sexta-feira, 28 de junho de 2019

Descubra Catan


O pessoal da Devir Brasil está com uma campanha via hashtag — #descubracatan — para as pessoas gravarem vídeos falando da sua experiência como jogador de Catan e quanto você gosta desse jogo.

Bem, como vocês já sabem, eu não sou muito bom com vídeos, então resolvi escrever essa postagem para explicar o quanto esse jogo é importante e a influência que ele teve nos últimos 15 anos da minha vida, trazendo não só diversão para minha mesa, como amigos que hoje são quase irmãos.

Por volta de 2000 e uns quebrados, um grande amigo meu me disse que tinha ouvido falar de um jogo novo revolucionário chamado Catan, ele me indicou o site Board Game Geek para que eu visse as regras e as peças e fizesse uma versão caseira dele.

 Meu Sapateiros de Catan, tenho essa versão até hoje.

Feita a versão, jogamos Catan tantas vezes quanto era possível, o jogo virou uma febre e jogávamos 3 ou 4 partidas seguidas, em todas as viagens lá estava o meu Catan na caixa de sapatos (depois "carinhosamente" apelidado Sapateiros de Catan).

Por conta do "vício" descobrimos uns sites onde era possível jogar online, e foi lá que eu descobri o grupo do Yahoo de jogadores aqui do Rio, que são o meu grupo dentro do tabuleiro mais antigo, e são pessoas hoje tão queridas.

Mas não para aí, por conta do Catan eu criei o meu site em 2007 e dele foi a primeira resenha, ainda engatinhando com pouco mais de um parágrafo.

 Durante a ABRIN com o lançamento oficial pela Grow.

Estive na ABRIN de 2011 quando a Grow anunciou o lançamento da versão nacional do jogo, fui Campeão Carioca do jogo em 2012 e fui para a final do Campeonato Brasileiro em São Paulo, num evento muito bacana organizado ainda por essa editora.

Joguei praticamente tudo que o Klaus Teuber lançou desde que eu conheci o cara, um autor maravilhoso de jogos como Domaine e Barbarossa, fora as diversas formas de explorar a marca Catan, que renderem (e rendem ainda) excelentes jogos, como pude citar num TOP 3 de Derivados de Catan feito recentemente.

Catan ainda é hoje o jogo que mais joguei na vida, contando as partidas presenciais e as virtuais com certeza foram pra mais de 500 vezes em que me vi precisando barganhar barro por ovelha.

Hoje, minha coleção de Catans está assim.

Hoje nas mãos da Devir, creio que o jogo vai ter a atenção que merece, e já vimos a versão do Game of Thrones chegando ao mercado e espero que a Starfarers e a Star Strek (além das diversas expansões do jogo base) cheguem logo para completar a família.

Acho que é isso, falar que Catan é responsável pelo renascimento dos jogos de tabuleiro no mundo, não é exagero, e por causa dele e da galera que lá atrás capinou um terreno fértil, mas maltratado, hoje conseguimos receber os jogos mais badalados do mundo com diferença de poucos meses.

Catan SEMPRE foi um amigo por perto!

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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Zurvivors


Criado pelo pessoal da Gamehives, em Zurvivors os jogadores estão tentando fugir de uma horda de zumbis que estão assolando a cidade, mas você tem só algumas horas para chegar ao ponto de extração, e talvez nem todos consigam sair vivos.

Como preparação para a partida, cada jogador recebe um personagem com um poder especial, além de uma carta com três combinações e uma carta fechada de objetivos.

O "tabuleiro" também é formado por cartas, dependendo do número de jogadores, em um extremo temos a horda de zumbis e no outro o ponto de extração dos sobreviventes, que estão na carta que fica no meio disso tudo.

 O jogo usa um draft de cartas, onde você precisa
separar itens para ser um dos primeiros a fugir.

O jogo vai rolar em seis rodadas (horas), os jogadores vão precisar formar uma das três combinações das suas cartas de objetivo para conseguir avançar rumo ao ponto de extração, para isso no turno cada jogador escolhe secretamente uma das suas cartas na mão e coloca na sua frente, passando as outras para o próximo jogador, assim que todos tiverem escolhido suas cartas, elas são abertas.

Quando um ou mais jogadores conseguirem todas as cartas de uma das suas três combinações, ele precisa então baixar a carta do seu personagem para assim habilitar sua fuga e esse processo se repete até que apenas um dos sobreviventes não tenha conseguido fugir, isso dispara o final da rodada.

 O tabuleiro formado por cartas e a horda já com a sua
primeira vítima.

O primeiro jogador então avança duas casa, abrindo caminho, isso quer dizer, as cartas de rua tem alguns itens que podem ser pegos, e que ajudam na hora de completar os objetivos, o outros jogadores também avançam um espaço, mas o último, esse vai ficando para trás até que a horda pegue ele.

Quando algum jogador é pego pela horda, ele se transforma em zumbi, aí o seu jogo passa a ser outro, ele faz parte da turma que quer mais que todos percam, e começa a usar suas cartas para fazer com que a horda ande mais rápido.

O jogo acaba quando um dos sobreviventes chegar ao ponto de extração (ele é considerado o vencedor da partida) ou se ao final da sexta rodada ninguém tiver chegado, nesse caso o jogador mais próximo é o vencedor ou ainda se todos se transformarem em zumbis, todos vencem... como zumbis!

 Uma vez que você é pego pela horda, você
começa a tentar pegar os outros jogadores.

Zurvivors é um jogo de corrida levinho para até 6 jogadores, divertido, com uma ilustração super bacana e vai agradar aos fãs do gênero, particularmente, acho a regra de precisar baixar a carta do sobrevivente para conseguir "fugir" na rodada meio travada, mas não é algo que incomode muito.

O jogo está em campanha pelo Cartarse e o preço dele é bem de acordo com o tipo de jogo, então se você curte um joguinho leve de corrida e ainda é fã dos "comedores de cérebro", Zurvivors pode ser uma boa pedida para o seu grupo.

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Campeonato Carioca de Vampire : The Eternal Struggle


Aconteceu no sábado, dia 22, o Campeonato Carioca de Vampire : The Eternal Struggle, essa foi a primeira edição desde o anúncio do jogo pela Conclave, e teve a participação de 25 jogadores, incluindo a galera da Crusada de São Paulo e jogadores vindos de Juiz de Fora.

Dando uma pincelada nas regras, o campeonato teve como formato três rodadas, com mesas com 4 ou 5 jogadores e tempo máximo de duas horas por rodada, com a final acontecendo com cinco jogadores com o tempo de três horas.

 Na segunda mesa com o Alex, William, André e Mano Gago.

Um pouco sobre a minha participação, eu fui com um deck de vampiros de baixo custo (os famigerados weenies) focados em subir eles rápido e transforma-los em Príncipes usando as Praxis, a ideia boa, mas na prática vai depender muito no seu lugar na mesa e se as cartas que você precisa vem logo no início.

Na minha primeira mesa as cartas não vieram, deu só pra ficar perturbando minha presa e segurando a onda do meu predador, a partida foi até o final do tempo, com oito vampiros em torpor e um de pool e assim conseguir 0,5 VP (meu primeiro em competições de Vampire).

 A organização caprichou nas premiações.

Parada para o almoço, depois uns sorteios de brindes, na segunda mesa as cartas vieram na hora certa, mas a mesa não estava nada favorável.

Como presa eu tinha um outro deck weenie de votação (Sabbat dessa vez, pelo menos não ficamos contestando vampiros), e como predador dei o azar de ter um deck de stealth/bleed, como eu não tinha ações de interceptar, meu sofrimento durou pouco.

Não consegui jogar o restante do campeonato, mas a mesa final chegou com Itamar Gonçalves Junior (RJ), Ricardo Molina (SP), Wiliam Fonseca (RJ), Raphael Santos (RJ) e Marcelo Farias (RJ) com o Molina sendo o vencedor depois de um dia inteiro de competição.

 Na mesa final Molina, William, Raphael, Marcelo e Itamar.

Foi muito legal ver o campeonato sendo realizado na Loja RED, com a presença do Kleber da Conclave e com a organização do Fernando Cesar que fez com que tudo corresse super bem, uma pena eu não ter conseguido participar das três rodadas, gostaria de jogar mais com meu deck pra ver se ele se sairia melhor, agora é aguardar 2020, dessa vez já com o material saindo no Brasil e com mais jogadores chegando, quem sabe não dobramos o quórum desse ano?

Molina recebendo seus prêmios das mãos
do Fernando, o organizador da "bagunça".
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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Elasund : The First City of Catan


Já falei algumas vezes sobre o Elasund aqui no site (como no TOP3 Derivados de Catan), ele pra mim é um dos melhores jogos derivados do Catan e ainda não tinha feito uma resenha mais completa dele e agora vou dar uma corrigida nisso.

Em Elasund os jogadores estão conseguindo ouro e influência para começar as construções da primeira cidade da ilha de Catan, mas as famílias que se assentaram por lá estão todas interessadas em que as suas construções sejam melhores e maiores, então conseguir as permissões nos melhores lugares é primordial.

Durante o setup os jogadores começam com duas construções básicas no terreno da cidade, que é dividida em linhas numeradas e colunas, esses prédios básicos lhes garantirão moedas ou cartas de influência.

 No início, a cidade pouco povoada, mas logo aparecem
as permissões para novos prédios.

A rodada do jogo remete ao seu "primo" mais famoso, o jogador da vez rola dois dados, soma os resultados e leva o navio que marca a linha sorteada até lá, todos os prédios que tem pelo menos uma parte nessa linha, recebem o que está sendo mostrado.

Depois o jogador tem a oportunidade de fazer até duas construções, que podem ser parte da muralha da cidade, um dos prédios pessoais ou prédios comuns ou finalmente uma das 9 partes da Primeira Igreja de Catan.

Construir a igreja ou a muralha, é tranquilo, você paga o valor indicado, pega uma peça de muralha sua e coloca, sendo que a Igreja vem de uma pilha escondida, e sempre que alguma parte dela aparece pode fazer com que você perca algum prédio, pois ela tem precedente no espaço do terreno.

A igreja cresce à parir de um ponto, e vai demolindo
os prédios sempre que for necessário.

O lance aqui, é que para fazer as construções de prédios, você precisa antes de permissões que são colocadas no tabuleiro, e para isso você tem uma ação, que vem após a fase de construção, nela você pega uma das suas permissões, paga o valor indicado (de 0 a 4) e coloca num espaço vago na linha de onde está o navio da rodada.

Cada prédio tem um valor em permissões para ser construído, sendo os pequenos mais fáceis com uma só até os maiores prédios onde são necessários duas ou três permissões.

O lance aqui é que só consegue construir quem tem o maior somatório no valor das permissões, então fica uma disputa interessante entre os jogadores para ver quem consegue os melhores lugares, mas para isso o jogador precisa gastar umas moedas.

Conforme o jogo avança, a cidade fica mais cheia,
e fica cada vez mais difícil construir.

Outra coisa que você precisa ficar muito ligado na hora de construir, é que prédios maiores podem "passar por cima" dos menores, então se você não se proteger bem, periga gastar tempo e dinheiro e depois vir um caminhão e levar sua casinha embora.

Além disso temos também a trilha de comércio, que você vai avançando sempre que constrói em cima de espaços com o desenho de um moinho, e em determinadas alturas da trilha você pode depositar um dos seus cubos de ponto de vitória.

O jogo termina quando um dos jogadores consegue colocar o seu décimo ponto de vitória no tabuleiro, e esses pontos são obtidos além da trilha de comércio, através das construções de prédios comuns, partes da igreja ou alguns dos seus tiles da muralha.

 A trilha de comércio é super importante
sem ela você dificilmente fecha os 10 pontos.

Assim como o Catan, Elasund : The First City of Catan, tem muita interação, e apesar de não ter negociação direta, os jogadores estão constantemente influenciando a jogada do outro, seja na colocação das permissões ou na hora das construções.

Infelizmente é um jogo que não veio para o Brasil, mas como a Kosmos está reeditando alguns jogos derivados do Catan, como o Starfarers of Catan, quem sabe ele volte a aparecer e a Devir traga para o mercado?

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Corinth


Definitivamente estamos vivendo o momento dos jogos de rabiscar, e grandes editoras como a Days of Wonder não iam deixar de "surfar" essa onda e recentemente lançaram nos EUA o Corinth, do grande Sébastien Pauchon (autor de jogos como Jaipur e Jamaica).

Nesse jogo somos mercadores que ao passarem uma semana pelos portos trocando suas mercadorias para assim conseguir mais prestígio entre os outros mercadores.

O jogo é um "roll & write"clássico, o jogador da vez pega os nove dados brancos disponíveis, se quiser, ele pode comprar até três dados amarelos que serão utilizados apenas por ele naquela rodada, e então rola todos eles.

No porto temos seis espaços distintos, os dados serão separados em grupos de números iguais, e são colocados nos espaços, sempre o grupo com o maior valor é colocado no espaço mais alto do porto (o da moeda), depois os grupos são alocados debaixo para cima começando pelos bodinhos e passando pelos bens disponíveis.

Uma vez que os dados são arrumados no porto, o jogador da vez pode então escolher um grupo deles para anotar na sua folhinha, o lance aqui é que você não usa o valor, e sim a quantidade de dados do grupo.

As moedas e bodinhos você vai acumulando para poder usar nas quatro construções que vão te ajudar durante o jogo (ou dar ponto no final), os quatro espaços de produtos (azeite, vinho, tecido e especiarias) você vai riscando para conseguir pontinhos no final do jogo.


Existe também o espaço onde o seu ajudante pode ir andando para conseguir alguns bônus, para usá-lo você escolhe um grupo de dados mas abdica da forma previamente explicada, nesse caso aqui você vai usar o valor do dado para andar o seu ajudante quantas casas forem indicadas, marcando a casa que ele parar, e quando ele para em um dos três espaços especiais, vai ganhando pontos pelos lugares marcados previamente.

O jogo prossegue até que uma quantidade de rodadas é terminada (dependendo da quantidade de jogadores) e somam-se as pontuações de todos os espaços da suas fichas e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Corinth é um jogo levinho e divertido, apesar de não trazer nada de muito novo nessa enxurrada de jogos de rabiscar, por ter alguma interação entre os jogadores acaba sendo uma opção legal para as mesas e se chegar ao Brasil acho que vai agradar.

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quinta-feira, 13 de junho de 2019

Calimala


Em Calimala os jogadores são comerciantes de roupas em Florença, tentando se sobressair comercialmente fazendo as melhores negociações para exportar produtos para outros lugares como Londres e Lisboa mas também ajudando na construção de importantes prédios florencianos.

O jogo tem um tabuleiro central onde sorteamos no Conselho de Florença, a ordem com que as coisas serão pontuadas durante a partida, outra coisa sorteada ainda no setup é a área de ações, onde apenas a ação de contribuir para as construções é fixa.

Além disso cada jogador recebe um tabuleiro individual com o seu porto e quatro armazéns já preparados, mas com espaço para expandir mais dois armazéns de roupas.

 A forma inteligente de como as ações são
realizadas é um diferencial do jogo.

Durante a rodada, cada jogador escolhe uma interseção entre duas ações do tabuleiro central para realizar, o trabalhador utilizado pode então realizar as duas ações escolhidas, ou apenas uma delas e comprar carta com a ação que sobrar, mas aí que tem o grande brilho do Calimala.

Quando a interseção está vazia, essas são as suas únicas opções, mas se existirem trabalhadores usados anteriormente, esses são novamente ativados, sejam do jogador da vez, sejam de outros jogadores, então você precisa ficar ligado para não ficar dando chance pra um adversário refazer uma ação interessante, mas ao mesmo tempo, tenta "combar" a sua rodada para fazer mais coisas.

As ações disponíveis são geralmente ligadas às pontuações, como receber bens, contribuir para as construções, estabelecer pontos comerciais e enviar produtos via navio ou carroças.

 No tabuleiro dos jogadores, um resumo das ações
além dos armazéns e dos navios.

O lance das pontuações também é bem interessante e diferente, já falamos sobre existirem trabalhadores previamente colocados nas interseções, pois bem, quando o quarto trabalhador é colocado, o trabalhador mais antigo ganha uma cadeira no Conselho e é disparada uma pontuação seguindo a ordem do Conselho de Florença.

Além dos trabalhadores, em Calimala temos cartas que você consegue abdicando das ações para comprá-las, elas ajudam nas ações e podem ajudar bastante para que o seu turno seja mais produtivo.

 Acima das ações, o Conselho de Florença com a ordem
em que as coisas serão pontuadas.

O jogo termina quando os jogadores tiverem alocado todos os seus trabalhadores ou quando todas as pontuações do Conselho de Florença tiverem sido efetuadas, então cartas de objetivo secreto e o objetivo comum são contadas e o jogador que tiver mais pontos ganha.

Calimala é um jogo gostoso, tem umas mecânicas diferentes bem interessantes, e é daqueles euros que deve ficar muito bom com a mesa cheia, uma vez que mais trabalhadores vão estar nas ações e você vai precisar ficar bem ligado pra não dar bobeira com os adversários.

Exportar ou doar para as construções, formas de
fazer pontos em Calimala.

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terça-feira, 11 de junho de 2019

Saco de Ossos e Senda Zen


Durante a última edição do Diversão Offline, tive a oportunidade de conhecer no estande da Ludens Spirit, dois jogo muito bacanas, o Senda Zen e o Saco de Ossos, e mais legal foi saber que ambos são do mesmo autor, o brasileiro Eduardo Caetano.

Em Saco de Ossos os jogadores tem a sua disposição ossinhos e caveirinhas, na sua vez o jogador deve baixar um dos seus ossinhos na mesa ou mover os que já foram baixados.

O lance aqui é que quando os ossinhos fecharem um quadrado, o jogador que fizer isso pode colocar uma de suas caveirinhas na mesa e o jogo termina se um dos jogadores consegue fechar um quadrado só com ossinhos da sua cor, ou se o jogador conseguir uma sequência de três caveirinhas suas adjacentes.


O Eduardo conseguiu aqui juntar elementos do jogo da velha e do ligue os pontos em um jogo que você precisa ficar atento a todos os movimentos dos outros jogadores, para não ficar preso em uma cilada.

No Senda Zen, os jogadores precisam forjar o seu caminho para chegar até a posição inicial do seu adversário, e para isso, na sua rodada, você pode ou andar uma casa com seu buda, ou deslizar uma linha/coluna para ir formando o seu caminho.

Usando uma mecânica similar àqueles puzzles que vinham em brinde de festas, a ideia central do Senda Zen é muito bem sacada e inteligente, e o jogo com esse objetivo de chegar a outra quina do tabuleiro com seu buda, dá um viés estratégico muito legal.


Muito legal em ambos é que o Eduardo Caetano conseguiu resgatar mecânicas de antigos jogos e brinquedos, adaptando suas ideias para o nosso hobby como ele é hoje em dia, de forma criativa e inteligente e a Ludens Spirit ajudou muito entregando um produto muito bonito a preços muito bons.

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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Série Pocket Games da Papergames



A Papergames tem trazido jogos bem bacanas, além de ser uma empresa que pratica um dos melhores preços do mercado, então quando eles anunciaram os primeiros três joguinhos da linha Pocket deles, a gente ficou logo de radar ligado.

O grande lance aqui é que a editora optou por caixinhas pequenas, mas de excelente qualidade e que cabem os jogos protegidos por sleeves, coisa que o nosso público adora fazer (nessa eu me incluo inclusive).

Mas o mais interessante, é que dependendo da aceitação desses três primeiros jogos, a Paper vai continuar com essa linha, e mais, jogos como o Oh my Goods! que ainda não teve a expansão lançada no Brasil, pode vir a ter a oportunidade de vê-la chegando por aqui a um preço bacana, uma vez que ela viria nessa caixinha da linha Pocket, então vamos falar agora um pouco desses primeiros três joguinhos.

O Quem Foi? é um joguinho bem farra de vaza onde você precisa defender os seus bichinhos de serem o causador do grande cocô que apareceu no meio da sala.

A regra dele é super simples, o primeiro jogador baixa uma carta de um bicho, inocentando ele e acusando um outro, os outros jogadores então precisam ser rápidos para que o primeiro jogador a colocar a sua carta possa inocentar o bichinho acusado e chamar outro.


A rodada termina quando um jogador acusar um bichinho que ninguém tem ainda ou quando apenas um jogador tiver uma ou mais cartas, então ele leva o cocô da rodada, e a partida segue até que um jogador tenha 3 cartas de cocô e perca o jogo.

Em Brave Rats dois clãs de ratinhos brigões lutam pela coroa do Rei Rato que desapareceu, e esse disputa se realiza comparando forças entre eles.

Cada jogador tem 11 cartas, e cada uma dela tem um poder, na rodada o jogador escolhe uma delas e secretamente baixa, ao abrirmos comparamos a força e vemos no poder de cada uma se alguma coisa modifica o resultado, para então um dos jogadores ficar com as cartas.

Quando o primeiro jogador vencer 4 rodadas, a partida termina, Brave Rats é um jogo que lembra muito o Love Letter, mas para duas pessoas, e para quem curte esse tipo de jogo ele é uma opção bacana.

Para finalizar o que eu achei mais legal, em Claim, mais uma vez temos um Rei morto, mas dessa vez existem cinco facções que estão atrás da sua coroa, e elas estarão disputando ponto à ponto por ela.

O jogo tem duas rodadas distintas, na primeira os jogadores vão recrutar seguidores para o seu lado na grande batalha, para isso abre-se uma carta da pilha central, o jogador da vez abre uma carta, não necessariamente igual a aberta, e o seu adversário abre uma carta também e comparam os valores e quem tiver a maior pontuação leva aquele seguidor.

Depois de 13 rodadas da primeira fase, temos a fase de confronto onde outras 13 rodadas são realizadas, basicamente com a mesma mecânica, mas dessa vez sem abrir uma carta de uma pilha central, usando apenas as cartas da sua mão.


Ao final das duas fases cada jogador conta seus apoiadores de cada facção, quem tiver mais facções do seu lado leva a coroa.

Basicamente é isso, mas cada facção tem poderes especiais, o que dá uma dinâmica muito legal a cada rodada e o jogo tem umas sacada muito interessantes para que você consiga no final a quantidade de votos necessários para vencer o jogo.

EDIT : Com o lançamento do Claim 2, agora você pode misturar as duas caixinhas do jogo e fazer partidas para até 4 jogadores, além disso a Paper trouxe duas facções extras para aumentar o mix entre elas.

Como já dissemos lá no início da matéria, essa linha Pocket da Papergames traz jogos rápidos, divertidos e por um preço que vale até pra ficar dando de presente pros amiguinhos, agora é torcer para a continuidade da linha e que as expansões de outros jogos venham nesse precinho.

terça-feira, 4 de junho de 2019

TOP3 : Expansões


O mundo dos tabuleiros modernos me apresentou uma forma de jogo até então desconhecida para mim, as expansões, e nesses anos eu joguei muitas delas, algumas indiferentes, outras que só existem pra consertar o jogo base, mas algumas se destacam dando ao jogo uma nova vida.

Não vou citar algumas expansões que eu adoro mas que acabaram sendo incorporadas em edições mais novas, como a do Kingsburg (lançado pela Bucaneiros), vou me atar só naquelas que são as que explodiram minha cabeça e que dão vontade de jogar sempre.

O Village (que saiu no Brasil pela extinta Fire on Board), é um jogo muito consistente e interessante, por si só já se sustenta por muitas partidas, mas as expansões Village Inn e Village Port são excelentes aquisições.

Podendo ser usadas ao mesmo tempo ou individualmente, trazem novas formas do jogo se desenvolver o que faz com que você precise repensar nas estratégias para ganhar as partidas, ambas se integram perfeitamente ao jogo base e devem ser conhecidas.

Já falei uma penca de vezes do 7 Wonders por aqui, ele é ainda hoje o meu card-game preferido e além disso tem duas das melhores expansões de todas, a Armada e a Líderes.

A Líderes (já lançada pela Galápagos Jogos) deu uma reanimada ao jogo quando foi originalmente lançada em 2011, trazendo uma fase à mais ao jogo e uma forte influência das cartas de líderes ao jogo, já a Armada saiu ano passado e mais uma vez rejuvenesce o jogo que estava perdendo terreno para a sua (ótima) versão Duel.


A Armada traz um novo tabuleiro individual com colunas de comércio, poder naval, descobertas e civilização que você vai avançando conforme constrói cartas daquela cor, uma excelente adição ao jogo e que esperamos chegue logo ao Brasil.

Guerra dos Tronos é um dos casos em que expansões foram incorporadas para melhoria de mecânicas, e a Segunda Edição (que chegou ao Brasil pela Galápagos Jogos) já estava com um jogo redondinho e que garantia horas de pura diversão (e traições).

Mas ano passado, meio de surpresa, foi anunciada a expansão Mãe dos Dragões (já disponível no Brasil) e é impressionante como ela conseguiu sacudir o jogo, dando a ele novos caminhos e colocando elementos que deixam o jogo mais disputado.


A adição da Casa Targaryen, o mapa de Esos, o Banco de Braavos e o que pra mim é a "cereja" da expansão, as casas vassalas, fizeram com que as partidas do Guerra dos Tronos se tornem eventos gigantescos e cada partida se torne mais épica que a outra, hoje não consigo pensar em outra forma de jogá-lo sem essa expansão.

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