sexta-feira, 30 de abril de 2021

Camisa 12


Se tem uma coisa que me deixa bastante feliz é quando um jogo que eu acompanhei desde os primeiros playtestes chega às prateleiras e esse é o caso do Camisa 12 do amigo Rodrigo Rego e que vai sair agora em maio pela Dijon Jogos.

Nele somos chefes de torcida que precisam fazer aquele barulho na arquibancada, pois essa participação da torcida é fundamental para que seu time faça muitos gols e ganhe a partida.

No início de cada clássico os jogadores vão escolher o seu time preferido, cada time tem um poder diferente, depois disso é preparado o estádio ainda vazio e o rondel de ações que é a alma do jogo onde colocamos em cada espaço um tile de cada time.

Ano passado joguei a versão final dele
no Tabletopia.

Na sua vez você anda até três espaços no rondel, onde você parar pega o tile do seu time e descarta o do adversário, o tile escolhido vai entrar na sua arquibancada e aqui precisamos prestar atenção em alguns pontos importantíssimos.

O primeiro são os ícones, quando você pega um tile do rondel existe um ícone que dá a referência de onde ele pode ser colocado na arquibancada, ao colocar uma tile em um espaço diferente, você vai avançar o marcador do adversário, mas isso pode ser uma jogada interessante.

Nos tiles temos 5 formas de pontuação : o bandeirão, as músicas, os fogos de artifício, os mosaicos e as olas e você pontua ou ganha bônus pela quantidade de tiles iguais adjacentes, por isso às vezes vale você colocar um tile em um lugar que dê ponto para o adversário, pois é capaz de você ganhar mais com isso.

Aqui ainda na época que ele se chamava
Maracanã.

A grande sacada é você também observar o que a torcida adversária está tramando, pois quando você escolhe um tile pra você o que é descartado do adversário não costuma voltar para o jogo, então as vezes a sua escolha pode ser baseada em sacanear o amiguinho.

Conforme você pontua, os gols vão acontecendo e quando o estádio estiver lotado (sem espaços para colocar tiles) o jogo termina, vamos ganhar mais uns pontinhos pelas cartas bônus e conferimos o placar, se algum time estiver ganhando beleza ele é o vencedor, mas se a partida estiver empatada temos uma disputa de pênaltis (com cartas) para definir o vencedor.

Eu sou fã do Camisa 12 (desde que ele se chamava Maracanã), pra mim é um dos jogos nacionais mais legais e um dos meus preferidos do Rodrigo (fica ali brigando com o Papertown) e além de ser rápido e fácil de ensinar e jogar tem esse apelo das partidas de futebol, é impossível você jogar sem zoar o amiguinho ou ficar fazendo barulhinhos de torcida e esse eu aposto que vai ser um sucesso!

Ele já tá prontinho, em maio começam 
as vendas! Só sucesso!
 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Teotihuacan : Expansion Period / Shadow of Xitle


A matéria de hoje é um pouco diferente do que a galera está habituada, hoje nós vamos falar um pouco de duas expansões que eu ainda não joguei mas que podem estar chegando ao Brasil, mas para que isso aconteça um Financiamento Coletivo precisará ser feito.

Estou falando das expansões Shadow of Xitle (2020) e Expansion Period (2021) de um dos jogos mais legais que eu joguei nos últimos tempos, o grande Teotihuacan.

O Thiago da Bucaneiros é um grande fã do jogo, e quando a Shadow of Xitle saiu ano passado, ele pensou em trazê-la par ao país, mesmo com o jogo base já tendo sido esgotado, mas a quantidade exigida pela editora original, a Board & Dice, era impraticável principalmente pelo momento em que a editora se encontrava desenvolvendo os dois (excelentes) jogos da parceria com a Marvel (o Battlegrounds e o Comic Hunters) e acabou passando, mas esse ano com a eminência do lançamento de uma expansão maior, a Expansion Period, o assunto voltou a pauta.

Imaginem toda a linha Teotihuacan
de volta ao mercado?

O grande ponto é que continuaria esquisito fazer todo um esforço para trazer uma quantidade grande de uma expansão sem ter o jogo base disponível no mercado, então a Bucaneiros através das suas mídias sociais fez uma enquete aventando a possibilidade de tudo de Teotihuacan voltar ao mercado via Financiamento Coletivo.

A resposta não poderia ter sido mais positiva, de 383 pessoas que responderam a enquete 88,3% disseram que participariam dessa campanha, além disso temos na Ludopedia mais de 740 pessoas que contam com o jogo base na sua lista de desejos, por essas razões a empresa resolveu que valeria à pena essa empreitada.

Foi negociado então com a Boards & Dice uma fatia de 500 unidades do jogo base e dessas duas novas expansões, além de mais uma tiragem de 300 unidades da Late Preclassic Period (de 2019).

Apesar de poucos componentes, a
Shadow of Xitle é uma boa expansão.

Falando um pouco dessas duas expansões, a Shadow of Xitle é uma caixa pequena que traz 10 novas fichas iniciais e 10 novas fichas de tecnologia e servem basicamente para dar uma nova mexida nas configurações do jogo principalmente para os jogadores que já tem bastante partidas dele.

Já a Expansion Period é uma expansão grande e traz 4 novos módulos além de uma nova forma de movimentação para o Teotibot (a versão solo do jogo) para serem adicionados ao jogo base, que assim como na Late Preclassic Period devem ser escolhidos quais serão usados durante o setup inicial do jogo.

Das novidades mais legais dessa expansão, eu fiquei de olho comprido com o Módulo 9 que adiciona um tabuleiro menor com a expansão do império, onde você vai realizar ações na área de Conquista e colocar seus guerreiros que pontuarão durante a fase da lua.

O Modulo da expansão do Império parece
ser um dos mais bacanas da Expansion Period.

Enfim, os fãs do Teotihuacan não tem o que reclamar do que vem por aí e aqueles que ainda não conseguiram sua cópia tem uma oportunidade de ouro de consegui-la a ainda investir nas expansões antes que virem itens que o pessoal mete a mão nos preços de usados.

Em poucos dias o Thiago vai soltar uma newsletter explicando todo o processo de como será essa campanha junto com um "desabafo" de quem além de empresário também é um entusiasta do hobby e como coração e razão as vezes brigam feio para uma tomada de decisão.

Um jogaço, que merece o esforço para
retornar ao mercado nacional.
 
 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

RetroGames : The Lost Vikings

 

Lançado para o Super Nintendo em 1993, The Lost Vikings é um jogo de plataforma bem curioso onde precisamos controlar três vikings por várias fases até que eles consigam enfrentar o terrível Tomator, Imperador de Croutonian que havia sequestrados os três para o seu zoológico bizarro.

O que chama atenção nesse jogo é que as fases funcionam como quebra-cabeças e você alterna no controle dos três personagens, mas o grande barato é que cada um deles tem uma especialidade diferente, e apenas trabalhando em equipe e sabendo usar cada um no momento certo é que você vai se sair bem.

Para se ter uma ideia, o Erik é o viking da velocidade e saltos e tem o divertido poder especial de com sua cabeçada destruir algumas paredes, o simpático Olaf é o viking da proteção com seu grande escudo consegue fazer com que os tiros dos inimigos não atinjam seus companheiros, além de transformá-lo em um planador ou plataforma para o salto do Olaf e por último temos o Baleog que é o viking da porrada com sua espada para confronto direto ou seu arco para tiros à distância.

As fases são bem inteligentes e você
precisa se ligar em qual viking usar.

As fases do jogo são bem inteligentes e precisamos ficar bem atentos para saber com qual dos vikings precisaremos avançar primeiro ou realizar determinada ação, sempre tomando muito cuidado para que nenhum deles morra, pois caso isso aconteça, mesmo que a fase seja completada você vai precisar reiniciá-la para terminar com a turma toda.

A primeira vez que eu joguei The Lost Vikings foi já para sua versão no PC, e lembro de ter ficado bastante impressionado pela grande sacada da utilização dos três personagens e de cada um ter sua função diferente dentro da partida, isso era uma coisa bem nova e ainda hoje não é uma forma de jogo muito explorada.

Cada um dos vikings tem sua
função diferente no jogo.

Em 1997 uma sequência é lançada, além dos já conhecidos vikings do jogo anterior temos o Fang, um lobisomem que pode saltar, escalar paredes e lutar corpo-a-corpo e Scorch, um dragão que lança bola de fogo além de voar.

Apesar do time maior, conforme você for liberando os novos personagens vai precisar escolher sempre três para o seu time durante as fases.

Os dois jogos são considerados sucesso e ambos estão na coleção Blizzard Arcade Collection que é praticamente um museu com os jogos clássicos da editora e pode ser jogado no PS4 e PC.

As dicas de hoje são com as senhas de todas as fases, divirtam-se.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Levitadores


Em Levitadores os jogadores são mestres na arte da telecinese numa disputa para ver quem será o merecedor de ser o novo Guardião dos Artefatos Sagrados e para isso precisará mostrar todas as suas habilidades.

Criado pelo designer André Teruya e chegando em breve no Catarse, no início da partida cada jogador escolherá uma das quatro escolas para ser o seu seguidor, cada uma das quatro tem habilidades especiais diferentes que ajudarão durante a partida.

No tabuleiro central ficam dispostos os dados que são a fonte principal de energia do jogo, neles estão inscritos os artefatos e cada um deles tem um poder diferente para ser utilizado durante o jogo, além disso temos as cartas com avanços nas nossas habilidades e cartas com a configuração das nossas levitações.

No tabuleiro central ficam os dados e
as cartas de avanço das habilidades.

O jogo é dividido em 3 fases, na primeira a gente vai observar o bônus de cada habilidade especial dos personagens, depois teremos a fase de preparação onde os dados são rolados e cartas de habilidades básicas e finalmente a fase de manipulação onde vamos mexer com os cubos para tentar arrumar as configurações dos pergaminhos.

Nos dados temos o desenho das seis runas que poderão ser usadas na sua fase de manipulação, ao escolher um dos dados você leva para o seu tabuleiro também uma carta de avanço em alguma habilidade e isso vai ajudar bastante durante a partida, pois conforme você vai juntando essas cartas, as suas combinações te garantem pontos de energia e estabilidade que são importantes na hora da manipulação.

O grande barato do Levitadores é justamente a fase de manipulação, os jogadores tem seis cubos no seu tabuleiro e precisa configurá-los conforme o desenho dos pergaminhos para ganhar os pontos, para movê-los você vai gastar pontos de energia e estabilidade para ir subindo os níveis, e quanto mais alto, mais difícil (mas também mais valioso ficam).

Você precisa cumprir os objetivos
dos pergaminhos, para garantir pontos.

Toda vez que você completa um objetivo observa se fez no nível desejado, mais acima (dando bônus) ou mais abaixo (perdendo pontos) e pega um novo pergaminho para seu próximo desafio.

Assim que um dos jogadores consegue resolver 5 desafios a rodada termina, contam-se os pontos e o jogador com a maior pontuação é declarado o novo Guardião.

Levitadores, que vai sair pela On the Table, tem um tema diferente com mecânicas super bem aplicadas com a arte do Diego Sá que vale destaque e com certeza será um jogo brazuca de muito sucesso que a gente espera que financie e que consiga muitas metas extras.

O protótipo já está lindo, imagina
a
versão final!
 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

RetroGames : Prince of Persia


Lançado originalmente pra Apple II em 1989, a franquia de Prince of Persia começa nos levando por várias fases onde o príncipe Dastan na busca por sua amada que fora capturada, mas até então o nosso herói não tinha um nome, esse só veio anos após o jogo ser lançado devido a sua adaptação cinematográfica.

Criado pelo americano Jordan Mechner, o jogo veio na sucessão de outro grande jogo do autor, o Karateka, a grande sacada do autor veio curiosamente de uma incapacidade técnica.

O movimento fluido do jogo é um dos
destaques sempre lembrados.

Por não conseguir criar bons gráficos para o jogo ele usa um método chamado rotoscópio para capturar os movimentos do seu irmão correndo, saltando e subindo em muros para depois passar para o jogo e acaba que isso dá uma "assinatura" aos jogos do autor e a franquia.

Outro grande destaque do primeiro Prince of Persia é a sua grande dificuldade, não apenas pelas fases, mas pelo jogo propor que você chegue ao final em apenas 2 horas, o que faz com que muitas vezes você perca não pelo fim da sua barra de energia e sim pelo esgotamento de tempo.

O primeiro jogo não atingiu um sucesso imediato quando foi lançado, mas conforme foi atingindo outras plataformas como o Master System, Mega Drive, Nintendinho, SNES entre outros, ele começa a receber o devido crédito e alcanças vendas expressivas.


Além da dificuldade das fases, a corrida

contra o tempo complica mais o jogo.

Mesmo com o sucesso o autor se afastou da indústria de video games após o lançamento do primeiro jogo e só voltou anos mais tarde para participar da equipe criativa que lançaria em 1993 a sequência The Shadow and the Flame lançado para PC mas também portado para Super Nintendo, Mega Drive e Machintosh.

Além desses dois lançamentos o jogo ainda viu sucesso por muitos anos com vários lançamentos para diversas plataformas, sendo o seu maior sucesso o jogo Sands of Time de 2003 que saiu para PS2, Xbox, Game Boy Advanced, Game Cube e PC e tem um remake esperado para esse ano ainda.

As senhas para todas as fases está nas tabelinhas abaixo :


sexta-feira, 16 de abril de 2021

Made in Brasil


Essa semana ao escrever a resenha do divertido Arquimedes do mestre Knizia recebi um comentário falando que se fosse um jogo de autor nacional ele não seria publicado, isso além de não ser verdade mostra um pouco de desconhecimento do quanto evoluímos em matéria de designers brasileiros e quantidade de jogos lançados tanto aqui quanto no exterior.

Na real é que nunca se lançou tantos jogos de autores nacionais quanto hoje, atualmente temos duas campanhas fundadas (Desejos do Sultão e Jester), a Meeple BR fazendo um barulho bacana para o lançamento do Brazil: Imperial e um evento mensal de apresentação de novos projetos o Proto BR.

O grande lance aqui é observarmos o mercado nesses últimos 10 anos. Em 2011 eu fui a ABRIN cobrir o lançamento do Catan pela Grow mas também pra dar uma moral para três lançamentos da Tóia, na época uma empresa de varejo que estava querendo entrar no ramo dos tabuleiros modernos.


Recicle : Tempos de Crise, um dos primeiros jogos

"self-made" do mercado brasileiro.

Naquela época tínhamos pouquíssima coisa acontecendo no cenário nacional, empresas como a Galápagos davam seus primeiros passos com Último Grande Campeão, a Ceilikan tinha alguns títulos próprios, os amigos Luish Coelho tinha o Recicle : Tempos de Crise lançado no braço assim como o Marcos Macri começava a aparecer e a desenhar o que seria a primeira editora "self-made" do mercado nacional.

De lá pra cá muita coisa andou, o cenário cresceu muito com a chegada firme das editoras e os eventos de protótipos como a Mansão Convida, o evento da Game of Boards e principalmente o espaço dentre do Diversão Offline fizeram aparecer dezenas de autores e muitos jogos começaram a despertar o interesse do mercado.

Mas o processo entre ter uma ideia, rabiscar um protótipo e ver seu jogo efetivamente ser lançado não é fácil, não é divertido e requer resiliência, paciência e principalmente contatos, e aqui eu não falo na questão das "costas quentes", aqui é você ir atrás das pessoas com alguma bagagem, conversar com outros autores, com editoras, com o público e saber ouvir críticas.

Sempre houveram os espaços para os novos talentos
aparecerem e sempre com apoio do público.

Uma vez em um evento eu ouvi de um autor "falem mal de mim, mas não do meu jogo", resultando, eu nunca sentei para jogar nada desse autor à partir daí, se a pessoa não está aberta a ouvir o que outros tem a oferecer de crítica, ele não vai a lugar algum.

Falo isso aqui como designer, na época do desenvolvimento do Die die DIE a gente anotava tudo o que nos era falado, as notas baixas que recebemos na Ludopedia sempre mandamos mail pra quem as deu para saber o que a pessoa tinha achado de tão ruim no jogo e com isso crescemos enquanto autores (eu e o Romulo Marques).

O autor que pensa que tem uma ideia maravilhosa, mas recebe várias portas fechadas de editoras tem também sempre a oportunidade de partir para o campo do "do it yourself", e aqui no Brasil temos vários exemplos de casos de sucesso como a Dijon Jogos, a Moby Studios, a Game Hives dentre outras que decidiram lançar os seus jogos criando a própria editora.

O mercado é muito inclusivo, caras como Sergio Halaban
(de verde) estão sempre dispostos a ajudar.

"Ah, mas dessa forma nunca atingiremos o mercado de massa", o lance aqui é que apenas duas editoras tem entrada no mercado de massa, a Grow e a Estrela, e a primeira foca nos jogos em que ela se mantém estável já a Estrela está começando a apostar nos jogos modernos, tanto que tem anunciado jogos de autores saídos dos grupos de designers como o Alexander Francisco e o Daniel de Sant'anna.

Esse discurso de que as editoras não aceitam as ideias de autores nacionais é furado, os lançamentos estão aí para provar o contrário, mas você precisa ter um produto minimamente consistente pra que a editora invista nele, não adiante vir com o papo de que "meu jogo merece uma chance" ou "como saber se vai ser sucesso, se nem lançou" porque ninguém vai investir tempo e dinheiro em algo que eles não tenham alguma chance de retorno, e acredite, as editoras tem esse know-how.

Se você fizer as coisas direito, seu projeto
vai acontecer!

Você pode então ficar reclamando nas postagens ou então arregaçar às mangas e ir pra luta, tem autores que estão aí na batalha desde que a gente ainda jogava WAR, caras como o Sergio Halaban que apesar de serem autores super renomados vão aos eventos com protótipo debaixo do braço, ouvem conselhos e sugestões para os seus jogos e principalmente sempre estão abertos à dar conselhos e trocar ideias.

O mercado não está parado, lançamentos de jogos de autores nacionais estão acontecendo todo mês, a qualidade das produções nacionais estão cada vez melhores, então ao invés de reclamar, ponha o seu projeto na rua que o público tá aí, cada vez mais jogadores aparecem e os jogos brazucas estão aí... Pra ficar!

Meu conselho? Persevere, ouça, rale que se você
tiver um produto de qualidade, ele vai aparecer.
 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Arquimedes


Em Arquimedes, um adorável jogo do mestre Reiner Knizia, os jogadores tem cartas com valores numéricos que vão de 1 a 13 e precisam se livrar delas, mas para baixá-las na mesa você vai utilizar as quatro operações básicas da matemática.

No início da partida são separadas as cartas de penalidade de acordo com o número de jogadores, depois disso são distribuídas 5 cartas para cada jogador e uma é aberta no centro da mesa.

Na sua vez você precisa tentar formar alguma operação matemática para se livrar das cartas da sua mão, isto é, se a carta da mesa é um 5 por exemplo, você coloca um sinal de soma uma carta 2 da sua mão e como resultado uma carta 7 da sua mão, se livrando assim de duas cartas.

Você precisa se livrar das cartas da mão
usando operações matemáticas.

As cartas que forem baixadas serão empilhadas e que ficou como resultado será a carta que ficará no topo da pilha de descarte para o próximo jogador.

Existe também a possibilidade de se livrar de uma carta apenas, colocando apenas o sinal de igualdade, como no exemplo acima, a carta que ficaria por cima seria o 7 que você baixaria ela da sua mão formando o 7=7.

Mas você precisa ficar ligado que o resultado nunca poderá ser negativo, então nas subtrações não podem serem usados números maiores do que está no topo da pilha de descarte.

Sempre terá uma carta no topo do descarte
para começar a sua operação.

A rodada termina de duas formas, quando um dos jogadores se livra de todas as cartas ou se a pilha de compra acaba e ninguém consegue mais realizar nenhuma operação matemática, aí os jogadores somam as cartas da mão e pegam cartas de penalidade de acordo com os valores, quem tiver o maior somatório pega a pior penalidade.

Depois de cinco rodadas os jogadores somam suas cartas de penalidade e quem tiver o menor somatório é o vencedor.

Arquimedes é um joguinho leve, bom pra utilizar com crianças e além de ilustrações lindas traz cartas falando das personalidades representadas, todas pessoas importantes de alguma forma para a matemática pelo mundo, incluindo o próprio Knizia como carta bônus e uma justa homenagem a esse grande autor.

As vezes dá pra simplificar, mas aí você só
descarta uma cartinha.
 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

RetroGames : Alex Kidd in Miracle World


Criado em 1986 pela SEGA o personagem Alex Kidd apareceu para servir de rival para o Super Mario da Nintendo, em seu primeiro jogo o pequeno Alex precisa passar por diversos adversários para recuperar a coroa roubada por seu inimigo, o temível Janken the Great e seus asseclas.

Alex Kidd in Miracle World é um típico jogo de plataforma 2D onde você passa por vários estágios derrotando pequenos inimigos, recolhendo os saquinhos de moedas que são importantes para a obtenção de alguns benefícios que podem ser comprados entre uma fase e outra e que ajudam ao nosso herói em sua empreitada.

Alex precisa atravessar vários lugares
e enfrentar muitos inimigos atrás da coroa.

Uma coisa bastante divertida no jogo, é que os chefes de fase e comparsas do Janken the Great devem, na maioria das vezes, serem derrotados em partidas de tesoura/papel/pedra e todos eles tem carinhas que parecem uma das três posições da brincadeira.

O jogo atendeu muito bem as expectativas da SEGA, tendo sido um dos campeões de venda o que o credenciou mais tarde a ser o jogo que vinha na memória do console Master System II em alguns lugares do mundo, como na versão brasileira. 

Algumas de suas batalhas contra os chefões
serão resolvidas no tesoura/papel/pedra.

Curiosamente no início do desenvolvimento em 84 do jogo ele deveria ser baseado na franquia de animes de Dragon Ball, mas a SEGA acabou por perder os direitos sob a marca e o CEO da desenvolvedora fez os programadores começarem tudo de novo.

Alex Kidd acabou virando uma franquia de sucesso para o Master System, tendo além do Miracle World mais cinco outros títulos para Arcade, Master e Mega Drive e agora no dia 24 de junho de 2021 está sendo lançado o Miracle World DX (vejam o trailer aqui) que traz de volta o pequeno Alex mas com gráficos atualizados, embora o jogo continue sendo com as plataformas 2D.

Alex Kidd in Miracle World não é um joguinho fácil e não ter o recurso de SAVE não ajuda, mas você pode continuar suas partidas se tiver pelo menos 400 moedas e apertar PARA CIMA e o BOTÃO 2 por 8 vezes após o GAME OVER.

• Outra coisa que precisa ficar atento, as caixinhas especiais tem uma ordem certa de bônus: o primeiro sempre será o ANEL, o segundo será o FANTASMINHA (que te segue, mas se ele sumir da tela você se livra dele) e o terceiro um VIDA EXTRA.

• E para conseguir pegar a coroa após derrotar o Janken a ordem a ser pisada nas caixas é a seguinte :


Agora em 2021, o pequeno Alex estará de volta
às plataformas em Miracle World DX.
 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Relembrando : Contra Ataque


Lançado originalmente em 1982 nos Estados Unidos, Contra Ataque é um jogo abstrato que chegou ao Brasil no ano seguinte pela Estrela.

Nele cada jogador tem um set igual de 12 peças de formatos diferentes, lembrando o princípio do Othello você ao encostar a sua peça na do adversário faz com que aquela peça seja dominada por você e fique da sua cor.

Então na sua vez o jogador vai escolher uma peça do seu estoque e colocar no tabuleiro, para cada peça que a sua encostar ortogonalmente na do adversário, aquela vira da sua cor.

Cada lado começa com a mesma
quantidade de peças.

A grande sacada dele é você tentar fazer com que peças maiores, que dão mais pontos no final, consigam ficar inacessíveis para o oponente, fazendo assim com que elas permaneçam da sua cor até o final do jogo.

A partida vai alternando turno a turno até que não se consiga mais colocar nenhuma peça no tabuleiro, então contam-se os pontos baseados nos valores das peças da sua cor no tabuleiro e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

A sacada é tentar isolar peças de valor alto
pra manter os pontos até o final.

Contra Ataque tem regras simples é rapidinho e tem uma camada de estratégia bastante legal para um joguinho desse tamanho, nessa Páscoa eu estive na casa da minha sogra e futucando o armário de jogos eu encontrei a cópia dele e sempre foi um jogo que me divertiu muito e foi legal ver que ele ainda tem apelo, meus filhos adoraram e jogamos algumas partidas durante o domingo.

Curiosamente essa semana na página da Estrela apareceu uma postagem falando sobre a volta dele ao mercado, ainda que com cores diferentes, mantendo-se totalmente fiel as versões anteriores (e com um preço bastante atrativo em tempos de jogos caríssimos). 

 
A nova versão mudou a cor do tabuleiro,
mas as peças continuam as mesmas.