Sabika

Em Sabika os jogadores estarão construindo, firmando rotas comercias e escrevendo poemas que mostrarão para posteridade o que a dinastia Nasrid fez de tão grandioso durante seu reinado entre os séculos XI e XIII.

O jogo tem um tabuleiro grandão que é colocado ao centro da mesa, nele temos principalmente um rondel com três segmentos específicos onde colocaremos nossos mestres de obra, nosso mercador e nossa poetisa para realizar as ações do jogo.

Os jogadores tem um tabuleiro pessoal onde temos 4 armazéns, um espaço onde podemos trazer nossos trabalhadores para descansar e um espaço para manufaturarmos os três tipos de bens importantes para o comércio exterior.

No rondel você precisa pensar bem no que fazer pois no fim são poucas ações durante o jogo.

O jogo dura exatamente 5 rodadas e em cada uma delas vamos usar nossos trabalhadores para realizar ações, na sua vez o jogador vai escolher um dos 4 trabalhadores no rondel e avançar com ele até dois espaços (podendo gastar dinares para avançar mais) e assim que ele parar realiza a ação principal do espaço onde pararam.

Como disse lá em cima são três segmentos específicos, no primeiro temos as ações de construção onde poderemos fazer as construções pequenas e grandes além de melhorarmos nossos armazéns e também conseguiremos recursos.

Aumentar seus armazéns é uma ação bem importante pois você precisa guardar seus recursos.

O segmento do meio é o responsável por fazer o comércio, nele vamos vender produtos manufaturados pontualmente e também estabelecer rotas comerciais que nos rendem receitas para as rodadas seguintes.

Já o último segmento do rondel é responsável por escrever os poemas pequenos (que dão benefícios na hora que são construídos ou durante a partida) e os poemas grandes (que darão boas pontuações de final de jogo) e também tem uma ação que ajuda a ganhar uns dinares caso você esteja apertado.

Além das ações principais existem espaços entre os segmentos em que podemos fazer ações secundárias que ajudam a arrumar novas matérias primas, recursos e também manufaturar produtos que estejam no seu tabuleiro de jogador.

O mercado com o exterior te garante benefícios na hora da venda e também receita.

Durante a partida existem três pontuações importantes ao final das rodadas baseadas em elementos que você vai acumulando durante a partida e servem como guia para o que vale ou não à pena ir juntando durante o jogo e na quinta rodada a partida acaba e depois de computarmos pontos de algumas maneiras o jogador com a maior pontuação é o vencedor.

Sabika é um euro médio bacana, um pouco inchado de elementos o que as vezes dá uma travada no que você tem que prestar atenção e na forma de agir, ele é bem apertadinho de recursos e ações e por isso mesmo numa primeira partida você fica meio avoado em que caminho vale investir, mas isso acaba fazendo com que dê vontade de jogar mais vezes pra explorar mais o jogo.

Os poemas grandes e pequenos também vão ajudar aos jogadores durante a partida.

 

Istanbul - Jogo de Dados

Em Istabul - Jogo de Dados, trazemos o clássico jogo do grande Rüdiger Dorn para partidas mais dinâmicas onde os jogadores continuam precisando adquirir mercadorias e liras para conseguir os preciosos rubis.

O jogo tem um tabuleirinho central onde ficam os mercados, cada jogador recebe um resumo das ações, as peças de mesquita ficam dispostas para serem adquiridas durante o jogo assim como as cartas de bazar e temos também a disposição dos jogadores os dados que serão fundamentais.

Você rola os dadinhos para fazer ações e conseguir os preciosos rubis.

No seu turno o jogador da vez rola uma quantidade de dados (inicialmente 5) podendo rolar outras vezes caso gaste cristais para isso e com os resultados tem direito a fazer duas ações.

Basicamente as ações são trocar mercadorias, receber liras, comprar peças de mesquita, abrir cartas de bazar ou então trocar os recursos que você já tem pelos preciosos rubis.

É legal ficar ligado no que as mesquitas oferecem, pois elas são de grande valia para o decorrer da partida te dando benefícios, além disso tendo 5 delas você já garante um rubi.

Uma vez que consiga tem os recursos, gasta uma das ações para pegar o rubi desejado.

As cartas de bazar também são interessantes, mas algumas delas dão benefícios para os outros jogadores também, então não é sempre que você vai querer ficar dando vantagens aos amiguinhos.

O jogo acaba assim que alguém conseguir alcançar a quantidade de rubis exigida pelo número de jogadores e ele é o vencedor da partida.

Eu sou fã do autor e do jogo de tabuleiro que originou o jogo de dados (você pode ler nossa resenha dele aqui) e essa versão deixou o Istanbul mais fluido e gostosinho de jogar e funciona bem com jogadores mais cascudos e os mais casuais.

As mesquitas são formas de dar um levante nos seus turnos, não deixe de comprá-las.

 

Brew Crafters

Em Brew Crafters os jogadores serão mestres cervejeiros que estão crescendo suas fábricas e sua produção tentando novas receitas para agradar o público e conseguir mais reputação entre os apreciadores.

Cada jogador recebe inicialmente sua fábrica com alguns espaços já prontos para serem usados e outros que vão poder ser construídos durante a partida, além disso temos um tabuleiro central com várias ações, as receitas que serão confeccionas e os trabalhadores especializados que serão contratados pela nossa fábrica.

A mecânica principal do jogo é a de alocação de trabalhadores e cada rodada terá três fases distintas, na primeira são colocados recursos em alguns espaços do tabuleiro principal (similar ao que é feito no Agricola por exemplo), a segunda fase os jogadores colocarão seus trabalhadores para realizar as ações do tabuleiro principal e na última fase vamos trabalhar na cervejaria.

Sua fábrica vai fazendo boas cervejinhas pra você conseguir reputação.

As ações principais tem muito de conseguir recursos ou contratar ajudantes adicionais para a fase de cervejaria e aqui o jogo é muito apertadinho para conseguir os ingredientes então é importante logo de cara conseguir aumentar seu estoque para poder fazer as melhores receitas mais tarde.

Na fase da cervejaria você pode melhorar sua fábrica, pesquisar novos sabores e efetivamente fazer sua cervejinha para poder vender tanto para o mercado quanto para seu barzinho (que é legal você construir logo também).

Uma coisa legal dessa fase é a tabela de pesquisas, nela você vai dando um upgrade em algumas ações e conforme vai avançando consegue dar uma otimizada boa no que você consegue fazer. 

As ações são poucas e você precisa planejá-las muito bem.

As ações do Brew Crafters são muito enxutinhas então ele é um jogo que requer planejamento e dá aquela sensação de que você quer fazer as coisas mas não consegue e algumas vezes você vai precisar recorrer à empréstimos no banco que precisam ser bem pensados pois tiram pontos ao final da partida.

O jogo termina depois de 12 rodadas onde os jogadores vão ganhar pontinhos de reputação por um monte de coisas (e perder pelos empréstimos) e quem tiver a maior reputação é o grande mestre cervejeiro.

Brew Crafters é um daqueles euros gostosos de jogar, com um tema bem aplicadinho e que você precisa ficar pensando bem as jogadas pois você terá poucas ações ao decorrer do jogo e precisa otimizá-las da melhor forma possível.

Com os ingredientes certos você fará as melhores cervejinhas do mercado.

 

Chulé

Sabe quando você vai arrumar sua gaveta de meias e você acaba se deparando com meias furadas, pares faltando, meia do irmão??? Pois em Chulé os jogadores precisam organizar suas meias de forma a completar os pares antes dos amiguinhos (e de preferência sem deixar nenhuma traça para destruir tudo).

O jogo consiste num baralho onde temos vários pés de meia, alguns novinhos e limpinhos, outras meias estão chulezentas e algumas estão furadas e o pior de tudo, precisamos ficar de olho nas traças.

No início da partida a carta que dispara o final do jogo é misturada entre as últimas da pilha de compra, uma quantidade de cartas (duas ou três) é distribuída entre os jogadores para formar a mão inicial e então a partida pode começar.

Você precisa ir montando os pares de meia, mas tem que ser rápido.

Um dos jogadores fica responsável por ir abrindo as cartas da pilha de compras, ao abrir os jogadores vão ter que ir no bom e velho esquema "tapão" pra pegar a meia que apareceu, só que os jogadores precisam ficar ligados, se você ao bater pegar uma meia com traça ele vai destruir um par de meias que você já tenha guardado.

Os jogadores não são lá muito criteriosos com a sua gaveta, então você considera um par bom de meias qualquer duas meias que combinem dois dos três padrões mostrados e apenas uma delas pode estar furada (duas meias furadas é um pouco demais né?).

Conforme os pares vão se formando, você vai juntando pra pontuar.

Você pode sempre também bater e levar a carta para mão (até o limite imposto pelo jogo) para tentar formar pares que valham uma pontuação melhor no final (aquele par limpinho e cheirosinho de meias).

Ao formar os pares você vai guardando separado até o final do jogo, quando a carta de fim de partida aparecer você pontua os pares e quem tiver mais pontos é o vencedor.

Criação do grande Luish Coelho em parceria com o Renato Oliveira, Chulé é um jogo pra toda família, aqui em casa ele foi abduzido pro quarto da filhota e é um dos que estão sempre na mochila dela quando vai pra casa das amigas.

Mas fica ligado, se aparecer uma traça e você bater pra levar, ela come um par que você tenha.

 

Bonfire : Árvores e Criaturas

Bonfire : Árvores e Criaturas é uma expansão para o ótimo jogo do Stefan Feld, nele somos apresentados a novas formas de pontuar, a eventos que ajudam aos jogadores e a poderes assimétricos para apimentar um pouco mais o jogo.

Se utilizando de uma forma modular de expansão você pode adicionar todas ou só algumas na partida tradicional, nessa primeira experiência só não colocamos os poderes assimétricos mas dá pra falar um pouco deles.

Os tiles com as criaturas dão poderes assimétricos aos jogadores.

As criaturas são escolhidas pelos jogadores no início do jogo e darão a ele poderes especiais para serem utilizados durante toda a partida, são 9 fichas diferentes dando uma boa rejogabilidade.

Outro módulo traz as árvores que são tiles para serem comprados toda vez que as guardiãs seguem em sua procissão, então você coloca essas árvore acima dos cristais onde tenha alguma guardiã de bobeira e você então ganha uma função que pode ser passiva para toda a partida, instantânea ou então alguma pontuação de final de jogo.

Além disso, no tabuleiro das árvores ficam fichas que são referentes ás quatro guardiãs do jogo que também darão algum bônus para o jogador caso você tenha a guardiã correspondente no seu caminho.

As árvores vão sendo adicionadas aos caminhos das guardiãs que agora também dão uns bônus aos jogadores.

O terceiro módulo são as cartas de evento, são 21 cartas que são embaralhadas no início da partida e alteram de forma positiva para os jogadores alguma regra do jogo, elas mudam sempre que algum outro jogador utilizar a ação de colocar uma ficha de destino.

As ações são legais mas o timing para a mudança de cartas eu achei esquisito, pois se numa rodada mais de um jogador usar a ação de colocar uma ficha de destino a carta de evento muda muito rápido, talvez valha tentar fazer com que ela mude quando virar a rodada para dar chance de todos usarem os efeitos dela.

Os eventos são bacanas mas o timing de entrada deles poderia ser melhor resolvido.

Por último a expansão Árvores e Criaturas traz todos os componentes para adicionar o quinto jogador, embora eu ache que com quatro jogadores o Bonfire já tem um tempo de partida não muito rapidinho, então pode ser que com cinco ele fique extenso demais.

No geral Bonfire : Árvores e Criaturas é uma expansão bem legal, adiciona umas coisinhas bacanas e acho que dificilmente jogarei agora sem pelo menos as árvores (que eu achei que dão umas coisinhas bacanas), para quem curte o jogo base vale à pena testar esses módulos novos.

E para quem não viu ainda, tem a resenha do jogo base aqui nesse link.

Zombicide 2ª Ed. Origens : Doug

Doug sempre foi um funcionário exemplar conhecido por tratar seus clientes sempre de forma super protetora, mas ele nunca imaginou que precisaria protege-los de uma invasão zumbi e agora sua única preocupação é levar seu cliente para um lugar seguro.

Nessa segunda partida da Campanha Origens do Zombicide trazemos para vocês mais uma novidade da segunda edição que são os Companheiros, no setup inicial dessa missão Doug precisa escoltar um outro personagem com vida para a saída.

COMPANHEIROS : São PNJ's (personagens não jogáveis) que servem um pouco como estorvo para o seu líder que não pode gastar mais duas ações de movimento por rodada mas em compensação podem utilizar o bônus azul do companheiro escolhido como se fosse uma característica sua.

Você vai arrastando seu cliente (que não é muito útil).

Esse mapa tem uma configuração interessante, estamos dentro de um prédio já, o que facilita bastante para conseguirmos novos itens e nesse caso específico pegar logo os primeiros objetivos e contando com um pouco de sorte já recrutar o segundo sobrevivente para dar uma ajudinha a limpar o mapa.

Limpar o mapa é uma parada tensa demais quando se joga com poucos sobreviventes, já sabendo dessas dificuldades eu novamente baixei a bola do cenário deixando apenas dois pontos de entrada de zumbis ao invés de três (como no setup original), mas ainda assim entram muitos zumbis e quanto mais você mata mais pontos de adrenalina você recebe e piores ficam as cartas de entrada.

PONTOS DE ADRENALINA : Essa é a nova nomenclatura para os Pontos de Experiência, conforme você vai matando zumbis a barra de adrenalina vai aumentando e liberando novas habilidades como de costume e aumentando o nível de perigo das cartas de ativação dos zumbis.

Aquele momento que traz paz ao seu coraçãzinho.

Acabou que esse não foi um cenário tão difícil, encontrei meu segundo sobrevivente no terceiro objetivo aberto e ele foi bastante útil para ajudar a limpar a rua que estava começando a acumular muitos lerdos.

A habilidade do cliente me dava a oportunidade de fazer uma busca grátis e eu utilizei ela bastante para conseguir encontrar o molotov (não saia de casa sem ele) para o momento mais crítico.

E mesmo com a dificuldade de ter apenas dois pontos de movimento enquanto escoltamos o nosso cliente eu consegui chegar no ponto de saída sem precisar "roubar" muito na partida.

Foi menos tenso que a missão da Amy, mas ainda assim bem divertida.

Roll Camera

Em Roll Camera os jogadores trabalham em uma atrapalhada produtora de filmes que está à beira da falência e só um grande sucesso fará com que eles saiam do buraco e é aí que vocês entram para tentar realizar essa super produção e salvar a produtora.

No jogo temos um tabuleiro central onde ficam o roteiro que precisamos seguir do filme, a locação onde ele deve ser filmado, o baralho dos problemas que vão surgindo durante as filmagens e a sala de edição onde vamos montar a nossa super produção.

Cada jogador tem um tabuleiro pessoal com um poderzinho único para tentar ajudar nas filmagens e temos também os dados que são as peças mais importantes para a mecânica do jogo.

Você usa os dadinhos para resolver problemas, gravar as cenas entre outras coisas.

No seu turno o jogador vai abrir uma carta de problema e depois rolar os dadinhos de equipe e designar funções à eles, com os dados poderemos resolver os problemas que vão aparecendo, vamos criar os cenários e preenche-los para conseguir filmar a cena, contrataremos estagiários para ajudar no filme e também podemos ativar as ações especiais dos jogadores.

O jogo tem umas sacadinhas muito legais como a montagem do cenário e a utilização dos espaços para filmar as cenas que vão aparecendo, a questão de precisarmos "seguir o roteiro" para que o filme vá ganhando estrelas e seja um sucesso, o lance da reunião de equipe para usar as cartinhas de ideia.

Conforme as cenas são gravadas, vão contar a historinha do nosso filme.

Mas Roll Camera apesar da carinha alegre é um jogo tenso, abrindo problemas a cada rodada e tendo um número limitado de dadinhos os jogadores estão sempre numa corrida contra o tempo para que a produção ande e os problemas mais graves sejam contornados para que não afetem a qualidade do filme nem façam estourar o tempo de produção ou o orçamento.

Os jogadores vão se revezando na ajuda para terminar as cinco cenas do filme e assim executando alguns bônus ou penalidades vamos ter a nossa produção finalizada com uma historinha que é divertida de contar ao final da partida e todos ganham se o filme conseguir terminar com a sua qualidade acima do medíocre.

Como eu disse anteriormente Roll Camera é um jogo tenso com uma carinha bonitinha, mas ao mesmo tempo que te pune ele consegue ser engraçadinho através dos textos dos problemas e das ideias que são discutidas entre os jogadores e foi uma agradável surpresa.

Se você seguir bem o roteiro, consegue estrelas importantes para a qualidade do seu filme.

 

Harry Potter : Batalha de Hogwarts

O "menino que sobreviveu" recebe uma coruja na casa em que mora de favor com seus tios e à partir daí sua vida toma um rumo totalmente diferente ao descobrir que ele na verdade não é uma criança normal e sim um bruxo e não qualquer bruxo, ele é o escolhido para ser um dos que ao longo dos anos será o protetor da famosa escola de Hogwarts.

Em Batalha de Hogwarts os jogadores passarão pelos 7 anos em que Harry e seus fieis amigos Ron, Hermione e Neville lutarão contras as forças das trevas e para isso se utilizarão de grande aliados, itens mágicos e poderosos feitiços.

O jogo tem como mecânica principal o deck building e aqui ele funciona de forma progressiva conforme os anos em Hogwarts vão passando, a primeira partida se utiliza de um deck limitado, poucos inimigos e os locais que precisam ser protegidos.

A mecânica é a clássica de deck building.

Cada jogador tem um deck inicial e na sua rodada vai tentar causar danos aos inimigos da vez para que ele não coloque marcadores de controle aos locais que vão sendo abertos, no primeiro ano serão 2 locais que precisam ser protegidos mas conforme novos anos vão se abrindo, mais locais aparecem e os jogadores perdem assim que todos os locais forem dominados pelas forças das trevas.

Existem dois "recursos" básicos no jogo, os marcadores de influência que serão usados para comprar novas cartas e os marcadores de ataque a serem colocados para derrotar os inimigos.

Enquanto você não derrota o inimigo da vez ele vai ter uma ação que vai atrapalhar sua vida te dando dano ou te impedindo de comprar cartas extras, enfim, eles são chatos e quanto mais rápido você conseguir derrotá-los melhor, até porque a turma do Harry só vence a partida depois de derrotar todos os inimigos.

O objetivo é derrotar os inimigos antes que eles dominem os locais de Hogwarts.

Mas o que prende legal na Batalha de Hogwarts é a progressão do jogo, como disse o Ano 1 serve bem como apresentação, mas à partir do Ano 2 e principalmente do Ano 3 a coisa começa realmente a esquentar, os heróis começam a ter poderes especiais, novas coisas vão sendo adicionadas ao jogo e o nível de dificuldade escalona legal (também o tempo de partida).

E uma coisa que eu curti muito foi que o apelo do jogo fez com que a turma toda lá de casa pilhasse de jogar, até o Arthur que tava mais afastado dos tabuleiro curtir e já jogamos até o Ano 5 e a cada partida as coisas ficam mais tensas.

Harry Potter : Batalha de Hogwarts é um jogo que traz todo mundo pra mesa, é um jogo de campanha que você consegue zerar tudo depois sem problemas (fica tudo armazenado separadinho) e que a cada partida você vai tendo dificuldades maiores e vai sendo mais desfiado, tiro certo pra quem curte um bom jogo de deck building e principalmente para os fãs (como eu) do bruxinho.

Conforme os Anos vão passando novas regras vão sendo adicionados e os heróis ganham poderes especiais.

Nucleum

Em Nucleum os jogadores serão industrialistas em plena Saxônia do século XIX tentando se aproveitar da grande novidade do momento que é a utilização de usinas para transformar urânio em energia e energizar as cidades.

Contando com um tabuleirão no centro da mesa com as cidades e suas ferrovias à serem expandidas, temos ainda um tabuleiro secundário com contratos, fichas de ação e a trilha de progresso.

Cada jogador vai ter um tabuleiro pessoal com suas construções, turbinas e minas de urânio para serem construídas durante o jogo além de um tabuleiro de experimentos, aqui já uma parada bacana do jogo por serem assimétricos e cada jogador começar com um setup diferente de ações e bônus por experimentos por conta disso.

O tabuleiro individual de cada jogador com seus prédios e seu laboratório.

Por incrível que possa parecer o jogo tem regras básicas até bem simples, você escolhe uma entre três possibilidades de ação no seu turno : usar um tile de ação e resolvê-lo deixando ele separado até que resolva recarregar, usar um tile como trilho com a possibilidade de também usar as ações dele e recarregar que é o seu momento de receber dinheiro, seus tiles de ação e novos trabalhadores.

Você começa com 5 tiles de ação e pode ir comprando mais durante o jogo, cada tiles te dá a possibilidade de fazer até duas ações (exceto um coringa que você só faz uma ação), as ações possíveis são desenvolver (para comprar novos tiles de ação), pegar contratos, urbanizar o tabuleiro principal com seus prédios, industrializar construindo minas de urânio ou turbinas e energizar os prédios das cidades.

O grande barato do jogo é que o mesmo tile que você usa para fazer as ações é o que você vai precisar "queimar" para transformar em trilhos das ferrovias para ter acesso às cidades pois você só pode construir em uma cidade que faça parte da sua rede e essa rede é definida por pelo menos um trilho seu na ferrovia que leve à ela.

Algumas usinas começam desativadas só esperando chegar seu nucleum.

Só que tem uma brincadeira aí muito legal, existem 4 cores de cidade e os tiles de ação também tem cores nas duas pontas (tipo dominó) então se você na ação de ferrovia colocar um tile que seja da mesma cor da cidade e até mesmo de um tile previamente colocado (que ainda não tenha virado linha de trem) você executa aquela ação.

Essa é uma grande sacadinha pois no momento em que um trecho de ferrovia é completo ele vira pro lado do trilho do trem e aquelas ações são perdidas pra sempre, mas enquanto isso não acontece tem sempre a chance do amiguinho dar "match" na cor do seu tile e você conseguir uma ação bônus de bobeira.

A parte de energizar os prédios é a mais burocrática, pois você precisa ficar fazendo continhas, vendo de onde vem o carvão ou o urânio, ver se precisa pagar a alguém, conferir se tá chegando energia suficiente pro prédio que você quer energizar e aí sim ganhar os pontos de façanha que são importantíssimos no jogo e também deixar o prédio energizado pra te dar pontos ao final do jogo.

Aí quando elas começam a funcionar já podem energizar os prédios das cidades.

Mas é uma parte fundamental do jogo e você vai fazer muitas vezes pois você precisa de muitos pontos de façanha para a ação de recebimento que é a recarregar.

É como se fosse um final de turno só seu, você pega de volta as ações que ainda não foram queimadas como trilho para usar de novo, chegam novos trabalhadores para usar nos trilhos, grana para tudo que você precisa pagar durante a partida e o mais importante, gasta os pontos de façanha para colocar um dos seus marcadores na trilha de progresso.

Essa trilha vai definir qual o multiplicador que você vai usar nos três objetivos de final de jogo, além de liberar novos nucleums para as fazer com que as usinas que ainda não estão funcionando comecem a trabalhar.

A grande sacada pra mim são os tiles de ação que são usados de várias formas no jogo.

Por não ter uma quantidade de rodadas fixa o jogo tem alguns gatilhos de fim de jogo e assim que dois deles são alcançados os jogadores terminam a rodada atual, jogam mais um turno cada, contam pontos de progresso, tecnologia, recursos que sobraram e prédios e quem tiver mais pontos é o grande vencedor.

Nucleum é uma saladinha de mecânicas que você com certeza já viu por aí, mas ainda assim tem uma identidade própria, tem decisões apertadas, momentos em que você acaba precisando fazer uma ação ruim para alavancar outra e pra quem curte jogo em que tudo precisa ser observado é um prato cheio.

O mais legal é que ele está chegando ao mercado praticamente ao mesmo tempo que a produção internacional, tanto que essa versão que a Mosaico nos disponibilizou pra jogar ainda é uma das poucas disponíveis para produção de conteúdo.

No final do jogo, a trilha de progresso vai te render muitos pontos, mas você precisa se ajudar.

 

Akropolis

Em Akropolis os jogadores serão prestigiosos arquitetos construindo a cidade mais linda e mais harmoniosa para assim se destacar perante as cidades vizinhas.

O jogo parte de uma peça inicial e a cada turno os jogadores adicionarão novos tiles à ela colocando essa nova peça no mesmo nível inicial ou elevando sua cidade garantindo valores melhores de pontuação ao final do jogo.

Nas peças temos 5 tipos de praças de cores diferentes, são essas praças em combinação com os distritos da mesma cor que são adicionados a sua cidade durante a partida.

No mercado ficam os tiles que você irá comprar para aumentar sua cidade.

Na sua vez o jogador compra um dos tiles disponíveis no mercado, sendo o primeiro grátis e à partir dele você precisa gastar os cubos de pedra para então pegar alguma peça que você queira muito, você pode ganhar novos cubos de pedra durante a partida ao cobrir as pedreiras de um andar inferior.

Quando todos os tiles forem utilizados a pontuação é realizada observando cada um dos 5 distritos : as residências pontuam pela maior vizinhança, os mercados precisam estar separados para garantir pontos, os quartéis precisam ficar na borda da cidade, os templos cercados por outros prédios e os jardins quanto mais arborizada sua cidade mais pontos você vai ganhar.

Sua cidade parte do térreo, mas vai subindo e ficando muito maior.

Lembrando sempre que você só vai conseguir pontuar se tiver os distritos e as praças, então mesmo que você consiga vários distritos de uma determinada cor e não consiga a sua praça você não vai pontuar por aquele tipo, então ficar de olho quando as praças aparecem é muito importante para não ficar "micado" em alguma cor.

Akropolis é um jogo super rapidinho, com uma pegada que lembra o clássico Taluva (resenha aqui) esse é um jogo que aposto que vai fazer bastante sucesso em eventos e em mesas mais light.

Um exemplo de como a cidade pode ficar boladona!