segunda-feira, 2 de março de 2020

TOP3 : Jogos que eu deveria gostar... mas não!


Recentemente vi que saiu a nova versão de um clássico, o Caylus 1303, para quem não sabe esse foi um jogo revolucionário, pois é um dos pais do worker-placement, que é uma das minhas mecânicas preferidas, e apesar de ter essas credenciais todas (além de ser TOP60 no BGG), ele não desce.

Pensado nisso, lembrei de jogos que são clássicos, eu tenho total consciência de que são brilhantes, mas eu não consigo gostar de jeito nenhum, e aí resolvi fazer esse TOP3 diferente de jogos que mesmo dando várias chances para eles, não consigo gostar.

Vou começar exatamente pelo Caylus que lançado em 2005 deu uma revolucionada na mecânica de alocação de trabalhadores, ainda embrionária e trouxe formas de trabalhar com ela muito diferentes, com os prédios entrando no decorrer do jogo.

O lance aqui, pra mim, é que o Caylus é um jogo muito seco, e na sua versão de 2005 cabia até 5 jogadores, o que podia fazer com que durasse uma eternidade para um jogo que não entregava praticamente nada em diversão.

Em 2019 saiu uma versão nova, chamada Caylus 1303, que aparentemente deu uma renovada em vários aspectos e pode ser que faça com que o jogo seja menos "modorrento", mas a vontade de tentar jogá-lo novamente é baixa, quem sabe?

O meu segundo da lista é outro clássico de um dos autores que eu mais gosto e também o mais antigo da lista, o Tigris & Euphrates do grande Reiner Knizia.

Esse é um jogo que eu sei que é brilhante, mas por mais que eu jogue eu não consigo curtir as partidas dele, não sei se pelo fato do jogo ter fatores que você precisa ficar de olho em um monte de coisas e sei lá, tudo é muito tenso.

Eu joguei algumas partidas das primeiras edições dele, e anos mais tarde joguei a versão da Galápagos pra ver se minha opinião mudava, mas ainda acho um jogo brilhante, mas que eu tenho zero vontade de voltar a jogar.

Through the Ages é um jogo de civilização excelente, tudo nele é redondinho, as decisões são controladas, você consegue ir controlando sua pontuação durante as várias horas de partida, até que no final você abre as cartas de objetivo que você colocou secretamente numa pilha a duzentos anos atrás e pronto, acabou a graça.

É impressionante pra mim como um jogo tão bom pode ter um final tão frustrante, é tipo você assistir sete temporadas de uma série animal para no final darem destaque para o personagem mais meh (entendem o que eu quero dizer né?).

Os defensores dizem que você pode ir se programando e tals, mas além das suas cartas, tem as dos amiguinhos, e cara, não dá pra ter uma ideia do que vem pela frente, não foram nem uma nem duas vezes em que passei as quatro horas de jogo na frente na pontuação e no final me ferrei por conta das cartas de fim de jogo.

 Como eu queria gostar desse jogo,
mas com esse final, não rola.

"Ah, mas então você não gosta porque perde", não é bem assim, eu não consigo gostar pela frustração que dá isso, se fosse um jogo relativamente rápido, talvez desse para marcar melhor essa questão e o jogo fosse mais palatável, mas não, ele é um dos jogos evento que te dão esse balde de água fria.

Mais uma vez, esse é um jogo que teve uma repaginada anos depois, dizem que coisas foram mudadas, eu até tenho vontade de jogá-lo de novo para ver se realmente algo mudou, mas confesso que perder 4 ou 5 horas em cima de um jogo que vai me deixar aborrecido, eu prefiro jogar muitos outros jogos melhores que tem no mercado.

Um comentário:

Wesley Prado disse...

Já vi que o jogo que eu deveria gostar, é um clássico, etc, etc, mas que não me desce é Carcassonne (e possivelmente, boa parte das variantes, embora eu só tenha experimentado a Hunters & Gatherers e a South Seas). É um jogo que parece interminável e que é comum a sensação de "enxugar gelo" quando alguém abre vantagem na pontuação, e que quanto maior o desnível entre jogadores, pior essa sensação. Prefiro o Isle of Skye, que consideram uma "evolução" dele, que me diverte tanto na parte do leilão (tentando controlar o que o oponente pode levar da minha reserva), na parte quebra-cabeça de montar o reino e na atenção aos objetivos.