sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Isle of Skye : From Chieftain to King


Esses dias finalmente tive a oportunidade de jogar o Isle of Skye, jogo que ganhou o Kennerspiel des Jahres desse ano e foi recentemente lançado pela PaperGames aqui no Brasil.

O jogo tem um tema sobre a Escócia colado, mas basicamente é um tile-placement bem similar ao Carcassonne com um sistema de mercado de compra de tiles e pontuação que varia de uma rodada para outra.

Mas pera, não tem nada de muito novo nisso aí, né? Cara, é no mercado do jogo e na pontuação alternada que está o brilhantismo dele.

O mercado de tiles do jogo : grande sacada.

No inicio do turno os jogadores compram três tiles e dispõe na frente de si. Secretamente escolhem um para ser descartado e precificam os outros dois.

Uma vez que todos revelam essas decisões. à partir do jogador inicial, você tem a opção de comprar um tile do amiguinho (pagando o preço que ele colocou previamente) ou passar.

Se você compra, paga o valor pro cara (que guarda as moedas recebidas mais as que ele tinha colocado como preço), cada um vai fazer isso uma vez, no final caso ninguém tenha comprado algum dos seus tiles, a moeda que você colocou como preço é paga ao banco e você fica com o(s) tile(s) em questão.

O board principal com as 4 pontuações e quando elas vão acontecer.

Aí entra a fase "carcassonne" do jogo, que basicamente é colocar o tile no seu território, e vamos para a segunda parada legal do jogo que é a pontuação.

No início de cada partida escolhemos 4 formas de pontuação (dentre 16 disponíveis) e as colocamos no board principal, em cada rodada pontuam coisas diferentes (no final cada umas das 4 formas é pontuada 3 vezes), então observar o mercado da vez, e a forma de colocar os tiles é de extrema importância para o momento e para a frente da partida.

O seu território onde várias coisas podem te dar ponto.

Depois de cinco ou seis rodadas (dependendo do número de jogadores) o jogo acaba e quem tem mais pontos é o grande vencedor.

Isle of Skye é daqueles jogos simples, rápidos e geniais nas pequenas coisas, tudo nele é elegante e faz você querer ao final da partida, jogar ele de novo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

RISK : Star Wars Edition


Em RISK : Star Wars, os jogadores recriam os fatos acontecidos no Episódio VI, onde temos três frentes : A luta final entre o Luke e o Vader, a Batalha de Endor para baixar o escudo defletor da Estrela da Morte e uma grande batalha espacial entre Rebeldes e as naves do Império.

Tudo gira em torno de dois objetivos primordiais : os Rebeldes ganham se conseguirem destruir a Estrela da Morte, e o Império leva a partida se conseguir destruir todas as naves Rebeldes.

O Império tentando proteger de qualquer forma a Estrela da Morte.

Ao contrário de muitos jogos da franquia RISK, todas as ações são realizadas através de cartas. No início da rodada os jogadores comprar seis cartas, escolhem três e colocam na ordem em que você deseja que elas sejam executadas.

O legal é que essa cartas, apesar de você definir a ordem, te dão a possibilidade de múltiplas ações, então você não corre o risco de perder uma ação e tem a possibilidade de repensar uma jogada dependendo da situação de jogo.

 As cartinhas com múltiplas funções são o "core" do jogo.

Outro diferencial do RISK : Star Wars em relação aos outros são os combates, que nessa edição não tem confronto entre os dados de ataque vs. defesa. Você faz uma rolagem com as unidades selecionadas e acerta com 5 ou 6 no dado, causando baixas no adversário.

Essa edição do RISK é muito divertida de jogar, funciona super bem com a mulecada (não tem leitura nenhuma de texto) e tem uma duração bastante boa (uma hora e pouco por partida no máximo).

Para quem curte a franquia Star Wars e se amarra num joguinho de porrada despretensioso, essa edição do RISK é compra obrigatória.

Meu "Rebelde" conseguiu redimir o Vader, baixar o escudo
e destruir a Estrela da Morte... O mão boa...

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Chaparral


Corrigindo uma lacuna enorme, vou começar uma série de resenhas dos jogos da MS Jogos, e o primeiro que eu vou falar é o Chaparral, oitavo jogo da série do Marcos Macri.

No jogo estamos através de influência, conseguir prosperar no Velho Oeste Americano, e para isso estamos trocando ideias com o Xerife, o Prefeito, a Dona do Saloon entre outras figuras típicas.

Chaparral é um jogo de work-placement onde temos 12 personagens que podem ser utilizados, com eles influenciamos os estabelecimentos, para posteriormente conseguirmos comprá-los, fazemos diversas ações para no final tentarmos realizar os objetivos, que são como vamos ganhar o jogo.

O tabuleiro para cada jogador, com algumas informações.

A escalada do jogo é bem progressiva, o que deixa a grana mais abundante da metade do final (onde todo mundo já influenciou tudo e já está com os bolsos cheios), o que o torna um euro bem light, bom para que quer conhecer as mecânicas que ele apresenta.

O jogo segue em seus turnos até que um dos jogadores chegue a um certo número de objetivos alcançados, ou até que as cartas de diligência cheguem ao final.

O tabuleiro central onde tudo acontece.

A produção, como é de costume na MS Jogos, está caprichada, com componentes bacanas a um preço bastante acessível.

Em 2012 eu tive a oportunidade de jogar o Gran Circo, primeiro jogo da MS Jogos, e a partir desse o Macri se firmou como um dos designers mais produtivos do cenário nacional e com o Chaparral ele chega ao oitavo jogo do seu selo se mantendo fiel ao público que curte um euro light ou está começando no hobby.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Battle Royal 2016 - Um relato do torneio


Mais uma edição do Battle Royal, e mais uma vez o amigo Marcelo Moura foi com a galera do Rio participar e a pedidos do blog fez um relato da experiência para a galera que curte o card-game.

Fala ae pessoal, beleza? Me chamo Marcelo Moura, sou jogador de Battle Scenes a algum tempo e a pedidos do velho amigo Cacá irei comentar um pouco do que pude presenciar no Royal 2016.

A galera do Rio reunida com o simpático Fabian Balbinot.

O primeiro ponto a comentar foi o acesso, realmente muito perto do Metrô, bem localizado mesmo. O Clube ficava cerca de 3 quadras da estação em um bairro legal e movimentado, creio que chegar não foi problemas para ninguém.
 

Uma bela estrutura foi montada, havia um pequeno atendimento para o check in e pessoas respondendo possíveis dúvidas.
 

O salão era enorme, haviam muitas cadeiras e mesas por todo local, muito bem refrigerado e confortável em todos os aspectos. Dessa vez resolveram o problema com tempo nas partidas, incluindo 2 cronômetros enormes e além dos 50 minutos "normais" da partida a dupla recebia mais 3 turnos para encerrar o jogo caso necessário. Ponto positivo!

A mesa com as premiações IRADAS.

Juízes? Sim haviam, e uma boa quantidade. Mas sinceramente, pelo menos a minha opinião particular é que falta conhecimento para resolver questões tolas. A todo momento era normal algum deles chamar outro para resolver e isso me deu a impressão que juiz mesmo eram só aqueles camaradas da Copag e os outros seriam meros inspetores.
 

Após cada rodada encerrada eles revelavam uma carta Ultra da edição e sorteavam 3 delas para o público, foi bem legal mas acabou aumentando o tempo de permanência no evento em pelo menos 2h.
 

Como no anterior o criador do jogo estava por lá conversando, assinando cartas e tudo mais. Fabian é realmente um cara legal de se conhecer e bater um papo.

O grande vencedor, Matheus Cavalcanti.

 Ahhh a premiação? Sem comentários, eles capricharam e MUITO! Fechando com chave de ouro, o Rio fez uma bela participação e colocou no top8 cinco jogadores. #biscoito > #bolacha!


Por fim, para deixar registrado, o grande vencedor foi o Matheus Cavalcanti com seu deck Ultron Control que você pode analisar no blog da Copag (nesse link) juntamente com o restante do TOP16 do torneio.

Essa matéria foi escrita pelo amigo Marcelo Moura.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Gnomopolis

A arte do protótipo do divertido Gnomopolis.

Você já ouviu falar de deck-building, de dice-building, mas essa semana tive a oportunidade de jogar o primeiro gnome-building de todos, o Gnomopolis, criação dos amigos Igor Knop (notório youtuber) e do Pattick Matheus (co-autor do Masmorra de Dados).

No Gnomopolis o crescimento da população humana está alterando as cidades dos gnomos, e eles agora precisam se relocar para novos espaços e nisso precisam fazer novas contruções, habilitar os pequenos gnomos para o mercado de trabalho e com isso ganhar pontos.

Uma olhadinha no "balde" para ver os gnomos disponíveis.

A rodada básica do jogo funciona da seguinte forma : temos um "balde de gnomos" onde sorteamos três para trabalharem na nossa rodada, com eles podemos fazer as construções, ou com as construções já feitas, habilitar os efeitos especiais de cada uma (inclusive a dos outros jogadores, caso você possa pagar uma moeda pelo "aluguel").

Feito isso, os gnomos utilizados (e os que ganharmos na rodada) vão para o merecido descanso e só voltam a trabalhar quando o balde estiver vazio. Simples assim.

Mas o jogo de simples não tem nada não, ele é um daqueles "queima-mufa" bem bacanas, com combinhos de cartas, estratégias pensadas rodada à rodada e muito jogo de "uso isso, pra fazer aquilo, pra me dar aquilo outro".

O Igor Knop (de marrom) ensinando o jogo pra galera.

O jogo pode terminar de algumas maneiras, quando não tiverem mais prédios a serem comprados, quando um jogador fechar 7 construções, quando acabar o dinheiro do banco e finalmente quando não houverem mais gnomos disponíveis e aí tem uma pontuação baseada nos prédios e quem tiver mais ponto ganha.

O Gnomopolis ainda é um jogo em desenvolvimento, mas pra mim o core do jogo está perfeito, o lance é balancear uma ou outra coisinha, ajustar a arte e partir para o abraço. Guardem esse nome, pois acredito que vá ser um dos grandes lançamentos de 2017.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Swords and Bagpipes


Todo mundo conhece a história imortalizada nos cinemas sobre as batalhas de Willian Wallace para libertar a Escócia da sua dependência da Coroa Britânica, e que em como muitas das vezes ele tinha que se virar sozinho pois os próprios clãs escoceses não tinham interesse nessa independência.

Pois bem, o pessoal da Mamute Jogos está com o financiamento do jogo Swords and Bagpipes, que de forma leve (mas ainda assim com todas rasteiras que o conflito envolvia) resgata um pouco desse período da história.

O jogo funciona de 2 a 6 jogadores, onde cada jogador é um dos clãs escoceses envolvidos no conflito e tem até 7 rodadas para garantir que a Escócia não seja massacrada pelos ingleses ou então sucumbe frente as investidas e no final que ajudou mais a causa (ou traiu menos seus compatriotas) ganha o jogo.

O mapa da Escócia, e a carta que indica com que força a Inglaterra irá atacar.

No início de cada rodada abrimos uma carta que nos diz a força com o qual os ingleses atacarão e alguma observação sobre mudança de regra para a rodada e a premiação dos jogadores no final, depois disso os jogadores devem começar a traçar suas estratégias.

Podemos usar cartas em determinadas situações, recrutamos gente para o nosso Castelo e depois decidimos quantos desses bravos soldados vão para o campo de batalha.

Depois de todos os jogadores terem feito sua jogada, secretamente cada clã decide se apoia os escoceses ou traiçoeiramente vai apoiar a investida inglesa.

A área de cada clã com alguns soldados no Castelo
e outros indo pro campo de batalha
.

No "campo de batalha" somamos as forças de cada lado, quem apoiou a Escócia ganha uma premiação pela participação, quando ganham é uma premiação boa, mas perdendo a batalha o prêmio é bem menor, caso você seja um dos traidores ganha um prêmio bom em grana, mas em contrapartida recebe uma cartinha de traidor.

Isso é o grande barato do jogo, mesurar quando você deve ser fiel a causa ou quando deve ser fiel a coroa, pois ajudando aos ingleses você tem ganhos maiores, ao passo que ao ajudar a Escócia você posterga o jogo e também pode ter mais chances de ganhar a partida.

Imagem promocional da campanha de FC.

O jogo pode acabar de duas formas, caso a Inglaterra ganhe o jogo, o jogador vencedor é aquele que tem o menor somatório das cartas de traição, e no caso do jogo terminar nas 7 rodadas, ganha o jogador com mais dinheiro.

O Swords and Bagpipes funciona bem como filler, mas não é um jogo bobo, com uma mesa boa dá pra ter partidas com grandes reviravoltas.