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segunda-feira, 18 de abril de 2022

Unmatched : Battle of Legends


A proposta em Unmatched : Battle of Legends é trazer personagens da fantasia para batalhas épicas, nessa primeira caixa temos a Medusa, o Rei Arthur, a Alice e o Sinbad lutando francamente para decidir quem o melhor na trocação de tapas.

Cada personagem tem um deck único de 30 cartas e alguns poderes especiais diferentes além de "sidekicks" que ajudam (e podem servir de escudo) na hora da pancadaria.

O jogo tem regras super simples, temos um tabuleiro/arena dividido em zonas onde os personagens vão lutar, cada jogador escolhe seu personagem e pega tudo referente a ele, compra 5 cartas do seu deck e estão prontos para a brincadeira.

Aqui não tem tempo pra bate papo, é trocação de porrada o tempo todo.

Na sua rodada você tem deve fazer duas ações entre três possíveis que são se movimentar, usar cartas de esquema ou atacar os seus adversários.

A ação de movimentação é a única que te dá direito a comprar cartas, mas há aqui um perigo pois como o deck não é muito grande, ficar comprando cartas pode fazer com que ele rode muito rápido e caso você precise comprar uma carta e não tenha, você perde o jogo automaticamente.

As cartas de esquema são os poderes "pokémon" que vão te ajudar com efeitos que mudam as características da batalha e geralmente dão uma prejudicada nos adversários.

Cada personagem tem seu próprio deck com combinhos e efeitos exclusivos.

O combate no jogo também é super tranquilo de aprender, o atacando escolhe uma das cartas da mão o defensor pode ou não escolher uma para se defender, comparam-se os valores e se o atacando superar o defensor causa aquela diferença em dano, no momento em que o personagem principal do adversário morre o sobrevivente é o vencedor (na partida em dupla precisam os dois adversários irem pra cova).

Nessa primeira caixa notamos um desequilíbrio em relação a Medusa que é muito mais poderosa comparativamente com os outros, o Rei Arthur também é bom de porrada, já a Alice tem o efeito de crescer e diminuir e tem o sidekick mais forte enquanto o Sinbad é o melhor na movimentação.

Unmatched : Battle of Legends é divertido com porradaria franca sem muita firula, um jogo de skirmish bem feitinho e produção caprichada com regras que se aprendem em cinco minutos, ele está vindo via Catarse pela Buró Editora que se tiver o sucesso esperado deve trazer os diversos outros personagens que já saíram lá fora.


O mapa/arena não tem muito espaço pra você ficar se escondendo não.
 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Colors of Paris


Em Colors of Paris recém lançado pela Buró Editora, os jogadores serão pintores que ao aprenderem as técnicas dos maiores mestres disputarão por fama, mas você precisa também ser rápido para conseguir pintar os quadros antes da concorrência.

O jogo tem como tabuleiro central um rondel de ações onde vamos colocar nossos trabalhadores, já os jogadores tem um tabuleiro com três trilhas de avanço, o lugar onde serão colocados os pigmentos para completarmos os quadros além dos trabalhadores que serão usados nas rodadas do jogo.

A rodada é dividida em três fases, na primeira delas colocamos nossos trabalhadores no rondel de ações, depois que todos foram colocados os jogadores vão realizando as ações escolhidas e finalmente tem a fase de arrumação para a próxima rodada.

Cada jogador vai representar uma "escola" de pintura tentando ser o melhor.

As ações possíveis são as de pegar pigmentos, misturar as cores primárias para conseguir novas cores, misturar cores secundárias para ganhar cubos pretos que dão pontos, pegar quadros para serem pintados, usar pigmentos para pintar trechos dos seus quadros ou gastar pigmentos para avançar nas três trilhas do seu tabuleiro e assim ter melhor resultados nas outras ações.

Além disso temos uma área interna do rondel com quatro ações que são pegar o token de primeiro jogador, copiar uma ação que esteja ocupada, rodar de forma diferente da usual o rondel e sozinho na meiuca podendo receber quantos trabalhadores forem lá temos o espaço onde se coleta o pigmento branco usado como coringa.

Uma sacada interessante do Colors of Paris chega na fase de manutenção para a próxima rodada, nesse momento o rondel anda uma casa no sentido horário (podendo ter alteração se alguém foi na ação que muda isso) e os jogadores então precisam pegar seus trabalhadores de volta, mas aqui nesse jogo um dos trabalhadores fica preso ao rondel já para a próxima rodada, então você pode ter algum planejamento futuro quanto a posição dos seus trabalhadores e até mesmo dar uma travada numa ação que outro jogador estava de olho.

O rondel de ações é interessante, mas travar um trabalhador me incomoda.

O jogo acaba quando o primeiro jogador completar dois quadros ou se acabarem os cinco cubos pretos, assim contam-se os pontos dos quadros, avanços nas trilhas e cubos pretos e quem tiver a maior pontuação ganha.

Eu confesso que quase não escrevi a resenha desse jogo pois achei ele muito fraquinho, ele até tem ideias interessantes como o fato de travar o trabalhador no rondel, mas é uma ação mandatória, se fosse opcional talvez ficasse mais interessante.

Outra coisa é que você pode escolher no início do jogo pintores famosos para ganhar poderes diferentes, só que alguns acabam sendo muito melhores que outros (os que permitem você pintar quando pega os pigmentos é MUITO mais forte que a maioria) e acaba deixando o jogo esquisito pois se alguém pegou mal o seu pintor fica em séria desvantagem.

Você vai escolher os quadros para pintar e ganhar pontos.

As trilhas de avanço também me incomodaram pois elas darão direito a você pegar mais um trabalhador e também podem te dar pontos ao final do jogo, mas além de serem custosas, quanto mais você tentar ir nos seus avanços, mais pra trás você fica na pintura e o jogo é rápido então você tem grandes chances de ficar com uma pontuação muito ruim se tentar focar nessas trilhas.

Enfim, eu só escrevi essa resenha porque vi que amigos conteudistas curtiram o jogo, então pode ser que tenha sido só o meu feeling (e o da mesa toda que jogou comigo) em achar que o jogo é fraco, então minha dica fica sendo tentar jogar o jogo para ver se é sua praia, apesar de tudo ele tem uma produção super caprichada, então como são as pinturas mesmo vão ter os que acham obra de arte e os que acham rabisco, nesse caso eu fiquei com a segunda.


É interessante o lance dos pigmentos primários e secundários.
 

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Bunny Kingdom - In the Sky


Expansão do divertido Bunny Kingdom de 2017, aqui os coelhinhos também vão se espalhar pelas nuvens em um território totalmente novo e com novas formas de pontuação que dão uma dinâmica diferente ao joguinho de draft que já estamos acostumados.

Relembrando, no jogo base temos um tabuleiro com um grid com coordenadas e vários espaços diferentes, usando o sistema de draft os jogadores vão passando cartas, separando duas e colocando seus coelhinhos para criarem seus feudos tentando sempre reunir recursos diferentes e separando bons pergaminhos para a pontuação final.

Novos espaços, novos coelhinhos e
a lindinha Cenourópolis.

Em In the Sky temos um novo tabuleiro menor nas nuvens com espaços que dão os mesmos recursos do jogo básico mas agora com a novidade dos espaços de recursos fantásticos que podem render uma pontuação bastante boa.

Além disso temos a Cenourópolis, uma cidade que garante força 5 ao seu feudo, ela serve para fortalecer a sua cidade caso a força delas seja abaixo de 5, mas se for superior ela fica lá só embelezando a paisagem.

Outra adição legal ao jogo são as moedas, toda vez que você cria um distrito (um feudo com 2 ou mais coelhos) você ganha uma moedinha, você também pode ganhar através de cartas, e no final do jogo você terá uma pontuação de comércio onde vai multiplicar o número de moedas pela soma de recursos nobres e recursos fantásticos sendo mais uma forma de pontuação do jogo.

Mais um monte de cartas chegando para
essa expansão que dá uma movimentada no jogo.

E como agora temos mais espaço de tabuleiro, nada mais justo do que chamar mais coelhos para participar da brincadeira, por isso In the Sky traz peças para um quinto jogador trazendo mais amigos para a mesa.

Essa expansão dá uma movimentada boa no jogo base, traz novos elementos bem interessantes e novas formas de pontuar sem perder a essência do draft original do jogo, que pra mim é um dos seus pontos fortes e faz com que o Bunny Kingdom veja mesa mais vezes.

As moedas chegam para uma nova forma
de pontuação, o comércio.
 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Little Town


Em Little Town, os jogadores são trabalhadores que estão fazendo crescer sua cidadezinha, para isso precisam de recursos para construir prédios e assim se destacarem na comunidade.

Cada jogador vai receber inicialmente um número de trabalhadores e casinhas, além de um dinheirinho inicial e cartas de objetivos secretos, depois disso no tabuleiro central distribuímos os prédios comuns de produção de trigo e outros prédios especiais no mercado e assim o setup está pronto.

A rodada funciona em uma série de turnos onde mandamos nossos trabalhadores em busca de recursos ou para o canteiro de obras para construírem prédios.


Ao colocar o trabalhador no campo, você

ativas todos os 8 espaços ao seu redor.

Ao colocar o trabalhador no campo principal, você vai ver os oito espaços ao redor dele, em cada espaço ocupado por um desenho (de rio, montanha ou árvore) ou por prédio, esse espaço é ativado dando ao jogador aquela quantidade de recursos e benefícios mostrados.

No caso dos prédios, se você ativou um prédio seu você não terá custo nenhum para utilizá-lo, mas no caso de ser um prédio de outro jogador, você precisará pagar uma moeda para ele.

Ao cumprir as cartinhas de objetivo, você
ganha pontos importantes durante a partida.

Já quando você manda o trabalhador par o canteiro de obras, você escolhe um dos prédios disponíveis no mercado, paga os recursos referentes à ele e o coloca no campo principal, ganhando assim os pontinhos e deixando o prédio ali para ser usado tanto por você, quanto pelos seus amiguinhos.

As cartinhas de objetivos dão um "boost" na sua pontuação e elas geralmente se referem tanto ao tipo de prédio e no local onde ele foi construído quanto à obtenção de recursos, então é legal você se guiar por eles para poder pontuar todos durante a partida.

A rodada acaba quando os jogadores usaram todos os seus trabalhadores, então temos uma fase de alimentação, onde pagamos peixe e trigo sob pena de perda de 3 pontos para cada trabalhador que ficar com fome.

Os prédios são importantes para pontuar e para
movimentar o tabuleiro principal.

O jogo segue assim por quatro rodadas, no final há ainda uma pontuação por dinheiro acumulado e pontinhos de final de jogo de alguns prédios e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Little Town é muito gostosinho de jogar, ele tem uma cara de jogo introdução para esse conceito de alocação de trabalhadores e jogos de fazendinha, para os jogadores mais cascudos pode até parecer simples demais, mas para quem está começando achei uma proposta bem legal para conhecer esses tipos de jogos (e depois correr atrás de um Agricola).

Os trabalhadores que vão aos canteiros de obras
para construir os prédios.
 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

King of Tokyo : Dark Edition


Lançado originalmente em 2011 e alcançando um sucesso enorme tanto de vendas quanto de crítica, o King of Tokyo é um daqueles jogos que viraram referência dentro das coleções, sendo um jogo perfeito para apresentar novas ideias de mecânicas a novos jogadores.

Em 2014 teve um spin off com o King of New York, que manteve a mesma pegada, mas adicionou mais elementos, 2015 ganhou uma segunda edição e agora em 2020 chega ao mercado brasileiro a sua Dark Edition, que é uma roupagem mais "adulta" para o jogo, mas não somente isso.

O jogo nessa nova versão está lindão.

Primeiro falando um pouco da produção, essa nova versão do King of Tokyo, traz praticamente todos os elementos das suas versões anteriores, como os monstrões, dados, os marcadores de energia, cartas de poder, enfim, está tudo aqui também, mas com arte renovada e um cuidado de elementos muito legal.

Por exemplo, agora os cubos de energia viraram pequenos raios, os dados tem uma textura diferente, a capa contém um verniz localizado em alguns elementos deixando o resto fosco, e a arte toda trabalhada em tons de cinza e cores fortes em neón deixam ele com um visual lindão.

Em matéria de mecânicas você continua com a rolagem de dados para realizar as ações que darão dano nos seus inimigos, pontos para você ou energia para compra de cartas, mas agora temos a adição da trilha de vilania.

A trilha de vilania é uma adição
interessante ao jogo.

Essa trilha serve como paralelo às cartas de power up, mas ao contrário de termos um deck para cada monstrinho, com essa trilha ao alcançar os níveis 3, 6 e 10 você ganha um poder único para ajudar na tarefa de se tornar o rei de Tóquio, e para conseguir esses avanços você vai precisar de combinações nos dados, dando mais possibilidades às rolagens.

No final o King of Tokyo : Dark Edition entra como uma versão deluxe do jogo, para quem é fanzão dele vale à pena, no caso de você ter as versões antigas, só se você quiser pelo visual, que repito é lindão, mas o jogo em si muda muito pouco para que você precise trocar.

Todos os elementos ganharam upgrades
visuais bem interessantes.
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Welcome Back to the Dungeon

 
Welcome Back to the Dungeon
segue a linha do seu antecessor (o Welcome to the Dungeon) onde os jogadores vão se desafiando rodada à rodada colocando monstros e tirando equipamentos do herói, até que um deles entre na masmorra e tente sair vivo com seus prêmios.

A mecânica principal do jogo é o "push your luck", então como setup inicial escolhemos um dos quatro heróis disponíveis, pegamos todos os seus equipamentos e deixamos tudo preparado.

O jogo funciona da seguinte forma, existe um baralho onde temos os monstros que vão povoar a masmorra, na vez do jogador ele pode pegar uma carta ou passar o turno.

Você vai adicionando monstros,
enquanto tira equipamento.

Ao escolher comprar uma carta, o jogador pode adicioná-la a masmorra ou então colocar a carta e um equipamento do herói na sua frente, e nesse caso nem o monstro nem o equipamento farão parte da aventura.

Quando todos os jogadores, menos um, passarem ou quando o baralho de monstros se exaurir, então o jogador que restou vai enfrentar a masmorra com o equipamento que sobrou e tentar sua sorte.

A fase da masmorra pode ser bem cruel, pois vamos abrindo carta por carta, se você tiver algum equipamento que consiga dar dano ao monstro, beleza, você derrotou ele e continua, caso contrário, desconta seus pontos de vida para continuar a aventura.

Os monstros vão te tirando dano, ou sucumbindo
pelos equipamentos que sobram.

Uma vez que todos os monstros são derrotados e você ainda tem algum ponto de vida, você recebe uma carta de sucesso, caso você não tenha sucesso na sua empreitada, você vira seu guia do jogador para o lado vermelho, caso já esteja no lado vermelho, você é eliminado do jogo.

Você vai fazendo essas rodadas de cartas e de entrar na dungeon até que partida de termina quando apenas um dos jogadores não é eliminado ou quando o primeiro jogador conseguir duas cartas de sucesso.

Welcome Back to the Dungeon é um jogo de farra rapidinho, com essa pegada de ir tirando os equipamentos do herói mas tomando o cuidado de não ser você a vítima, então você tem que pesar muito as decisões de se vai passar ou colocar monstro, ele acaba sendo um jogo bem divertido, e se sua mesa for fã de RPG fica melhor ainda devido ao tema.

Se você conseguir terminar a masmorra vivo,
ganha uma carta de sucesso.
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Ancient Terrible Things


Em Ancient Terrible Things, os jogadores fazem parte de uma expedição onde encontram as mais variadas formas de coisas aterrorizantes, e quanto mais você explora, mais aprende os Segredos Antigos, mas isso só vai te levar a loucura!

No jogo temos um tabuleiro central com 6 localidades onde encontraremos os rumores e lutaremos contra eles, além disso temos o espaço inicial do barco da expedição e o Posto Comercial, lugar para comprarmos cartinhas que nos ajudarão em nossa empreitada.

Basicamente vamos usar rolagem e combinação de dados para resolver as coisas em Ancient Terrible Things. Na sua vez o jogador escolhe uma das localidades, leva seu marcador até lá, ganha os tokens de bônus do segredo revelado e da localidade e então pega os cinco dados verdinhos para a sua jogada.

 As combinações servem para tentar resolver
as cartas de encontros.

A parada da rolagem de dados é muito semelhante ao esquema Yahtzee, mas aqui na hora da re-rolagem você terá que escolher entre gastar tokens de foco para separar só alguns dados, ou então rolar novamente todos os cinco.

Ao terminar a sua rolagem, verifica se atende ao que a carta pede, em caso positivo você ganha aquela carta que vai somar pontos de Segredos Antigos para você, caso contrário essa carta é descartada e você pega um dos marcadores de Coisa Terrível que vai te tirar pontos e também é um dos critérios de fim de jogo.

 Existem cartas que vão te ajudar na tarefa de
resolver os encontros.

Depois disso os dados que sobraram da sua conquista (ou da sua derrota) serão convertidos em tokens, segundo a carta de Cenário que for escolhida no início do jogo.

Além das rolagens e tokens, você tem ainda cartas de Conquista, que vão te ajudar e são descartadas assim que utilizadas e as cartas de Pilhagem, que você compra no Posto Comercial, que é para onde o seu marcador vai assim que passa a fase de rolagem você tenho ganhado ou perdido.

O jogo prossegue até que uma das condições para o término da partida seja alcançada, são elas acabarem os tokens de Coisa Terrível ou o deck das Cartas de Encontro tiver acabado.

Na sua ficha do personagem, você guarda os tokens
de ajuda, além dos marcadores de Coisa Terrível.

Os jogadores então contam seus pontos e quem tiver a maior quantidade é o vencedor, mas espere, na verdade ele é só um sobrevivente dessa insanidade toda, ganha o token do Diário da Expedição, mas será para sempre confinado num sanatório.

Ancient Terrible Things tem muitas semelhanças com o Elder Sign, mas as ilustrações ao estilo Contos da Cripta e as mecânicas mais simples e dinâmicas me fizeram gostar mais dele do que do outro jogo, então se você curte o tema e rolagem de dados, tem boas opções... Só não vá enlouquecer!!

O momento efêmero da vitória, uma vez que isso
é uma passagem sem volta para o manicômio.
 

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Revista Digital FORBIDDEN


Eu costumo falar pouco de RPG aqui no site, mas sou fã pra caramba e já joguei muito, então curto acompanhar as coisas, e uns anos atrás descobri o sistema Old Dragon da RBX (agora Buró Editora) e fiquei fã pelas similaridades com o bom e velho D&D.

Bem, a Buró em maio desse ano criou uma campanha via Catarse para uma revista digital mensal sobre RPG, a Forbidden Magazine, que agora em outubro chegou à quinta edição e eu achei que valeria à pena falar um pouco dela.

Eles foram super inteligentes em disponibilizar a edição nº 0 para todos sentirem o gostinho de como seria trabalhada a revista, e bem, me convenceram de primeira.

A edição mais recente quase 90 páginas.

O material é muito bem tratado, a diagramação é excelente e a revista é muito bem ilustrada tendo um time no quilate do Antonio Pop, Rafael Beltrame, Thiago Righetti e Dan Ramos além de muitos colaboradores que tem anos de RPG nas costas.

As matérias são muito legais, as aventuras disponibilizadas são de boa mesmo para os mais iniciantes tanto em mestrar como em jogar, e dependendo do seu nível de assinatura, o material de apoio é excelente, tanto que eu comecei na assinatura mais básica e acabei mudando para ter acesso a ele.

Vale múito à pena pegar o material de apoio.

Vale ressaltar que o PDF interativo e o de impressão para usar junto às aventuras é uma mão na roda danada para organizar seu jogo.

É notável a evolução de uma edição para outra, onde eles tem feito sempre enquetes junto aos assinantes para que a revista melhore cada vez mais.

E isso se reflete inclusive no número de páginas de material, na primeira edição a revista tinha pouco mais de 60 páginas, na edição desse mês chegamos a quase 90!

Eu adoro as charges que tem na página dos créditos.

Mesmo que o sistema Old Dragon não seja o que você utiliza regularmente, muito do material é facilmente adaptável, e a revista vale muito também pelas matérias com as de Encontros Aleatórios e os Tomos de Magia (eu sou fã dos magos).

Então fica aí a dica para quem curte jogar e ler sobre RPG, a Forbidden Magazine tem planos de assinatura que variam de R$ 7,00 até R$ 20,00 (eu assino a intermediária de R$ 12,00) e acho que é um dinheirinho bem investido.

As matérias costumam ser extensas
e com muita coisa interessante.
 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

River Dragons


Lançado em 2000 com o nome de Dragon Delta, o jogo ficou fora de catálogo por alguns anos, até que em 2012 recebeu uma repaginada e foi rebatizado como River Dragons e finalmente chega ao mercado nacional pela Buró Editora.

No jogo somos pequenos asiáticos tentando chegar ao outro lado do grande rio, antes dos nossos coleguinhas, mas existem perigos escondidos, além dos nossos próprios amigos que tentam sabotar a nossa travessia a todo instante.

Usando a mecânica básica de seleção simultânea de ações, no jogo temos que fazer com que nosso bonequinho consiga atravessar em segurança para o outro lado do rio.

 Você tem cartas que vão ser a alma do jogo,
saber a hora certa de escolher é primordial.

Para isso temo um deck de ações, pedras e as tábuas (numeradas de 1 a 6) com tamanhos diferentes para ajudar no processo.

A regra é super simples, no início da rodada selecionamos 5 cartas e coloca na ordem em que elas vão ser executadas, abrimos uma de cada vez e realizamos a ação na ordem escolhida.

O lance é que como as ações são simultâneas, pode acontecer de uma carta de outro jogador atrapalhar na hora da colocação das pedras e das tábuas, faça que alguém fique na sua frente durante a movimentação ou mesmo use deliberadamente a carta do dragão, que impede uma das suas ações daquela rodada. 

Uma vez escolhidas a ordem das 5 cartas,
abrimos e realizamos uma por uma as ações.

Caso uma ação do adversário te dê uma "rasteira" você cai na água e você tem que começar tudo de novo lá do seu ponto de partida e esse atraso pode ser crucial para as suas pretensões de ganhar a partida.

A rodada se desenvolve na resolução das cinco cartas de cada jogador, e no exato momento em que um dos jogadores consegue ser o primeiro a atravessar o rio, o jogo acaba com ele sendo o vencedor.

River Dragons é um jogo bastante divertido, com muita interação, muita observação do jogo dos outros para tentar prever a ordem das cartas dos amiguinhos e uma duração média que não chega a uma hora, deixando ele naquela categoria de bons jogos familiares, aliás sendo uma das assinaturas do autor, o grande Roberto Fraga (autor também dos divertidos Dr. Eureka, Fila Filó e Wak'a).

Vão ter momentos em que o rio vai ficar
totalmente congestionado.