quinta-feira, 31 de outubro de 2024

TOP3 : Terror da Coleção


Eu poderia fazer um TOP de jogos assustadores para o seu halloween, mas se você procurar bem pelo blog já fiz isso algumas vezes, então esse ano eu resolvi assustar você de verdade e criei um TOP3 de coisas que você pode passar com a sua coleção é que deixarão você de cabelo em pé!

Mas não se preocupem que eu também darei dicas para que dentro do possível você possa evitar tomar esses sustos, então prepare seu coração e vamos lá.

Acho que a primeira coisa que certamente assusta os colecionadores é abrir um jogo e perceber que ele está com algum componente faltando, seja porque você não guardou direito ou seja porque o cachorro comeu e você não viu mas certamente é uma sensação horrível.

Para esse tipo de situação a prevenção é relativamente fácil, você pode optar por organizadores (eu recomendo sempre os da Bucaneiros), ziplocks e principalmente ao final das partidas guardar seus jogos com muito cuidado para não tomar esse tipo de susto.


O segundo susto com certeza você já deve ter visto por aí (se é que já não aconteceu com você), o mofo!

Imagine abrir um jogo que está na estante a algum tempo e perceber que está mofado! Pois é, deixar seus jogos em lugares úmidos ou que não sejam bem arejados podem causar essa desgraceira no seu querido joguinho.

A prevenção aqui é deixar a coleção em lugar arejado de preferência longe de paredes úmidas, colocar saquinhos de silica dentro da caixa também ajuda e caso algum jogo já tenha sido contaminado um bom tratamento com Sanol ajuda a salvar a situação (tem um tutorial bem legal aqui).

 

Agora a pior coisa que eu já vi acontecer na coleção e essa não tem volta é sua casa ser assolada por uma turba furiosa de cupins.

É angustiante ver como fica o jogo depois de atacado e você fica sem ter o que fazer pois uma vez que eles atacam a caixa não sobra praticamente nada, só as peças plásticas, o restante vai ser comido e não tem volta.


Aqui a prevenção é mais complicada, você precisa ficar atento aos sinais de que essas pragas estão chegando na sua casa, aquelas "bolinhas" pretinhas são um sinal claro ou caminho que eles fazem nas paredes, aí é descobrir onde estão e fazer uma descupinização e abrir caixa por caixa pra ver se nada já foi atacado, com sorte você não vai ser pego de surpresa.

É isso, espero não ter disparado nenhum gatilho nos amiguinhos,  mas ficam aí os avisos para que nada terrível aconteça com a sua coleção.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

The Mandalorian Adventures


The Mandalorian Adventures
é um jogo de tabuleiro onde recriamos alguns dos eventos da primeira temporada da aclamada série da Disney, aqui assumiremos papeis dos personagens e a cada cenário teremos desafios a cumprir.

No primeiro cenário o caçador de recompensas mandaloriano é contratado para buscar uma encomendam juntamente com o droide IG-88, temos então a preparação do livro tabuleiro com os obstáculos da dupla além do espaço para que sejam colocas as cartas de ação do jogo.

A primeira coisa que me incomodou no jogo, ele é um jogo de 1 a 4 jogadores, mas nesse primeiro cenário você só joga com dois personagens, então você pode escolher colocar dois outros personagens aleatórios (que não fazem parte da recriação dessa parte da história) ou então jogar solo ou em dois.


Uma vez arrumada a missão, começamos o jogo (a portinha é do Imperial Assault).

Eu escolhi a experiência solo para esse cenário, então o jogador precisa embaralhar os decks dos personagens formando assim um deck só, pega 4 cartas e então começa a realizar ações em seu turno.

Em cada turno você deve realizar duas ações com cartas, após as ações caso seja necessário cartas de eventos serão acionadas e finalmente o jogador repõe a mão para começar um novo turno.

As ações são baseadas em cartas e são quatro possíveis : movimento, ataque, planejamento e investigação.


Você usa cartas para colocar nas ações do tabuleiro e resolvê-las.

Você vai escolher um dos quatro e colocar uma das cartas da mão que tem valores que somados a cartas previamente colocadas (ou fichas de interferência) para dizer qual a força da ação a ser realizada.

Movimento e ataque são ações simples de mover pra lá e pra cá no mapa e dar dano nos oponentes para chegar ao seu objetivo, a ação de investigar ajuda a olhar os tokens fechados e a de planejamento te dá cartinhas diferenciadas que ajudam durante o jogo.

Caso ao final da fase de ação algum dos quatro espaços de ação tenha o valor total em 5 uma carta de evento é aberta que é a forma com que os inimigos do tabuleiro atacam, caso o valor exceda de 5 além da carta de evento abrimos também uma carta de crise que é um efeito do mapa.


O jogo se dispõe a recriar as passagens da primeira temporada da série.

Jogando solo você consegue controlar bastante os valores e resolver eventos e crises que apareçam, a impressão que me deu é que quanto mais jogadores (e personagens) menos controle teremos e mais eventos vão aparecer dificultando a tarefa dos jogadores.

A partida termina quando o objetivo do cenário é alcançado fazendo com que todos ganhem ou então quando um dos personagens morre com a derrota dos jogadores.

Desde o Batalha de Hogwarts eu queria um jogo pra jogar com a turma aqui em casa, então logo de cara eu já fiquei decepcionado com o lance dos personagens por missão, o jogo em si é legal mas não traz nada de inovador ou que prenda a atenção a ponto de querer jogar uma missão atrás da outra.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Dragon Cantina



Em Dragon Cantina os jogadores serão donos de tabernas numa concorrida cidade e que para chamar atenção da clientela precisa ter um atendimento de primeira para que o público não fique de cara emburrada reclamando no PROCON MEDIEVAL.

Inicialmente cada jogador recebe seu tabuleiro pessoal onde vamos marcar os ingredientes que vamos ganhando para a confecção dos pratos além do espaço para funcionários (novos ou promovidos) e melhorias do nosso restaurante.

Também recebemos as três mesas da nossa taberna já com clientes famintos que precisam ser atendidos para não fazerem escândalo por aí.


No mercado temos as melhorias, funcionários e dados a serem escolhidos.

Abrimos então no tabuleiro central o "menu degustação" do Banquete do Dragão, que é uma ocasião especial que acontece nos turnos 3, 5 e 7 do jogo além das cartas de funcionários, melhorias e dados que serão escolhidos pelos jogadores.

As rodadas tem duas fases distintas, na primeira os jogadores se revezam para escolherem entre dados e cartas (sejam funcionários e/ou melhorias) para o seu restaurante, uma vez passada essa fase todos simultaneamente vão resolver a fase de ações.

Aqui vamos alocar os dados que conseguirmos para estocar recursos e também para colocar nos clientes e pagando os recursos que eles pedem atendermos seu pedido para que ele saia satisfeito e você ganhe dinheiro e possivelmente pontinhos de vitória.


Alocamos os dados para gastar recursos e atender aos clientes (antes que fiquem bravos).

Dragon Cantina é uma nova implementação do Space Cantina criação dos amigos Warny Marçano e Fel Barros que aqui teve ajuda do Jordy Adan e do Renato Simões para dar uma modernizada no jogo trazendo um novo tipo de público que não curte jogos cruéis então você consegue tranquilamente (mais do que eu gostaria na real) fazer as ações necessárias.

Comparativamente no Space tudo era muito custoso e as vezes você tinha que fazer muitos malabarismos para conseguir as coisas, já no Dragon tudo é muito fluido então você consegue em toda rodada atender alguém, estocar recursos e com a ajuda das melhorias e dos promovidos a cada rodada as coisas vão ficando mais tranquilas ainda.

Ao final das 7 rodadas somamos os pontos recebidos durante a partida com a quantidade de clientes atendidos e dinheiro que sobrou e diminuímos os pontinhos dos clientes insatisfeitos e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.


Nas fases 3, 5 e 7 acontece o Banquete do Dragão, boa oportunidade de pontuar bem.

É muito difícil pra mim não comparar as duas experiência, até porque eu joguei muitas vezes o Space Cantina até a versão final.

Eu sou muito fã do Space e apesar de entender que o Dragon Cantina está mirando num público que curte jogos mais friendly (até mesmo pela produção e artes escolhidas) fica uma sensação "acridoce" pois fico feliz de vê-lo de novo nas lojas mas gostaria de uma modernizada sem perder muito da pegada do original.

Conversando com o Warny ele me disse que pode ser que saia uma versão de regras "hardcore" para jogadores que como eu preferem uma experiência assim, mas que no geral o feedback desse nova versão tem sido super positiva, tanto que a campanha já está financiada indo pra corrida dos extras e você pode garantir sua cópia aqui nesse link


"Servimos bem para servir sempre". A arte ficou mais caricata. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Ozob : A Cyberpunk Board Game

 

No fim de semana do Diversão Offline fui convidado pela Iron Studios para conhecer o Ozob : A Cyberpunk Board Game, jogo criado pelo Jordy Adan e o Renato Simões baseado nas histórias do palhaço cyberpunk criado pelo Jovem Nerd e essa semana entrou no ar a campanha do jogo, então vamos falar um pouco dele.

Nesse jogo seremos a turma do Ozob que lutam juntos contra as megacorporações em cenários pós-apocalípticos cheios de inimigos e utilizando mapas modulares bem no estilo dos dungeon crawlers clássicos tipo Zombicide.

Uma vez escolhido o cenário separamos os chefões, montamos o mapa com as suas devidas miniaturas dos inimigos menores que vão atrapalhar sua vida além é claro da ficha de cada personagem com suas cartas iniciais.


Você escolhe um dos personagens e pega o deck dele e vê seus atributos.

No seu turno o jogador da vez tem 3 ações para realizar depois de fazer as paradas vem o turno dos inimigos que abrem uma carta de evento então se movem e realizam ataques, uma vez que eles terminam então passamos para o próximo jogador.

A sacada do jogo é a sua mecânica de ações, na sua vez você vai ir sacando cartas do seu baralho uma a uma e colocando ao lado da ficha do seu personagem, o lance é que ao puxar as cartas elas vão melhorando os atributos básicos (como acontece no Tainted Grail por exemplo) só que existem cartas com um X então rola um "push your luck" aqui pois se sair o terceiro X dessa puxada você vai realizar sua rodada normalmente mas toma um dano que poderia ser evitado.

O lance dos atributos é que quanto mais cartas forem sacadas ajudando neles melhores serão suas chances cada vez que você precisar fazer algum rolamento dos dados, então a decisão de dar uma forçada ou então ir de boa depende também da estratégia do grupo.


Muito legal o lance de forçar a sorte pra dar um boost nos seus atributos.

Uma coisa que eu achei bem legal no Ozob é a trilha de vida que além dos corações tem uns raios que são a adrenalina do personagem, esses raios ficam entre os corações (diferentes em cada personagem) e são usados para rerrolar dados, então é uma forma de minimizar sorte.

Para ganhar os jogadores devem cumprir o que o cenário pede, geralmente derrotando um ou mais chefões, mas pra perder é mais fácil, além de critérios do cenário a qualquer momento que um dos rebeldes morre o jogo acaba pra todos.

Ozob : A Cyberpunk Board Game como eu falei é um dungeon crawler típico mas com a historinha de um personagem criado no Brasil e também tem a questão das miniaturas serem produzidas pela Iron Studios que fizeram um trabalho muito legal (e olha que eu joguei só o protótipo), o Jordy e o Renato também fizeram um trabalho de mecânicas bem bacana sabendo tirar proveito de coisas já existentes e dando um toque pessoal nelas.


O tabuleiro cheio de miniaturas e o Jovem Nerd (criador do personagem) felizão com as partidas.
 

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Irmã Nuna, primeiras impressões


Próximo jogo do querido Alexander Francisco a entrar em financiamento, em Irmã Nuna os jogadores são aristocratas vampirescos que precisam se alimentar do sangue dos aldeões para manter seu corpo imortal, mas a Irmã Nuna está cansada disso e vai através dos vilarejos caçando esses seres das trevas.

Cada jogador vai receber inicialmente um desses aristocratas munidos de uma habilidade especial para se protegerem da Irmã Nuna, além disso serão abertos seis vilarejos que também dispões de habilidades onde mandaremos nossos lacaios para que possamos despistar a brava heroína.

Alternando entre os jogadores, colocaremos os nossos lacaios nos vilarejos e uma vez que todos tenham já postos seus dois servos começa então a fase de ações.


Os vampirescos aristocratas de olho no sangue dos aldeões.

Na sua vez o jogador coloca o seu lacaio na ação do vilarejo e a realiza geralmente as ações são feitas para despistar a Irmã Nuna levando ela a procurar os outros aristocratas e não você.

Uma vez que as ações são todas feitas o vilarejo onde a Irmã Nuna está observando é defendido e ali não há derramamento de sangue, mas nas outras vilas todas os aristocratas farão a festa se deliciando do sangue inocente de suas vítimas.

Ao final de uma quantidade de rodadas definida pela quantidade de jogadores o aristocrata que tiver mais sangue é o vencedor. 


Os vampiros que se cuidem que a Irmã Nuna está de olho.

Irmã Nuna é um jogo de dar pernada nos outros jogadores, com uma dose de caos aceitável e praticamente todas as ações tendo habilidades que vão mudar o que está acontecendo na mesa ele é daqueles jogos bons pra que curte uma treta com os amiguinhos.

Vale destacar o capricho do Alexander aos detalhes, desde o manual que é uma história em quadrinhos até a torre de dados que vem com a silhueta da Irmã Nuna e se tudo der certo fará parte da caixa padrão do jogo, só precisamos da ajuda de todos na campanha da Meeple Starter (nesse link).


O manual tipo história em quadrinho ficou muito legal.