sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Destemidos : Norte da África


Destemidos : Norte da África é a segunda caixa desse excelente jogo de guerra para 2 pessoas, aqui vamos acompanhar combates entre o exército Britânico e as Forças Italianas em terreno árido mas com a chegada de veículos que ajudarão na locomoção das suas unidades.

Funcionando basicamente com as mesmas mecânicas do Normandia (tem resenha aqui), você tem um livreto de 11 cenários em que as duas nações vão se enfrentar, aqui a escala do jogo é um pouco mais "aproximada", então ao invés de cada ficha ser uma unidade de soldados temos a representação de um único soldado.

Isso se deve principalmente a principal adição do jogo que são os veículos de combate, nós vamos ter na caixa do Norte da África cinco carros de combate e reconhecimento e um tanque médio e nele você vai colocar fichas de soldados que podem ser os motoristas ou usar as armas dependendo do modelo do veículo.


Com os veículos o jogo ganha um dinâmica diferente.

Essa dinâmica ficou muito legal pois na hora da utilização da carta de combate de determinado soldado é como se ele tivesse funções à mais estando dentro do veículo.

Outra adição bacana dessa nova caixa são as estruturas, que são prédios, hangares e até mesmo aviões que serão colocados nas peças de terreno e geralmente funcionam como objetivos para os cenários.

Mas lembrando um pouco da mecânica, esse é um jogo de gerenciamento de mão e deck building, você vai comprar 4 cartas no início da rodada, usar uma delas para definir a ordem do turno e então usar as outras três para ativar fichas de soldados e tentar conseguir os objetivos antes do seu adversário.


Outra novidade são as estruturas que servem de objetivos para os cenários.

Uma diferença importante na caixa do Norte da África é que se você tiver uma ficha de combate removida do tabuleiro ela sai pra sempre do jogo, então proteger determinada unidade é muito mais importante, pois se você perde seu engenheiro e precisa demolir alguma estrutura, você está perdido.

A série Destemidos é muito bacana pra quem curte jogos "player vs. player" com essa pegada de gerenciamento de mão, eu gostei muito das adições dessa caixa e percebo que cada novo volume o jogo se torna ainda mais interessante e gostoso de jogar.


E o jogo continua com seus momentos de tensão a cada rolagem de dados.
 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Mogul


Mogul
é um jogo de leilão e ações ferroviárias onde os jogadores vão competir para conseguir comprar barato e vender bem além de tentarem controlar as cidades no mapa para no final serem o melhor investidor do jogo.

Cada jogador começa com uma quantidade de fichas que são usadas na hora do leilão, tem um tabuleiro central com cidades americanas divididas em 5 cores diferentes (referentes as ações que serão leiloadas) e um baralho com as ações. 


As ações servem pra ir te dando uns pontinhos e também para colocar casinhas no tabuleiro.

Puxamos uma ação para ser leiloada na rodada, os jogadores recebem dividendos caso tenham ações daquela cor e então começa o leilão propriamente dito.

Começando do jogador inicial você decide se coloca uma das suas fichinhas na cumbuca (sim, ela acompanha o jogo) ou se passa, caso você passe pega todas as fichinhas que estão na cumbuca para você bem no estilo No Thanks! até que sobre apenas dois investidores.

Quando um deles desistir o vencedor escolhe se fica com aquela ação ou se realiza uma entre duas opções : vender todas as ações da cor que fica marcada na carta leiloada ou se coloca uma das suas casinhas no tabuleiro central para a pontuação de final do jogo.


Você vai controlando os espaços para ganhar um dinheiro no fim do jogo.

O jogo segue dessa forma até que a carta de quebra da bolsa então os jogadores vão ganhar dinheiro pelas casinhas no tabuleiro central e quem tiver a maior quantidade de grana é o vencedor.

Mogul é um joguinho de 2002 e essa versão que eu joguei é a reimplementação de 2015 mas nenhuma delas chegou por aqui, ele é um joguinho gostoso que não demora muito e apesar de não ter tido tanto barulho não decepciona e se você achar nos "flea market" da vida vale o investimento.


Cumbuquinha de fichas, se você não quiser aumentar o "bid" pega as fichinhas pra você.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

John Company


Em John Company vamos acompanhar o avanço da Companhia Inglesa na Índia desde seu começo em 1710 (o cenário básico) até seu momento mais tenso em 1813 e nós seremos ambiciosas famílias querendo poder e dinheiro extraído desse cenário.

Cada jogador vai escolher inicialmente uma das seis famílias do jogo e pegar todos os componentes dela, um grande tabuleiro central é colocado na mesa onde temos a trilha de ação, o mapa da Índia, a "sala" do Grande Conselho e alguns espaços importantes do jogo.

O primeiro cenário (são três) parte de 1710 e ainda não conta o monopólio da Companhia na Índia e serve como "introdução" ao jogo, mas não pense aqui que isso é uma redução de peso ou de tempo de jogo, John Company é fácil um dos jogos mais pesados que eu já joguei e ter um cenário mais "tranquilo" é realmente uma boa forma de aprender o jogo.

 
As famílias exercem cargos importantes dentro da Companhia, mas isso é passageiro.

Esse cenário vai ter 5 rodadas, em cada rodada teremos nove fases que são passadas uma a uma com suas consequências geralmente afetando a fase seguinte.

Na fase da família os jogadores vão comprar supérfluos, alistar familiares nas frentes militares, colocar parentes como escrivães nas capitais, comprar navios ou oficinas ou então comprar dívidas da Companhia para garantir cotas dentro do Grande Conselho.

Depois vem a fase de contratação, vale aqui dizer que existe antes da fase da família um momento do jogo onde os familiares vão se aposentando e deixando cargos vagos, então aqui esses cargos vão precisar ser preenchidos e é aqui que começa um dos grandes trunfos do jogo.


As cotas no Conselho da Companhia são muito importantes, assim como um bom lugar para aposentadoria.

John Company é um jogo de política e negociação, trazendo à tona o que tem de mais feio dentro desse universo, aqui vamos usar promissórias para tentar convencer amiguinhos a nos darem cargos, usar influência para que os outros permitam que cargos sejam exercidos por membros da própria família, dinheiro passa de uma mão para outra para beneficiar uma investida bélica ou naval que vá favorecer determinada família, então se você é sensível a esses temas fique longe desse jogo.

Passada a fase de contratações cada cadeira da Companhia vai trabalhar, então os diretores de Comércio e o de Transportes além do Departamento Militar vão trabalhar, os presidentes das capitais na Índia vão fazer comércio ou então empreender investidas militares para abrir novos espaços de comércio "na marra".


Muita coisa acontece na Índia e os jogadores precisam estar sempre ligados.

Então temos os eventos na Índia, essa é outra fase onde o jogo brilha, temos um "deck" onde alguns eventos como revoltas podem acontecer e colocar em risco soberanias, enfraquecer algumas regiões que ficam mais "apetitosas" para futuras incursões mas a Companhia também pode ser bastante afetada e perder espaços onde ela já estava bem adaptada.

Terminada essa fase o Parlamento se reúne para votar alguma lei e aqui mais uma vez há muita negociação, dinheiro pra lá, favores pra cá para que votos sejam computados e quem sabe o disco de Primeiro Ministro mude para a oposição ou se mantenha com a situação.

E assim termina a (longa) rodada e logo começaremos uma nova com o povo se aposentando e começamos tudo de novo até que o jogo termine e vamos definir pontuação de poder de várias formas até que feche um posicionamento que vai ser colocado na trilha de pontuação mesmo e quem tiver a maior pontuação é será a família mais influente do jogo.


Uma das coisas mais legais do jogo é o baralho de resolução das crises na Índia.

Eu não falei mais acima mas John Company usa dados para muitas situações, muitas mesmo, eles são importantes nas horas de incursões militares e também para a aposentadoria dos membros das famílias empregados em cargos da Companhia, e mesmo que tenha uma tabelinha de probabilidades e você possa pagar para aumentar suas chances há sempre a chance de uma rolagem bem ruim, então se você é avesso a dados em euros (principalmente os pesadões) talvez esse não seja o jogo pra você.

Ufa, se você chegou até aqui e me conhece um pouquinho sabe que geralmente quando eu escrevo muito é porque eu gostei muito do jogo, esse é exatamente o caso do John Company. Ele é um daqueles pesadões que você não sente a hora passar, foram quase 4 horas de jogo e acho que quase todos na mesa estavam muito absortos no jogo que é tenso, cheio das negociações e que no final entrega uma experiência muito maneira, já estou doido pra jogar os outros cenários (inclusive o "experiência completa" que segundo consta dura o dobro do tempo do inicial).

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Zombicide 2ª Ed. Origens : Amy


Zombicide é indiscutivelmente um fenômeno para os jogos tabuleiro tal qual foi o Catan na sua época trazendo milhares de novos jogadores para o hobby, alterando patamares de produção e de vendas e conforme os anos foram passando ele próprio precisou se reinventar e nisso nasceu o Zombicide 2ª ed.

Eu podia fazer uma resenha direta sobre as novidades dessa versão atualizada mas preferi fazer um histórico das missões de origem dos personagens principais da caixa e com isso apresentar as novidades, então se você curte o jogo e quer saber mais sobre a nova edição vem comigo nessa viagem.

Amy acabou de ver seu sensei virar um zumbi e precisou usar sua inseparável katana para acabar com ele, só que agora ela encontra-se sozinha no início da invasão zumbi, o que fazer agora?


A Amy começa sozinha no meio do tabuleiro e precisa pegar 4 objetivos e se mandar.

As missões de origem do novo Zombicide trazem provações das mais tensas para quem tentar brincar com elas, são missões para apenas um sobrevivente o que torna o jogo muito mais difícil do que o habitual.

No setup inicial Amy começa com sua katana já equipada podendo rolar novamente dados caso ela esteja usando essa arma, ela começa bem no meio do mapa que já vem com alguns lerdos posicionados nas ruas e além disso o tabuleiro tem 4 objetivos que precisam ser alcançados para disparar o fim do jogo, um desses objetivos vai trazer um novo sobrevivente ao jogo e outro as chaves do tunadão.


O tunadão serve pra dar uma limpada nas ruas arrastando geral.

TUNADÃO / CARRO DE POLÍCIA : Os carros agora no Zombicide vem com cartinhas de identificação com as funções dele que podem agora andar rápido ou devagar e também reservam boas recompensas quando você procura por objetos neles.

Existem 3 prédios grandes nesse mapa e são neles que estão os objetivos além de caixas com armas tunadas, o grande lance desse mapa é que com uma ativação só para os sobreviventes o número de zumbis que vão entrando por rodada é sinistro.

Eu dei mole e na primeira rodada cismei de andar e abrir a porta do primeiro prédio encerrando assim minha rodada com a aparição dos primeiros zumbis escondidos nas zonas escuras.


A coisa pode ficar bem tensa durante a partida e as vezes só o que você faz é matar.

ZONAS ESCURAS : Agora os prédios ao serem abertos não fazem com que zumbis apareçam em todos os cômodos, mas apenas nas zonas escuras deles, mas não fique animadinho existem muitas zonas escuras nos prédios.

As ativações dos zumbis continuam iguais, eles tem um ponto de ação (os corredores 2) mas agora temos nas entradas de zumbis algumas mudanças. Eles começam entrando à partir da zona marcada com um 1 e no deck de entrada agora temos cartinhas de investida que faz com que os zumbis entrem e ativem.

Isso é muito tenso quando você está com um sobrevivente só, e conforme você vai dando cabo dos zumbis que vão aparecendo e sua barra de pontos de adrenalina vai aumentando a situação só piora até que você vê que não tem muito para onde correr na cidade.


Quando você acha um amiguinho e ele fica pronto pra ação a coisa começa a ficar menos ruim.

Quando finalmente eu consegui achar o segundo sobrevivente as coisas ficaram um pouco menos feias, até porque logo na primeira procura conseguimos um molotov e isso fez com que conseguíssemos dar uma boa limpada nos zumbis que iam se acumulando.

MOLOTOV : Nessa nova edição o molotov agora vem prontinho, você não precisa mais ir catando os componentes para montá-lo e ele continua fazendo o estrago que tanto amamos.

As missões de origem são para serem difíceis, mas eu precisei dar umas "roubadas" baixando o nível de entrada dos zumbis para que fosse possível terminar ela, pois o meu intuito é levar a missão até o final para ver a brincadeira toda (e não ser o campeão mundial de Zombicide).


Descaradamente dando umas "roubadas" para finalmente conseguir escapar. I have no regrets!

Minha dica para essa primeira missão é usar os objetivos abertos, ir direto no que dá um novo sobrevivente para ter alguma chance de sucesso mas ainda assim é bem difícil terminar de primeira a margem de erro é mínima.

Foi tenso e a turma responsável pelo Zombicide na Cool Mini, hoje capitaneada pelo amigo Fel Barros, está de parabéns tanto pelos upgrades feitos ao jogo quanto pelas missões que são disponibilizadas para o povo brincar, são excelentes e desafiadoras

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Barcelona


Em 1860 o urbanista Ildefons Cerdà começou a por em prática seu ambicioso projeto que serviria de exemplo para futuras gerações, a urbanização organizada de Barcelona, e nesse jogo seremos construtores que o ajudarão a entrar para a história.

Temos um grande tabuleiro central com a planta de parte da cidade com suas ruas e cruzamentos que serão o principal foco durante a partida junto com a sacolinha onde vão ser colocados os tiles de cidadãos, cada jogador recebe um tabuleiro pessoal cheio de pecinhas e além disso temos um tabuleiro com modernismos e também as peças bônus da Sagrada Família.

Na sua rodada o jogador pega dois cidadãos na sacolinha para colocar em uma das interseções do tabuleiro central e então realizar as ações referentes a coluna e linha (às vezes também na diagonal) de onde eles foram colocados.


Você coloca dois cidadãos nas interseções e realiza ações.

Essas ações servem para colocar ruas, peças de intercessão, ganhar dinheiro, peças de modernismo e também tecido que são elementos importantes durante a partida.

Uma vez realizadas as ações o jogar deve (se possível) fazer uma construção no tabuleiro, para isso ele "gasta" os cidadãos que foram colocados anteriormente, coloca a peça no tabuleiro e pontua, adicionalmente os cidadãos são colocados em uma trilha que é o que efetivamente marca o andamento do jogo.

Barcelona é um jogo de saladinha de pontos onde praticamente tudo que você faz te dá avanço na trilha de pontuação e é uma pontuação que vai escalonando, conforme os cidadãos vão sendo colocados nas trilhas da construção maiores vão sendo os valores por elas.


Você vai tirando pontinhos de praticamente todos os espaços possíveis no jogo.

Além da pontuação essas trilhas travam em três momentos do jogo onde serão pontuados uns elementos dos jogadores com multiplicadores da trilha do Cerdà e uma vez que uma das três linhas de cidadão chegue ao final o jogo acaba dando mais uns pontinhos pelas peças de modernismo e por passageiros, qua são deixados pelo seu bondinho no tabuleiro principal.

Como disso anteriormente a pontuação do Barcelona escalona absurdamente e as vezes 20 ou 30 pontos de diferença são facilmente tirados entre os jogadores de uma rodada pra outra então forçar uma rodada "perfeita" é bem importante pra não dar chance pros amiguinhos grudarem na pontuação ou para tentar dar o bote de final de jogo.

Barcelona é muito gostoso de jogar, embora conforme o jogo avance o AP acabe aumentando e como você não tem muito controle do tabuleiro entre as jogadas possa haver uma dispersão dos jogadores que voltam a focar na vez deles, mas isso não diminui a qualidade dele que além de bem bom é lindo.


Conforme a cidade vai ficando pronta o tabuleiro fica lindão.
 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Crown of Emara


O reino de Emara nunca esteve melhor, o Rei Thedorius cuida bem de todos seus súditos e traz prosperidade, mas existe um problema, ele não tem herdeiros e por isso decide testar a habilidade de aspirantes ao trono deixando que o povo decida quem ocupará o trono depois que ele se for.

Em Crown of Emara os jogadores serão esses aspirantes ao trono precisando aumentar a população trazendo imigrantes para Emara mas dando moradia para que todos continuem felizes, quem souber equilibrar melhor essa balança será o vencedor.

No jogo temos dois tabuleiros centrais que são o campo de onde vamos extrair recursos e a cidade onde teremos as mais diversas ações à serem feitas pelos jogadores que recebem inicialmente 9 cartinhas de ação e um pequeno tabuleiro com espaço para 3 dessas cartas além de meeples de conselheiros, artesãos e cidadãos para serem usados.


Indo ao campo você vai coletar os recursos necessários para prosperar no jogo.

Cada rodada é formada por 3 turnos de uso das cartas, os jogadores vão embaralhar as 9 iniciais e comprar 3 para o turno, na sua vez você escolhe uma das cartas da mão e baixa em um dos três espaços do seu tabuleiro pessoal para realizar a ação descrita na carta.

Nos espaços do tabuleiro pessoal você tem uma quantidade de passos que seus conselheiros darão em um dos tabuleiros centrais, você precisa andar exatamente a quantidade descrita e ao parar você realiza a ação do espaço onde parou.

Nas cartas você vai ter ações relativamente simples de pegar recursos, conseguir desconto, fazer um movimento extra ou realizar uma ação da cidade sem precisar estar com seu conselheiro por lá, as ações na cidade são mais interessantes mas basicamente você vai transformando recursos em população e/ou população e andando nessas duas trilhas.


Já na cidade é onde você consegue ir transformando seu jogo em avanço de povo e moradia.

A grande sacada do Emara que eu achei brilhante é como funcionam esses dois tabuleiros e a sinergia com as cartas da sua mão, ao escolher o espaço com a cartinha você vai precisar andar com um dos seus conselheiros, então você não vai conseguir fazer tudo que quer mas com algum planejamento você vai "combando" as ações para otimizar sua jogada e assim extrair o máximo possível dela.

Outra sacada muito inteligente do jogo é a questão das duas trilhas de avanço, você vai percebendo durante o jogo que a trilha de população é mais fácil de avançar, só que você precisa equalizar ela com a trilha de moradia, pois ao final do jogo você vai pontuar o MENOR valor entre as duas, então é importante você não se descuidar para não ficar muito para trás em alguma trilha e não conseguir se recuperar depois.


Você baixa as cartas para realizar a ação e o número te dá a quantidade de movimentos.

Quando as 9 cartas são usadas uma rodada acaba e você reembaralha elas para começar uma nova, serão apenas 3 rodadas o que te dá uma quantidade limitada de ações durante o jogo todo e ao final da terceira rodada alguns pontinhos são adicionados aqui e ali nas trilhas e quem tiver a maior pontuação será o próximo regente de Emara.

Crown of Emara é daqueles euros inteligentes, com ações limitadinhas que você joga com prazer, tem muito de observar o seu jogo e pensar bem na melhor forma de usar o seu turno. Muito bom jogo!

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Quartz : O Jogo de Cartas


Foto da capa : Rainbow Meeple

Mais uma vez os anões mineradores vão atrás de pedras preciosas, e mais uma vez os anões vão testar seus limites (e sua ganância) para conseguir os melhores tesouros.

Quartz : O Jogo de Cartas segue os mesmos princípios do clássico jogo de "push your luck" do amigo Sérgio Halaban, só que aqui ao invés de sortearmos as pedras preciosas da sacolinha vamos comprando cartas de um deck central.

Em sua rodada o jogador pode escolher entre explorar as minas ou proteger uma das colunas de cartas já resgatadas para que elas fiquem protegidas da ganância dos outros anões.


As cartas de ajudantes pra dar aquela bagunçada no jogo.

Na ação de explorar a mina o jogador vai comprando cartas puxando do deck principal, você pode comprar quantas cartas quiser, mas cuidado, quando dois símbolos de cristal instável aparecer na mesma posição a mina desaba e você perde tudo que já havia minerado.

Mas se você for um anão cuidadoso e conseguir sair com seus cristais, você os organiza em colunas da mesma cor mas como eles ficam lá chamando a atenção é melhor você ficar ligado e aí entra a outra ação possível de rodada, onde você pega uma dessas colunas e guarda escondidinha para pontuar no final do jogo.

Mas não seria um jogo da família Quartz se não tivesse as pernadas nos amiguinhos e mais uma vez temos as cartas dos ajudantes que servem para bagunçar o jogo tentando pegar cristais dos outros, se protegendo dessas investidas, conseguindo guardar colunas entre outras ações.


Você vai juntando as colunas de cristais, mas cuidado com o "olho gordo" dos coleguinhas.

A partida segue até que o deck principal se esgote, então todos os jogadores conta os valores de seus cristais, para cada conjunto igual de 4 cristais ganham pontinhos extras e o anão com a maior pontuação é o grande vencedor.

Quartz : O Jogo de Cartas é o terceiro jogo da série e pra mim a versão de cartas é bem mais legal que o original, sendo um jogo muito mais dinâmico e mais simples sem fugir das características que fizeram dele um dos maiores sucessos do Halaban.

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Santa Kaos


Papai-Noel resolveu tirar umas férias e deixou tudo na mão dos seus elfos  que vão ter que lidar com as demandas do natal que está chegando e assim ganhar a atenção do "bom velhinho" e levar pra casa a placa de funcionário do mês.

Em Santa Kaos cada jogador estará com um tabuleiro onde temos os componentes de cada brinquedo a ser construído e num tabuleiro central ficam 6 espaços onde serão colocados dados para serem pegos pelos jogadores e usados para as mais diversas ações.

Existem 3 cores de dados que ao início de cada rodada são rolados e colocados arrumados pelos seus valores nos espaços destinados do tabuleiro, cada cor vai dar um benefício específico ao jogador (ganhar novas cartinhas das crianças, novos elfos ajudantes ou dinheiro) e ao retirá-lo do tabuleiro central além desse benefício você realiza a ação do espaço indicado.


No tabuleiro central temos os espaços de alocação dos dados.

Nos espaços temos o tráfego aéreo das renas que serve para conseguir itens para o jogador, a confecção de meias onde os jogadores podem comprar um meia para receber recursos a cada rodada, o depósito pra receber recursos pela quantidade de elfos ajudantes que você tiver, a floresta encantada onde você pode recrutar ajudantes especializados para sua tarefa, a sala dos artefatos onde como o nome diz tem artefatos que podem ser comprados pra ajudar e a sala do Papai Noel que é usada como "coringa" para acessar qualquer outro espaço.

Você precisa conseguir os recursos necessários para construir os brinquedos, então ter uma fábrica que funcione bem com bastante elfos para recolher recursos, meias, artefatos (principalmente o que altera o valor do dado) e ajudantes vai te dar uma vantagem muito boa e tentar cumprir o máximo possível de cartinhas.


Quando você consegue os recursos necessários pode completar a cartinha.

Ao final de uma quantidade de rodadas que depende do número de jogadores a partida termina, o jogador que completou mais cartinhas recebe um bônus de "funcionário do mês", contam-se os pontos e que tiver a maior pontuação é o vencedor.

Santa Kaos é um joguinho bem família, regras simples e boas decisões a serem tomadas, o André Domicciano fez um jogo que tá rodando redondinho e a produção da Ludens com uma arte caprichadona fez com a campanha de financiamento fosse um sucesso atingindo mais de 250% da sua meta e ainda dá tempo de apoiar o projeto em https://meeplestarter.com.br/santakaos


Ajudantes e artefatos são importantes para cumprir suas cartinhas.
 

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Trio


Em Trio, novo jogo da linha Pocket da Paper Games, os jogadores precisam fazer combinações de três cartas iguais pegando cartas da sua própria mão, da mão dos coleguinhas ou do centro da mesa.

Durante a preparação do jogo distribui-se cartas aos jogadores que devem organizá-las na mão em ordem numérica crescente, além disso cartas são organizadas viradas para baixo na mesa formando um lugar onde pode-se procurar os números para formar seus trios.


Você arruma suas cartas de forma crescente e precisa conseguir formar trios.

Na sua vez de jogar você pode pedir para qualquer jogador (inclusive você mesmo) para mostrar a MENOR ou a MAIOR carta da sua mão.

Não dá pra mentir nem nada, você pega a carta de uma das extremidades da sua ou da mão dos coleguinhas e fica sabendo o valor dela, então depois você faz isso novamente até que consiga um trio ou até que apareçam duas cartas diferentes.

As cartas do centro da mesa funcionam de forma semelhante, você vira uma delas para cima e escolhe se quer continuar virando ou se pede cartas dos jogadores até que um trio seja formado ou duas cartas diferentes apareçam e você passe a vez.


A sua mão, a mesa e a mão dos amiguinhos são a forma que você tem pra puxar cartas.

O jogo termina assim que algum dos jogadores fechar três trios quaisquer ou um trio de 7, tem outra forma de jogar onde você precisa fechar dois trios apenas, mas eles são vinculados aos números menores mostrados nas cartas.

Trio surpreendeu positivamente, jogo rapidinho e divertido que usa só 36 cartas para entreter de 3 a 6 jogadores, vem naquele precinho camarada da linha Pocket e vale ter na bolsa.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Diversão Offline XP na Bienal do Livro do RJ


Está acontecendo aqui no Rio de Janeiro entre os dias 1º e 10 de setembro a edição de 40 anos da Bienal do Livro e nessa edição estamos tendo pela primeira vez a participação Diversão Offline XP, um espaço dedicado aos board games monitorado pelos queridos amigos do SeJoga.

Estivemos lá no domingo dia 3 e passamos o dia nas mesas trocando ideia com o pessoal e foi muito bacana ver a integração das pessoas que estavam no evento para comprar livros e ao se depararem com um espaço cheio de mesas de jogos sentarem e jogarem.

Um levantamento da organização do espaço contou que nos primeiros 3 dias de Bienal passaram pelas mesas mais de 800 por dia de pessoas que já estão acostumadas aos jogos e também de gente que parou por curiosidade e acabou passando algum tempinho jogando.


Mais de 800 pessoas por dia de evento passando pelas mesas.

Nisso foi fundamental a colaboração do pessoal do SeJoga, os seus monitores são extremamente simpáticos, ensinam os jogos com o maior carinho e de forma que até mesmo quem está acostumado só a rolar dado e andar as casa consiga aprender as novas mecânicas dos jogos modernos.

Um ponto que precisa se melhorado foi a adesão das editoras, apenas a TGM, Adoleta, Buró, Copag e Paper Games deram moral mandando jogos para que fossem jogados durante o evento, as outras editora precisam ficar mais atentas a um público que tem um potencial enorme de aderir ao hobby como são as pessoas que vão à Bienal.

A Copag inclusive estava com o lançamento do Enquadrados, um joguinho abstrato muito bacana do Chris Borges e da Thalita Colombi que tava fazendo sucesso nas mesas em que passou (e em breve vai ganhar resenha por aqui).


A Copag foi uma das poucas editoras que "compraram" a ideia, mas estavam até com lançamento por lá.

Outra parceria muito boa foi com a Loja RED que colocou o seu estande bem ao lado do espaço do DOff XP, então todo mundo que sentava e jogava alguma coisa ia direto na loja para comprar sua cópia, no domingo o estoque dos jogos da Paper Games já tinha esgotado!

Essa iniciativa do Diversão Offline de se integrar em outros eventos (como eles fizeram em 2020 no Rio Matsuri) para levar o hobby a outros públicos é extremamente positivo fazendo com que a cada ano os jogos de tabuleiro cheguem a públicos ainda maiores e diversificados.

O espaço vai ficar até o dia 10 de setembro na Bienal do Livro, então se você for ao evento não deixe de passar no Diversão Offline XP e aproveite para descansar os pés e jogar uns joguinhos.


A equipe sempre simpática e prestativa dos fofos do SeJoga.