terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Entrevista : Fel Barros, criador do WarZoo

O grande amigo e game-designer Fel Barros, está aí com o lançamento do seu WarZoo, o trabalho já está super bem encaminhado, o jogo tem recebido excelentes críticas entre os jogadores e complementando uma recente entrevista dada ao RedomaNet está aí um pouco mais sobre o projeto.


E aí, tem Jogo? : Na Entrevista ao Redoma, a previsão era Março/2014. Essa previsão está mantida?

Fel Barros : Final de Março é a previsão mais otimista que temos. As regras estão fechadas, começamos agora a distribuir entre blogueiros, vlogueiros e organizadores de evento, os arquivos do protótipo que usamos para jogar aqui no RJ. A maioria dos orçamentos está encaminhada, estamos trabalhando com os melhores componentes possíveis, estamos só testando as promos que serão oferecidas em modelo de "stretch goal", finalizando algumas artes e trabalhando com bastante afinco no manual de regras. Queremos oferecer uma caixa de colecionador super limitada, um artbook, playmats e camisetas, além do jogo "normal". Pode parecer simples mas um BOM manual dá bastante trabalho e não economizaremos esforços para ele ficar perfeito. Felizmente, temos o Groo no time, que é um especialista em diagramação e edição de manuais , o que eu julgo fundamental para a apresentação do mesmo e dará bem mais trabalho do que as próprias cartas.

Fel Barros (com cabelo), designer do WarZoo e grande amigo.

E aí, tem Jogo? : Você vai lançar o WarZoo por um selo próprio pode falar um pouco mais sobre o ele?

Fel Barros : O nome do selo é Ace Studios. Acredito piamente no cenário nacional, trabalho em tempo integral com o desenvolvimento de jogos e nos últimos meses, o meu dia-a-dia é exclusivamente dedicado ao WarZoo. O Daniel Araújo é meu sócio nessa empreitada. Formamos também um conselho com dois "ases" em negócios para nos ajudar a fazer o planejamento, tomar decisões estratégicas e calcular todo o nosso progresso. Sem esse conselho, certamente o projeto não sairia do papel.

E aí, tem Jogo? : Você disse que o WarZoo NÃO é colecionável (com ênfase no "não"). Os jogadores poderão alterar de alguma forma o baralho? Não sendo colecionável não fica muito limitante?

Fel Barros : O WarZoo , caso dê certo no Catarse, será customizável. Os dois decks foram planejados de modo a ter cartas "da facção" e cartas neutras. Cartas da facção não podem se misturar (você nunca vai poder ter um aliado e um eixo no mesmo deck) mas é livre para modificar as cartas neutras como quiser. Para o Catarse, nosso plano de stretch goal é adicionar o máximo de cartas neutras , para o pessoal , eventualmente, poder construir os próprios decks. Eu jogo Magic e já joguei vários colecionáveis e, pessoalmente, acho que é um modelo esgotado. Além de ser muito caro, exige uma dedicação muito grande. O LCG faz isso, em uma escala bem menor e quero posicionar o WarZoo um degrau abaixo do LCG. O jogo funciona como vem na caixa e poderá ter expansões, facções e cenários novos para aumentar a rejogabilidade e dar essa opção de customização para o pessoal que curte criar os próprios baralhos. Tudo vai depender, é claro, da recepção do público ao jogo. 

Mesa de WazZoo e suas cartinhas (ainda com lay-out provisório).

E aí, tem Jogo? : Na página do Facebook você cita alguns jogos que serviram de base para o WarZoo. Quais jogos você colocaria como "fundação" para o Warzoo?

Fel Barros : É uma pergunta honesta e que eu mesmo faço com frequência. Acho que não veremos mais títulos completamente originais. Hoje, o Game Design é a "soma das partes". Quase "Alquimista", eu diria. Com certeza, as maiores influências vieram do Battle Line/Lost Cities e do Gosu. Sou muito fã do Knizia e quando as pessoas jogam sem as armas (os efeitos especiais das cartas), elas comentam com frequência sobre a semelhança com um design do Knizia o que, para mim, é um grande elogio. A parte do Gosu fica por conta dos poderes especiais. O Gosu é fortemente inspirado em mecânicas de Magic: The Gathering que é , de certa forma, o "pai" dessas mecânicas de card games modernos. A forma como o Gosu "traduziu" o Magic para um ambiente mais controlado foi algo que eu tentei trazer para o WarZoo também.

Por outro lado, a rejogabilidade veio toda do Yomi e do Pôquer. Como um bom viciado nos dois, tentei trabalhar o blefe e o "padrão de comportamento" em ambos.


 Mas a arte final vai ficar linda demais!

E aí, tem Jogo? :  Nós já vimos alguns personagens e dezenas de referências, podemos esperar mais nessa linha?

Fel Barros : Com certeza. A recepção ao Magnopig (O Magneto virgem de 40 anos) foi muito boa , mesmo com o trocadilho infame do porco que controla porcas. As cartas "imbatíveis" do deck tem o codinome "Chuck-800" e "Chuck  831", temos vários personagens ambientados no Revolução dos Bichos também. O Daniel Araújo está fazendo um excelente trabalho de tradução dos meus briefings. Coisas como "mistura o Judge Dredd e o Donkey Kong" ou "Pega a casa do Up! e o Balão do Pink Floyd". É um processo divertido mas trabalhoso. Quando as pessoas pegam as cartas e riem sozinhas, sabemos que o trabalho está sendo bem feita e o nosso objetivo (um card game sério com forte dose de humor) foi alcançado.

E aí, tem Jogo? : Não vamos alongar a entrevista. Então deixe uma mensagem para a galera do E aí tem Jogo!

Fel Barros : O WarZoo é um projeto feito com bastante profissionalismo por todos os envolvidos e o nosso compromisso é entregar um produto com padrão de qualidade internacional, em todos os sentidos.  E claro, Continuem acompanhando a página do WarZoo e o E aí, tem jogo?, o blog mais premiado do país.

Podem aguardar, que o WarZoo já está chegando!

4 comentários:

Felipe disse...

Valeu Cacá!! Ficou MUITO boa a edição!

Igor Mascarenhas disse...

Muito legal a entrevista. Cada vez mais animado com o Warzoo :)

FABRÍCIO FERREIRA disse...

Na espera!!!

Thiago disse...

SÓ a arte deste já valeria a penA!


tanto fiquei bem interessado naquele art-book! Sucesso Fel!