é que 2020 será um ano de muitos jogos, com as editoras lançando mais e mais novidades dos autores nacionais também, que estão cada vez mais ativos.

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