terça-feira, 29 de novembro de 2022

Axé, A Energia dos Orixás


"Axé é a energia da vida, uma energia que advém dos Orixás, em todo momento de nossas vidas estamos usando axé, passando axé e recebendo axé, por isso precisamos lidar com as dificuldades e fazer a manutenção dessa energia."

Assim a recém lançada Maloca Games está apresentando Axé, A Energia dos Orixás, seu primeiro jogo de cartas e que já nasce de uma grande parceria entre Sanderson Virgulino e Rennan Gonçalves e uma arte linda do Lucas Nascimento.

O jogo funciona para 2 ou 3 jogadores, é composto por um baralho com cartas que apresentam cores em quatro espaços, na sua vez o jogador abre uma carta e precisa posicioná-la na mesa, colocando ortogonalmente a alguma carta previamente colocada ou cobrindo até dois espaços de outras cartas.


Você vai colocando seu "axé" tentando fazer as maiores sequências com sua cor.

A paradinha do jogo está aqui, você quer que o seu Axé se destaque em relação ao dos outros jogadores, para que isso aconteça você precisa que você tenha a maior quantidade de espaços contínuos da sua cor ao final do jogo.

Então evitar que o seu amiguinho consiga juntar mais espaços do que você colocando as cartas estrategicamente faz com que suas chances de vitória aumentem.

Ao final do baralho contam-se a maior sequência de cada cor e quem tiver a maior quantidade de axé é o vencedor e como as partidas são curtinhas em caso de empate, joguem de novo.


Ao final do (pequeno) baralho quem tiver a maior sequência de axé é o vencedor.

Digo isso com a segurança de quem jogou umas cinco partidas seguidas e jogaria outras se não tivesse que liberar a mesa para que outras pessoas pudessem conhecer o jogo durante o Se Joga desse mês.

Muito legal ver o trabalho do Sanderson e do Rennan saindo, o preço do baralhinho é muito convidativo e já estou de antena ligada para os próximos jogos da Maloca Games

 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Coleção Dice Throne


Lançados recentemente pela Conclave, as duas primeiras caixas do Dice Throne trazem um jogo de cartas assimétrico onde cada jogador vai comandar uma facção em luta contra outra usando dados e cartas com combinações para deixarem seus golpes ou defesas mais poderosas.

As duas primeiras caixas que chegaram ao Brasil trazem na Caixa 1 o duelo entre Bárbaros vs. Elfos da Lua e na Caixa 2 o embate entre Monges vs. Paladinos, mas apesar das caixas assimétricas as regras básicas são iguais dentro do jogo.

No início da partida cada jogador vai escolher a facção com que pretende jogar e recebe um tabuleirinho pessoal onde existem as explicações de cada ação que pode ser feita com os dados, um tabuleiro adicional onde colocam tokens de efeitos, o seu deck de cartas e seus seis dados.


Cada jogador escolhe uma das facções disponíveis para a batalha.

O jogo se desenvolve através de uma série de rodadas até que um dos jogadores tenha seus pontos de vida zerado, em cada turno o jogador terá uma série de fases para resolver, algumas são de manutenção e recursos mas é na fase principal e na de rolagem de dados que o jogo acontece.

Na fase principal o jogador pode gastar Pontos de Combate para baixar cartas que tem como objetivo aumentar o poder dos dados da sua facção, que começa com uma forma de funcionar as combinações dos dados mais básica mas conforme vão sendo baixadas as cartas podem melhorar seu desempenho.

Já na fase dos dados são jogados os seis dados que podem ser re-rolados até que uma combinação seja fechada, uma vez fechada essa combinação você vê os efeitos no tabuleiro do jogador e resolve danos ou efeitos.


As cartas ajudam a melhorar os efeitos da combinação de dados.

Dice Throne é um jogo de confronto, então o grande lance aqui é tentar baixar os pontos de vida do seu adversário o mais rápido possível antes que ele faça isso com você, então grande parte das combinações nos dados vão fazer com que você tire pontos do outro jogador.

E cada facção também um desses poderes especiais é considerado "poderosão" mas é uma combinação super difícil, geralmente uma combinação dos seis dados iguais com o símbolo único da facção.

Alguns dos ataques serão indefensáveis, mas a grande maioria dará direito para que o adversário jogue dados para se defender e cada facção tem um dos poderes (que também pode ser ampliados por cartas) para usar na parte defensiva.


Mas o que faz o jogo acontecer, são as combinações de dados e seus efeitos.

Aí o grande barato da série Dice Throne é conhecer as facções, nessas primeiras temos os Bárbaros que são bons de porrada e ainda regenera, os Paladinos com ataques indefensáveis, os Elfos conseguem atrapalhar a rolagem do adversário e os Monges tem muitas opções de evadir aos ataques.

Cada partida rola até que um dos jogadores percam todos os pontos de vida e haja apenas um vencedor.

A série lá fora já tem um monte de facções, aqui no Brasil temos essas duas primeiras caixas e ficamos na torcida para que mais facções cheguem ao mercado pois Dice Throne é um jogo muito dinâmico, gostoso de jogar e de testar cada um dos poderes.


Cada partida é única, cada facção vai te ensinar como usar bem seus poderes.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Tabuleiro Virtual : Marvel Snap


Continuando a falar da Marvel essa semana eu me rendi ao Marvel Snap, indicado pelo Fel Barros (o viciado em cardgames da galera) esse joguinho digital foi criado em junho desse ano e virou uma febre entre os amiguinhos.

Em Marvel Snap os jogadores tem um deck de 12 cartas que são personagens da Marvel com poderes únicos e força que serão somadas para tentarem ter a maioria em pelo menos dois dos três territórios de batalha, esses que também tem poderes que influenciam a partida.

O jogo tem muito do feeling do Smash Up e por ser muito simples e de partidas rapidinhas acaba sendo viciante ainda mais com o lance de você ir subindo de nível, ganhando novas cartas, montando novos decks e dando boost estético nas cartinhas.


Os territórios de batalha e os personagens tem poderes especiais.

Como já falei as partidas são muito rapidinhas, a partida tem 6 rodadas, você começa com 1 ponto para usar para recrutar uma das suas cartas da mão, a cada nova rodada esses pontos de recrutamento vão aumentando de um em um até que na última rodada cada jogador terá 6 pontos para utilizar.

Você pode baixar quantas cartas puder desde que tenha pontos de recrutamento e ao colocar em um dos três campos de batalha alguns poderes podem ser ativados.

Ao final das 6 rodadas cada território é contabilizado e o jogador que conseguir vencer em dois deles vence a batalha e ganha pontinhos para ir subindo de nível.


Você encontra adversários online e conforme vai vencendo aumenta seu nível.

O grande barato do Marvel Snap, como em praticamente todos os jogos colecionáveis, é na criação dos decks para ver as melhores sinergias e como isso afeta nas partidas e também em ver as cartinhas novas que vão aparecendo nos pacotes dos passes de batalha.

Esse é com certeza um daqueles joguinhos que você vai instalar no seu celular (Android ou IOS) ou PC (via Steam) e vai achar que gastou algum tempinho em cima jogando e quando perceber já foram hora de Marvel Snap no seu dia.


Os decks são formados por 12 personagens e você que precisa arrumar a sinergia deles.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Marvel United : X-Men



Chegando por agora aos financiadores no Brasil em Marvel United : X-Men temos uma evolução tanto em produto quanto em mecânicas de jogo, seguindo a mesma linha da sua primeira temporada (resenha aqui) na versão dos mutantes temos algumas adições bastante interessantes.

As mecânicas básicas estão todas lá, cada jogador escolhe um herói, todos escolhem um vilão e lutam contra ele usando as cartas em uma "linha de história" mas aqui nem tudo é "bem vs. mal" em Marvel United : X-Men somos apresentados aos personagens anti-heróis que podem tanto ser usados pelos jogadores ou como vilões durante a partida.


Agora além dos 100% heróis (personagens azuis) temos os anti-heróis.

Para isso personagens como Mística e Magneto (na caixa base) vem com cartas para serem usadas tanto como heróis como com personagens a serem derrotados.

Como nada com a CMoN é "só o básico" a campanha trouxe um monte de caixas opcionais para essa segunda temporada do Marvel United e para mim como fã dos "mutunas" o grande apelo foram os Sentinelas com três miniaturas (não tão mini assim) que são usadas numa missão junto com o Ninrod.

Além da caixa base e dos opcionais os extras da campanha que arrecadou quase 6 milhões de dólares foram absurdamente legais colocando um monte de personagens clássicos (e alguns bem obscuros) do universo Marvel apelando inclusive para versões do mesmo personagem (devem ter uns 3 ou 4 tipos de Wolverine).


Os Sentinelas foram um apelo nessa temporada que não podem ser deixado de lado.

A franquia Marvel United tem um apelo muito grande por ser um jogo super acessível em termos de regras e também pelo apelo visual dos personagens, já bati nessa tecla na primeira resenha que fiz dele e volto a afirmar que o cuidado que a CMoN teve ao esculpir as minis faz todo o diferencial para que o projeto seja um sucesso.

Agora é esperar que tanto a caixa base quanto a versão dos X-Men cheguem logo pela Galápagos que prometeu o jogo agora para o segundo semestre de 2022 (que já está chegando ao final) pois tenho certeza que vai ser o tipo de jogo que vai fazer o maior sucesso nas mesas daqui.


Mais uma vez a CMoN faz uma campanha pra deixar qualquer fã feliz (e pobre).
 

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Sirvam a Rainha


Em Sirvam a Rainha, novo jogo do Alexander Francisco, os jogadores serão renomados cozinheiros com a tarefa de atender aos peculiares paladares de Rainhas, e para isso precisarão de ajudantes que possam se adequar ao preparo dessas delícias.

Cada jogador vai receber no início do jogo uma mão de 6 cartas de receitas, além de um cozinheiro e 3 fichas de voto, além disso abrimos três ajudantes na mesa e claro a Rainha que vai indicar como vai se desenvolver aquela rodada.


As cinco Rainhas do jogo (já quero outras!).

Os cozinheiros tem características que influenciam na receita, se serão receitas fabulosas ou aterrorizantes, e dependendo da numeração delas em relação ao cozinheiro você arruma a sua mão com a orientação correta das cartas.

Em cada turno inicialmente os jogadores precisam votar em qual ajudante vão tentar receber para ajudar na tarefa de servir a Rainha da rodada, para isso secretamente escolhem uma das três fichas e abrem simultaneamente.


Você tem as cartas de receitas e dependendo do cozinheiro muda a orientação delas.

Uma vez definido qual o ajudante do turno, todos baixam uma receita para tentar pegar aquele ajudante para o seu time, ou tentar colocar ele no time de outro jogador para conseguir empurrar uns pontinhos negativos para ele.

Quando todas as 6 cartas forem usadas a rodada termina e os jogadores, baseados no desejo da Rainha da rodada, ganham ou perdem pontos e ao final de três rodada (três Rainhas diferentes) o jogo termina e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Sirvam a Rainha é um joguinho de cartas rápido e inteligente, usando a vaza como elemento principal mas com o "twist" do leilão e do esquema de atender aos desejos da Rainha, mais uma vez o Alexander faz um jogo bacana e a produção da TGM mais uma vez está caprichada com a linda arte do Diego Sá.


Você precisa tentar trazer os ajudantes bons e evitar os que te tiram pontos.
 

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Dedín e Loading


A série Pocket da Paper Games não para de crescer e recentemente dois jogos chegaram ao mercado com propostas bem diferentes do que estamos acostumados a ver nos joguinhos de cartas, são eles o Dedín (melhor localização de nome para um jogo) e o Loading.

Em Dedín as cartas são grandes botões, os jogadores precisam então na rodada colocar um dedo em cima dela e quem estiver comandando a rodada precisa dizer um número entre 0 e a quantidade de dedos em cima da carta.

Ao fazer isso imediatamente os jogadores precisam manter ou tirarem os dedos da carta, se a quantidade anunciada for mantida o jogador da vez leva a carta caso não seja o número de dedos correto o jogador da vez muda e novamente anuncia um número até que todas as cartas do deck tenham dono.


Coloque o dedo e diga um número, será que você leva a cartinha?

Alguns botões tem efeitos como roubar cartas do amiguinho ou pegar uma carta extra do baralho, no final do deck quem tiver mais cartas é o vencedor.

Dedín tem uma ideia de jogo muito diferente que funciona muito bem com a mulecada e também com aquela mesa disposta a dar umas risadas.

Em Loading temos um baralho que vai do 1 ao 65 que é distribuída pela quantidade de jogadores menos um deles que propositalmente ficará sem cartas no início do jogo.

O objetivo aqui é tentar juntar a maior quantidade de pontos de energia, para isso você precisa juntar cartas na sua pilha sempre colocando valores maiores a carta do topo dela, não precisa ser sequencial mas precisa sempre ser maior.

Mas a grande graça do jogo é como isso é feito, os jogadores olham suas cartas e escolhem se baixam uma carta na sua pilha, se rouba uma carga extra do coleguinha ou se desiste daquelas cartas e tenta novas.

O lance é que você para conseguir novas cartas precisa ficar com a mão no centro da mesa esperando alguém passar o deck pra você, isso faz da mesa uma algazarra danada e apesar do caos funciona de uma forma divertida.

O jogo termina quando as cartas de fim de jogo todas forem compradas (elas ficam no centro da mesa) ou se algum dos baralhos que fica rodando acabar as cartas.

Loading é caótico mas de uma forma inteligente de jogo, outro que atende bem a grupos com crianças e jogadores que estejam começando a conhecer jogos diferentes.