quinta-feira, 29 de maio de 2014

Resenha : Nations (no CACÁbouço)


Ontem rolou um CACÁbouço lá em casa para estrearmos o Nations do Márcio numa mesa com 3 jogadores.

Eu estava muito curioso com esse jogo pois ele estava sendo descrito como um Through the Ages mais "light", e é realmente isso.

Visão geral de como fica a mesa durante o jogo.

No jogo somos nações durante as 4 eras da humanidade colhendo recursos, melhorando nossas tecnologias e aumentando o poderio de fogo para nos proteger de futuras guerras e para conquistar novos territórios.

Assim como o Through the Ages o jogo todo gira em torno de cartas e workers fazendo essas cartas funcionarem, mas a diferença do Nations está justamente na forma mais fluida do jogo correr tornando a partida mais rápida e menos "hard-core".

Essa é a área de cada jogador para desenvolver sua civilização.

Outro ponto positivo para o Nations é que depois de finalizadas as 4 eras, a pontuação é simples, sem surpresas. Não vai aparecer nenhuma cartinha para zonear toda a sua partida.

Na mesa, éramos três jogadores com algumas partidas de Through the Ages no currículo, dois (eu e o Márcio) achamos o jogo bom, já o Léo Rossi achou ele simplificado demais.

Partidinha super boa de 7 Wonders.

Minha opinião é que o Nations serve como opção para quem quer ter o "feeling" do Through the Ages, mas não está com vontade de terminar a partida com dor de cabeça, ou tem menos de 5 horas para jogar (a nossa partida deve ter demorado 2 horas com explicação).

Depois do Nations ainda tivemos tempo para uma partidinha super equilibrada do 7 Wonders, usando as wonders novas e com o resultado final de 58 (para o Márcio) e 57 (para mim e o Léo).

Como podem ver, ainda falta MUITO para cumprir o desafio.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Resenha : Marvel Dice Masters


Eu tenho que admitir, tenho problemas sérios com "colecionáveis", principalmente quando eles englobam coisas com o qual eu sou mais viciado, no caso aqui, personagens da Marvel e jogos com dados.

O resultado dessa tripla união é o Marvel Dice Masters, novo jogo da Wizkids e que está fazendo um sucesso absurdo lá fora (tanto que a primeira tiragem já não se encontra em lugar nenhum).

Área do jogo pronta (o mat você encontra pra imprimir no BGG).

No Marvel Dice Masters, cada jogador escolhe um time, baseado em uma quantidade de dados dos personagens escolhidos (no exemplo do manual usamos 4 dados com dois personagens).

Ainda escolhemos dados para um "pool" comum com alguns poderes bacanas e cada jogador recebe seus 8 dados iniciais que serão usados para a compra dos outros dados durante o jogo.

Fera e Capitão, dois dos mais de 30 personagens disponíveis na coleção.

A mecânica segue bem o esquema "builder", você rola 4 dados uma vez, separa o que quiser e tem direito a mais uma rolagem, depois com o que está disponível você pode, comprar dados para usar depois, usar seus "side-kicks" para atacar ou ficar de espreita para defender, ou até mesmo dar uma segurada para rolar junto com os próximos 4 dados na próxima fase.

No final, ganha o jogo quem detonar a pontuação do adversário primeiro, simples assim.

Visão geral de como fica a mesa durante o jogo.

Achei o Marvel Dice Master muito bonzinho, jogo rápido, divertido, com arte super bacana e com uma PENCA de dados coloridos e customizados, eu nunca cheguei a jogar o Quarriors! (fora do iPad), mas sempre achei que faltava um "apelo", e ele agora está aí em forma de colecionável.

Se você (como eu) tem problemas e gosta de gastar os tubos até ter todos(as) cartinhas/dados em jogos do gênero, fique longe. Mas se consegue se controlar e gosta de um bom duelo com personagens da Marvel, o Dice Masters é uma excelente pedida.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Resenha : Bullfrogs


Um dos grandes sucessos de financiamento coletivo desse ano, foi o Bullfrogs, trazido pela FunBox Jogos. Eles conseguiram arrecadar quase 35 mil reais e atingiram todas as metas de bônus para quem participou do financiamento, mas o jogo vale à pena? Vale!

Tive a oportunidade de jogar uma versão que a FunBox enviou para resenha, e não se deixe enganar pelo tema dos sapinhos e vítória-régias, o Bullfrogs é um dos melhores jogos de controle de área do mercado.

Visão geral de como fica a mesa durante o jogo.

Aprender as regras é fácil até para as crianças : na sua rodada você baixa uma carta da sua mão que vai indicar quantas ações você terá naquele turno. As ações possíveis são colocar sapos (ou sapos-boi) nas cartas adjacentes, ou mover os sapos dos adversários para outras vitória-régias. Simples não é? Não!

O jogo é extremamente estratégico, uma vez que a vitória-régia está completa, ela é pontuada, o jogador com o controle da carta à leva para seu pool de pontuação e depois os sapos são realocados, começando sempre pelos adversários, os sapos que não conseguirem novos lugares, vão para água (e podem ser usados posteriormente).

No final pontua-se as cartas de cada jogador, o tronco (que é a carta do meio e que não sai durante o jogo todo) e quem tiver mais ponto ganha.

Os sapinhos finais do jogo ficarão assim (imagem renderizada).

Apesar de regras simples, o jogo de bobo não tem nada, cada movimento seu pode influenciar a próxima jogada do seu adversário, então tudo tem que ser bem pensado e executado de forma que você consiga maximizar seus pontos e a sobrevida dos seus sapinhos.

Achei genial e estou esperando ansiosamente a minha cópia final (com sapinhos e sapões em madeira), e quem não conseguiu pegar o Bullfrogs pelo financiamento, aguardem que a FunBox Jogos em breve vai abrir a venda direta dela.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Resenha : Agricola - All Creatures Big and Small



Como falei ontem, um dos jogos que eu conheci na joga 2p foi o Agricola : All Creatures Big and Small do Uwe Rosenberg.

O jogo é uma versão simplificada (mas longe de ser simples) do Agricola "grandão" e ela foi projetada para ser uma opção para 2 jogadores, mas sem ter que fazer o setup gigante do seu irmãozão.

Tabuleiro central com as ações possíveis.

Quanto as regras, o esquema é bem parecido, temos um tabuleiro central onde alocamos nossos trabalhadores (3 e sempre 3 durante todo o jogo), e de lá fazemos as ações durante as 8 rodadas do jogo.

O objetivo desse Agricola é ter muitos bichos, pois cada animal dá pelo menos um ponto, e depois de uma certa quantidade começam a dar 2 pontos, então é realmente uma corrida para ter espaço e fazer com que nenhuma fase de procriação seja desperdiçada (tem uma fase desses a cada final de turno).

Os prédios também dão pontos, mas servem mais como suporte para alocação dos animais, assim como os comedouros que dobram o espaço para guardar seus bichos.

A fazenda perto do final, com animais até na sala de estar.

Gostei bastante de como o jogo flui rápido (principalmente para quem conhece as mecânicas), tanto que em 40 minutos no máximo a partida já tinha terminado com um placar bem apertado entre os dois jogadores.

Recomendo essa versão para 2 do Agricola e se você ficou curioso e quer saber mais sobre ele, é só alugar com o pessoal da Board Game em Casa (foi o que eu fiz).

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Passando a limpo joguinhos para dois.

Ontem eu e o Fel Barros (autor do WarZoo) tiramos o final de tarde para passar à limpo alguns jogos para dois jogadores que estavam empacados para ver mesa justamente por serem somente para dois jogadores.

Abrimos os trabalhos com o Marvel Dice Masters, novidade da WizKids e que é um card/dice game colecionável com personagens da Marvel e mecânicas bem similares ao famoso Quarriors!

Marvel Dice Masters, joguinho rápido, divertido e da Marvel.

Jogamos o setup básico (dois heróis para cada lado) e o jogo se mostrou bem bacana, leve e dinâmico. A partida durou pouco mais de meia hora (com 10 pontos de vida) e deixou vontade de jogar de novo. Nessa partida ganhei eu.

Depois foi a vez do Dungeon Twister : The Card Game, que como o próprio nome já diz é a versão do Dungeon Twister para dois que usa cartas para a masmorra, heróis, itens e tudo mais utilizado no jogo.

Novamente fizemos o setup basicão para entender a mecânica e nessa versão o objetivo é simples, fugir com seus dois personagens pelo lado do seu adversário.

Dungeon Twister Card Game, setup montado para o tutorial mais simples.

Gostei bastante da dinâmica do jogo e com certeza vou testar a versão completa com direito a combate entre os jogadores e mais salas na masmorra. Dessa vez o Fel ganhou.

E para finalizar o Agricola : All Creatures Big and Small que eu peguei com a Board Game em Casa e ainda não tinha conseguido jogar.

Duas fazendinhas na corrida para ter mais bichos.

Esse é um jogo bem "light" perto do seu irmão mais velho, que consiste basicamente numa corrida para aumentar a quantidade de bichos na sua fazenda o mais rápido possível, pois o jogo passa muito rápido. Gostei muito, e com uma pontuação apertada o Fel ganhou por 48 a 42.

Durante a semana vou fazer uma resenha mais completa de cada um dos três, para explicar melhor o funcionamento deles, mas recomendo os três para quem curte joguinhos bacanas e rápidos para dois.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Resenha : Nosferatu

 

No último sábado fui ao Castelo das Peças, joguei o Nosferatu, um jogo de dedução que está no processo de financiamento pelo pessoal da Conclave Comic Shop. Importante ressaltar, eu detesto jogo de dedução.

Não gosto de Resistance, de Hanabi, Letters from Whitechapel e Werewolf está entre os 10 piores jogos da minha vida. Dito isso, eu gostei do Nosferatu, pedi "bis", jogando uma segunda vez e resolvi até escrever a respeito. Para entender mais sobre as regras, dá uma olhada na excelente review do Groo. 

O jogo rolando de forma descontraída e rapidinha.

Nosferatu é jogado em times, Vampiro + Reinfield contra os caçadores. O Reinfield é mais um moderador do que um jogador e tem um papel bem interessante de "dosar" o timing do jogo e um papel muito crítico de esconder a identidade do Vampiro. O Vampiro tem um papel muito bacana, porque ele pode ser "pego com as calças curtas" graças ao gatilho do turno (um deck separado com x cartas de noite e uma carta de dia, o turno acaba quando todos jogarem uma vez ou quando a carta de dia aparecer). E o Caçador foi uma manobra bem arriscada do pessoal do desenvolvimento: Cada vez que aparece a carta de dia, o caçador pode usar a estaca. Isso quer dizer que o jogo pode durar 5 minutos. Quando a estaca é usada, o jogo acaba imediatamente.

Um pouco da arte das cartas do Nosferatu.

Eu acho que o grande diferencial do Nosferatu é que ele coloca bastante peso na mesa para a partida ser boa. Mecanicamente é simples e engenhoso, permite algumas decisões mas não tenta fazer das decisões o aspecto mais importante do jogo e sim a farra/discussão/baixo downtime. Um bom Renfield e uma boa mesa, é garantia de diversão em 15-20 minutos e acho que nesse ponto, ele cumpre o papel melhor que o Werewolf (com eliminação de jogadores) e do que o Resistance/Avalon (que pode virar um jogo mais gamer/sério).

O Nosferatu fica ali numa zona cinza entre o filler e o party, depende dos seus amigos serem legais e se tornou um dos favoritos de dedução, logo atrás do Mr.Jack.

Resenha escrita pelo Fel Barros.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sexta e Sábado animada

O início do fim de semana foi um dos mais animados dos últimos tempo, agitando a cena nerd/gamer aqui no Rio de Janeiro.

Na sexta-feira fui conferir a inauguração da RedBox Store, e pasmem, tinha fila na porta da loja com direito a segurança de terno!!!

Nova loja para os nerds cariocas.

A loja está num "point" muito conhecido entre os fãs de RPG e Magic, mas agora a RedBox também vai investir nos jogos de tabuleiro, contando com a primeira ludolocadora carioca que já conta com um acervo diverso e de qualidade. Vida longa e próspera à RedBox, e que o nosso hobby ganhe bastante com mais essa aquisição.

Já no sábado foi dia de Castelo das Peças, com várias participações especiais e mesas quase ininterruptas de Nosferatu, que fez um sucesso danado no evento.

Ludoteca para aluguel, pela primeira vez no Rio.

Eu comecei o dia apresentando o Geikidô (aquele jogo dos dragões e dados que está em fase finais de testes) para os amigos Igor Knop (figurinha fácil dos fóruns) e para o Mike (da Tabuleiro Mix), ambos curtiram pra caramba, apesar de terem seus dragões dizimados.

Depois disso tive o prazer de estrear o Bullfrogs, que vai ser lançando no Brasil pela FunBox Jogos, e que joguinho bacana!

Castelo das Peças com casa cheia e muita mesa animada.

Eu vou falar melhor dele durante a semana, mas vale dizer que é um dos melhores jogos de controle de área que eu já joguei, e olha que essa é uma das minhas mecânicas preferidas.

Para fechar o dia, o amigo Igor Knop me apresentou o Spyrium, joguinho lançado no ano passado do mesmo autor do clássico Caylus.

O Nosferatu da Conclave, divertiu durante TODO o evento.

Esse é mais "light", mas agradou, com mecânicas interessantes de compra da cartas e visual meio "steampunk". Eu gostei (apesar de ter jogado mal pra caramba).

No mais, várias mesas rolando, o povo da Ace Studio estava lá com o WarZoo também no que deve ter sido a edição mais cheia desde a mudança para a UVA. Muito bom o fim-de-semana.