segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Mesozooic

Em Mesozooic os jogadores são diretores competindo pela criação do Parque de Dinossauros mais legal das redondezas, e parar isso você vai precisar ser mais rápido que seus competidores para deixar tudo funcionando direitinho.

A caixinha do jogo vem com 6 baralhos com a cor dos diretores, além de cartas neutras e um baralho para o jogo avançado. 

No modo básico (indicado só pra conhecer o jogo mesmo), cada jogador pega as suas 11 cartas, embaralha e monta uma grade de 4x3 na sua frente, com um espaço que ficará vazio, então é dada a largada para a criação do seu parque.

Você embaralha suas cartas, prepara o
setup e começa a rodar a ampulheta.


A partida é em tempo real e simultânea, cada jogador terá o tempo da ampulheta para deslizar suas cartas pelo grid, para tentar fazer com que seu parque pontue da melhor forma.

As cartas serão pontuadas de várias formas, pelos monotrilhos seguidos, pelas áreas cercadas completas, pelas topiárias e pelos caminhões atendendo as atrações e no final de três rodadas de construção quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

O jogo básico é bem bobinho, mas aí você coloca as cartinhas neutras e o jogo ganha uma nova camada estratégica já desde o setup.

Quando termina o tempo, você vê as coisas
que pontuarão no seu parque.


Uma vez que essas novas cartas são adicionadas, todos os baralhos são embaralhados junto com elas, são dadas 11 cartas para cada diretor, e é feito um draft onde você escolherá duas cartas, passará para o próximo, escolhendo mais duas e assim sucessivamente até que todos tenham 11 cartas.

A dinâmica de construção continua sendo a mesma, mas as suas escolhas podem tornar seu parque mais difícil ou mais fácil para pontuar na hora de deslizar as cartas, além dessas cartas neutras tem cartas para o modo avançado com novas formas ganhar pontos.

Mesozooic é um joguinho super rápido e interessante, essa dinâmica de escorregar as cartas para montar seu parque remete a uns brinquedinhos antigos de letrinhas que geralmente eram brindes de festa junina, e aqui foi utilizado de forma bem inteligente.

O jogo vem ainda com cartas avançadas para dar
mais variabilidade na hora de montar seu parque.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Relembrando : Abalone / Polaris


Lançado originalmente em 1987, o Abalone clássico é um jogo abstrato onde dois jogadores competem para tentar empurrar para fora do tabuleiro as bolinhas do adversário.

Na sua vez, você pode empurrar de uma a três bolinhas da sua cor, se na direção empurrada houverem bolinhas adversárias em menor quantidade que a suas empurradas, elas também se movimentam, e é dessa forma que você vai conseguir pontuar no jogo.

O jogador que conseguir empurrar 6 das bolinhas adversárias primeiro para fora da arena, é o vencedor.

Setups diferentes para o mesmo jogo, garantem
novos desafios.


Apesar dele ter um setup básico, existem uma série de aberturas diferentes, algumas bem desafiadoras, que ajudam ao jogo ter uma rejogabilidade alta, mesmo que muito pouco seja feito para transformar a experiência, só essas pequenas mudanças já trazem ao jogo novas formas de pensar.

Abalone é um daqueles jogos clássicos que atravessa gerações pela simplicidade das regras, mas que necessita de várias partidas para dominar o jogo.

Aqui no Brasil ele é comercializado pela Ludeka e também numa versão artesanal de madeira pelo pessoal da Mitra, sob o nome de Polaris.

Offboard deu uma renovada no jogo.

Em 2011 os autores do jogo clássico Michel Lalet e Laurent Levi deram uma modernizada nele e lançaram o Offboard, que tem a mesma premissa do seu irmão mais velho, mas com algumas mudanças de regras, inclusive mudando coisas na pontuação.

Hoje, depois de quase 25 anos do seu lançamento, Abalone é um jogo que pode pertencer a todas as coleções e é utilizado inclusive em sala de aula em colégios que trazem o lúdico para o ensino (na escola das crianças o pessoal da Mind Lab usa).

A versão toda em madeira do pessoal da Mitra.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Kariba


Kariba
é o mais novo jogo da linha Pocket da Paper Games, nele os jogadores precisam usar cartas de bichos da savana para irem se refrescar numa poça de água, mas os mais fortes querem a poça toda pra ele e ficam expulsando os mais fracos, mas até os maiores animais podem temer as menores criaturas.

O jogo usa um baralho com 64 cartas, os bichos variam de 1 (rato) até 8 (elefante) em quantidades iguais de cartas que serão embaralhadas e distribuídas cinco para cada jogador.

Na sua vez você deve baixar o mínimo de uma carta de algum animal em um espaço do lago, e aqui que entra o lance do jogo.

Os bichinhos são fofos, mas o jogo é menos
bobo do que pode parecer.

Você precisa conseguir pegar para você as cartas, pois são elas que darão pontos ao final da partida, ao juntar três cartas de algum animal você vai verificar se ele é o mais forte ao seu vizinho de lago, caso seja você pega todas as cartas que lá estiverem.

Então Kariba apesar de uma carinha fofa, é um jogo de observação muito inteligente, pois dosar a quantidade de cartas à serem baixadas, ficar de olho nos espaços deixados no lago e principalmente, tentar evitar que um mesmo bicho fique com muitas cartas para um amiguinho pegar.

Você precisa ficar atento, pra baixar
as cartas na hora certa.

O jogo segue nessa perseguição, até que todas as cartas, do baralho e da mão, tenham sido utilizadas, aí contamos as cartas que conseguimos durante a partida e quem tiver o maior somatório é o vencedor.

Kariba é mais uma das criações do grande mestre Reiner Knizia, e mais uma vez a Paper Games acerta em cheio em um jogo "pocket" que você leva para qualquer canto e vai ser bem recebido em todas as mesas pra dar fechar uma noite de jogos ou para uma partidinha light entre um pesadão e outro.

Quando juntarmos 3 cartas, o bicho mais
fraco vai para quem completou o requisito.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Dugeon Tiles da Acessórios BG

Eu jogo RPG desde 1986 quando conheci meu primeiro livro jogo, mas o "pico" foi em meados dos anos 90 quando jogava umas duas vezes por semana com uma galera fixa umas aventuras que duravam meses, mas naquela época a gente se virava com o que tinha pra fazer cenários, muitas vezes eram rabiscados no papel, ou utilizávamos tabuleiro de Xadrez na hora das batalhas.

Por isso que hoje, mesmo já passada a minha onda de RPG, eu fico pegando essas coisas maneiras que aparecem, para quem sabe voltar a jogar com meu filhote e a turminha dele, por isso eu quando vi o kit de Dungeon Tiles da Acessórios BG fiquei louco.

Muitos cortes diferentes para
você montar seus cenários.

Eles que trabalham muito com impressão em 3D (já falamos da qualidade deles anteriormente, confiram nesse link), agora estão também começando a mexer com acrílico e corte laser, e como os caras curtem muito um RPG pensaram nesse kit para auxiliar aos DM's e jogadores durante suas aventuras.

Foi tudo pensado com muito carinho, a caixa de tiles vem com 77 peças de vários formatos que juntas tem 450 tiles de grid, dando pra montar as mais variadas salas, salões, corredores e masmorras tudo acomodado numa caixa super arrumadinha, que fica organizada por tamanhos para você se achar melhor sempre que precisar.

Muito mais legal de visualizar uma masmorra
caprichada desse jeito.

Além dos tiles os caras ainda pensaram numa caixinha menor com elementos para usar no cenário, a Dungeon Tiles Recursos vem com 42 peças "chapadas" em 2D onde temos mesas, altares, camas, túmulos entre outros elementos para deixar a sua aventura ainda mais bonitona.

Todo o material é cortado em MDF de alta qualidade, com gravação muito bem acabada e que se você tá afim de dar um "up" na sua aventura, é um investimento que super vale à pena ser feito.

Fica essa dica então, e também o convite para ver o resto do material da Acessórios BG, como falei eles tem um vasto catálogo de acessórios em 3D, acrílico, corte laser e lona para deixar o seu jogo cada vez mais bombado.

A caixinha com recursos de cenário também é
super útil para a ambientação.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Conspiracy : Abyss Universe

 

Baseado no universo subaquático criado pelo grande Bruno Cathala em Abyss, Conspiracy volta às intrigas políticas da sua versão "mais velha" e aqui precisamos montar o grupo mais poderoso dentro do Senado, e para isso vamos tentar recrutar as pessoas mais poderosas das 5 casas influentes do fundo do mar.

Inicialmente temos um deck onde estão personagens das 5 casas do jogo, variando valores de 0 a 6 e cada um deles dando alguma coisinha como chaves para tomarmos posse de locações, pérolas que são a grande fonte de riqueza do jogo, entre outras coisas.

Na sua vez, o jogador pode escolher abrir de uma a três cartas (uma de cada vez) e pegar um dos nobres para a sua pirâmide invertida, as cartas que não foram escolhidas vão para um descarte separado por cor da casa.

No começo, poucos nobres disponíveis e
algum estudo pra saber de onde comprar.

Se na sua vez já existirem esses descartes você pode escolher ao invés de abrir novas cartas pegar uma cor do descarte inteira e levar para você.

Ao puxar esses nobres você primeiramente verifica se ele tem o valor mais alto dentre os da mesma casa, se sim, coloque o marcador da casa sobre ele pra te lembrar, depois veja se existem chaves, no caso de você ter duas chaves iguais (ou três diferentes) em sequência, você pode pegar um dos prédios disponíveis para você.

Esses prédios ficam em um deck à parte, inicialmente existe uma carta já aberta, mas você pode optar por abrir de uma a três cartas para comprar um dos prédios para você (os que sobrarem ficam disponíveis para as próximas compras) e eles servem basicamente para mudar alguma regra durante a partida ou para pontuação de final de jogo.

Precisamos acompanhar o avanço do Mestre
da Moeda, são pontos importantes do fim do jogo.

 
Além disso temos a contagem de pérolas, a cada nobre convocado, também verificamos se ele te dá alguma pérola ou não, inicialmente ninguém controla o Mestre das Pérolas, mas à partir do momento em que o primeiro jogador conseguir a sua, fica uma disputa por esse título que vai valer pontos ao final do jogo.

Outro lance aqui no jogo que se deve observar é tentar deixar o máximo de nobres de uma mesma casa juntos, pois ao final do jogo a sua maior coalizão vai te dar pontos pelo número de nobres adjacentes.

O jogo prossegue até que o primeiro jogador feche a sua pirâmide invertida, então partimos para a contagem de pontos, que são o valor do maior nobre de cada casa, somando o valor da coalizão, dos efeitos das locações e o bônus para o Mestre das Pérolas, e o jogador com o maior somatório é o vencedor.

Conspiracy tem muitos elementos do Abyss, mas de uma forma mais compacta e dinâmica. eu gostei muito de como o jogo se desenrola e claro, da beleza da arte que mesmo não sendo do mesmo autor do jogo anterior, remete muito ao clima do mesmo e da apresentação, novamente utilizando caixinhas (aqui latinhas metálicas) em cinco versões diferentes.

Quando um jogador termina sua pirâmide,
dispara o final da partida.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cosmos

Em Cosmos, próximo lançamento da Dijon Jogos, os jogadores são protoplanetas orbitando da grande Beta Eva, e nesse processo coletamos os elementos necessários para que possamos. no decorrer de bilhões de anos, nos transformar em um planeta de verdade.

No setup, cada jogador recebe um tabuleiro individual onde estão as informações do seu planeta em formação, uma cartinha de micro organismo (que indica quais elementos você começa) e o principal, um deck de ações que vem com 5 cartas comum a todos os jogadores e uma específica de cada planeta.

Além disso temos o grande (e lindo) tabuleiro central onde ficam a Beta Eva ao meio, e os planetinhas orbitando a grande estrela, quatro decks de compra são dispostos nesse tabuleiro, três entram em todas as partidas, um dos espaços tem decks diferentes para você escolher na hora da partida e é claro, todos os elementos que são os recursos que os jogadores usam no jogo.

Tudo no jogo gira em torno (literalmente) da
estrela Beta Eva e seus elementos.

A partida de Cosmos dura 7 bilhões de anos (ou rodadas, não se assuste), cada rodada é composta de 5 fases, onde temos a fase de manutenção, fase dos jogadores, fase estelar, fase de translação e a fase de mudança de temperatura.

A fase onde tudo acontece é a fase dos jogadores, nela o jogador na sua vez, escolhe uma das cartas da sua mão, baixa e realiza a ação indicada e se quiser, pode comprar uma das cartas do tabuleiro central para ter mais opções no decorrer do jogo.

O grande lance aqui é saber usar bem as cartas, pois você ao usar as cartas deixa ela fora de jogo, até que use a "Novo Ciclo" que traz todas as usadas de volta para a mão, então já aqui é necessário uma boa visão do jogo para saber o momento certo ter disponível todas as opções de ação novamente.

Nosso planetinha lutando pela galáxia para
virar um "planetão".

Outra coisa que você precisa ficar super atento, é que inicialmente você só terá três ações por rodada, e acredite, o jogo é muito de cobertor curto, então conseguir mais ações pode ser uma coisa imprescindível durante a partida.

E você consegue ajustar isso no seu planetinha, o tabuleiro individual tem áreas como força gravitacional (que interfere em quantas casas de distância você consegue pegar elementos), rotação (que interfere no número de ações por rodada), atmosfera (pontos importantes durante o jogo) e temperatura (que precisa ficar equilibrado).

Uma vez que todos os jogadores tenham usados suas ações, passamos pra fase estelar onde os elementos vão sendo puxados em direção à Beta Eva, depois a translação onde os planetinhas vão orbitar (e recolher elementos que estiverem pelo caminho) e finalmente alterar sua temperatura e ativar o efeito da cartinha dessa fase, dando pontos ou tirando.

O legal da trilha de pontuação é que ela tem "travas" que são desbloqueadas pela atmosfera, então você pode ganhar pontos durante a partida e não conseguir recebê-los por ainda estar em um nível de atmosfera inferior.

As cartas são a alma do jogo, com elas você faz
as ações necessárias para evoluir seu planeta.

O jogo segue até o final da sétima rodada, aí os pontos do tabuleiro individual são computados, além dos pontos pelas cartas adquiridas (as inicias não dão ponto algum) e o planeta com a maior pontuação é o vencedor.

Tudo nele está lindão, a arte foi muito bem tratada, os textos estão claros, as cartas todas remetem a alguma ação do universo na criação dos planetas, e você termina a partida com vontade de jogar de novo para explorar mais as possibilidades do jogo.

Cosmos é um jogo super inteligente, o Diego de Moeraes teve um trabalho de pesquisa super maneiro e trouxe para o tabuleiro uma experiência que remete muito aos programas sobre astronomia que víamos na TV, além dos nossos passeios pelo planetário (se você nunca foi, procure o mais próximo da sua casa e vá, é muito legal) e entra agora no dia 19 de agosto em financiamento coletivo pelo Catarse e se você curte um euro médio gostoso de jogar, é compra certa.

Tudo no jogo está lindão, fiquem de olho que o financiamento
chega ainda esse mês.


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Marvel Battlegrounds

Criado pelos designers Thiago Castro e Led Bacciotti em Marvel Battlegrounds você é um dos grande heróis do planeta está formando uma equipe para para proteger as cidades do mundo dos mais perversos vilões do universo Marvel, e sob a sua liderança ter o time mais bem sucedido.

Usando um tabuleiro central com seis cidades, você distribui um vilão para cada uma delas, além disso, alguns heróis foram aprisionados por esses vilões, então você também coloca cartas de heróis que serão salvo.

Feito isso cada jogador escolhe um dos líderes, aqui temos o Capitão América, Capitã Marvel, Homem de Ferro, Viúva Negra e Pantera Negra, cada um com um poder diferente para ser usado na versão avançada do jogo e onde eles terão a tarefa de recrutar seu time.

Você vai precisar usar o seu líder para formar
o melhor time na luta contra os mais fortes vilões.

O jogo é dividido em fases, na primeira os jogadores vão se alternando para usar pontos de influência (o dinheiro do jogo) para escolherem seus aliados.

Existem uma trilha onde estão sempre dispostos 8 cartas de heróis que podem ser convencidos a unir forças com você para combater os vilões do jogo e uma vez que você usa sua influência, pega aquela carta para a sua mão e ela passa a fazer parte do seu time.

Você pode ir fazendo esse recrutamento enquanto tiver recursos disponíveis, uma vez que não tenha mais recursos ou que deseje parar, você passa e assume o primeiro lugar vago na trilha de resolução dos conflitos e quando todos os jogadores passarem começamos a fase onde iremos às cidades para enfrentar os vilões.

Você vai precisar escolher bem o seu time, e cada herói
vai te ajudar de alguma forma no combate.

À partir do primeiro jogador, todos vão se revezar para usar seus discos de ação, inicialmente cada um terá direito a três ações, e na sua vez você pega um dos seus discos e vai até uma das cidades com uma das cartas de herói da sua mão.

Vale aqui abrir um parêntese pra falar um pouco de como os combates funcionam, cada vilão tem uma força, e para derrotá-lo você precisa ultrapassar essa força com o somatório de vários heróis, mas além disso, cada vilão também tem um requisito que diz quantos líderes precisam ir ao seu encalço, então apesar de ser um jogo onde você está atrás de pontos você também vai precisar da ajuda dos outros grupos de heróis para conseguir derrotar um inimigo em comum.

Uma vez que todas as ações são usadas, partimos para a fase onde vamos analisar cada cidade para ver se o vilão foi derrotado ou se ele ficará ainda mais forte.

As cidades estão dominadas por um vilão que tomou
de refém heróis que podem ir para a equipe vencedora.

 
Somam-se as forças de todos os heróis presentes na cidade confrontando a força do vilão, caso ele tenha sido derrotado, o líder que mais ajudou naquele combate leva o troféu de campeão cidade e consegue para as suas fileiras o herói que estava aprisionado (caso haja mais de um, o segundo colocado também fica com um deles), mas existem prêmios para todos aqueles que estiveram presentes ali, que são tokens daquela cidade em questão e que renderá pontos ao final do jogo.

Mas no caso do vilão não ter sido derrotado, ele fica ainda mais perigoso, ganhando um token que aumenta sua força para a rodada seguinte.

Uma última fase acontece na rodada onde novos vilões entram nas cidades vazias, mais prestígio é distribuído entre os jogadores e a partida segue para as rodadas seguintes.

O tabuleiro ficou muito maneiro, com as 6 cidades ameaçadas.
 
Ao final da terceira rodada o jogo acaba e contam-se pontos baseados nos tokens de cidade, e aqui temos uma coisa legal, quanto mais a cidade for atacada, mais tokens são distribuídos e menos pontos ela valerá no final, além disso temos pontos que são ganhos durante a partida e os pontos de prestígio não usados e o jogador com a maior pontuação é o vencedor.

Marvel Battlegrounds é um jogo muito legal, ele lembra um pouco a pegada do Smash Up, mas bem melhor e menos farra, para fãs de histórias em quadrinhos (como eu) é um deleite, o apelo de ver seus heróis preferidos em grandes combates num jogo interessante e inteligente é o tipo de sacada que faz com que a carteira pule do bolso.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Dogs Card Game

A população canina está crescendo na cidade e para comportar todos esses novos "hóspedes" os canis estão aumentando suas instalações de se aperfeiçoando para dar a melhor estadia para esses nossos amiguinhos peludinhos.

Em Dogs Card Game, o designer Marcos Macri transporta para o jogo de cartas o seu maior sucesso dos tabuleiros, o Dogs, e para deixar a experiência bem mais interessante, muito do visual dessa versão remete ao seu "irmão" mais velho.

No jogo cada um recebe inicialmente um canil, um meeple e cartas de ração e dinheiro, além disso é formado um espaço central com tiles da cidade, onde os jogadores irão para resgatar os cachorros e/ou para procurar pessoas capacitadas para ajudar ao seu canil.

Você precisa ir aos espaços da cidade para recrutar funcionários
e também para resgatar os 'doguinhos'.

 Durante a rodada, na sua vez, o jogador pega o seu meeple e pode mover para um espaço na cidade ou se preferir ficar onde ele estava anteriormente, depois pode realizar de zero à duas ações no seu turno.

As ações possíveis são resgatar todos os cães disponíveis naquele espaço (geralmente de 1 a 3) e depois escolher se contrata o profissional que estará disponível naquele mesmo espaço.

Aparentemente pode ser uma decisão fácil, mas temos algumas observações, o seu canil inicialmente tem espaço para cinco cães, além do hotel a de enfermaria, então ao resgatar os cães você precisa observar os seus espaços e eles não vem de graça, se você não tiver ração, não vai conquistar seus coraçõezinhos.

Você precisa estar com seu canil em dia para pontuar
bem ao final do jogo.

Os cães que vão para o hotel ficarão lá e você vai pontuar no final pela quantidade hospedada, os cães sadios e adestrados são os que precisam de usar espaços do seu canil, mas existem aqueles que estão na rua sofrendo por maus tratos, e esses precisam passar pela enfermaria antes de estarem aptos à adoção, além três tipos, ainda existem os cães que vão direto para uma feira, e ficarão disponíveis para serem pegos mais tarde através dos profissionais contratados.

O grande lance em Dogs Card Game é o lance de colocar cães nos espaços do canil, pois ao colocar as mesmas raças juntos, ou tipos juntos, você vai cumprir objetivos antes dos outros canis e isso vai lhe render pontinhos no final do jogo.

Como falamos, ainda existem os profissionais que ajudarão ao seu canil nessa empreitada, ao escolher um deles você deixa ele guardado para usar no momento mais propício, e eles são de extrema ajuda para pegar cães da feira, conseguir mais ração ou dinheiro, tratamento dos "doguinhos" da enfermaria entre outras coisas.

No início da partida tem cartas de objetivo para serem
conseguidas durante o jogo e outras para pontuação final.

Além disso tudo, no decorrer da partida você ainda tem a possibilidade de aumentar dois espaços no seu canil, isso vai te garantir mais baias para os novos cachorrinhos que vão aparecendo e são importantes para sua pontuação final.

O jogo segue dessa forma até que a pilha de reposição dos "doguinhos" acabe, então o jogo terá mais uma rodada e seguimos para a pontuação final baseada no nosso canil e nos objetivos e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

O Dogs Card Game é muito gostoso de jogar, tem um tema muito bem amarradinho ao jogo e com um apelo de público enorme e serve bem para apresentar àquele amigo que ainda não conhece muitos jogos modernos quanto também para a galera mais cascuda.

O financiamento coletivo dele está marcado para começar em 18 de agosto, e junto com o jogo de cartas, que terão várias metas extras legais, ainda será possível conseguir pegar a versão de tabuleiro e a sua expansão nessa que é a primeira parceria entre a MS Jogos e a Ludens Spirit, então fiquem ligados e preparem seus cartões.

Tivemos a oportunidade de jogar com algumas das
metas estendidas, e são bem legais.
 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Sprawlopolis


Em Sprawlopolis, os jogadores trabalham juntos para do zero, construir uma nova cidade da forma mais harmoniosa possível, e tentando utilizar da melhor maneira as estradas, para assim evitar o fluxo interminável de veículos.

O jogo base é composto por 18 cartinhas, dessas você separa 3 para formar os objetivos dos jogadores e uma para ser o início da cidade, e as restantes são dadas três para o jogador inicial e uma para cada um dos outros jogadores.

A rodada é bem simples, você usa uma das três cartas da sua mão para ir formando a nova cidade, as regras de colocação são tranquilas, podendo inclusive colocar por cima de uma previamente colocada, caso os jogadores achem que isso será o melhor para cumprir os objetivos.

 Os objetivos te ajudam a dar um "norte"
na construção da cidade.

Uma vez que a carta é colocada, você passa as duas restantes da sua mão para o próximo jogador, e compra uma das cartas do monte para você.

O lance aqui gira em torno dos três objetivos abertos, cujo somatório dos seus números indicados é quanto os jogadores terão que fazer de pontuação para ganhar a partida, e também da melhor utilização das estradas, pois no fim da partida, cada estrada vale um ponto negativo.

Conforme você vai crescendo a cidade, precisa
ficar de olho para não ter muitas estradas.

Uma vez que todas as cartinhas do monte são utilizadas, a cidade está pronta e é feita a pontuação baseada nas cartas de objetivo, também somam-se as maiores áreas de cada um dos tipos que existem no jogo (comércio, indústria, parques e residências) e como já falado tiram-se pontos pelas estradas, caso a pontuação seja maior que o somatório dos objetivos todos ganham.

Sprawlopolis é um jogo rapidinho, funciona quase como um quebra-cabeças e a versão que a Funbox trouxe para nós vem além do jogo base com quatro expansões pra aumentar a brincadeira.

Além disso tudo o jogo impressiona pela sua apresentação, ele vem numa "carteira" e todos as suas cartas estão lá (tanto o jogo base quanto as expansões), então é o jogo que dá pra andar pra cima e pra baixo com você o tempo todo sem problemas e é um passatempo pra se jogar sozinho além de ótima opção enquanto espera a pizza com os amigos.

As partidas são muito rapidinhas, e duvido
que você jogue uma só.

https://www.acessoriosbg.com.br/&utm_source=eaitemjogo

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Gen Con in Portuguese... Ou minha primeira Gen Con


Nos últimos quatro dias, de 30/07 a 2/08 aconteceu a Gen Con, o que era pra ser a 53º edição presencial de uma das maiores e mais importantes feiras de jogos do mundo, por conta da pandemia, acabou gerando uma experiência nova com a Gen Con Online e criou a oportunidade para que diversos outros países pudessem participar, e o Brasil não ficou de fora tendo a sua primeira Gen Con in Portuguese.

Com pouco mais de duas semanas para organizar tudo, o pessoal da Business 2 Board conseguiu reunir uma galera espetacular tanto nos bastidores quanto na promoção dos mais de 230 painéis que foram apresentados durante os quatro dias em plataformas que passaram pelo Instagram, YouTube, Twitch entre outras que eu nem conhecia.

Aliás, vale salientar que muitas das pessoas envolvidas, tiveram pouquíssimo tempo para se adaptar ou aprender as tecnologias necessárias para colocar conteúdos ao vivo no ar, então cada transmissão era uma nova luta, algumas super bem sucedidas, outras nem tanto, mas todo mundo se esforçou ao máximo pra levar o melhor seja no teor das palestras quanto em qualidade de transmissão.

 No painel de abertura, presença do Peter Adkison,
presidente do conselho da Gen Con.

Feita essa introdução, vamos agora focar no que eu vi de mais interessante nos muitos painéis que eu consegui acompanhar esses dias.

Logo no painel de abertura, feito pelo pessoal da Business 2 Board, tivemos um gostinho do que costuma ser a feira presencial, e pra mim que nunca tive a oportunidade de estar ao vivo lá em Indianápolis, foi muito legal me sentir incluído, e rolou até mensagem dos organizadores para o público brasileiro.

Uma vez aberto oficialmente, foi seguir a grade dos painéis que eu tinha "comprado" ingresso e começar a prestigiar os amigos todos.

Iria ficar uma postagem gigante se eu for falar de um por um, então vou fazer um apanhado geral do que eu vi e do que eu participei para não me estender muito, pois com tempo de sobra e a facilidade de não ter que ir de um pavilhão pro outro (era só mudar a aba do browser) eu até que consegui ver bastante coisa.

Vários painéis de amigos, falando de RPG,
Jogos, Mercado...

Eu tentei focar nas palestras sobre mercado e produção de conteúdo, e nessa linha rolaram umas coisas muito interessantes, como o bate-papo do pessoal do Covil com o Fel Barros e o do Meeple Maniacs com o Fel Barros e o Sérgio Halaban, além desses dois, o painel do pessoal da São Jogue com o Renato da Geeks & Orcs foi muito bacana.

Outros papos aleatórios muito legais que eu participei foram os com o Didi Braguinha trocando ideia sobre paternidade e jogos com o Thiago do site Paizinho, Vírgula!, e as lives dos amigos Rafael Studart e do grande Alan Farias conversando sobre tudo um pouco.

O painel mais acessado foi o de lançamentos, onde as editoras revezaram em quase duas horas de transmissão falando dos jogos que vão chegar até o final do ano e início de 2021, e é muita coisa boa vindo pro mercado, e pra não deixar nada de fora, recomendo acessarem o vídeo do bate papo que eu tive ontem na twitch do After Match (aqui o link).

...ou só trocando uma ideia com o público, que esteve
sempre presente nos chats interagindo.

Mas como em todo bom evento, a gente também quer jogar, e foi impressionante ver o trabalho que o pessoal do Proto BR fez com suas mesas de apresentação, muitos projetos foram apresentados com interligação entre o Tabletopia e o Discord.

Além deles, a Dijon Jogos apresentou seus próximos lançamentos, e eu tive a oportunidade de conhecer o Persona Non Grata do grande Sergio Halaban, e jogar a versão final do Camisa 12 do amigo Rodrigo Rego, mas esses vão ganhar resenhas exclusivas em breve.

Pra poder ficar para posteridade e contar para meus netos (risos), eu consegui fazer parte da Gen Con participando do painel da Conclave falando do passado, presente e futuro do Vampire : The Eternal Struggle, e foi muito legal me sentir inserido num evento tão gigante e tão importante do cenário.

Mas óbvio que um projeto nessas dimensões não dá pra passar sem alguns contratempos.

 Mesmo online, conseguimos conhecer os jogos
e seus autores, como o Camisa 12.

Até mesmo pela falta de tempo e conhecimento do processo, algumas lives tiveram que ficar mudando o link em cima da hora, ou até mesmo não conseguiram acontecer, como foi o caso da live do pessoal do Castelo das Peças, e também coisas chatas, como pessoas entrando no painel sobre inclusão LGBT com o pessoal do Se Joga que precisou mudar de plataforma, ou na live do Studart que teve que ficar banindo gente do chat.

Outro ponto que eu acho que pode ser melhorado, caso tenhamos esse HUB brasileiro nos próximos anos, é a questão do ticket, que apesar de sabermos da importância, acaba sendo um limitador, pois se você compra uma entrada para um painel que por alguma questão dá problema, o site da Gen Con não te permite acesso a outro painel dando conflito de horário, mas se rolasse um centralizador que exibisse os links diretos para os painéis, talvez você conseguisse pular de um pro outro mais fácil.

 Minha participação no painel sobre o
Vampire : The Eternal Struggle.

Eu consegui ver coisas simultâneas, mais por perceber alguma transmissão ao vivo ou por conhecer a galera que estava transmitindo, e por isso passava o link para os amigos irem dar uma prestigiada.

Mas são acertos que podem ser feitos para o futuro e não apagam em nada o sucesso que foi essa primeira experiência, com mais de 2500 pessoas participando dos mais de 230 painéis, tendo pico de mais de 500 pessoas simultâneas no painel dos lançamentos.

Fica aqui mais uma vez o agradecimento ao pessoal da Business 2 Board que tornou possível essa nossa entrada na Gen Con pela porta da frente, a todos que fizeram essa experiência possível, seja participando dos eventos, divulgando os links, gerando conteúdo ou simplesmente estando lá nos chats, foi FODA.

O povo que conseguiu colocar no ar tudo pra gente.
Valeu mesmo e até 2021.

https://www.acessoriosbg.com.br/&utm_source=eaitemjogo