terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Splendor Duel


Em Splendor Duel a disputa para se tornar o joalheiro mais famoso do reino se resume a dois jogadores, aqui os recursos são mais escassos e as disputas mais acirradas e no final apenas um será o grande vencedor.

O jogo tem muitas referências com a sua versão grande como a disposição das cartas de jóias, mas aqui logo de cara temos o diferencial do mercado onde as fichas de pedras preciosas ficam dispostas em um tabuleiro e além disso temos três pergaminhos de privilégio.

A rodada da partida também é bem similar, na sua vez o jogador tem que realizar uma dentre três ações mandatórias que são pegar até três fichas de pedras preciosas, pegar uma ficha de ouro e reservar umas das cartas de joia ou comprar uma carta de joia.


O mercado de fichas é o grande diferencial dessa versão.

Diferente do jogo maior aqui na hora de comprar as fichas você precisa ir ao tabuleiro central e comprar de uma a três pedras preciosas que estejam adjacentes entre si, mas tem uma coisa pra se ficar ligado, caso você compre três do mesmo tipo ou duas pérolas o seu adversário ganha um pergaminho de privilégio.

Esse pergaminho pode ser usado para pegar uma outra ficha de pedra preciosa no tabuleiro central.

Além das pedras preciosas temos a ficha de ouro, essa não pode ser pega de forma normal no set de até três, é uma ação só para ela mas também te dá o direito de reservar alguma carta de joia que você esteja de olho (ou tentar a sorte com alguma fechada).


Você vai comprar as cartas de joia para conseguir descontos e alguns bônus.

A ação de comprar as cartas de joia é praticamente igual ao Splendor tradicional, mas aqui algumas cartas além do desconto para compras futuras também dão algum bônus para ser usado instantaneamente como pegar alguma ficha do coleguinha, ou pegar uma ficha do tabuleiro central ou até mesmo jogar outro turno.

A partida segue até que uma das três condições de vitória seja alcançada, são elas : 20 pontos no total, 10 pontos em um tipo de pedra preciosa ou 10 coroas e o jogo termina automaticamente quando um deles é alcançado com a vitória de quem fechou a partida.

Eu acho o Splendor normal um jogo ok, bom pra apresentar aos novos jogadores mas nunca me encheu os olhos, mas essa versão para dois jogadores me animou muito, você consegue se programar melhor, pensar melhor as jogadas, o mercado das fichas é muito legal e até a corridinha pra ver quem fecha primeiro deixa o jogo mais tenso, bom demais.


Conforme você vai juntando as cartas, vai ficando mais barato compras futuras.
 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

RetroGames : Elite



Lançado originalmente para microcomputadores em 1984, Elite é considerado um dos primeiros jogos de criados com mundo aberto, isso quer dizer que o jogador tem liberdade de ir onde quiser e fazer as coisas que quiser se seguir um roteiro pré fixado.

Contando a história do Comandante Jameson, o jogador começa pilotando a nave Cobra Mark III e tem um universo inteiro para explorar e conhecer, indo de um planeta a outro podemos fazer comércio, levar armas ou carregamentos ilícitos para assim melhorarmos nossa nave e conseguirmos créditos e também para alcançarmos o posto de Elite.


Você começa o jogo com a sua MARK III e precisa ir melhorando ela.

Mas as nossas escolhas também vão refletir em como nosso jogo vai funcionar, pois se ficarmos no simples comércio de mantimentos entre os planetas os lucros são menores, mas em compensação não chamamos atenção dos piratas espaciais doidos para entrarem em combate e roubarem nossa carga.

Além dos piratas temos também uma raça que fica perturbando os saltos de hiperespaço, os malditos Targoids que atrapalham a vida do Comandante Jameson e sua tripulação.

Eu joguei o Elite no MSX e lembro de ter virado algumas noites tentando primeiro me entender com o inglês (se você é muleque dos anos 80 sabe bem do que eu tô falando), depois tomando uma surra para aterrissar a Mark III nos espaçoportos e depois de dominado o brinquedo horas e mais horas de exploração e comércio interplanetário.


"Estacionar" sua nave nas docas é uma tarefa inglória (até comprarmos o dock computer).

O jogo ficou esquecido na memória até o lançamento do Elite : Dangerous (2014) para PC e posteriormente para o Playstation 4, aqui o jogo ganhou outros ares mas apesar de o feeling ser ainda o mesmo muito da magia do "feio" ficou pra trás e hoje ele não é mais referência em jogos de mundo aberto.

Tendo sobrevivido por mais de 30 anos com algumas expansões sendo lançadas, a Frontier : Elite II (93) e a Frontier : First Encounters (99) ele está na lista de jogos mais longevos de todos os tempos.


Hoje o papo é outro com o Elite : Dangerous.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022


E chegamos a mais um final de ano, um ano de retomadas onde tivemos a volta dos eventos presenciais em especial com o maior Diversão Offline de todos os tempos e claro muitos jogos sendo lançados pelas editoras no Brasil, então vamos dar uma repassada no que aconteceu e claro fazer aqueles TOP3 do que joguei de mais legal.

Depois de dois anos de afastamento com a maioria dos eventos pausados finalmente voltamos a nos encontrar e tanto os eventos abertos quanto os organizados por conteudistas ou grupos de jogadores voltaram a bombar forte pelo país.


A volta do Diversão Offline foi um sucesso inesperado até pros organizadores.

Melhor exemplo de como estávamos com saudade dos eventos foi o sucesso gigantesco do Diversão Offline, que mesmo com a mudança de endereço e o hiato de dois anos voltou com a sua maior edição que levou aos seus dois dias de evento mais de 8000 pessoas e fica com a promessa de uma edição ainda maior para 2023.

Com essa vitrine era natural que as editoras caprichassem nos lançamentos e o que vimos esse ano foi um banquete de jogos novos as vezes chegando com pouquíssima diferença entre a data de lançamento lá fora para a edição traduzida e bonitinha que saiu no Brasil.


Esse ano joguei muita coisa boa e dessa vez fui malandro e fiquei planilhando as novidades para chegar agora e saber exatamente qual foi meu TOP3 do ano e dos jogos importados tivemos um empate entre o Bitoku e o Praga na terceira posição, o excelente Virtú na segunda e o melhor jogo de 2022 foi uma expansão, a Caverna : Povos Esquecidos que transformou um jogo que já era excelente em algo ainda melhor.

A produção nacional também não deixou à dever com lançamentos bacanas e os designers conseguindo algum espaço no mercado e também criando novas editoras para que mais jogos "Made in Brazil" cheguem por aqui e também sejam apresentados nas feiras lá de fora.


Os meus destaques dos jogos nacionais ficaram com o Front Total do Alexander Francisco, o Carnavalesco do Ron Haliday (que apesar de Canadense já é quase brasileiro) e o jogo mais brazuca possível, o Brazil : Imperial do Zé Mendes que inclusive foi apresentado em Essen com todas as cópias tendo sido vendidas durante a feira.

Pessoalmente foi um ano super importante também, completamos 15 anos de estrada na produção de conteúdo e ficamos muito felizes com as mensagens e o carinho recebido do pessoal que passa por aqui e é combustível para que mesmo quando a gente dá uma desanimada forte ainda tenhamos gás para continuar.


Inclusive continuar vai ser agora uma missão um pouco diferente, eu tinha pensado em parar com a chegada dos 15 anos de blog, mas foi realmente animador receber o carinho da galera então vou ficar por mais um tempo por aqui, mas num ritmo um pouco mais lento (mas ainda sem dancinhas de tik-tok).

E não fomos só nós que completamos 15 anos não, esse foi um ano especial também para dois batalhadores do hobby, a Ludus Luderia e o Castelo das Peças também chegaram aos 15 anos de existência e nada mais justo do que mencioná-los nessa retrospectiva.

Então é isso, 2023 vem com a esperança de que as coisas vão melhorar na nossa vida e a certeza de que o nosso hobby que sobreviveu a tempos tão difíceis tem tudo para crescer ainda mais, então vamos pra mais um ano rolando dados e empurrando cubos.


Os "debutantes" de 2022 : Shamou do Castelo das Peças, a Lucy da Ludus e eu.
 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Caesar's Empire


Como diz o ditado "todas as estradas levam a Roma" e em Caesar's Empire essa máxima é seguida a risca, aqui os jogadores são Legiões de soldados que para o crescimento do Império precisam criam novas estradas ligando as cidades a capital.

As mecânicas são super simples, num grande tabuleiro central temos as várias cidades ao redor de Roma, cada uma leva um token de valor e um de recurso, os jogadores recebem então suas Legiões e um tabuleiro pessoal para colocar os recursos recolhidos.


Você escolhe um caminho e vai ganhar os pontos das Legiões até Roma.

No seu turno o jogador deve conectar uma rota à partir de Roma para uma cidade ainda não conectada, ao fazer isso ele pega o token da cidade e do recurso e ganha pontos contando cada Legião no caminho de volta à Roma.

Uma sacada genial do jogo é essa contagem, no princípio do jogo você consegue se ater a rota onde só você consegue pontuar bem, mas se você for malandro coloca suas Legiões em várias rotas fazendo com que quando outros jogadores forem mais para longe te entreguem pontos de bobeirinha pela sua presença naquele caminho.

Outro ponto que os jogadores precisam ficar de olho é na questão dos recursos, quanto mais diversificados, mais pontos de vitória, mas se você conseguir focar em um só e pegar os 4 tokens dele durante a partida a pontuação também é bem boa, além das moedas que fazem a pontuação da rota ser duplicada quando é pega.


Conforme vai pegando os recursos, vai aumentando a pontuação de fim de jogo.

O jogo segue até que todas as cidades sejam conquistadas, são somados os tokens das cidades e dos recursos e quem tiver a maior pontuação vira o favorito do César.

Não comentei ainda mas a arte do Caesar's Empire é baseada nas Legiões e no César na obra dos grandes Albert Uderzo e Rene Goscinny criadores do Asterix e Obelix, mas apesar desse "flavour", a identificação com a obra passa longe mas isso não diminui em nada a qualidade do jogo que é muito inteligente, tem grandes sacadas de observação do que os outros jogadores estão fazendo e bem poderia vir numa versão brazuca.


Conforme o jogo vai chegando ao fim, você vai acabar dando uns pontinhos pra concorrência.
 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Canal 3 Rio - Evento de Computadores e Vídeo Games Clássicos


Esse fim de semana aconteceu aqui no Rio o Canal 3 Rio, evento que reúne colecionadores e fãs dos microcomputadores e vídeo games clássicos, aqueles que fizeram a cabeça de quem passou pelas décadas de 80 em diante.

Sendo um versão reduzida do Canal 3 Expo que acontece em São Paulo, a versão carioca esse ano aconteceu na Tijuca na Casa dos Açores e encheu a quadra do local com aficionados das máquinas e joguinhos clássicos.


A quadra da Casa dos Açores ficou bem cheia de entusiastas.

Fui com a minha filhota que curte minha coleção e principalmente os jogos mais nostálgicos dessas plataformas e foi legal ver que tinha bastante coisa para a mulecada, muitas máquinas com joguinhos rodando de várias plataformas além de bancas com memorabilia e coisinhas legais como as cartinhas Pokémon e alguns mangás.

Outra coisa muito legal foi ver alguns desenvolvedores como o pessoal da Odissey Brasil que estava apresentando o seu Dança dos Pratos e a Game Select com o HERO 2 para o Atari 2600.

Além dos estandes de colecionadores mostrando uns consoles muito diferentes e raros tínhamos também muitos estandes de vendas de periféricos, cabos, controles e muito mais coisas para quem quisesse entrar nesse mundinho ou até dar uma bombada nas coisas que tem em casa e os preços estavam mais acessíveis do que as vezes você encontra pelos "mercados livres" da vida.


Muito legal apreciar uns consoles diferentões, como esse Colecovison com cara de PC.

De negativo acabou sendo a escolha do lugar que apesar de ser muito amplo não tinha refrigeração e achei que a iluminação não era muito boa também, acredito que mais para o final da tarde a quadra deva ter ficado bem escura, mas é um detalhe que pode ser arrumado para as próximas edições.

O saldo foi super positivo, minha filhota se amarrou em ver os consoles diferentões e jogos que ela ainda não conhecia, saiu com algumas lembrancinhas e o pai também curtiu bastante, consegui manter minha carteira no bolso (mas não por falta de vontade) e já estou esperando pela próxima edição.


Filhota se divertiu muitão no evento e ainda saiu com umas lembrancinhas.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

London


Lançado originalmente em 2010 pelo extinta Treefrog Games, London é um jogo onde os jogadores precisam montar sua cidade para ajudar no renascimento da capital britânica após o grande incêndio de 1666.

Esse jogaço recebeu uma revisão em 2017 e essa semana a Meeple BR anunciou a chegada dele em terras brasileiras e por aqui vamos falar um pouco dele.

Como já dissemos, London é um jogo onde estamos reconstruindo a cidade destruída pelo grande incêndio, para isso vamos nos utilizar de cartas que vão sendo construidas e que tem ações que nos ajudam a ganhar libras e também prestígio (que são os pontos de vitória do jogo).


Você vai ter cartas para ir montando sua cidade e ganhar seus benefícios.

No turno do jogador você deve comprar uma carta para a sua mão e depois decidir entre quatro ações possíveis que são baixar uma carta da sua mão para sua cidade, comprar um bairro, rodar a sua cidade ativando assim as ações das cartas ou comprar 3 cartas para sua mão.

O lance de desenvolver a sua cidade é muito maneiro, você vai baixando as cartas a princípio uma do lado da outra, para isso você deve descartar uma carta da mesma cor da sua mão para o tabuleiro de desenvolvimento deixando assim essa carta disponível para compra pelos outros jogadores e então a carta baixado começa a fazer parte da sua cidade.

Inicialmente as cartas não vão te dar benefício algum, até o momento em que você decide rodar pela cidade e aqui que o jogo fica muito interessante.


Conforme for aumentando sua cidade, sempre que fizer ela funcionar vai ganhar mais pontos de pobreza.

Você vai ativar quantas cartas quiser (e puder) da sua cidade recebendo assim os benefícios delas, algumas cartas terão uso único e você deve virá-la para mostrar que já utilizou ela, depois de todas as cartas ativadas você vai receber tokens de pobreza pelo número de cartas da sua cidade (usadas ou não) e mais as cartas da sua mão.

Então o lance aqui é tentar otimizar a sua cidade da melhor forma, pois a pobreza no final do jogo vai te tirar muitos pontos de prestígio, por isso você pode na hora de construir cartas colocar em cima de cartas previamente construidas (usadas ou não).

A outra ação relevante é a compra dos bairros de Londres, que te dão muitos pontos de prestígio e ações contínuas que te ajudam no desenrolar do jogo.

 
Conforme você descarta suas cartas, elas ficam disponíveis para compra pelos outros jogadores.

A partida vai até que o deck de cartas acaba então são contabilizados pontos de prestígio das cartas construídas, o jogador com a menor quantidade de tokens de pobreza se safa e aquela quantidade é reduzida no pool dos amiguinhos que então perdem pontos pela pobreza que restou e quem tiver mais prestígio vence a partida.

Quando joguei a primeira vez London lá em 2010 eu fiquei maravilhado com o jogo, a primeira edição dele tem ainda o mapa de Londres, mas essa versão que chega ao Brasil conseguiu enxugar algumas coisas e deixar o jogo ainda mais fluido melhorando a experiência.

Mas que fique claro, ele é um jogo do grande Martin Wallace, quem conhece o cara sabe o quão cruel são seus jogos, então você precisa ficar atento aos pontos de pobreza ou então periga passar duas horas de jogo e terminar com zero de prestígio (acredite, acontece).


Você vai comprando bairros que podem te dar benefícios contínuos.
 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Hyperborea


Em Hyperborea seis reinos rivais lutam por controle utilizando recursos que ao serem unidos são usados para diversas ações e saber usar esses recursos da melhor forma possível vai fazer com que seu reino se sobressaia e seja o soberano.

O jogo usa como mecânica principal a "bag building" onde começamos com uma quantidade de cubos de recursos e vamos aumentando conforme o jogo se desenvolve, cada um dos jogadores escolhe um dos reinos do jogo, um mapa central é organizado e cartas de tecnologia são abertas para compra.

Os jogadores também escolhem a forma de jogo no início da partida que pode ser curta, média ou longa (definido pela quantidade de objetivos a serem alcançados) e também se a partida será com os reinos sem poderes assimétricos ou com eles (com eles fica mais divertido).


Cada reino tem seu tabuleirinho com as tecnologias básicas.

Cada jogador começa então com um tabuleiro pessoal com 6 ações (tecnologias) pré-definidas, então ao início do seu turno os jogadores usam seus cubos de recurso disponíveis nas tecnologias e realizam as ações delas.

As ações servem para conseguir novos cubos de recurso, exploração do mapa, ataque aos outros reinos, compra de novas tecnologias entre outras coisas e sempre são feitas através de combinação dos cubos que você sorteia do saquinho.

Existem casos em que você não consegue completar a ação no mesmo turno, mas você pode preparar um cubo naquela determinada ação e completá-la em turnos posteriores, mas você precisa ficar ligado pra não prender um cubo por muito tempo na esperança de aparecer um recurso que ainda vai demorar para aparecer.


As tecnologias que são adquiridas dão uma graça especial ao jogo.

O bacana do Hyperborea são as tecnologias que os jogadores vão conseguindo durante a partida, com essas novas formas de gastar seus recursos além de garantir pontos de vitória ao final do jogo, eles geralmente potencializam suas ações e trazem novas formas de conseguir recursos.

E como todo bom jogo de exploração a gente tem confronto tanto com os fantasmas (NPC's que servem para ganharmos acesso à ruínas e tokens bônus (além de pontos ao final do jogo) quanto contra os outros jogadores, mas os combates são determinísticos, sem sorte envolvida então não tem a frustração de combates definidos por dados.


No tabuleiro central os jogadores descobrem novos espaços e lutam por controle.

Essa exploração do tabuleiro também é importante para o final do jogo, pois existem um controle de área ali e quanto mais hexágonos você conseguir controlar e mais para o centro do tabuleiro você expandir, mais pontos vai conseguir ao final da partida.

O jogo segue por várias rodadas até que uma quantidade de objetivos seja alcançado por alguém, quando isso acontece existe uma última rodada e o jogo acaba, contamos os diversos pontinhos ganhos durante a partida e que tiver o maior somatório é o vencedor.

Hyperborea é um daqueles jogos que passa meio desapercebido no meio de tantos outros mas quando você senta pra jogar vira fã, lançado lá fora em 2014 acho difícil que chegue ao Brasil depois de tanto tempo de lançado (mas nunca se sabe), mas quem conseguir ter a oportunidade de sentar numa mesinha dele certeza que vai curtir.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Axé, A Energia dos Orixás


"Axé é a energia da vida, uma energia que advém dos Orixás, em todo momento de nossas vidas estamos usando axé, passando axé e recebendo axé, por isso precisamos lidar com as dificuldades e fazer a manutenção dessa energia."

Assim a recém lançada Maloca Games está apresentando Axé, A Energia dos Orixás, seu primeiro jogo de cartas e que já nasce de uma grande parceria entre Sanderson Virgulino e Rennan Gonçalves e uma arte linda do Lucas Nascimento.

O jogo funciona para 2 ou 3 jogadores, é composto por um baralho com cartas que apresentam cores em quatro espaços, na sua vez o jogador abre uma carta e precisa posicioná-la na mesa, colocando ortogonalmente a alguma carta previamente colocada ou cobrindo até dois espaços de outras cartas.


Você vai colocando seu "axé" tentando fazer as maiores sequências com sua cor.

A paradinha do jogo está aqui, você quer que o seu Axé se destaque em relação ao dos outros jogadores, para que isso aconteça você precisa que você tenha a maior quantidade de espaços contínuos da sua cor ao final do jogo.

Então evitar que o seu amiguinho consiga juntar mais espaços do que você colocando as cartas estrategicamente faz com que suas chances de vitória aumentem.

Ao final do baralho contam-se a maior sequência de cada cor e quem tiver a maior quantidade de axé é o vencedor e como as partidas são curtinhas em caso de empate, joguem de novo.


Ao final do (pequeno) baralho quem tiver a maior sequência de axé é o vencedor.

Digo isso com a segurança de quem jogou umas cinco partidas seguidas e jogaria outras se não tivesse que liberar a mesa para que outras pessoas pudessem conhecer o jogo durante o Se Joga desse mês.

Muito legal ver o trabalho do Sanderson e do Rennan saindo, o preço do baralhinho é muito convidativo e já estou de antena ligada para os próximos jogos da Maloca Games

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Coleção Dice Throne


Lançados recentemente pela Conclave, as duas primeiras caixas do Dice Throne trazem um jogo de cartas assimétrico onde cada jogador vai comandar uma facção em luta contra outra usando dados e cartas com combinações para deixarem seus golpes ou defesas mais poderosas.

As duas primeiras caixas que chegaram ao Brasil trazem na Caixa 1 o duelo entre Bárbaros vs. Elfos da Lua e na Caixa 2 o embate entre Monges vs. Paladinos, mas apesar das caixas assimétricas as regras básicas são iguais dentro do jogo.

No início da partida cada jogador vai escolher a facção com que pretende jogar e recebe um tabuleirinho pessoal onde existem as explicações de cada ação que pode ser feita com os dados, um tabuleiro adicional onde colocam tokens de efeitos, o seu deck de cartas e seus seis dados.


Cada jogador escolhe uma das facções disponíveis para a batalha.

O jogo se desenvolve através de uma série de rodadas até que um dos jogadores tenha seus pontos de vida zerado, em cada turno o jogador terá uma série de fases para resolver, algumas são de manutenção e recursos mas é na fase principal e na de rolagem de dados que o jogo acontece.

Na fase principal o jogador pode gastar Pontos de Combate para baixar cartas que tem como objetivo aumentar o poder dos dados da sua facção, que começa com uma forma de funcionar as combinações dos dados mais básica mas conforme vão sendo baixadas as cartas podem melhorar seu desempenho.

Já na fase dos dados são jogados os seis dados que podem ser re-rolados até que uma combinação seja fechada, uma vez fechada essa combinação você vê os efeitos no tabuleiro do jogador e resolve danos ou efeitos.


As cartas ajudam a melhorar os efeitos da combinação de dados.

Dice Throne é um jogo de confronto, então o grande lance aqui é tentar baixar os pontos de vida do seu adversário o mais rápido possível antes que ele faça isso com você, então grande parte das combinações nos dados vão fazer com que você tire pontos do outro jogador.

E cada facção também um desses poderes especiais é considerado "poderosão" mas é uma combinação super difícil, geralmente uma combinação dos seis dados iguais com o símbolo único da facção.

Alguns dos ataques serão indefensáveis, mas a grande maioria dará direito para que o adversário jogue dados para se defender e cada facção tem um dos poderes (que também pode ser ampliados por cartas) para usar na parte defensiva.


Mas o que faz o jogo acontecer, são as combinações de dados e seus efeitos.

Aí o grande barato da série Dice Throne é conhecer as facções, nessas primeiras temos os Bárbaros que são bons de porrada e ainda regenera, os Paladinos com ataques indefensáveis, os Elfos conseguem atrapalhar a rolagem do adversário e os Monges tem muitas opções de evadir aos ataques.

Cada partida rola até que um dos jogadores percam todos os pontos de vida e haja apenas um vencedor.

A série lá fora já tem um monte de facções, aqui no Brasil temos essas duas primeiras caixas e ficamos na torcida para que mais facções cheguem ao mercado pois Dice Throne é um jogo muito dinâmico, gostoso de jogar e de testar cada um dos poderes.


Cada partida é única, cada facção vai te ensinar como usar bem seus poderes.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Tabuleiro Virtual : Marvel Snap


Continuando a falar da Marvel essa semana eu me rendi ao Marvel Snap, indicado pelo Fel Barros (o viciado em cardgames da galera) esse joguinho digital foi criado em junho desse ano e virou uma febre entre os amiguinhos.

Em Marvel Snap os jogadores tem um deck de 12 cartas que são personagens da Marvel com poderes únicos e força que serão somadas para tentarem ter a maioria em pelo menos dois dos três territórios de batalha, esses que também tem poderes que influenciam a partida.

O jogo tem muito do feeling do Smash Up e por ser muito simples e de partidas rapidinhas acaba sendo viciante ainda mais com o lance de você ir subindo de nível, ganhando novas cartas, montando novos decks e dando boost estético nas cartinhas.


Os territórios de batalha e os personagens tem poderes especiais.

Como já falei as partidas são muito rapidinhas, a partida tem 6 rodadas, você começa com 1 ponto para usar para recrutar uma das suas cartas da mão, a cada nova rodada esses pontos de recrutamento vão aumentando de um em um até que na última rodada cada jogador terá 6 pontos para utilizar.

Você pode baixar quantas cartas puder desde que tenha pontos de recrutamento e ao colocar em um dos três campos de batalha alguns poderes podem ser ativados.

Ao final das 6 rodadas cada território é contabilizado e o jogador que conseguir vencer em dois deles vence a batalha e ganha pontinhos para ir subindo de nível.


Você encontra adversários online e conforme vai vencendo aumenta seu nível.

O grande barato do Marvel Snap, como em praticamente todos os jogos colecionáveis, é na criação dos decks para ver as melhores sinergias e como isso afeta nas partidas e também em ver as cartinhas novas que vão aparecendo nos pacotes dos passes de batalha.

Esse é com certeza um daqueles joguinhos que você vai instalar no seu celular (Android ou IOS) ou PC (via Steam) e vai achar que gastou algum tempinho em cima jogando e quando perceber já foram hora de Marvel Snap no seu dia.


Os decks são formados por 12 personagens e você que precisa arrumar a sinergia deles.