sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Retrospectiva 2024

É isso amigos, mais um ano se passou e acabou que esse foi um ano atípico para mim e em consequência para o blog.

Joguei menos do que de costume, escrevi (muito) menos do que em anos anteriores e devo isso ao fato de estar meio cansado de a cada dia ver o espaço dos produtores de conteúdo escrito ir diminuindo tanto em "prestígio" junto as editoras quanto mesmo junto ao povo que consome, o resultado disso é um desânimo danado em continuar e isso reflete nos números de postagens.


Ano em que os "velhos" apareceram mais, isso serve pros jogos e pros amigos.

Mas em contrapartida o meu lado jogador acabou ganhando um rejuvenescida, pois tirando cada vez mais a "obrigação" de precisar jogar os jogos novos o tempo todo tenho conseguido jogar com mais prazer, revisitei muitos jogos que não viam mesa, conheci outros estavam esquecidos e o mais legal, voltei a estar mais com a turma que me fez ficar apaixonado pelos jogos de tabuleiro.

Enfim, um breve desabafo mas vamos aos destaques (e decepções) de 2024.

Os jogos mais pesados sempre me chamam atenção e esse ano joguei umas coisas bem bacanas mas nenhum dele me despertou paixão tão grande como o Revive, que jogo maravilhoso, tive a chance de jogar uma edição já com expansão de um amigo e logo corri atrás da minha cópia (valeu Alquimistas dos Jogos).

Inferno é um que chegou agora no final do ano e entrou logo na segunda posição do meu ranking de 2024, que jogaço, gosto do "caminho das almas" e do woker-placement dele.

A terceira posição foi mais difícil de decidir, muitos ficaram ali empatados mas pela forma, produção e desenvolvimento do jogo o Pax Pamir vai fechar o pódium, mas poderiam estar nessa colocação jogos como Minos, White Castle, Delta, Êxodo, 3 Ring Circus e Acquire.

Nos jogos nacionais acabou que joguei mais protótipos do que jogos prontos esse ano, mas muita coisa legal vai sair até por conta de uma participação mais aguda da galera do Meeple Starter dando uma ajuda legal aos projetos.

Meu primeiro lugar fica com o Persona Non Grata do mestre Sergio Halaban, joguinho gostoso de cartas com umas sacadas muito inteligentes e que saiu pela Dijon Jogos esse ano.

Em segundo coloquei um protótipo mas que em breve já vai estar chegando nas mesas, o Dez Pragas do Egito do Marcos Macri, outro dos autores nacionais que estão aí na batalha a bastante tempo fazendo acontencer.


Sergio de passagem pelo Rio para apresentar o Persona.

E fechando a lista o Tributo a Mondrian do Danilo Valente, que me pega por dois motivos, primeiro por ser um  um dos meus artistas preferidos como também ser um jogo de "qualquer coisa and write" que eu sou fã de carteirinha, aí não tinha como não estar na minha lista.

Mas sempre tem aqueles jogos que a gente joga acaba se arrependendo de ter gasto tempo neles, eu vou colocar nessa lista o Zapotec e o Mindbug entre os que eu joguei pela primeira (e única) vez e também um que eu revisitei pra nunca mais, o Age of Mithology, rapaz como envelheceu mal esse aqui.


Jogando um Revive em um dos Churras Game desse ano.

Nos eventos sempre destacando o Diversão Offline cada vez maior, mas foi um ano em que me diverti mais nos eventos locais com a minha filhota que tem me acompanhado nas jogas das queridonas da Rainbow Meeple e no Se Joga, também tem o Churras Game que é um evento que eu gosto muito de ir com comida farta e muitos jogos.

É isso, embora aos trancos e barrancos chegamos ao final de mais um ano lúdico, acho que ano que vem tento dar uma injeção de ânimo pra escrever mais, até quem sabe revivendo as postagens de "session reports" quando jogarmos as velharias que acho que valem à pena o público que tá chegando novo conhecer.

ATÉ 2025 E BOA VIRADA DE ANO PARA TODOS!!!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Acquire e o jogos que souberam evenlhecer

Ontem joguei finalmente um dos grandes clássicos dos jogos de tabuleiro, trata-se do Acquire, um jogo de 1964 do mestre Sid Sackson e que de lá pra cá teve poucos ajustes de regras, umas versões lindas e até as indefectíveis versões "pirata" nos anos 70/80 no Brasil.

No jogo somos especuladores imobiliários vendo empresas construindo redes de hotéis, especulando com as suas ações e vendo as maiores "comerem" as menores no grande "ciclo da vida" das empresas.

O tabuleiro é uma matriz com letras e números, os jogadores recebem inicialmente uma quantidade em dinheiro e 5 peças referentes a espaços no tabuleiro, na sua vez você deve colocar uma dessas peças no tabuleiro e se duas ou mais estiverem adjacentes você funda uma empresa.


Versão da Galápagos tá muito bonita e o jogo é muito bom!

A sacada do jogo está no fato que se por acaso uma peça a ser colocada junta duas empresas a maior absorve a menor que deixa de existir (por enquanto) e os acionistas vão ganhar dinheiro com as ações que tem dela.

Ao final do jogo quem for o investidor com mais dinheiro é o vencedor, simples assim.

E é nessa simplicidade que o jogo com mais de 40 anos se mantém no mercado não só recebendo sempre versões atualizadas (algumas com componentes lindíssimos) como também serve de inspiração para mecânicas de jogos mais atuais como o Foundations of Rome.


Cartel foi a versão "abrasileirada" do Acquire lançada lá nos anos 70.

Nesse ponto vale ressaltar que não é porque o jogo tem certa rodagem que ele envelheceu mal, ontem na jogatina que rolou o Acquire jogamos ainda o El Grande (de 1995) que é outro excelente exemplo de jogo que continua lindo de jogar, mesmo caso do Catan (também de 1995) que foi o grande responsável pela retomada dos jogos de tabuleiro e que ainda é referência.

Obviamente existem os casos de jogos que já foram febre e que envelheceram igual leite como Monopoly e RISK, embora esse segundo tenha recebido updates e novas versões durante os anos para corrigir coisas (como no ótimo RISK 2210).

Acquire chega então na sua versão mais atual no Brasil com uma edição super caprichada e que torço para que chegue na mesa de muitos jogadores para que possam ter acesso a um jogão de regras simples, gostoso de jogar e que se provou capaz de atravessar gerações. 


Eu sempre defendo o El Grande como jogo que envelheceu sem perder o brilho.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Inferno

Estamos em uma decadente Florença onde o pecado e a podridão vivem lado a lado e você com sua ajuda os nove círculo do Inferno vão se enchendo de novas almas para que o nome de sua família seja o mais infame.

Em Inferno temos um grande (e lindo) tabuleiro central com a cidade de Florença e seus distritos e abaixo da cidade o inferno com seus 9 círculos de expiação para onde serão mandadas as almas que nos darão pontos de infâmia durante o jogo.

Cada jogador tem seu tabuleiro pessoal com sua torre ainda em construção e seus primeiros membros da família, que são seus trabalhadores para realizar as ações durante a partida.


Em Florença as intrigas correm solta e é fácil você mandar alguém pra ser executado.

Inferno baseia-se na obra de Dante Alighieri e é ele que vai se movendo numa trilha do tabuleiro central quem vai indicar o andamento do jogo e disparar o seu final, para isso cada rodada é realizada com as seguintes etapas, a fase do inferno e a fase de Florença.

Na fase do inferno o jogador da vez escolhe uma alma que esteja no cemitério para ser enviada para as profundezas (precisando pagar a moeda do Caronte para atravessar o rio) ou afundar alguma alma que ainda não tenha chegado ao seu devido círculo de expiação.

Mas é na fase de Florença que as ações são realizadas, aqui temos quatro espaços de acesso livre e outros quatro espaços que precisam de algum pré-requisito para ser acessado.


Sua família pretende ser a mais infame e fará de tudo para isso.

Além disso existem 4 distritos na cidade (cada um com dois espaços de ação) e aonde você pode alocar seu familiar também é intimamente ligado à alma que você enviou para o inferno, então a movimentação no submundo é importante para você não precisar ficar gastando seus florins.

As ações são bem variadas, você vai aumentar sua torre para conseguir mais espaços para chamar convidados importantes, também vai aumentar sua família adotando orfãos que vão te ajudar durante o jogo, trocar florins por dracmas, conseguir cartas de fraude, acessar o mercado entre outras variações.

Mas a grande sacada do jogo é quando você fica sem seus familiares, nesse momento você precisa acusar um pecador, nesse momento você usa um dos familiares alocados e dedura algum membro de Florença que vai ser executado, mas isso obviamente tem seu preço, esse membro da família vai precisar ficar escondido na torre (e ele não é usado nas ações seguintes até ser liberado), já os outros membros da sua família voltam pra casa.


No inferno apenas os monstros vão escutar o grito das almas.

Você ganha muitos bônus nessa hora além de avançar com Dante, o que vai fazer com que o jogo caminhe para o seu final.

Outra coisa legal que eu quase me esqueço são os dois monstros de ficam vagando pelo inferno, sempre no início da partida escolhemos dois entre os 6 disponíveis no jogo e eles dão uma graça à mais lá embaixo ou ajudando que os move ou atrapalhando os amiguinhos.

Ao final da partida muitos pontos de infâmia são contados por diversas situações no tabuleiro e a família mais infame é a vencedora.

Inferno é um jogo bem bacana, a movimentação das almas tem umas sacadinhas muito boas, como disse mais acima o lance de Florença com a família é muito legal e o jogo flui super bem, curti um bocado e chegou pra ser um dos candidatos a melhor do ano.


No final do jogo o submundo está bem cheio e você vai ganhar muitos pontos por isso.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Êxodo


Em Êxodo o seu planeta natal está prestes a queimar devido a explosão do sol, mas cientistas já conseguiram achar um novo lar para seu povo e uma corrida entre as nações está começando para saber que chega ao novo planeta primeiro.

No centro da mesa temos um grande mapa com o planeta a ser evacuado e o novo planeta que vai receber a nossa civilização além de ficar com o mercado de naves, novos estádios e as cartas de infraestrutura, cada jogador recebe um tabuleiro individual com uma grade de tecnologias, um estádio inicial e as cartas que servem como marcadores das ações.

Cada partida dura no máximo 4 rodadas (sem ser na regra de corrida) e cada uma das rodadas é dividida em 7 fases onde teremos a receita, as ações, o transporte, a mudança na ordem do turno, avanços na trilha de progresso, bônus de fim de ano (rodada) e manutenção da rodada.


Do Velho Mundo você precisa levar tudo para o outro planeta antes que seja tarde demais.

A receita do jogo vem através dos prédios no Velho Mundo que rendem recursos para lá e você vai precisar construir novos prédios no Novo Mundo para ter recursos por lá, isso é muito importante pois você pra conseguir as construções no Novo Mundo precisa que os recursos estejam por lá.

As ações em Êxodo são feitas através de cartas que são colocadas nos campos do tabuleiro pessoal e também são marcadas na trilha de ações, pois quanto mais ações você fizer, mais energia você gasta, então esse é um daqueles jogos de "cobertor curto" onde pensar bem a sua rodada é primordial.


No seu tabuleiro pessoal marcamos as tecnologias e as ações.

Nas ações nós vamos basicamente conseguir recursos, construir as infraestruturas (que vão para a mão e depois vão te dar bônus) e fábricas, pesquisar tecnologias, povoar o novo mundo, construir naves e estádios.

Depois que todos os jogadores passarem vem a fase de transporte onde levaremos as fábricas, população e recursos do Velho Mundo para o Novo e essa é uma tarefa importantíssima pois tudo que ficar no Velho Mundo contará como pontuação negativa para você ao final do jogo.

Outro aspecto importante do jogo é na trilha de progresso, lá os jogadores precisam ir avançando conforme usam ações para que consigam desbloquear novas áreas de construção no Novo Mundo, então tudo é muito interligado no jogo você precisa ficar atento o tempo todo.


Importante construir logo naves para a fase de transporte.

No final do 4 ano (rodada) o jogo termina e pontuações são dadas pela felicidade do seu povo (que você ganha pelos estádios construídos), muitos pontos são tirados pelas estruturas deixadas no Velho Mundo e quem tiver a maior pontuação ao final da partida é o vencedor.

Êxodo é mais um excelente jogo do grande Vladmír Suchý, autor de quem eu sou fã, que mais uma vez traz um jogo muito coeso com sacadas muito boas de regras e que com certeza vai agradar aos fãs de euros inteligentes (e apertados).


Conforme o jogo avança o Novo Mundo vai ficando cheio.
 

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Roda de Samba


Em Roda de Samba os jogadores são organizadores de sambinhas nos bairros clássicos do Rio de Janeiro como Lapa e a Pedra do Sal e precisamos juntar os melhores instrumentos para chamar sambistas clássicos para participarem da nossa confraternização.

Inicialmente cada jogador escolhe um dos bairros e coloca à sua frente, nesse tabuleirinho existem 10 espaços para os instrumentos e um espaço especial no centro da roda de samba onde ficará o nosso convidado especial.

O jogo tem 4 naipes de instrumentos representados em cartas, temos os instrumentos de corda, percussão de mão, percussão com baqueta e os instrumentos criativos (como a tradicional caixinha de fósforo).


Você é o organizador do sambinha nos bairros clássicos do Rio de Janeiro.

No seu turno você escolhe um instrumento para baixar em um dos espaços da sua roda de samba. Cada instrumento tem valores de 1 a 4, então se você tiver mais de uma cópia dele na mão pode baixar as diversas cópias de uma vez só.

Mas o que realmente faz o sucesso da sua Roda de Samba é a participação das celebridades, aqui você tem uma mecânica de "match" com os instrumentos, ao terminar de baixar suas cartas você pode tentar chamar um dos 4 sambistas que estão disponíveis, é só ter os instrumentos corretos.

Uma vez que eles vão pra sua roda eles além de te trazerem pontos ainda vem com poderes únicos que vão te ajudar a chamar outros sambistas para o seu samba.


Conforme vai juntando os instrumentos, sambistas famosos vem para prestigiar.

Como eu disse os instrumentos tem naipes e valores, aqui a gente precisa ficar ligado pois para a harmonia ser perfeita o instrumento tem que estar lado a lado com outros de valor ou naipe igual para não atravessar.

Quando um dos jogadores completar os 10 espaços de instrumentos da sua roda de samba o gatilho para o final da partida é acionado, contamos os pontos de todos os sambistas e também se o samba atravessou ou não e quem tiver o maior valor é o vencedor.


Roda de Samba é uma celebração da nossa cultura num jogo que é uma delícia!

Roda de Samba é um projeto muito legal do Valter Bispo, muito gostosinho de jogar e que vai entrar em financiamento coletivo — saiba mais nesse link — em breve de uma forma muito bacana, por ser um projeto que tem um mote cultural/educativo ele vem numa campanha de doação de cópias, onde você vai pagar para que as cópias cheguem a escolas e centros culturais, mas também tendo a possibilidade de ter uma cópia para você.

Por aqui estamos na torcida para que o projeto seja um sucesso e que possa chegar a muitas mesas!

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

TOP3 : Terror da Coleção


Eu poderia fazer um TOP de jogos assustadores para o seu halloween, mas se você procurar bem pelo blog já fiz isso algumas vezes, então esse ano eu resolvi assustar você de verdade e criei um TOP3 de coisas que você pode passar com a sua coleção é que deixarão você de cabelo em pé!

Mas não se preocupem que eu também darei dicas para que dentro do possível você possa evitar tomar esses sustos, então prepare seu coração e vamos lá.

Acho que a primeira coisa que certamente assusta os colecionadores é abrir um jogo e perceber que ele está com algum componente faltando, seja porque você não guardou direito ou seja porque o cachorro comeu e você não viu mas certamente é uma sensação horrível.

Para esse tipo de situação a prevenção é relativamente fácil, você pode optar por organizadores (eu recomendo sempre os da Bucaneiros), ziplocks e principalmente ao final das partidas guardar seus jogos com muito cuidado para não tomar esse tipo de susto.


O segundo susto com certeza você já deve ter visto por aí (se é que já não aconteceu com você), o mofo!

Imagine abrir um jogo que está na estante a algum tempo e perceber que está mofado! Pois é, deixar seus jogos em lugares úmidos ou que não sejam bem arejados podem causar essa desgraceira no seu querido joguinho.

A prevenção aqui é deixar a coleção em lugar arejado de preferência longe de paredes úmidas, colocar saquinhos de silica dentro da caixa também ajuda e caso algum jogo já tenha sido contaminado um bom tratamento com Sanol ajuda a salvar a situação (tem um tutorial bem legal aqui).

 

Agora a pior coisa que eu já vi acontecer na coleção e essa não tem volta é sua casa ser assolada por uma turba furiosa de cupins.

É angustiante ver como fica o jogo depois de atacado e você fica sem ter o que fazer pois uma vez que eles atacam a caixa não sobra praticamente nada, só as peças plásticas, o restante vai ser comido e não tem volta.


Aqui a prevenção é mais complicada, você precisa ficar atento aos sinais de que essas pragas estão chegando na sua casa, aquelas "bolinhas" pretinhas são um sinal claro ou caminho que eles fazem nas paredes, aí é descobrir onde estão e fazer uma descupinização e abrir caixa por caixa pra ver se nada já foi atacado, com sorte você não vai ser pego de surpresa.

É isso, espero não ter disparado nenhum gatilho nos amiguinhos,  mas ficam aí os avisos para que nada terrível aconteça com a sua coleção.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

The Mandalorian Adventures


The Mandalorian Adventures
é um jogo de tabuleiro onde recriamos alguns dos eventos da primeira temporada da aclamada série da Disney, aqui assumiremos papeis dos personagens e a cada cenário teremos desafios a cumprir.

No primeiro cenário o caçador de recompensas mandaloriano é contratado para buscar uma encomendam juntamente com o droide IG-88, temos então a preparação do livro tabuleiro com os obstáculos da dupla além do espaço para que sejam colocas as cartas de ação do jogo.

A primeira coisa que me incomodou no jogo, ele é um jogo de 1 a 4 jogadores, mas nesse primeiro cenário você só joga com dois personagens, então você pode escolher colocar dois outros personagens aleatórios (que não fazem parte da recriação dessa parte da história) ou então jogar solo ou em dois.


Uma vez arrumada a missão, começamos o jogo (a portinha é do Imperial Assault).

Eu escolhi a experiência solo para esse cenário, então o jogador precisa embaralhar os decks dos personagens formando assim um deck só, pega 4 cartas e então começa a realizar ações em seu turno.

Em cada turno você deve realizar duas ações com cartas, após as ações caso seja necessário cartas de eventos serão acionadas e finalmente o jogador repõe a mão para começar um novo turno.

As ações são baseadas em cartas e são quatro possíveis : movimento, ataque, planejamento e investigação.


Você usa cartas para colocar nas ações do tabuleiro e resolvê-las.

Você vai escolher um dos quatro e colocar uma das cartas da mão que tem valores que somados a cartas previamente colocadas (ou fichas de interferência) para dizer qual a força da ação a ser realizada.

Movimento e ataque são ações simples de mover pra lá e pra cá no mapa e dar dano nos oponentes para chegar ao seu objetivo, a ação de investigar ajuda a olhar os tokens fechados e a de planejamento te dá cartinhas diferenciadas que ajudam durante o jogo.

Caso ao final da fase de ação algum dos quatro espaços de ação tenha o valor total em 5 uma carta de evento é aberta que é a forma com que os inimigos do tabuleiro atacam, caso o valor exceda de 5 além da carta de evento abrimos também uma carta de crise que é um efeito do mapa.


O jogo se dispõe a recriar as passagens da primeira temporada da série.

Jogando solo você consegue controlar bastante os valores e resolver eventos e crises que apareçam, a impressão que me deu é que quanto mais jogadores (e personagens) menos controle teremos e mais eventos vão aparecer dificultando a tarefa dos jogadores.

A partida termina quando o objetivo do cenário é alcançado fazendo com que todos ganhem ou então quando um dos personagens morre com a derrota dos jogadores.

Desde o Batalha de Hogwarts eu queria um jogo pra jogar com a turma aqui em casa, então logo de cara eu já fiquei decepcionado com o lance dos personagens por missão, o jogo em si é legal mas não traz nada de inovador ou que prenda a atenção a ponto de querer jogar uma missão atrás da outra.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Dragon Cantina



Em Dragon Cantina os jogadores serão donos de tabernas numa concorrida cidade e que para chamar atenção da clientela precisa ter um atendimento de primeira para que o público não fique de cara emburrada reclamando no PROCON MEDIEVAL.

Inicialmente cada jogador recebe seu tabuleiro pessoal onde vamos marcar os ingredientes que vamos ganhando para a confecção dos pratos além do espaço para funcionários (novos ou promovidos) e melhorias do nosso restaurante.

Também recebemos as três mesas da nossa taberna já com clientes famintos que precisam ser atendidos para não fazerem escândalo por aí.


No mercado temos as melhorias, funcionários e dados a serem escolhidos.

Abrimos então no tabuleiro central o "menu degustação" do Banquete do Dragão, que é uma ocasião especial que acontece nos turnos 3, 5 e 7 do jogo além das cartas de funcionários, melhorias e dados que serão escolhidos pelos jogadores.

As rodadas tem duas fases distintas, na primeira os jogadores se revezam para escolherem entre dados e cartas (sejam funcionários e/ou melhorias) para o seu restaurante, uma vez passada essa fase todos simultaneamente vão resolver a fase de ações.

Aqui vamos alocar os dados que conseguirmos para estocar recursos e também para colocar nos clientes e pagando os recursos que eles pedem atendermos seu pedido para que ele saia satisfeito e você ganhe dinheiro e possivelmente pontinhos de vitória.


Alocamos os dados para gastar recursos e atender aos clientes (antes que fiquem bravos).

Dragon Cantina é uma nova implementação do Space Cantina criação dos amigos Warny Marçano e Fel Barros que aqui teve ajuda do Jordy Adan e do Renato Simões para dar uma modernizada no jogo trazendo um novo tipo de público que não curte jogos cruéis então você consegue tranquilamente (mais do que eu gostaria na real) fazer as ações necessárias.

Comparativamente no Space tudo era muito custoso e as vezes você tinha que fazer muitos malabarismos para conseguir as coisas, já no Dragon tudo é muito fluido então você consegue em toda rodada atender alguém, estocar recursos e com a ajuda das melhorias e dos promovidos a cada rodada as coisas vão ficando mais tranquilas ainda.

Ao final das 7 rodadas somamos os pontos recebidos durante a partida com a quantidade de clientes atendidos e dinheiro que sobrou e diminuímos os pontinhos dos clientes insatisfeitos e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.


Nas fases 3, 5 e 7 acontece o Banquete do Dragão, boa oportunidade de pontuar bem.

É muito difícil pra mim não comparar as duas experiência, até porque eu joguei muitas vezes o Space Cantina até a versão final.

Eu sou muito fã do Space e apesar de entender que o Dragon Cantina está mirando num público que curte jogos mais friendly (até mesmo pela produção e artes escolhidas) fica uma sensação "acridoce" pois fico feliz de vê-lo de novo nas lojas mas gostaria de uma modernizada sem perder muito da pegada do original.

Conversando com o Warny ele me disse que pode ser que saia uma versão de regras "hardcore" para jogadores que como eu preferem uma experiência assim, mas que no geral o feedback desse nova versão tem sido super positiva, tanto que a campanha já está financiada indo pra corrida dos extras e você pode garantir sua cópia aqui nesse link


"Servimos bem para servir sempre". A arte ficou mais caricata. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Ozob : A Cyberpunk Board Game

 

No fim de semana do Diversão Offline fui convidado pela Iron Studios para conhecer o Ozob : A Cyberpunk Board Game, jogo criado pelo Jordy Adan e o Renato Simões baseado nas histórias do palhaço cyberpunk criado pelo Jovem Nerd e essa semana entrou no ar a campanha do jogo, então vamos falar um pouco dele.

Nesse jogo seremos a turma do Ozob que lutam juntos contra as megacorporações em cenários pós-apocalípticos cheios de inimigos e utilizando mapas modulares bem no estilo dos dungeon crawlers clássicos tipo Zombicide.

Uma vez escolhido o cenário separamos os chefões, montamos o mapa com as suas devidas miniaturas dos inimigos menores que vão atrapalhar sua vida além é claro da ficha de cada personagem com suas cartas iniciais.


Você escolhe um dos personagens e pega o deck dele e vê seus atributos.

No seu turno o jogador da vez tem 3 ações para realizar depois de fazer as paradas vem o turno dos inimigos que abrem uma carta de evento então se movem e realizam ataques, uma vez que eles terminam então passamos para o próximo jogador.

A sacada do jogo é a sua mecânica de ações, na sua vez você vai ir sacando cartas do seu baralho uma a uma e colocando ao lado da ficha do seu personagem, o lance é que ao puxar as cartas elas vão melhorando os atributos básicos (como acontece no Tainted Grail por exemplo) só que existem cartas com um X então rola um "push your luck" aqui pois se sair o terceiro X dessa puxada você vai realizar sua rodada normalmente mas toma um dano que poderia ser evitado.

O lance dos atributos é que quanto mais cartas forem sacadas ajudando neles melhores serão suas chances cada vez que você precisar fazer algum rolamento dos dados, então a decisão de dar uma forçada ou então ir de boa depende também da estratégia do grupo.


Muito legal o lance de forçar a sorte pra dar um boost nos seus atributos.

Uma coisa que eu achei bem legal no Ozob é a trilha de vida que além dos corações tem uns raios que são a adrenalina do personagem, esses raios ficam entre os corações (diferentes em cada personagem) e são usados para rerrolar dados, então é uma forma de minimizar sorte.

Para ganhar os jogadores devem cumprir o que o cenário pede, geralmente derrotando um ou mais chefões, mas pra perder é mais fácil, além de critérios do cenário a qualquer momento que um dos rebeldes morre o jogo acaba pra todos.

Ozob : A Cyberpunk Board Game como eu falei é um dungeon crawler típico mas com a historinha de um personagem criado no Brasil e também tem a questão das miniaturas serem produzidas pela Iron Studios que fizeram um trabalho muito legal (e olha que eu joguei só o protótipo), o Jordy e o Renato também fizeram um trabalho de mecânicas bem bacana sabendo tirar proveito de coisas já existentes e dando um toque pessoal nelas.


O tabuleiro cheio de miniaturas e o Jovem Nerd (criador do personagem) felizão com as partidas.