segunda-feira, 30 de março de 2020

Zombie Kidz Evolution


Zombie Kidz Evolution, é um jogo estilo "legacy" onde os jogadores são crianças tentando evitar a invasão zumbi na sua escola, e conforme as partidas vão passando, jogo vai ganhando novas regras e aspectos, tudo isso voltado para o público infantil, e será que funciona?

Ao abrirmos o jogo temos um tabuleiro central da escola, os personagens, cartas que representam os zumbis, um dado e um monte de envelopes, além é claro, do manual.

As regras iniciais são muito simples, pra pegar bem o público indicado, que são os pequenos à partir dos 7 ou 8 anos, então você tem os jogadores no meio do tabuleiro, e a rodada funciona rolando um dado, colocando zumbi, movendo, matando e fechando as portas da escola, caso o local esteja limpo.

 Ao ficar numa sala com zumbis, você pode
detoná-los e limpar a sala.

Inicialmente a única dificuldade é se por acaso as ações coordenadas não derem cabo dos zumbis, então se uma sala tiver 3 ou mais zumbis, fica impenetrável, e se o estoque de zumbis acabar os jogadores perdem, mas na primeira partida é praticamente impossível disso acontecer.

Uma vez que a partida termina, quando todas as quatro portas da escola estão fechadas, existem uma série de objetivos a serem marcados no manual do jogo, e isso é a progressão para que sejam abertos os envelopes que vão adicionar mais coisas ao jogo.

Com a sala limpa, você pode trancar a porta.

Então o barato maior do jogo, e o que faz com que a criançada fique mais ligada nele, é justamente acompanhar o progresso que eles estão fazendo, marcando as vitórias com os adesivos que vem no jogo.

A caixinha do Zombie Kidz Evolution, com poucos elementos para as primeiras rodadas, pode dar a falsa impressão que talvez o jogo canse rápido, mas é uma impressão errada, pois ele vai se renovando com o passar das partidas e como são partidas que não duram meia-hora (pelo menos até onde eu avancei aqui em casa), você consegue progredir bem numa mesma sessão de jogo.

Para você que tem criança(s) em casa, é uma excelente forma de prender a atenção num joguinho rápido, simpático e que vai trazer aquele "feeling" de "missão completa" dos video-games para o jogo de tabuleiro.

É um bom jogo para os pequenos aprenderem
que trabalho em conjunto pode funcionar melhor.

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quarta-feira, 25 de março de 2020

TOP : Jogando Online


Nesses dias de quarentena, quem tem sorte de ter mais gente em casa está conseguindo colocar os jogos na mesa, ou então testando as várias formas de partidas solo, mas sempre bate aquela vontade de jogar com os amigos e nesse caso, o que fazer?

Bem, curiosamente, eu conheci o pessoal que joga comigo até hoje através de um site online de Catan (que nem existe mais), onde um amigo de Portugal me passou o endereço do grupo do yahoo de jogadores e lá conheci o grupo de que faço parte até hoje (isso foi em 2004).

Então, existem diversas formas de se jogar os nossos jogos de tabuleiro preferidos de forma virtual, algum com partidas "ao vivo", outras de forma "turn base" e até mesmo contra AI's bastante desafiadoras então eu vou colocar aqui algumas sugestões para esse tempo de reclusão.

Pra mim, a melhor forma de jogar são os jogos em "real-time", você não precisa ficar depois lembrando o que fez e conectado a alguma forma de comunicação, seja com som ou escrita, ainda dá pra passar algo próximo da experiência da mesa de verdade.

Nesse quesito temos excelentes opções, sejam de jogos pegos pelo Steam, como a implementação do Memoir'44, Ticket to Ride ou Catan, como sites específicos para esse fim, como o Board Game Arena e o alemão Brett Spiel Welt.

Há quem prefira jogar de forma diferente, para essas pessoas, as opções "turn-base" são as melhores, neles os jogadores abrem uma (ou mais) mesas dos jogos, fazem seu turno e deixam os outros jogarem no seu ritmo, as vezes, as coisas andam rápidas, mas existem os jogadores que vão esquecer as partidas que podem demorar dias para terminar.

O melhor site (na minha opinião) com jogos dessa forma é o Yucata, mas existem outros como o francês Boite à Jeux.

Mas na verdade opções não faltam, existem sempre as versões adaptadas para app's ou Steam (tem uma parte do site dedicada a isso, clica no link), os módulos para serem jogados direto no Tabletopia ou Tabletop Simulator que vão ajudar aos amigos que estão com saudades dos companheiros de mesa a fazerem com que esse período passe mais rápido.

E enquanto não pudermos voltar aos eventos, às noites de jogatinas vamos ficando em casa aproveitando ao máximo esses tempo para revermos alguns conceitos e quem sabe a gente saia disso um pouco melhores como seres-humanos.

Aqui uma extensa geek-list com centenas de opções, dá uma fuçada que com certeza você vai encontrar algum dos seus jogos preferidos para chamar os amigos.

No BGA tem as melhores implementações de jogos
que vão desde os mais simples aos mais "boladões".

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segunda-feira, 23 de março de 2020

Capitão Silver


Lançado pela Calamity Games no Brasil, em Capitão Silver, os jogadores estão numa divertida corrida de navios piratas na tentativa de conseguir a maior quantidade de tesouros e assim se tornar o Capitão de mais prestígio.

No setup inicial montamos um tabuleiro onde existem quatro ilhas, que são linhas com símbolos nelas, além disso temos a famigerada ilha do vulcão e a ilha onde os navios vão "correr".

Uma partida de Capitão Silver se desenvolve durante 3 rodadas que funcionam da seguinte forma : cada jogador tem um saquinho onde estão os oito símbolos do jogo (dois de cada), e simultaneamente os jogadores precisam tatear as peças para colocar as corretas nas trilhas do tabuleiro.

As pecinhas ficam no saquinho e você
precisa ir identificando.

O lance aqui é saber misturar a velocidade com que você tira as peças, mas também tomar cuidado para não tirar um símbolo que você não possa colocar no tabuleiro, pois se por acaso isso acontecer, aquela peça vai para ilha do vulcão e pode lhe custar pontos ao final da rodada.

Os jogadores vão tirando as peças, colocando no tabuleiro até que uma das quatro "raias" do jogo seja completada, quando isso acontece a rodada acaba e começa a etapa de pontuar cada uma delas.

 Na ilha da corrida, dá para conseguir bons tesouros.

De forma aleatória vamos abrir ilha por ilha e os jogadores que colocaram suas peças corretamente começam a ganhar as bonificações que variam entre moedas e casas para andar com seus navio na ilha da corrida.

Nessa ilha existem pontos que ao serem passados, fazem com que o jogador possa receber baús de tesouro, que são pontos importantes para o final da partida.

Uma vez que as quatro trilhas são pontuadas, a ilha do vulcão cobra seu tributo. Abre-se uma das cartas de vulcão para dizer quais peças serão cobradas, e para cada símbolo mostrado o jogador vai pagar uma moeda pelas suas peças que foram sacadas erradas.

 O importante é tentar colocar a peça
na hora certa para ganhar os bônus.

Como falei anteriormente o jogo dura três rodadas e ao final da terceira rodada o jogador com mais moedas é o Capitão de maior prestígio.

Capitão Silver é um jogo voltado para a mulecada, mas os pais jogam de boa, e apesar de parecer simples, localizar a peça certa para tentar coloca nas trilhas não é uma parada tão boba, então ele acaba divertindo a todos, e é uma boa pedida para ter na coleção se você tem crianças em casa.

A ilha do vulcão pode ficar bem tensa na hora
de cobrar os tributos.

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segunda-feira, 16 de março de 2020

Lembra desse? Othello / Reversi


Lançado na Inglaterra em 1883, Othello (ou Reversi), é um jogo para dois onde você precisa transformar as peças do adversário na sua cor, para no final ter a maioria no tabuleiro.

Utilizando um tabuleiro com uma matriz de 8x8, cada jogador coloca ao centro duas de suas peças e na sua vez pega uma peça de fora para colocar no jogo.

Ao colocar uma nova peça, o jogador precisa reparar se ao final de uma linha reta existe outra de suas peças, e todas as peças adversárias nessas retas (sejam lá quantas forem), são viradas para a cor do jogador que acabou de se posicionar.

 Na sua versão mais conhecida, com tabuleiro
verde e peças brancas e pretas.

O jogo segue assim alternando os jogadores, até que não hajam mais espaços disponíveis no tabuleiro, faz-se uma contagem das cores, e quem tiver a maior quantidade, é o vencedor.

Othello é um daqueles jogos que fizeram parte da vida de muitas das crianças dos anos 80/90, era do tipo jogo clássico de se ganhar e sempre fez sucesso pelas regras simples, mas engana-se quem pensa que ele é um jogo fácil.


Entrando na linha dos jogos de estratégia que quanto mais você joga, mais você aprende com ele, Othello tem aquela curva de aprendizado digo nos grandes jogos.

No Brasil ele foi durante muitos anos comercializado pela Grow, mas hoje em dia você consegue uma versão bem bonita em madeira feita pelo pessoal da Mitra Jogos.

E mesmo com a onda de lançamentos de jogos novos, a Federação Brasileira de Othello (filiada a World Othello Federation), mantém desde 2007 um Campeonato Brasileiro anual que conta sempre com muitos entusiastas do jogo.

 A bonita versão da Mitra é a que você encontra
hoje em dia no mercado.

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quinta-feira, 12 de março de 2020

REAL Pandemic... E como isso afeta o nosso hobby...

 

Estamos vendo a vida imitando a arte, com o surto do COVID-19 (ou Corona Vírus), o Pandemic entrou definitivamente nas nossas vidas, e temos um estado de alerta que está afetando praticamente tudo no mundo, mas e no nosso nicho, qual será o impacto?

Logo de cara teremos um atraso significativo na produção dos jogos, sendo a China o principal produtor de componentes, e também onde tivemos os primeiros focos da doença, muitas fábricas estão fechadas ou trabalhando em expediente reduzido.

Então componentes, gráficas e projetos inteiros vão atrasar com certeza, e pior, sem prazos para voltarem ao fluxo normal, fiquem certos que aquele jogo de KS que deveria ser entregue esse ano, sofrerá atrasos.


Mas além disso temos o grande problema agora que são os cancelamentos de eventos, com a Europa sendo tomada de assalto (Itália e Alemanha já tem uma quantidade absurda de casos) eventos como Essen (em outubro) ou a Lucca (em novembro) ficam ameaçadas.

E mais, com a proibição da entrada de estrangeiros vindos da Europa para os Estados Unidos, podemos ter o cancelamento da Origins Game Fair em Junho ou a Gen Con em julho.

Espera-se que as coisas estejam mais controladas até lá, mas pensando mais no nosso mundinho, temos marcados o Diversão Offline para final de maio, e além disso, os eventos mensais precisarão ser repensados por agora, uma vez que uma das principais precauções a serem tomadas é evitarmos aglomerações, lugares fechados e contato físico com outras pessoas.


O momento é de ficarmos atentos, atendermos aos comunicados da OMS quanto aos cuidados à serem tomados e evitarmos ao máximo que nesse Pandemic da vida real a coisa saia do controle.

Se serve de alento, pelo menos o nosso nicho foi criado para essas situações onde as famílias precisam ficar em casa, então tirem os jogos da prateleira, aproveitem a turma de casa para jogar, separem aqueles jogo pra dois e versões solo e vamos esperar a crise passar.


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terça-feira, 10 de março de 2020

Coimbra


Em Coimbra, recentemente lançado pela Galápagos Jogos, os jogadores trabalham com dados, para conseguirem recursos, para comprarem cartas, para andarem no mapa para assim conseguirem pontos, lendo assim parece simples, mas é nos detalhes que o jogo brilha.

Jogado em 4 rodadas, cada uma com uma delas é dividida em seis fases distintas, onde os jogadores rolarão os dados, depois escolherão onde colocá-los, esses dados serão retirados executando as ações escolhidas, é definida a nova ordem dos jogadores, ganha-se influência e finalmente investe-se nas expedições.

Os dados tem uma importância fundamental no jogo, eles são ligados aos quatro tipos de cartas, que são os conselheiros, os comerciantes, os clérigos e os acadêmicos, e na primeira fase do jogo os dados são rolados para serem colocados nas quatro áreas do tabuleiro principal.

 Os personagens e as fichas bônus.

Temos uma área de peças bônus e três áreas com as cartas dos personagens, e nessas áreas que os dados serão colocados os valores vão definir a ordem de escolha, então a escolha do valor dos dados é importante, mas e a cor?

Bem, as cores escolhidas vão refletir lá na fase de influência, você vai subir um espaço para cada dado na cor referida, aqui nesse caso não importa o valor, e sim a cor dele.

As fichas bônus e as cartas, vão dar efeitos imediatos ou efeitos permanentes além de servirem com set-collection para pontuações de final do jogo.

 Os dados são elementos fundamentais no jogo.

Além dessas informações todas já citadas, temos no tabuleiro principal a trilha do peregrino, onde os jogadores vão avançando com seu meeple por lugares para irem em direção aos monastérios que darão efeitos que ajudarão no decorrer da partida (ou na pontuação final).

Uma vez que a rodada vai chegando ao final, temos a parte de investir nas explorações. Essas são cartas de pontuação para o final do jogo, você vai pagar o custo em dinheiro ou guardas (que são os recursos do jogo) e deixar seu marcador ali para saber que você vai estar apto a pontuar àquela carta.

 As trilhas de influência, garantem pontos e bônus.

Ao final das quatro rodadas, o jogo termina, temos as pontuações pelas trilhas de influência, pelos investimentos e pela coleção de diplomas que são ganhos nas cartas dos personagens, e o jogador mais avançado na trilha de pontuação é o vencedor.

Coimbra é um euro clássico, muitas coisas a serem observadas, muitos caminhos para vitória, muito inteligente e que faz você ficar pensando onde investir e dando aquela sensação de que gostaria de fazer mais coisas, mas tendo que escolher bem aonde ir, sei que ainda estamos começando o ano, mas ele entra pesado na lista dos preferido de 2020.

Andar com o peregrino também é importante.

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sexta-feira, 6 de março de 2020

Combo Color


Em Combo Color os jogadores revezam colorindo os espaços dos diversos tabuleiros para no final computarem os pontos nos critérios indicados, parece bobinho, mas ele é surpreendentemente estratégico.

No início de cada partida, escolhe-se um dos tabuleiros, em cada um deles temos formas diferentes de pontuar como multiplicando um tipo de figura marcada por outra, ou ligando um tipo de desenho à outro, entre outras.

 Os jogadores vão marcando os espaços para
no final computarem os pontos.

Depois cada jogador pega uma das suas canetas coloridas e na sua vez marca um dos espaços, seguindo sempre a regra de só marcar um espaço à partir da seta de início ou adjacente a algum outro espaço já marcado.

A sacada do jogo é tentar não habilitar um espaço vantajoso para outro jogador, então você precisa ficar cuidando do seu jogo, e também observando bem como estão os outros jogadores para tentar minimizar a pontuação deles.

 Depois com tudo marcado, quem
tiver mais pontos, ganha!

O jogo termina quando todos os espaços estão desenhados e somam-se os pontos baseados no critério do tabuleiro escolhido, e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Combo Color tem cara de bobinho, mas além de ser muito divertido tem uma boa dose de estratégia e ainda assim é completamente jogável com a criançada e por serem partidas rapidinhas, você vai se pegar jogando vários cenários diferentes sem se cansar.

Vai virar um dos prediletos
aqui de casa com certeza.

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quarta-feira, 4 de março de 2020

Karekare


Quatro tribos disputam os melhores territórios para suas plantações e habitações, e assim ganhar mais prestígio entre os novos exploradores de Karekare.

Trazido pela Devir, em Karekare cada um dos jogadores vai ser responsável por fazer sua tribo prosperar, em um jogo onde a mecânica principal é a colocação de tiles.

Inicialmente temos três tiles pré colocados, cada jogador fica com dois tiles na mão para usar durante a partida, além dos seus barcos, cabanas e marcadores para os campos de batata doce.

 A cada peça colocada, uma série de ações
é disparada.

O jogo é dividido em três era, que são marcados por pilhas de compra de tiles, em cada turno o jogador da vez pega um dos seus tiles da mão, coloca adjacente a algum previamente colocado na mesa, realiza as ações correspondentes e compra um tile novo para repor a mão.

A sacada no Karekare é justamente na colocação dos tiles, pois existem quatro tipos diferentes de tiles : colina, água, campo e floresta, e dependendo do tile colocado e em qual vizinho ele encostar, você vai disparar ações diferentes.

Então você pode colocar um tile de campo adjacente a um de água e um de floresta para realizar ações para tira um dos seus barcos e ganhar pontos e ganhar batatas doce, mas se você coloca um de floresta encostando num campo, a ação já passa a ser outra, nesse exemplo você ganharia uma madeira de recurso.

 Você tem as suas pecinhas e os recursos para
poder construí-las.

Esse monte de possibilidades tornam o Karekare um jogo bem único, cada peça colocada precisa ser pensada para conseguir disparar as ações mais interessantes, sem deixar muita brecha para outro jogador conseguir também se levantar com algum vacilo seu.

Quando uma pilha de compras acaba, a era é terminada e acontece uma pontuação onde nas duas primeiras eras ganha-se pontos por barcos e cabanas enquanto na última era temos outros tipos de pontuação por recursos, quantidades de marcadores de campos e no somatório quem tiver mais pontos ganha.

Karekare é um jogo bem curioso, ele começa te dando uma impressão estranha, mas conforme a partida vai evoluindo e você começa a sacar mais da colocação dos tiles, ele vai ficando mais e mais bacana, vale aqui também falar da campanha muito bem bolada que a Devir fez para o jogo, mandando para os criadores de conteúdo um cartão postal avisando da chegada do jogo, muito simpático e criativo.

Mais pro final do jogo, Karekare vai ficando
totalmente povoada.

segunda-feira, 2 de março de 2020

TOP3 : Jogos que eu deveria gostar... mas não!


Recentemente vi que saiu a nova versão de um clássico, o Caylus 1303, para quem não sabe esse foi um jogo revolucionário, pois é um dos pais do worker-placement, que é uma das minhas mecânicas preferidas, e apesar de ter essas credenciais todas (além de ser TOP60 no BGG), ele não desce.

Pensado nisso, lembrei de jogos que são clássicos, eu tenho total consciência de que são brilhantes, mas eu não consigo gostar de jeito nenhum, e aí resolvi fazer esse TOP3 diferente de jogos que mesmo dando várias chances para eles, não consigo gostar.

Vou começar exatamente pelo Caylus que lançado em 2005 deu uma revolucionada na mecânica de alocação de trabalhadores, ainda embrionária e trouxe formas de trabalhar com ela muito diferentes, com os prédios entrando no decorrer do jogo.

O lance aqui, pra mim, é que o Caylus é um jogo muito seco, e na sua versão de 2005 cabia até 5 jogadores, o que podia fazer com que durasse uma eternidade para um jogo que não entregava praticamente nada em diversão.

Em 2019 saiu uma versão nova, chamada Caylus 1303, que aparentemente deu uma renovada em vários aspectos e pode ser que faça com que o jogo seja menos "modorrento", mas a vontade de tentar jogá-lo novamente é baixa, quem sabe?

O meu segundo da lista é outro clássico de um dos autores que eu mais gosto e também o mais antigo da lista, o Tigris & Euphrates do grande Reiner Knizia.

Esse é um jogo que eu sei que é brilhante, mas por mais que eu jogue eu não consigo curtir as partidas dele, não sei se pelo fato do jogo ter fatores que você precisa ficar de olho em um monte de coisas e sei lá, tudo é muito tenso.

Eu joguei algumas partidas das primeiras edições dele, e anos mais tarde joguei a versão da Galápagos pra ver se minha opinião mudava, mas ainda acho um jogo brilhante, mas que eu tenho zero vontade de voltar a jogar.

Through the Ages é um jogo de civilização excelente, tudo nele é redondinho, as decisões são controladas, você consegue ir controlando sua pontuação durante as várias horas de partida, até que no final você abre as cartas de objetivo que você colocou secretamente numa pilha a duzentos anos atrás e pronto, acabou a graça.

É impressionante pra mim como um jogo tão bom pode ter um final tão frustrante, é tipo você assistir sete temporadas de uma série animal para no final darem destaque para o personagem mais meh (entendem o que eu quero dizer né?).

Os defensores dizem que você pode ir se programando e tals, mas além das suas cartas, tem as dos amiguinhos, e cara, não dá pra ter uma ideia do que vem pela frente, não foram nem uma nem duas vezes em que passei as quatro horas de jogo na frente na pontuação e no final me ferrei por conta das cartas de fim de jogo.

 Como eu queria gostar desse jogo,
mas com esse final, não rola.

"Ah, mas então você não gosta porque perde", não é bem assim, eu não consigo gostar pela frustração que dá isso, se fosse um jogo relativamente rápido, talvez desse para marcar melhor essa questão e o jogo fosse mais palatável, mas não, ele é um dos jogos evento que te dão esse balde de água fria.

Mais uma vez, esse é um jogo que teve uma repaginada anos depois, dizem que coisas foram mudadas, eu até tenho vontade de jogá-lo de novo para ver se realmente algo mudou, mas confesso que perder 4 ou 5 horas em cima de um jogo que vai me deixar aborrecido, eu prefiro jogar muitos outros jogos melhores que tem no mercado.