sexta-feira, 28 de maio de 2021

The Quest for El Dorado


Em The Quest for El Dorado os jogadores estão numa corridinha para tentar alcançar a lendária terra do ouro que está em algum ponto dentro das florestas da América do Sul e para isso vão liderar uma expedição que cresce conforme o jogo se desenvolve para ser o primeiro a usufruir de suas riquezas.

The Quest for El Dorado usa como mecânica principal uma das minhas preferidas, a deck-building, então inicialmente cada jogador receberá 8 cartas básicas e é montado um mercado onde ficam disponíveis sempre 6 outros tipos de cartas (com 12 outras na reserva esperando para irem para o mercado).

O mapa modular mostra espaços de florestas, acampamentos, rios e montanhas (além de alguns espaços especiais) e sempre separando as placas principais temos uma barreira entre uma e outra que é preciso transpô-la para avançar mata à dentro.

Você vai usar as cartas disponíveis na mão,
para realizar as ações da rodada.

Na sua jogada você pode gastar as cartas da sua mão, inicialmente para avançar pelos hexágonos pagando o valor em símbolos descritos neles, mas cuidado, você não pode combinar cartas para passar por terrenos mais difíceis mas pode usar o excedente para ir mais além nos terrenos.

Depois que você avançou pode usar as cartas de moedas para comprar novas cartas no mercado e aumentar o seu deck de jogo.

No mercado do The Quest for El Dorado temos sempre disponíveis 6 cartas para compra com 3 de cada uma delas, você só está liberado para comprar as cartas que ficam esperando para entrar no mercado quando uma das pilhas acaba, aí caso você compre algo de fora aquela pilha entra no mercado no lugar da que havia esvaziado.

No mercado ficam disponíveis novas cartas,
mas na "de fora" ficam outras.

O jogo não tem muitas surpresas, mas funciona de forma muito fluida e como todo bom jogo de corridinha, você tenta sempre dar uma travada nos amiguinhos ficando em posições onde será mais difícil dele conseguir avançar e/ou comprando cartas que seriam úteis para ele.

O jogo termina quando o primeiro jogador chegar na praia da Terra do Ouro, os outros tem ainda uma oportunidade de avançar, se alguém mais chegar à praia o desempate vai pelas fichas de bloqueio que cada um conseguiu coletar pelo caminho, caso contrário o jogador que chegou primeiro é o vencedor.

Mais um jogo gostosinho para se jogar em família do grande Reiner Knizia a produção dele está bem bacana e você consegue encontrá-lo por um preço bem justo, então se você curte um joguinho de corrida light e deck building é uma opção bastante boa.

Você precisa ficar ligado nas fichas de
bloqueio que são critério de desempate.
 

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Pets


Cansado da vida na cidade grande vocês vão para o campo para ter mais contato com a natureza e lá com espaço e com calma cuidar de bichinhos acaba sendo uma ótima terapia e esse é o objetivo de Pets, novo jogo do Marcos Macri que entra em financiamento coletivo em breve.

Cada jogador vai receber seu tabuleiro individual com 3 áreas de destaque (grama, terra e lago), recebe também seus marcadores e um deck com 6 cartas representando os animais que você vai cuidar durante o jogo e seis cartas de objetivo secreto.

No centro da mesa forma-se uma linha com esses 6 pets que serão a ordem em que serão ativados, além disso temos as fichas de bônus de ação e as cartas de peixes/passarinhos que são conseguidas pelos jogadores durante o jogo e os dados para determinar a ação do jogador.


A ordem dos pets é a ordem dos jogadores

durante o jogo.

Uma partida de Pets dura exatamente 6 rodadas e cada uma delas será dividida em três fases que serão as de rolar dados, escolher secretamente uma carta de pet e a fase de ações.

Na fase de escolha dos pets, cada jogador terá a oportunidade de escolher uma das suas seis cartas, separar e quando todos tiverem escolhido abrem simultaneamente e colocam o seu marcador na ficha grande correspondente ao animal escolhido.

Agora baseado na ordem da linha dos pets definido no setup do jogo os jogadores vão receber um pet, alocar no seu tabuleiro pessoal, escolher um dado e uma ficha de bônus e realizar a ação escolhida.

Você vai escolher uma das cartas secretamente
ao abrir vai pegar um pet para você.

São seis ações possíveis que vão dar pontos aos jogadores, você pode colocar seus bichinhos para tomar sol, alimentá-los, cuidar deles, brincar com eles, deixá-los dormirem ou se reproduzirem e cada uma dessas ações dará pontos de formas diferentes, pontos esses que podem ser aumentados com as fichas bônus que você vai adquirindo durante a partida.

Apesar da sorte nos dados, o jogo tem uma forma de dar uma controlada nisso, para isso temos o meeple do capataz que ajuda na sua fazendinha, ele vai andando pelo tabuleiro pessoal e dependendo da linha onde ele esteja pode alterar a face do dado para te ajudar.

Ao realizar uma ação, você pode dar uma "bombada"
nela usando as fichas bônus.

A colocação dos pets nos espaços também é muito importante, visto que com as cartas de objetivo que você recebe, tentar cumpri-las lhe dará pontos bastante valiosos para a partida.

O jogo segue nesse fluxo por 3 rodadas, quando devolvemos para a mão as três cartinhas de pets que usamos previamente, podendo utilizá-las novamente e ao final da sexta rodada o jogo termina, cada jogador recebe além dos pontos já marcados 3 pontos por cada carta de peixe/passarinho que conseguir e quem tiver a maior pontuação ganha.

Pets é um jogo bem levinho do Macri, bom para jogadores que estão começando e também para jogatinas casuais.

Lembre-se sempre de ficar de olho nos
seus objetivos para ganhar uns pontinhos.
 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

RetroGames : Alone in the Dark


Recentemente foi lançado com enorme sucesso o mais novo jogo da franquia Resident Evil, o Village mas quase 30 anos atrás era lançado Alone in the Dark para o PC, o primeiro jogo a trazer o esquema de sobrevivência em jogos de terror.

No jogo vamos ajudar ao detetive Edward Carnby, contratado por Emily Hartwood (que também pode ser um personagem jogável) a sair da misteriosa Mansão Derceto, enfrentando zumbis e outras criaturas, inicialmente usando apenas nossas mãos mas conseguindo armas no decorrer do jogo.

O primeiro jogo de sobrevivência com temática
de horror, foi um grande sucesso em 1992.

Livremente baseado nas histórias do H.P. Lovecraft (inclusive creditado no jogo), Alone in the Dark traz um tipo de horror diferente aos jogos eletrônicos, com elementos nunca antes abordados com esse visual 3D que mais tarde traria jogos como o já citado Resident Evil mas como também o grande Silent Hill.

Depois do jogo de 1992, tivemos mais duas continuações para o PC lançadas respectivamente em 1993 e 1994, contudo ele só chegou aos consoles em 2001, com Alone in the Dark : The New Nightmare, para o Playstation e Dreamcast e com mais um último título em 2008 para Playstation 2 e XBOX.

Apesar do sucesso da franquia o jogo foi perdendo espaço para os seus similares e depois de um novo título para o PC de 2015, o Alone in the Dark : Illumination (que era totalmente online) o jogo não teve mais nenhuma continuação ou especulação de continuidade na saga.

O jogo de 2001, The New Nightmare, já traz
gráficos muito melhores e muito mais sustos.

Um fato curioso que vale menção é que o detetive Edward Carnby protagoniza praticamente todos os jogos da franquia, não participando apenas do jogo de 2015 ou seu descendente Theodore "Ted" Carnby toma seu lugar nas investigações paranormais.

Mesmo depois de tantos anos, Alone in the Dark ainda é reverenciado por ter criado um gênero que acabou virando um sucesso tremendo e nos dando jogos excelentes, mas que beberam bem da fonte desse clássico do 1992.

Apesar do sucesso dos primeiros jogos, as últimas versões
não conseguiram manter o nível e o jogo deu uma sumida.
 

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Carcassonne : Caçadores e Coletores


Finalmente chega ao Brasil o que pra mim é o segundo melhor Carcassonne de todos (perdendo só para o The Castle) o Caçadores e Coletores, lançado originalmente em 2002 e que recebeu uma repaginada nessa nova prensagem de 2020.

Em Caçadores e Coletores não temos cidades muradas, aqui elas dão lugar a bosques, menires, lagos e muitos animais onde os membros da nossa tribo irão conseguir formas de suprir as necessidades de alimentos (e pontos é claro).

Usando a fórmula básica do Carcassonne, na sua vez o jogador sorteia um tile e precisa colocá-lo adjacente aos tiles previamente colocados em jogo, temos basicamente os espaços de bosques, os rios e lagos e os descampados onde descansam cervos, auroques, mamutes e tigres.

Saem cidades e estradas, entram bosques,
rios e descampados.

Ao colocar um tile o jogador tem duas opções, colocar um dos membros da sua tribo, seja em pé nos bosques e rios ou deitado nos descampados, ou colocar uma de suas cabanas num fluxo de rio.

Aí começam as diferenças que fazem do Caçadores e Coletores um jogo muito bacana. Os rios e lagos pontuam de forma semelhante as estradas do jogo clássico, mas aqui nós temos os peixinhos que dão pontos extras quando fechados, mas a cabanas não, essas vão te dar uma pontuação boa ao final do jogo pelo sistema hidrográfico, dando um ponto para cada peixinho desse sistema.

Isso já é uma coisa que você precisa ficar de olho, quando um sistema começar a ficar apetitoso, corra para colocar a sua cabaninha e se assegure de que você possa aumentar cada vez mais esse sistema, ou então feche o máximo que puder do sistema da concorrência.

Quando você fecha um bosque com um menir,
ganha um tile bônus para usar.

Outra sacada legal dessa versão são os tiles extras dos menires. Uma vez que você feche um bosque que contenha um menir, você pontua normalmente como se fosse uma cidade do jogo clássico, mas tem o direito de pegar um tile bônus e usá-lo automaticamente e são 16 tiles muito bons, alguns com pontuações instantâneas, outros com pontos de final de jogo, mas nenhum deles é ruim, então é bacana essa corridinha para pegá-los.

Depois de todos os tiles serem colocados na mesa vem a pontuação de final de jogo, ao contrário do jogo clássico bosques e rios incompletos não darão ponto algum, mas temos a pontuação das cabanas (que eu comentei acima) e os descampados.

A progressão do jogo é semelhante, mas além
dos meeples deitados, temos as cabanas para o fim.

Cada animal do descampado dá uma pontuação, mas temos aqui uma cadeia alimentar a ser respeitada. Na hora da pontuação mamutes darão 3 pontos, cada auroque 2 pontos e cada cervo 1 ponto, mas os tigres estão no campo para acabar com essa farra, então você elimina um cervo para cada tigre.

Essa é outra brincadeira legal de fazer, quando o amiguinho estiver pontuando com muitos cervos, comece a colocar tigres no descampado dele, e veja a carnificina do final do jogo.

Caçadores e Coletores tem várias outras formas de pensar o jogo, o que faz dele um Carcassonne bem mais estratégico e interessando do que o jogo clássico, para mim certamente um dos melhores e tê-lo no mercado me traz a obrigação de indicá-lo como Ludoteca Básica para os fãs de tile-placement.


As vezes o seu descampado fica uma carnificina,
mas ainda pode te render uns pontinhos.
 

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Piratas! + Mares Agitados


Lançado em 2005 pela Geeks n' Orcs, Piratas! é uma criação do Renato Simões e do Pedro Sales e que chega agora em sua 3ª edição maior, melhor e mais bonito!

Nesse jogo você é o Capitão de um navio buscando mais tesouros do que os outros capitães para ser finalmente reconhecido como a grande lenda dos 7 mares.

Cada jogador recebe inicialmente um playmat simbolizando o seu navio além de 5 cartinhas e as cartinhas restantes formam uma pilha no meio da mesa onde serão compradas durante a partida até que um dos capitães consiga juntar 5 tesouros na sua mão e termine a partida automaticamente.

O lance é ir juntando os tesouros,
mas sempre se protegendo.

O jogo tem regras muito tranquilas, na sua vez você deve comprar uma carta e jogar uma carta da sua mão, as cartas são dividas em tripulação (colocadas no navio), embarcação (também colocadas no navio), cartas de resolução imediata, cartas de duelo e os tão cobiçados tesouros.

O grande lance do jogo é você tentar a todo custo pegar os tesouros antes dos amiguinhos, mas a dificuldade é que ele vão ocupando espaços na sua mão, então você vai juntando seus prêmios mas ao mesmo tempo vai ficando vulnerável as artimanhas inimigas.

Para se proteger ter uma tripulação voraz e um navio que aguente o tranco é muito importante, só dessa forma você vai conseguir se proteger das investidas dos outros piratas e assim assegurar que ninguém leve um dos seus tesouros embora.

Você precisa de piratas úteis no seu navio,
então tente colocar uns fantasmas no amiguinho.

Junto com a terceira edição do jogo base, a Geeks n' Orcs lançou também a expansão Mares Agitados que além de trazer novas cartinhas, traz também uma nova dinâmica com as cartas de Eventos.

Os Eventos ao serem sorteados do baralho central trazem efeitos que atingem a todos os jogadores e dão uma mexida interessante na partida.

Nessa terceira edição do Piratas! foi dado um tratamento gráfico ao jogo que ele já merecia há muito tempo, as cartas estão lindinhas e com design moderno o que faz dele um daqueles jogos obrigatórios para que curte boas partidas de furada de olho e como diz o amigo Renatão : "Compre Piratas!"

A expansão Mares Agitados traz várias
cartinhas novas e a adição dos Eventos.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

TOP5 : Jogos do ATARI 2600


Carro chefe da 2ª geração de video games, quando o ATARI 2600 apareceu no mercado foi um divisor de águas, todo mundo queria ter ele e lá em 1983 eu consegui o meu sendo o meu primeiro console (e o único até o Playstation 1).

Vendo hoje os seus jogos tendem a ser repetitivos e pouco inspirados, mas para a época era o que se podia conseguir das máquinas pessoais e garantia horas de diversão com muitos tiros, correria e aventura.

Como é difícil falar muito dos jogos, pois realmente eles tem pouca coisa a ser comentada, eu resolvi prestar minha homenagem ao ATARI fazendo um TOP5 dos jogos que foram para mim os melhores de sua época e os que hoje, se eu abro um emulador ou encontro um console velhinho pelo caminho, ainda são os jogos que eu pego para gastar um tempinho nele.

O Megamania é um Space Invaders turbinado, o grande diferencial dele para o grande clássico dos clássicos é que a cada fase os inimigos não são sempre os mesmos, agindo de forma diferente você precisa ficar mais ligado do que o padrão "vai pro lado, desce uma linha".

River Raid é um daqueles jogos que você com certeza vai lembrar sempre que mencionarem o ATARI.

Criado em 1982 por Carol Shaw, ele é um "shooter" que você vai com seu avião detonado tudo que passar pelo seu caminho, prestando atenção sempre no nível de combustível para não morrer.


River Raid faz parte do seleto grupo de 13 jogos do ATARI que venderam mais de um milhão de cartuchos, um feito notável numa época em que os consoles começavam a invadir as casas pelo mundo.

Outro grande clássico que adoro é o Keystone Kapers lançado em 1983 e que foi baseado numa série de filmes da época do cinema mudo chamado Keystone Cops.

No jogo o nosso policial corre atrás do bandido fugitivo pelos três andares de uma loja, tendo que conseguir alcançá-lo antes que ele chegue ao terraço e consiga fugir.

Apesar de repetitivo (como quase todos os jogos do ATARI) ele é muito divertido e garante bons momentos na corridinha do policial tentando pegar o ladrão fujão.

Em H.E.R.O. o jogador é um destemido herói que usa seu helicóptero portátil e dinamites para alcançar e salvar mineiros que ficaram presos e estão correndo perigo.

Tendo recursos limitados de dinamite e oxigênio, o jogo começa com fases tranquilas mas vai piorando gradativamente adicionando paredes que te matam ao serem encostadas, passagens que abrem e fecham, lugares inundados onde é mais difícil passar.


H.E.R.O. é um clássico atemporal e para mim até hoje um dos mais desafiadores jogos do ATARI.

Agora o meu jogo preferido de todos os tempos é o Frostbite que além de ser certamente o jogo da plataforma que eu mais joguei na vida, foi o meu motivo de orgulho por anos por ter o recorde estampado na locadora onde levávamos a foto para ficar exposta.

Nesse jogo precisamos pular de gelo em gelo coletando os tijolinhos para fazermos o nosso iglu antes do protagonista morrer congelado.


Como já falei várias vezes, o jogo é repetitivo e conforme vão se passando as fases ele fica cada vez mais veloz e com uma dificuldade progressiva, mas quando mais você jogar o Frostbite, mais você vai se acostumar com essa dificuldade e a jogabilidade fica quase mecânica.

Mas apesar disso tudo eu gastava horas fazendo meu esquimó pular de gelo em gelo fugindo dos caranguejos, comendo os peixinhos e driblando o urso para chegar ao aconchegante iglu.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Bunny Kingdom - In the Sky


Expansão do divertido Bunny Kingdom de 2017, aqui os coelhinhos também vão se espalhar pelas nuvens em um território totalmente novo e com novas formas de pontuação que dão uma dinâmica diferente ao joguinho de draft que já estamos acostumados.

Relembrando, no jogo base temos um tabuleiro com um grid com coordenadas e vários espaços diferentes, usando o sistema de draft os jogadores vão passando cartas, separando duas e colocando seus coelhinhos para criarem seus feudos tentando sempre reunir recursos diferentes e separando bons pergaminhos para a pontuação final.

Novos espaços, novos coelhinhos e
a lindinha Cenourópolis.

Em In the Sky temos um novo tabuleiro menor nas nuvens com espaços que dão os mesmos recursos do jogo básico mas agora com a novidade dos espaços de recursos fantásticos que podem render uma pontuação bastante boa.

Além disso temos a Cenourópolis, uma cidade que garante força 5 ao seu feudo, ela serve para fortalecer a sua cidade caso a força delas seja abaixo de 5, mas se for superior ela fica lá só embelezando a paisagem.

Outra adição legal ao jogo são as moedas, toda vez que você cria um distrito (um feudo com 2 ou mais coelhos) você ganha uma moedinha, você também pode ganhar através de cartas, e no final do jogo você terá uma pontuação de comércio onde vai multiplicar o número de moedas pela soma de recursos nobres e recursos fantásticos sendo mais uma forma de pontuação do jogo.

Mais um monte de cartas chegando para
essa expansão que dá uma movimentada no jogo.

E como agora temos mais espaço de tabuleiro, nada mais justo do que chamar mais coelhos para participar da brincadeira, por isso In the Sky traz peças para um quinto jogador trazendo mais amigos para a mesa.

Essa expansão dá uma movimentada boa no jogo base, traz novos elementos bem interessantes e novas formas de pontuar sem perder a essência do draft original do jogo, que pra mim é um dos seus pontos fortes e faz com que o Bunny Kingdom veja mesa mais vezes.

As moedas chegam para uma nova forma
de pontuação, o comércio.
 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

O Bom do Videogame


Em O Bom do Videogame, os jogadores são crianças dos anos 90 durante a febre das locadoras de cartuchos de videogames onde conseguir o jogo do momento e zerá-lo era o máximo de status e garantia a "tirada de onda" na hora do recreio.

No início cada jogador começa com um cartucho (aquele que vem junto do console) e um pouquinho de dinheiro guardado, já na locadora temos alguns títulos disponíveis, na banca temos as revistas do momento ensinando a zerar os jogos e na vitrine da loja aqueles jogos que só comprando mesmo.

A rodada simboliza o passar da semana dessas crianças, nela os jogadores vão num grid onde pegarão fichas que servem como recursos para fechar os jogos, ao escolher uma dessas fichas você verifica a linha e a coluna e escolhe uma das ações para realizar.

Você vai até o grid de ações para
conseguir fichas.

As ações pegar fichas aleatórias, dar uma fugida na locadora pra separar um jogo, gastar um dinheiro na banca, prometer pra mamãe que vai estudar pra ganhar um trocado, prometer que vai estudar MUITO pra ganhar um cartucho da loja, dar uma estudadinha pra ganhar um trocado (e se livrar das promessas de estudo), estudar muitão (se livrando de duas promessas de estudo) e trocar fichas no grid.

A ideia das ações terem essa conotação lúdica com a infância que quem viveu os anos 90 é o mais maneiro, o lance das promessas de estudo que vão ocupando espaço que você poderia usar com fichas (você só tem 8 espaços para distribuir entre estudo e fichas) é uma sacada ótima, então você precisa ficar gastando ações para "limpar" a mão pra chegar no fim de semana com fichas suficientes.

A locadora, a banca de jornal e a vitrine
são os lugares que toda criança ama.

Outra coisa muito divertida é a folha de macetes, existem uns marcadores na locadora, banca e vitrine que você vai ganhando durante o jogo e colocando na folha, quando você fecha determinada linha ou coluna pode ganhar uns bônus, isso é bem divertido.

Cada rodada (semana) leva três turnos de ida ao grid e depois disso na ordem do turno os jogadores vão a locadora para alugar os cartuchos e jogá-los.

O lance na locadora também é muito maneira, os cartuchos estão lá a disposição e são divididos em gêneros como luta, RPG, esporte entre outros, e você ganha uma ficha extra da primeira vez que joga um dos jogos e se conseguir cumprir os requisitos dele e vai ganhar pontos no final do jogo.

Pro povo que viveu os anos 90, as
referências serão um atrativo a parte.

Depois de cinco rodadas o jogo termina, contamos os pontos pelos cartuchos zerados, pontos na folha de macetes e objetivos cumpridos, e o jogador com a maior pontuação é declarado O Bom do Videogame.

O Patrick Matheus e o André Negrão fizeram um trabalho excelente de imersão no jogo, fora o cuidado gráfico contratando um monte de artistas para fazerem as capinhas dos cartuchos com um design gráfico que remete bem as fitinhas antigas, o jogo ainda está sem previsão de lançamento, mas é legal ficarem ligados pois ele é muito maneiro e tenho certeza que vai agradar bastante, principalmente pra turma que viveu essa época.

No final você vai ganhar pontos por objetivos
e seus cartuchos zerados.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

RetroGames : Xeno Crisis


Quando eu retornei a esse mundo dos jogos de 8 e 16 bits eu primeiramente percebi que os clássicos ainda eram o que todos buscavam nos consoles clássicos, mas para minha surpresa alguns desenvolvedores continuavam a fazer jogos recentes principalmente para o Mega Drive, e um dos que mais me chamou atenção foi o Xeno Crisis.

Lançado em 2019 via KickStarter pela Bitmap Bureau, no jogo somos fuzileiros passando por várias localidades apinhadas por criaturas sinistras e salvando os soldados que estão em apuros, pegando armas e destruindo praticamente tudo que se mexe na tela.

O jogo é lindo, com ótima jogabilidade
e difícil como se tivesse vindo dos anos 90.

O ponto alto do jogo são os gráficos muito bem trabalhados que mesmo para uma plataforma de 16 bits foram feitos de forma muito cuidadosa e aproveitando ao máximo a capacidade de processamento (que é bem boa) do Mega Drive.

Outra coisa bem legal do jogo é o visual visto de cima que lembra jogos como Commando ou principalmente o Smash TV só que com uma qualidade gráfica e de jogabilidade muito superior.

Mas como homenagem aos jogos lá dos anos 90, a dificuldade das fases lembra bem as da época, então não espere um jogo com áreas de save ou com muita molezinha, tanto que em muitos momentos entrar em algumas salas é praticamente suicídio se você estiver com pouca munição. 

Os chefões de fase são bem "boladões"
e você vai adorar enfrentá-los.

O jogo foi um sucesso na sua campanha somando quase 400% da sua meta e como isso ele acabou indo para outras plataformas como o PS4 e o PC (via Steam).

E se você é um feliz possuidor de um Mega Drive, poderá conseguir um cartucho do Xeno Crisis direto pelo site da produtora ou se você preferir, dá pra comprar a rom dele e jogar direto no seu emulador de estimação.