terça-feira, 26 de julho de 2016

T.I.M.E. Stories


Basicamente em T.I.M.E. Stories somos agentes da agência T.I.M.E. que tem como função evitar que lapsos na linha na história do mundo sejam criados uma vez que viagens no tempo agora são possíveis.

Ele é um jogo narrativo que lembra muito a pegada dos livros jogos (se você fizer A vai pra B) e utiliza cartas como componente primordial do jogo.

Cada aventura é composta por um deck e nele se desenvolvem os "runs". Em cada "run" escolhemos os personagens que vão participar e eles tem um tempo determinado para poder pegar o máximo de pistas possíveis para resolver o caso apresentado.

As cartas vão sendo abertas e revelam instruções sobre o caso.

No deck que vem na caixa básica, todos os personagens vivem em um asilo para pessoas com distúrbios mentais e toda a ação acontece ali nas várias salas do prédio.

Não vou me aprofundar muito para evitar qualquer spoiler, mas essa missão do Asilo é muito imersiva e o puzzles são bacanas e dependem muito da atenção aos detalhes por parte dos jogadores.

Aí que vem o grande (e talvez único) problema do T.I.M.E. Stories, uma vez que você resolveu (ou não) a aventura, você TEM que comprar um novo deck/expansão ou o jogo morreu ali.

A planta do Asilo que temos que ir explorando durante o jogo (sem spoilers) .

Ao contrário do Tragedy Looper, que tem a mesma pegada e vem na caixa básica com várias missões, no T.I.M.E. Stories você joga a primeira missão e se não tiver uma nova já comprada, seu jogo vai ficar ali na prateleira aguardando.

Mas tirando esse problema, o T.I.M.E. Stories é brilhante na proposta e execução do jogo, tudo é muito lindo e amarradinho e com certeza mereceu todo o hype que ele teve ano passado.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Broom Service


Derivado de um dos card-games mais divertidos da Alea (o Witch's Brew), o Broom Service é uma versão ampliada, com mais formas de pontuar, tabuleiro e outras coisas.

Em Broom Service somos bruxinhas coletando material para fazer poções que posteriormente serão entregues nos castelos e nos garantem pontos de vitória.

Ele é um jogo de seleção simultânea de papeis, que usa um mecanismo de ações muito bacana. Em cada turno selecionamos 4 dentre 12 cartas disponíveis para realizar as nossas ações.

As bruxinhas voando pra lá e pra cá entregando poções.

Partindo do primeiro jogador, escolhe-se umas dessas 4 cartas para ativar, o jogador pode escolher se vai fazer a ação corajosa ou a ação covarde.

A ação corajosa te garante uma premiação maior, mas se o jogador seguinte a você tiver a mesma carta e escolher também fazer a ação corajosa, você não vai fazer nada, enquanto se você optar pela ação covarde sempre conseguirá fazer alguma coisinha, mesmo que perdendo o bônus.

No mapa temos as áreas onde podemos voar com as bruxinhas para fazermos nossas entregas e também áreas com nuvens que são outra forma de pontuarmos.

As cartinhas que são a "alma" do jogo e poderiam viver sem o tabuleiro.

Para quem já jogou o Witch's Brew, o Broom Service acaba parecendo um jogo "over", pois muitas das coisas que estão nessa caixa maior poderiam muito bem serem deixadas de lado se a produtora tivesse optado apenas em fazer o reprint do primeiro jogo.

Mas para quem está conhecendo o jogo pela primeira vez, ele é um euro-médio bastante divertido com uma mecânica de seleção de ações diferente e interessante.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Tragedy Looper


Uma tragédia está para acontecer, e os investigadores tem poucos dias para resolver tudo, e não conseguem... mas e se você pudesse voltar no tempo e tentar resolver de novo esse tragédia?

Essa é a premissa do Tragedy Looper onde temos jogadores fazendo as vezes dos investigadores e um jogador fazendo a vez do "master mind".

As regras são em si não são complicadas, mas o excesso de detalhes torna a explicação difícil e dá uma primeira impressão de jogo confuso, mas depois que as rodadas (dias) vão acontecendo você vai se envolvendo ele vai se tornando um jogo bastante interessante.

As localidades onde vão acontecer as tragédias de cada missão.

Basicamente temos quatro localidades, personagens envolvidos na trama e um missão que vai te indicar o que fazer, mas os jogadores inicialmente não sabem NADA do que está acontecendo.

A partida é pura dedução, e os jogadores vão tentando (baseados numa tabela monstra que parece saída de um GURPS da vida) descobrir quem é quem antes que os "loopers" acabem e todos percam (menos o master mind).

As cartas de cada jogador, que usamos para tentar adquirir pistas.

O Tragedy Looper tem momentos em que você acha o jogo brilhante, mas ele tem problemas sérios de design, com ilustrações muito parecidas, fontes minúsculas e coisas que comprometem de verdade você "comprar" a ideia do jogo ou não.

Eu curti muito, jogaria outras vezes, mas é um jogo que depende MUITO do grupo envolvido e da boa compreensão das regras.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Fresco


Em Fresco, os jogadores são pintores renascentistas que juntos trabalham na pintura de um grande afresco para uma igreja, mas como cada um quer aparecer mais que o outro, ganha aquele que no final tiver mais pontos de fama.

O jogo tem duas fases distintas. Na primeira fase os jogadores decidem que horas eles vão acordar seus ajudantes para conseguir as melhores tintas, mas acordar cedo faz com que os ajudantes fiquem aborrecidos, então você tem as melhores oportunidades, mas pode acabar perdendo ajuda no processo.

O teto da igreja quase pronto já (o jogo na última rodada).

Depois de acordados os jogadores decidem secretamente as ações que vão realizar, essa ações são realizadas na seguinte ordem : ir ao mercado de tintas / restaurar o afresco e o altar da igreja / pintar quadros / misturar as tintas / melhorar o humor dos ajudantes.

Cada uma dessa ações é importante no decorrer do jogo e os jogadores tem um número limitado de ajudantes para alocar em cada uma delas, o que faz com que você precise pensar bem antes de decidir o que fazer, quantas vezes e quando.

Dentro do "estúdio" de cada jogador, as ações são bem escondidas.

Quando a pintura do teto estiver para terminar (faltando 6 ou menos tiles dos 25 iniciais) o jogo está pronto para fechar o último ciclo de fases e no final quem tiver mais pontos ganha.

Fresco é daqueles euros bem sólido, cheio de decisões a serem tomadas e como é padrão dos jogos da Queen, ele é extremamente gostoso de jogar. Curti muito e fica a indicação.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Space Dealer


Criado em 2006 e relançado em 2013 com outro nome (chamou-se Time'n'Space), o Space Dealer é um jogo em tempo real, onde somos comerciantes espaciais tendo que abastecer os planetas, fazer melhorias em nossas naves, para no final termos a maior pontuação.

O jogo dura EXATAMENTE meia-hora, nem mais, nem menos, as rodadas são simultâneas e funcionam da seguinte forma : cada jogador dispõe de uma nave e duas ampulhetas, essas ampulhetas são o coração do jogo, com elas você vai realizar as ações, e assim que você coloca uma para fazer determinada ação, tem que esperar todo o tempo dela passar para usá-la novamente.

O jogo pronto para começar, com todos os componentes preparados.

As ações possíveis são, usar cartas de tecnologia (que vão te dar melhorias), entregar a produção (quando sua nave estiver em algum planeta) e usar a ampulheta para aumentar seu nível tecnológico e andar com a nave.

No final de 30 minutos (ou se todos os cilindros de entrega forem usados antes), somam-se os pontos, e o jogador com a maior pontuação vence.

Space Dealer é um jogo muito bacana para ser jogado de vez em quando, ele tem um andamento bem diferente, e por ter uma duração exata, pode-se facilmente jogar mais de uma partida e é diversão garantida.

Durante a partida, foco total nas ações.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Pit Crew



Esse fim de semana puxei para jogar com o meu filhote o Pit Crew, primeiro lançamento da BGC Editora (uma "perna" dos amigos da Ludoteca BGC) e que simula uma corrida de F1 onde os jogadores tem que deixar seu carro funcionando perfeitamente a cada prova.

A ideia do Pit Crew é usar operações matemáticas para resolver os problemas do carro, para isso temos o carro dividido em partes : As rodas resolvemos com soma/subtrações simples, o motor com multiplicações, o aerofólio soma/subtração composta e o tanque resolvemos preenchendo o espaço deixado por alguns números.

Mesão preparado para a partida com 2 jogadores.

A rodada funciona assim, puxamos uma carta que vai dizer qual parte do carro precisará de conserto, os jogadores resolvem suas operações e os mais rápidos conseguem pegar as peças necessárias primeiro e recebem mais pontos no final. Depois de cinco rodadas a equipe com o maior número de pontos vence a partida.

O que eu achei sobre o Pit Crew é que ele tem uma ideia bacana, mas cai num espaço muito cruel, pois se jogado só com jovens entre 10/12 anos o jogo pode ser bem competitivo e até mesmo ter uma disputa divertida mas para jogadores mais experientes ou mesclando pais/filhos o jogo se perde um pouco.

O pequeno fazendo as contas para pegar as peças.

Jogando com o meu filho (que tem 9 anos), apesar dele ter curtido a experiência, ficou nítido que não dá pra ter um disputa verdadeira, pois pra manter o mínimo de interesse dele no jogo, eu praticamente tive que fazer as contas nos dedos, pois a diferença de velocidade de raciocínio é muito grande.

Com um tema bacana, arte caprichada e regras bem tranquilas de assimilar, acho que o Pit Crew pode ser um bom jogo para presentear a mulecada, e para colocá-los jogando entre eles nas jogatinas.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Dead Man's Draw


Prestes a ser lançado pela Conclave Editora, Dead Man's Draw tem uma versão digital grátis para iOS que vale a pena baixar para conhecer o joguinho.

O jogo é um card-game de "push your luck", isso quer dizer que você vai abrindo as cartas continuamente tentando obter os melhores resultados, caso tenha algum desenho repetido, você perde a vez e não fica com nada.

Quando o deck exaurir, ganha o jogador com o maior somatório de pontos em todas as figuras, valendo somente o maior valor que você tiver em cada uma delas.


A versão digital vai liberando os poderes das cartinhas conforme você vai jogando (o primeiro a ser liberado é o do Canhão que te permite escolher uma carta para o adversário descartar).

Na versão que a Conclave está trazendo, já temos os poderes todos disponíveis e ainda algumas variantes que devem deixar o jogo mais interessante.

A princípio o Dead Man's Draw parece ser um filler rapidinho para se jogar de 2 a quatro jogadores e você já pode dar uma conferida nessa versão digital e nas regras disponíveis nesse link.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Curso de Game Design Online da Game Academy

O curso é um dos primeiros não presenciais.

A convite do amigo André Luiz Negrão, tive a oportunidade de conhecer previamente o material do seu curso de Game Design que está sendo ministrado via online em parceria com o pessoal da Game Academy.

O curso é dividido em 8 módulos, e cada módulo tem em média 6 vídeos de uns 5/6 minutos que totalizam umas 4h de material de fácil compreensão e muito bem ilustrado. Somando o material em vídeo aos exercícios e ao projeto final, são mais de 20h de curso.

O professor André Luiz Negrão e uma de suas criações.

Ainda não assisti a todo conteúdo, mas o que eu percebi, que apesar de citar muitas vezes os jogos analógicos, grande parte das referências vem dos jogos digitais, mas isso era de se esperar, uma vez que esse mercado é realmente muito maior em termos de cursos e de material mesmo.


O André tem uma experiência legal em game design, já tendo criado dois jogos analisados aqui pelo blog, o Duelo de Dados e o Anjos e Dragões.

Enfim, se você está afim de começar nesse mundo da criação de jogos e não tem muito tempo para ir a cursos presenciais, o curso do André na Game Academy, pode ser uma boa alternativa.

Mesmo com muitas referências digitais o curso ainda
serve bastante para criações analógicas.