sexta-feira, 28 de abril de 2023

Tulip Bubble


Em 1636 aconteceu na Holanda um fenômeno que afetaria para sempre o mundo dos negócios, considerado o primeiro evento de "bolha" especulativa quando mercadores ficam atraídos por lucros rápidos com a venda dos bulbos de tulipas, mas como todo mundo embarcou nessa acabou que a bolha explodiu e muita gente se viu falida.

Aqui no Tulip Bubble nós somos investidores tentando ter os maiores lucros antes que a bolha estoure e no final quem tiver mais dinheiro é o vencedor.

Num tabuleiro central vamos dispor as cartas de tulipas em três cores diferentes, nele também marcamos as variações no mercado para avaliarmos os preços de compra e venda.


O mercado muda o tempo todo, uma tulipa boa pode dar prejuízo muito rápido.

O jogo vai ter de 7 a 9 rodadas e em cada uma delas temos 4 fases : a fase de evento onde acontecem variações no mercado e é quando pode acontecer o estouro da bolha, depois os jogadores vendem as suas tulipas para o mercado ou para colecionadores para depois gastarem seu rico dinheirinho na fase de compras de novas tulipas e finalmente a fase de limpeza onde ajustamos o mercado e as tulipas mais velhas saem do jogo.

A fase de venda e compra são o coração do jogo, as vendas para o mercado são interessantes mas colocam mais tulipas no jogo o que pode mudar os valores já as vendas aos colecionadores são mais difíceis pois pedem combinações de cartas mas também dão lucros maiores e as tulipas vendidas vão direto para o descarte.

A fase de compras pode ter disputas por determinadas tulipas o que vão gerar leilões que tem um sistema interessante de compensação para os perdedores o que gera uma disputa especulativa para que os perdedores acabem ganhando umas moedinhas à mais.


As vezes você consegue ganhar um trocadinho especulando no leilão.

Explico, o leilão vai acontecer com os jogadores dando seus lances, quando o vencedor do leilão for estipulado você subtrai o valor pago pelo valor de mercado daquela tulipa e essa diferença é dividida entre os jogadores que participaram do leilão.

Como já disse lá no início o jogo segue até que a bolha do mercado estoure e aí o jogador com mais dinheiro é o vencedor ou se em qualquer momento do jogo alguém consiga ter 120 de dinheiro e possa comprar a cobiçada Tulipa Negra.

Tulip Bubble é um jogo leve de mercado, tem a questão da especulação dos leilões e o lance de ficar de olho na variação do mercado que são interessantes mas é um jogo que apesar de bacaninha eu não me vejo jogando muitas vezes.


Será que você consegue juntar dinheiro para a cobiçada Tulipa Negra?
 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Dissecando : O Bom do Videogame


O Bom do Videogame
é um jogo desenvolvido pelos amigos Patrick Matheus e André Negrão que está com um tempão de estrada e finalmente vai sair pela Calamity, eu recebi a versão final do jogo que entra num modelo de financiamento coletivo "pagou/recebeu" agora em maio.

Eu já fiz uma resenha falando das mecânicas dele (você pode conferir nesse link) mas trocando em miúdos somos uma molecada dos anos 90 durante os áureos anos dos videogames 16bits correndo atrás dos jogos nas locadoras para zerá-los e tirar onda com os amiguinhos.

Aqui nesse matéria vamos falar sobre a produção e o que vocês vão receber comprando o jogo durante a campanha.


Tiles de excelente qualidade com bom corte e impressão.

O jogo foi produzido com caixas e tiles feitas no Brasil e os meeples e cartas vieram da China da mesma fabricante da versão internacional do Everdell e a qualidade final está muito boa.

Os tiles estão grossos com bom corte e impressão perfeita o destaque ficou para as cartas dos "cartuchos" que são grandonas (formato tarot) com acabamento de primeira e artes de diversos desenhistas dando uma cara bem "anos 90" mesmo.

Os meeples que lembram os sprites de personagens dos jogos para serem adesivados também ficaram muito legais e no geral os componentes ficaram excelentes.


Destaque para as cartas tamanho "tarot" com acabamento de primeira.

O lançamento d'O Bom do Videogame vai ser via Catarse com a distribuição pela Calamity e diferente da maioria de outras campanhas os jogos já estão prontos para distribuição o que for gerado de extra vai depois para os apoiadores, então você já garante o jogo na hora da compra.

Fico realmente muito feliz de ver o projeto dos amigos Patrick e André finalmente sair, ele é um jogo muito legal, super temático e que teve um cuidado imenso para que o produto final fosse o melhor possível, então "bota ficha" na campanha que vai valer à pena.


O setup de cada um dos (até) 5 jogadores com personagens diferentes.
 

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Last Message


Em Last Message um jogador será o criminoso, outro a vítima e os outros jogadores serão os inspetores tentando capturar o criminoso através das pistas deixadas pela vítima, tudo em um cenário tipo "Onde Está Wally?".

No início da partida escolhemos um dos 6 cenários que vem no jogo e decidimos os papeis dos jogadores, depois criminoso e vítima ficam de um lado do biombo com o cenário pequeno onde é escolhido um dos personagens para ser encontrado e do outro lado ficam os inspetores com uma versão maior do mesmo cenário.


O criminoso escolhe um dos personagens do cenário.

Uma vez escolhido o personagem a vítima precisa passar as pistas aos inspetores usando um tabuleirinho com 9 áreas para serem desenhadas, o barato do jogo é que você é livre para passar as pistas, pode desenhar e escrever à vontade dentro do tempo da ampulhetinha que vem na caixa.

Mas assim que acaba o tempo o criminoso pode apagar alguns segmentos do tabuleirinho e assim dificultar o trabalho dos inspetores.


Pistas são desenhadas mas alguns segmentos são apagados para dificultar.

Na primeira rodada ele apaga 5 dos 9 segmentos, depois 4, 3 até a quarta e última rodada onde só vai poder apagar dois segmentos, se até lá os inspetores não conseguirem descobrir o criminoso o jogo acaba com a vitória dele, mas no caso dele ser descoberto inspetores e vítima ganham a partida.

Last Message é um jogo família, levinho, super rapidinho e inteligente, aqui em casa foram umas cinco partidas direto com o povo revezando os papeis e com cenários diferentes e o veredito é que o jogo é muito divertido.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

O Cerco de Runedar


No Cerco de Runedar um grupo de anões precisa trabalhar em conjunto para conseguir construir um túnel que os faça escapar com seu ouro da invasão de orcs, goblins e trolls.

Num tabuleiro que faz parte da caixa do jogo nós temos três áreas de oficinas (de onde tiraremos recursos importantes), a entrada do túnel, a câmara central onde fica o ouro, as muralhas e as torres, temos também um tabuleiro à parte onde ficam dispostas as cartas de upgrade.

Cerco de Runedar trabalha com cartas para realizarmos as ações, cada jogador tem um deck de 12 cartas que são inicialmente embaralhadas, colocamos duas cartas à parte (por enquanto) e pegamos 5 para o nosso turno.


TIREM A MÃO DO MEU TESOURO!

Dessas 12 cartas sempre teremos 2 que vão acionar a entrada de orcs no jogo e mesmo com o upgrade do seu baralho você nunca vai se livrar dessas cartas que podem definir o seu destino no jogo uma vez que quando o baralho de orcs acaba os jogadores perdem.

Então na rodada você usa as cinco cartas da mão para conseguir recursos que são utilizados na compra de cartas mais poderosas, para se mover pela fortaleza, para atacar os invasores e para escavar o túnel.

Você começa com valores bem fracos no deck inicial, então a parte de upgrade é super importante para que a tarefa de fugir da fortaleza se torne um pouco mais fácil.


Cartas mais fortes vão entrando no seu deck.

Mas estamos falando de uma invasão, então estar preparado para "descer o sarrafo" nos invasores também é essencial, aqui vale já dizer que como esse é um jogo cooperativo, numa mesa com vários jogadores vale à pena escolher um para ser o "pancador".

O lance é que o combate é baseado apenas em rolagem de dados, então é super dependente de sorte, pode acontecer de você rolar o máximo de dados (que são 5) e não conseguir matar seu inimigo, então se você tem problemas com jogos de muita sorte, esse não é pra você.

Os jogadores só tem uma forma de ganhar a partida, cavucando o túnel, e eles fazem isso com a ação de escavação onde são tiradas pedras, mas conforme eles vão entrando pela montanha alguns goblins aparecem para atrapalhar então além das pedras do caminho temos essas criaturas indesejáveis.


Trolls, orcs e goblins vão tentar te impedir de cavar o túnel.

Se os jogadores conseguirem retiram o último pedregulhão e se livrar dos goblins do caminho eles vencem, mas para perder a coisa é mais fácil, se o deck de orcs acabar, se os orcs roubarem todo nosso ouro ou abrir a última carta de cerco ou de catapulta.

O Cerco de Runedar é um jogo divertidinho e acredito que funcione bem com iniciantes no hobby, mesas de evento e luderias e para jogador em família, ele tem muita sorte envolvida e isso pode incomodar, mas se você for pra mesa já sabendo disso e não se importar pode se divertir bem com ele.


Chega uma hora que a situação fica bem tensa!
 

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Kitara


Em Kitara os jogadores serão líderes de tribos tentando reunificar o grande Império de Kitara, só que outras tribos também tem essa mesma ambição e apenas o melhor estrategista conseguirá êxito nessa tarefa.

Uma vez determinado o número de jogadores para a partida coloca-se o tabuleiro correto na mesa, distribuímos as peças para cada jogador além da carta de ação inicial, um mercado de novas cartas é aberto perto do tabuleiro central e a partida pode ser iniciada.

O jogo se desenvolve em vários turnos onde os jogadores vão fazer ações com a intenção de aumentar seus territórios e também ganhar pontos de prosperidade.


Conforme você vai adicionando cartas as ações vão ficando mais parrudas.

A cada turno o jogador deve seguir na ordem as ações que são pegar uma carta, adicionar novos guerreiros ao tabuleiro, mover-se pelo tabuleiro, ganhar pontos de prosperidade e alimentar seu povo.

A grande sacadinha do Kitara fica na compra e manutenção das cartinhas, em cada carta você tem as 5 linhas com as ações do turno, nem todas vão estar preenchidas então ao comprar você está sabendo o que vai ter de melhoria para o turno vigente e para os próximos.

Conforme você vai aumentando suas cartas a serem usadas, novos peões são adicionados gerando pontos tanto imediatos quanto para o fim de partida, você fica apto a pegar cartas mais "longe" no display, aumenta seus movimentos enfim é muito importante aumentar suas opções.

Mas na fase de alimentação você precisa ficar muito ligado, pois cada carta precisa ser "alimentada" com uma figura sua nos espaços de savana, para cada carta que você não consiga alimentar ela precisa ser descartada e você perde os elementos conseguidos.


No display as cartas que você vai comprando para você.

Outra coisa legal são os combates, feitos para serem bem fáceis de se pensar você precisa basicamente superar a quantidade de peões do outro jogador que vai recuar com os dele até o espaço mais próximo onde ele tenha presença. Simples assim.

Quando a primeira carta nível 5 aparece no display de compras dá o gatilho de final de jogo, você vai adicionar pontos pelas cartas que ainda tiver com você além dos tokens que são recebidos nas batalhas vencidas com seu peão de herói e quem tiver mais pontos de prosperidade é o vencedor.

Kitara é um jogo "simplão", muito rapidinho e acho que uma boa opção pra mostrar como funcionam jogos de controle de área com mecânicas mais modernas mas acho que a galera mais cascuda vai achar simples demais.


Você precisa ir conquistando novos territórios.
 

segunda-feira, 10 de abril de 2023

"TOP" 5 - Jogos que EU não gostei


Uma reclamação recorrente do público que consome matérias sobre board games é que nós, produtores de conteúdo, não falamos mal dos jogos.

E por mais que a gente explique que gastar uma pauta pra dizer que o jogo é ruim pra nós é contraproducente, afinal fazemos isso por hobby nas nossas horas vagas, o povo ainda fica bravo e nos chamam de vendidos.


São mais de 20 anos de jogos modernos, nem todos vão merecer ficar na estante.

Enfim, como hoje eu tava sem pauta resolvi fazer um "TOP5" de jogos que EU (quero deixar isso bem claro) não gostei, assim quando vierem perturbar dizendo que a gente não fala mal de jogos e colo o link dessa matéria e vida que segue.

Vou deixar aqui bem claro um critério para essa lista, eu não repeti jogos de uma mesma editora e também não coloquei nenhum jogo de autor nacional.

Quando recebi o Red Rising eu confesso que fiquei empolgado com a produção é lindíssima como praticamente todos os jogos da Stonemaier mas ao ler as regras já percebi que ele era um jogo de combinhos de cartas e que isso não costuma funcionar comigo.

Não deu outra, mecanicamente o jogo não é mal, mas esse lance de ter um deck e que a carta A vai ficar fortona com a carta B e que uma delas pode nem chegar a aparecer na tua mão ou pior pode vir rápido na mão do amiguinho e dar uma desbalanceada no jogo me incomoda profundamente e o Red Rising acabou entrando pra essa lista.

Outro jogo que eu quando vi me pareceu ótimo mas a experiência de jogar foi fraquíssima foi o Colors of Paris, um jogo com rondel de ações onde precisamos comprar os pigmentos para completar obras de arte.


Acho que ele não consideraria esse jogo uma "obra de arte".

Também com produção caprichada o jogo tem um timing esquisito, as ações não fluem do jeito que eu esperava e os pintores são super desbalanceados, se você tem um que te deixa pegar mais pigmentos que os coleguinhas certamente ele vai ter vantagem. 

De toda a lista esse é o único que eu fiz uma resenha completa, porque muitos colegas curtiram o jogo, mas não foi o caso da turma que jogou comigo.

Esse agora é um jogo de um dos meus autores preferidos, o Stefan Feld, que tentou dar uma releitura para um jogo dele de 2010 (o Die Speicherstadt) com temática viking e chegou ao Brasil como Jórvik.

Jórvik é um jogo de comércio com leilão de lotes com uma mecânica até legal de "fila" pra compra, mas que no fim pode ser bastante frustrante fora que o tema é "colado com cuspe" e a arte não colabora muito pra tentar fazer o jogo ficar melhor.


As vezes não basta o jogo ser de um autor renomado pra ser bom.

Esse é um dos casos em que eu recebi o jogo da editora, sentei pra jogar, fechamos a caixa e eu falei para o meu contato que não conseguiria escrever uma resenha sobre ele.

Fanhunter é um jogo de cartas sobre colecionar relíquias com uma pegada de "toma essa" ele é injogável.

Você tem um personagem "narigão" que baixa cartas de "coisas boas" aí tem que tomar cuidado com as cartas de "habilidade" enquanto tenta pegar as relíquias para sua coleção, uma zona sem sentido que não durou duas rodadas completas.

Agora a cereja do bolo pra mim sempre vai ser o Dungeon Fighter!

Primeiro porque é um jogo que eu estava empolgadíssimo pra jogar, caramba arremessar dados para usá-los em combates dentro de masmorras, uma produção linda com uma torre de cartas um alvo maneiríssimo tudo isso pra maquiar um jogo fraquíssimo.

Chamei a "nata" dos jogadores de jogo zoeira pra mesa inaugural, todos empolgados, no primeiro "dado na ponta do cotovelo" a coisa já foi desanimando no "dado de costas de olhos vendados com vento à favor" a gente desistiu.


É sério, ele parecia tão promissor. Que decepção!

Esse entrou pra minha lista de jogos que eu recomendo distância sempre que me perguntam e se tivesse uma camisa "eu odeio Dungeon Fighter" era capaz de eu encomendar uma pra mim.

Enfim, essa é minha lista. Tem VÁRIOS outros jogos que eu joguei e achei ruim, alguns vocês deram sorte de não terem nem vindo para o mercado nacional (eu estou falando de você mesmo Die Kutschfahrt zur Teufelsburg) mas nem por isso eu vou ficar gastando meu tempo falando deles, pra mim vale mais à pena indicar bons jogos para vocês.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

RIP Klaus Teuber


Ontem ficamos todos da comunidade dos jogos de tabuleiro muito tristes ao sabermos do falecimento, no dia 1º de abril, de um dos grandes designers de jogos modernos o senhor Klaus Teuber que dentre vários jogos premiados foi responsável por trazer ao mundo os Colonizadores de Catan.

Nascido em 1952 na Alemanha ele criou seu primeiro jogo em 1988, o Barbarossa, ganhando o primeiro dos seus quatro Spiel des Jahres mas foi em 1995 que ele escreveria seu nome para sempre no mundo dos jogos ao lançar a primeira edição dos Colonizadores de Catan.

Considerado por muitos como o jogo que mudou totalmente a visão sobre os jogos de tabuleiro ele tem pra mim um significado gigantesco pois ao saber da existência de um jogo onde colonizaríamos uma ilha coletando recursos que poderia ser trocados entre os jogadores onde o tabuleiro pode ser diferente a cada partida entre outros elementos que jamais havíamos visto nos jogos, fui praticamente obrigado a ter uma versão dele para entender essa mágica.


Meu primeiro Catan, feito em casa e guardado com carinho até hoje.

Minha primeira "cópia" do Catan é basicamente um exercício de recorte e colagem feito lá em 2002 catando elementos dentro do Board Game Geek e ao ser guardado numa caixa de sapatos acabou sendo "carinhosamente" apelidado pelos amigos de Sapateiros de Catan.

Essa cópia deve ter visto fácil mais de 100 partidas, numa época em que eu nem tinha ideia de outros jogadores pelo Brasil, foi inclusive através de um site de Catan online que eu conheci um pessoal de Portugal que me indicou o grupo do Yahoo que me fez conhecer a "turma do Camilo" em 2004 e por conta desse contato que eu fui me apaixonando pelo hobby e acabei criando esse blog em há 15 anos atrás.


Sim, eu sou fã da franquia mais do que qualquer outra.

Aliás, graças ao Catan e ter entrado no mundo dos tabuleiros que eu acabei por conhecer pessoas maravilhosas que fazem parte da minha vida não só pelos jogos mas também são amigos de chopp, de bate-papo, de conversas e zoações, pessoas de áreas e hábitos tão diferentes que talvez eu nunca esbarrasse não fossem os jogos de tabuleiro.

É curioso você ficar realmente triste pela passagem de uma pessoa que você nunca teve a oportunidade de conhecer, mas nesse caso os jogos do Sr. Teuber estiveram por tantos e tantos anos na minha vida que a figura simpática daquele senhorzinho com seu inconfundível bigode acaba fazendo com que ele faça parte da sua história.

Fica aqui então essa singela homenagem ao sr. Klaus Teuber e ao seu trabalho que será eterno como grandes obras de arte ou peças de música, pois aonde estiver alguém tentando trocar uma ovelha por barro pelas mesas do mundo ele estará presente plantando a sementinha de redescobrir o prazer dos jogos de tabuleiro.


Obrigado por tudo! RIP

Outros jogos que merecem destaque :
Domaine
, Starferers of Catan, Elasund, Drunter und Drüber, Barbarossa, Rivals of Catan

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Ark Nova


Em Ark Nova os jogadores serão administradores de zoológicos cientificamente gerenciados, com cercados adequados ao animal que lá habita e ainda participamos de intercâmbios com santuários e outros zoológicos pelo mundo que também tem por princípio o bem estar desses animais.

Utilizando como "coração" do jogo o gerenciamento de cartas, temos um tabuleiro central onde ficam expostas cartas que serão compradas para realizarmos ações, além disso cada jogador recebe seu terreno onde vamos durante a partida construir nosso zoo.

No jogo você terá 5 cartas de ação que são posicionadas no seu tabuleiro pessoal, lá existe uma numeração que vai de 1 a 5 e indicará a "força" com que aquela ação será feita e assim que você escolhe uma ação aquela é realizada com a força atual e depois ao final do seu turno ela vai lá para o primeiro espaço empurrando as outras para irem ficando mais fortes.


No tabuleiro central as cartas que podem ser compradas e jogadas durante o jogo.

As cinco ações são as de compras de cartas (que podem ser as de animais, patrocinadores ou projetos de conservação), construção no seu zoológico, colocar animais nos seus cercados, associação com projetos e zoológicos do mundo todo e patrocínio e elas começam no modo básico mas poderão ser aperfeiçoadas durante a partida.

Há também uma ação que não usa as cartas, mas faz com que elas se movam assim mesmo que é ação onde você pega fichas que ajudam a aumentar a força de uma ação de carta.

Como disse lá em cima as cartas são o coração do jogo, tanto as de ação quanto as que você vai usar da mão durante o jogo com os animais que vão para os cercados (ou são livres na natureza posteriormente) quanto com os patrocínios e os projetos de conservação mas a parte de montagem do zoológico também é uma parte muito divertida e importante do jogo.


Você tem cinco ações possíveis e a força delas é determinada pela posição no tabuleiro pessoal.

Existem diversos tipos de tiles a serem colocados no seu tabuleiro pessoal, são cercados que ocupam de 1 a 5 espaços além dos quiosques e pavilhões que ajudam a "tapar buracos" e também dão um dindin na hora das receitas do jogo.

A partida de Ark Nova tem um fluxo um pouco diferente do que estamos acostumados a ver em jogos modernos, aqui os jogadores vão se revezando em turnos fazendo ações, algumas delas vão fazer avançar o "cafezinho" na trilha de pausa, quando ele chega ao fim da trilha tem uma fase de manutenção mas o jogo só termina mesmo quando os contadores de conservação e atratividades de um dos jogadores se encontrar, aí somam-se os pontinhos de cartas de final de jogo e a diferença entre os marcadores é a sua pontuação final (rola ficar com pontuação negativa).


O seu zoológico vai tomando forma conforme você vai construindo os cercados e colocando os animais.

Então é de extrema importância que o jogador consiga equilibrar as duas trilhas, fazendo ações que vão te garantir tanto pontos de conservação (que vem geralmente com patrocínios e cartas de conservação) quanto pontos de atratividade (esses vem com os animais colocados nos cercados).

A reputação do jogador também é uma trilha à parte e serve principalmente para ir te dando um leque maior de opções na hora de comprar cartas do tabuleiro central.

Como você pode observar Ark Nova tem muita coisa para ser gerenciada, mas ainda assim ele é um jogo gostoso de ser jogado, você tentar entender a melhor forma de colocar os animais no seu zoológico para maximizar pontos e conseguir ações extras é muito importante e é o tipo de coisa que eu curto muito nos jogos.


Ir nas cartas de conservação fixas (ou nas que você coloca) é importante para mover o marcador.

Sério candidato a melhor jogo de 2023 (e olha que a concorrência tá pesada) ele só não chegou no Brasil desfilando em carro aberto por conta de alguns problemas na produção, houve uma galera que reclamou do tabuleiro central com os dois lados iguais (na minha cópia não teve), outros de tiles descolando (que também não teve na minha) e um tile que não teve o ícone impresso (esse sim em 100% das cópias).

A Grok está se esforçando para atender a demanda das reclamações, já disponibilizou um PDF para arrumar o tile e tem atendido os jogadores quanto a outras questões, mas não deixe que esses detalhes te impeçam de jogar Ark Nova, ele é um jogaço premiado mundialmente e que temos a chance de poder contar com a edição em português para colocarmos na nossa coleção.