sexta-feira, 30 de março de 2018

Gaslands


Imaginem um jogo em mundo pós-apocalíptico estilo Mad Max com corridas mortais entre escuderias patrocinadas por pessoas loucas e sedentas por sangue e gasolina.

Agora imaginem que esse jogo tem mecânicas simples, super similares ao X-Wing : Miniature Game só que com a vantagem de que os veículos e upgrades e até mesmo as réguas de medição podem ser impressas na sua casa e que você só precisa de uma área de jogo e carrinhos hot wheels... bem, assim é Gaslands.

Criado por Mike Hutchinson, no jogo somos essas escuderias que disputamos corridas, lutamos até a morte contra outros carrinhos entre outras formas de jogo, mas basicamente, são times que disputam entre si quem tem a melhor equipe.

 No começo, nada de violência, mas isso não dura muito.

As regras, apesar de terem um livreto de mais de 60 páginas, são relativamente simples. Cada rodada passa por cada marcha do carro, desde a 1º até a 6º, em cada uma delas temos 3 etapas distintas para cada carrinho ativado : a fase de movimento, a fase de ataque e a fase de "wipeout".

Na fase de movimento, você ativa um dos seus carrinhos da marcha corrente, escolhe uma das réguas que funcionem para aquela marcha, decide se rola os dados de especiais do jogo, resolve o que tem que resolver na rolagem e leva o seu carrinho ao final da régua.

Os dados especiais tem 4 faces distintas, 3 que fazem com que você mude marchas ou possa retirar danos e efeitos, 1 face com o símbolo de perigo, 1 com o "cavalinho de pau" e 1 com uma escorregadinha.

 Os dados especiais você já consegue encontrar na Game Maker.

A quantidade de dados que você pode rolar, depende exclusivamente do seu carro, e você pode querer ou não fazer essa checagem, mas as vezes é a única forma de passar uma marcha ou tirar danos em excesso do seu carro.

As réguas são muito bacanas, temos linhas retas, curvas fechadas e zigue-zagues, e a velocidade com que o seu carro está é extremamente importante para saber se você vai usar a régua de uma forma que te dê vantagem ou te penalize de alguma forma.

 Aquela escorregada proposital para se posicionar melhor.

Fora que tem réguas que você só consegue usar com marchas altas ou baixas, e que se você não tiver essa sacada pode estar comprometendo a forma como seu carrinho vai entrar nos portões ou se ele vai conseguir evitar uma colisão ou não.

Passada a fase de movimento, temos os ataques, e cada carrinho tem uma quantidade de tripulantes armados e perigosos que vão fazer de tudo para detonar os adversários.

O bacana do sistema de combate do Gaslands é que ele é muito simples, você vai verificar quantos D6 precisa rolar de acordo com a sua arma, para valores 4+ você consegue um hit (6+ é um acerto crítico e tira 2 hits), o jogador se defende jogando a quantidade de D6's igual a marcha em que ele está, só que ao contrário dos acertos, as defesas só funcionam com 6+. Simples e eficiente.

Por último a fase de wipeout.

 Aprovado pelo piloto mais novo aqui de casa.

Cada carrinho aguenta até 6 marcadores de perigo, a cada vez que subimos ou descemos uma marcha, usamos uma régua no limite ou rolamos a face de perigo no dado, vamos acumulando esses marcadores, se na fase de wipeout o carrinho ativado tiver 6 ou mais marcadores ele vai fazer uma checagem de "flip", se passar, vida que segue, se falhar ele roda pela pista, o jogador adversário escolhe a orientação que ele vai ficar e volta pra 1ª marcha.

Depois dessas três fase, começamos tudo de novo com a próxima marcha e o jogo segue assim até que um dos objetivos (seja destruir amiguinhos, ganhar votos da audiência ou cruzar a linha final) seja alcançado.

Gaslands é uma daquelas ideias brilhantes, aposto que o autor tem filhos que tinham MILHÕES de carrinhos de bobeira e tirar uma sacada dessas era muito boa para fazer com que ele desse uma utilidade para eles, e ainda pusesse pra fora aquele lado "Mister Maker" para pode customizar os bichinhos para que eles ficassem iguais aos carrinhos do Mad Max.

 Poucas informações e tudo se resolve no jogo.

E a grande sacada é que pra isso ele vende o PDF do manual (atulamente só em inglês, mas já tem editora brazuca querendo trazer ele pra cá), e todo o resto fica por conta da imaginação e da mão de obra de comunidades (como a Gaslands Brasil) ou de empresas afim de trazer kits dos dados, mats e réguas (como a Game Maker) e para isso ele só pede em troca que as pessoas participem do Patreon deles, o Friend of Gaslands.

Enfim, se você curte X-Wing, Mad Max e tem um monte de carrinhos em casa (ou ainda não tem mas agora vai acabar comprando), esse jogo é para você e para toda sua família (meu filho se amarrou pra caramba e virou fã do jogo).

E que vença o melhor (nesse caso, não fui eu).

quarta-feira, 28 de março de 2018

Haru Ichiban


Em Haru Ichiban, dois jogadores são jardineiros tentando harmoniosamente colocar suas flores em um lago de vitórias régias, e para isso observação e estratégia são fundamentais para conseguir os pontos antes do seu adversário.

No jogo, do grande Bruno Cathala (de jogos como 7 Wonders Duel e Kingdomino) os jogadores tem 8 flores e precisam a cada rodada tentar forma padrões para pontuar, quem conseguir chegar aos 5 pontos primeiro é o vencedor.

No início da rodada os jogadores escolhem uma de suas flores, que são numeradas de 1 a 8, o jogador com o valor mais baixo é o jardineiro júnior e o valor mais alto o jardineiro sênior daquela rodada.

 Bonitinho e apertado o tabuleiro.

Aí que o jogo começa a ficar interessante, pois cada fase da rodada consiste em 4 etapas distintas e importante e os jogadores se revezam na realização delas.

Primeiro o jardineiro júnior coloca uma das suas flores na vitória régia de cor escura, depois o sênior coloca uma flor em qualquer outra vitória régia clara, caso haja um dos sapinhos depois ele precisa movê-lo, em seguida o júnior empurra uma vitória régia no tabuleiro e finalmente o sênior transforma uma vitória régia clara em escura.

Se em algum desses passos algum dos dois jogadores conseguir um dos padrões que dão ponto, ele anda o marcador de ponto, devolve-se as flores do tabuleiro aos jogadores e uma nova rodada se inicia até que um dos jogadores faça 5 pontos.

O rosa quase formando 4 flores em diagonal para pontuar.

Haru Ichiban é um daqueles jogos redondinhos que você não dá muita coisa e percebe que tem algo bem bacana por ali.

Mas para não dizer que ele é todo bacana, uma regra é bem boba. No caso dos dois jogadores abrirem a flor da rodada e tirarem o mesmo resultados, ambos devem colocá-las onde fica seu sapinho no tabuleiro, até aí tudo bem, MAS o jogador que vai mover ambos os sapinhos para outra vitória régia vazia é primeiro que fizer o coaxar de um sapo... Sério Cathala????

Enfim, house-rules servem pra isso e tirando esse detalhe o Haru Ichiban é um abstrato para dois muito legalzinho, apertado e que está chegando no mercado pelas mãos do pessoal da Ace Studios em parceria com a novata Multiverso Jogos.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Campanha Imperial Assault - 7ª Sessão


Nessa sessão os Rebeldes tinham que roubar informações de um computador Imperial, e ao chegar a instalação encontram um tropa aliada cercada sob fogo cerrado então tínhamos que cumprir o nosso objetivo e fugir (dentro de seis rodadas) sem que nossos soldados fossem abatidos, ou o Império sairia vitorioso.

Com o caminho até o computador totalmente congestionado de tropas imperiais, a primeira impressão foi de uma missão impossível de ser ganha pelos Rebeldes.


 Miolo do mapa super congestionado.

Logo de cara pusemos o nosso "lobo solitário" na linha de frente para causar mais estrago nas linhas inimigas e absorver o máximo que desse de danos.

Na nossa estratégia o foco era cumprir a missão, então escolhemos o Mak para ser o runner da sessão e como ele tem facilidade para interagir com os computadores, e ainda consegue ir pegando as caixas pelo caminho, o trabalho dele era esse.

Mak cercado enquanto faz o download dos dados.

Até a terceira rodada tudo ia conforme o planejado, inclusive, estávamos achando tudo mais fácil do que tínhamos imaginado, mas na virada da terceira para a quarta rodada, quando o Império foi colocar mais tropas, apareceu um AT-ST para atrapalhar (e muito) o nosso caminho.

Com o Fenn e o Mak já bastante depauperados, mas já de posse dos dados do computador e com a tropa Rebelde segura, tínhamos só que chegarmos no ponto de saída antes do final da sexta rodada, então nem pensávamos em ficar de frente com o AT-ST.

 O que tava ruim, ficou pior!

Mas nossa intenção não passou batida pelos olhos do Império que colocou sua melhor arma impedindo que os heróis conseguissem sair, e sendo assim primeiro tínhamos que nos livrar dela.

A quinta rodada foi só de ataque em cima do AT-ST que foi seriamente danificado pelo Fenn (que depois disso virou um "walking dead") e para nossa surpresa, a tropa Rebelde se fez extremamente útil.

A última rodada foi só para finalizar com o bípede mecânico do Império e fugir com as informações tiradas do computador comemorando mais um êxito Rebelde.

 Ganhamos os Rebel Troopers para os próximos cenários.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Dissecando : Covil - Mestre das Trevas


É sempre legal ver um jogo que você acompanhou o processo ficar pronto, ainda mais quando é um jogo que você ficou fã, e esse foi o caso do Covil : Mestre das Trevas do Luis Brueh e lançado pela Mandala Jogos.

Eu tive a oportunidade de jogá-lo duas vezes no TableTopia, mas ainda não tinha nenhuma partida "de verdade" dele, e assim que o amigo Fabrício (do AfterMatch) recebeu a cópia dele, fiz questão de jogar e ver como fiou a produção.

O jogo está LINDO, todas as cartinhas com um monte de referências à cultura nerd estão graficamente perfeitas e com gramatura e impressão que a gente tanto faz questão.

Player board pronto para a partida.

Os tabuleiros são pequenos, mas eles era a proposta mesmo, os player-boards estão muito bons também e as pecinhas de madeira e punchs sem nenhum erro.

Eu ainda não conhecia o que vinha de novidade na expansão Maldade Caótica, e adorei os dragões, os Rituais Sombrios são muito legais e os monstros boladões são o melhor da expansão.

Vou bater de novo na tecla de que o jogo é bacana, mas a arte do Luis é que faz com que ele chame tanto a atenção.

Muita referência à cultura nerd nas cartinhas.

As referências são ótimas, mesmo que os nomes precisem ser mudados por questões de direito de imagem e tals, todos são facilmente identificáveis (assim como no Space Cantina com a arte do Lucas Ribeiro).

Em relação a minha segunda partida no TableTopia para a versão final pouca coisa mudou, mas ele evolui bastante desde a minha resenha de 2015, o combate diferente, tivemos a adição das relíquias e a condição de fim de jogo mudou também, mas todas as alterações foram para melhor.

 Muito legal o que a expansão adiciona ao jogo.

Covil : Mestre das Trevas ainda é um jogo bastante fácil de assimilar, tranquilo de apresentar para os novatos e está com uma produção nota 10 (e um preço bacana também).

Ele é o meu jogo preferido do Brueh, e fica a dica para sua coleção de jogos estratégicos com bastante interação, rápidos e gostosos de jogar.

Mapinha pequeno mas que funciona super bem.

segunda-feira, 19 de março de 2018

TOP3 : RISK


Ame ou odeie inegável é que em algum momento da sua vida você já jogou ou vir uma mesa de WAR, mas o que pode ser que você não saiba, ele é uma versão do RISK, jogo criado em 1957 por um diretor de cinema francês chamado Albert Lamorisse e que ainda hoje é um dos jogos mais populares do mundo.

Tão popular através da história que já ganhou uma quantidade enorme de versões, umas melhores, outras piores que o jogo original, incluindo aí uma modernizada nas regras em 2008 que deixou o jogo mais dinâmico e com mais possibilidades estratégicas.

A versão de 2008 traz uma série de novidades.

Eu sempre fui fã do WAR desde muleque, e com a descoberta dos jogos importados foi que eu tive a oportunidade de jogar várias versões do RISK e se você é fã da série, senta aí que eu vou te mostrar 3 versões dele que você tem que jogar.


O RISK: Legacy foi o primeiro jogo com essa pegada de rasgar cartinha, adesivar e escrever no tabuleiro do Rob Daviau e é também um dos mais legais.

As regras são basicamente as mesmas, andar com exércitos, conquistar territórios e cumprir objetivos, mas o que deixa o RISK: Legacy mais interessante (além do fato de ser legacy) são as raças assimétricas que dão uma dinâmica totalmente diferente ao jogo.

E como você tem a curiosidade de abrir as caixinhas todas, é certo de conseguir umas partidas bem divertidas, mas depois que todas as novidades aparecem, ele perde a graça (mas precisou de 11 partidas pra isso).


Lançado em 2015, RISK: Star Wars é uma releitura simplificada de um dos Graals dos colecionadores, o Star Wars: Queen's Gambit (de 2000).

Baseado na Batalha de Endor o jogo é para 2 jogadores e funciona em três frentes : O ataque Rebelde à base em Endor para desligar os escudos, o ataque das naves à Estrela da Morte e o embate entre Luke e Vader.

O grande barato do jogo é que ele tem um lance de gerenciamento de mão muito diferente do RISK básico, com cartas de múltiplas funções e que dã uma dinâmica muito legal ao jogo.


Apesar de nunca ter feito uma resenha dele, o RISK 2210 A.D. é o que eu gosto mais dentre toda essa série de jogos.

Com um tema futurista onde temos cidades submersas e a corrida para povoar a lua, esse RISK traz uma série de novidades, como os líderes (que jogam D8 ao invés dos D6's habituais) e temos cartas de poder que dão uma diferenciada legal.

 Comandantes, cartas, rodadas fixas... o melhor RISK.

Ele também foi o primeiro a limitar o número de rodadas ao jogo (em 5) e ao final o ganhador é decidido por pontos e não por objetivos alcançados.

Esses são os meus três preferidos, mas temos outras variações com temas como Lord of the Rings e Game of Thrones e até versões "dice-game" como o RISK Express, mas o fato é que mesmo que tenhamos centenas de lançamentos todo ano, o RISK continua tendo um lugar especial nas prateleiras pelo mundo à fora.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Diversão Offline SP : Os Jogos


Para fechar a nossa cobertura do Diversão Offline de São Paulo, vamos falar deles que são o motivo de estarmos nos reunindo com amigos por horas em volta das mesas pelo país... os jogos.

Mas não vou falar de jogos dos Eric Lang's ou Kramer's da vida, vou falar dos Sandersons e Thiagos e das Samantas e Biancas, vou falar dos autores brasileiros e seus lançamentos atuais e o que vem por aí chamando atenção.

Confesso que nos dois dias do evento eu joguei muito menos do que gostaria, mas isso não quer dizer que eu não prestei atenção no que estava rolando nas editoras e nas áreas de protótipos.

 ANARQUIA - Warny / Michael

Tivemos o laçamento do Café Express pela Potato Cat, o Teseu e o Gnomópolis no estande da Conclave, Triora na Meeple BR, Labyrinx na RedBox, a Geeks'n'Orcs sempre cheia com seus joguinhos fáceis e gostosos como o Piratas! e o Melvin vs. Kronk, na Ace o Die die DIE e o Creepers sendo expostos.

No sábado tive a oportunidade de jogar o Anarquia, parceria dos grandes Michael Alves (Anime Saga) e Warny Marçano (Space Cantina) que ainda está engatinhando, mas tem uma premissa legal.

Um jogo com gerenciamento de mão, ação simultâneas e influência de área baseado em um quadrinho que será lançado pela Meeple BR mais tarde e que tem potencial.

 GNOMOPOLIS - Igor / Patrick

No domingo é que eu consegui me "esbaldar" e joguei 4 partidas durante o dia todo, dentre eles três protótipos e um jogo pronto, que foi a versão final do Crop Rotation, do Eduardo Guerra, que está saindo pela Legião Jogos e além da versão revisada do que eu já tinha jogado, agora tem uma variante cooperativa/solo que a gente precisa defender nossa plantação contra as pragas, que é difícil pra caramba, ficou show!

Dos protótipos, o primeiro foi o Mundus : Imperial, um jogo de civilização situado no período do Brasil Império onde precisamos desbravar o país extraindo recursos para expandir nossos domínios e com isso cumprir objetivos.

 MUNDUS : IMPERIAL - José Mendes

O José Mendes fez um ótimo trabalho ao apresentar uma versão reduzida do jogo, que dá todo o feeling de como ele vai funcionar e ainda deixa a gente com vontade de jogar a partida completa. Guardem o nome desse jogo, tem muito potencial.

Depois continuando no Brasil Império fui conhecer o Magnanimous, jogo que tem gerenciamento de mão, pick and delivery, worker placement, influência mas todos os elementos precisam de dinheiro para funcionar, só que o jogo te dá poucas formas de receber essa grana, então você pode já no segundo turno estar totalmente travadodo.

O Caetano Foschini, teve boas ideias, mas o jogo ainda está muito truncado e não roda fluido como poderia precisando ainda de um bom tempo de desenvolvimento para ficar redondo.

MIX TAPES - André / Mac

Por último, pra mim o grande destaque (dentre os que eu joguei), que foi o Soberano, do Lincoln e do Eduardo e que é um deck-building surpreendente.

Nele família brigam por poder influenciando as duas casas que lutam pelo poder, para isso você vai dando pernadas nas famílias adversárias trazendo para si os membros das casas envolvidas até que consiga cinco pontos de prestígio.

As premissas são familiares, a mecânica também, mas a forma como os autores conseguiram costurar tudo num card-game de pouco mais de 70 cartas é que dá o charme ao jogo.

 MAGNANIMOUS - Caetano

Esses foram os que eu consegui jogar, mas vi uns que me chamaram atenção, como o Fury Gods que visualmente foi um dos que chamou atenção, o Seven Galaxies outro visualmente lindo, ainda fechando a Área Catarse o Apex K-Truck Racer, o Primeiro Comando e o vencedor do concurso, o Meeple Up do Sanderson Virgulino, que é um colecionador de prêmios.

Nas áreas das editoras me chamaram atenção o espaço dado pela Ludens Lab para jogos como Abstratus, Pélaghos, As Torres de Arkhanos e Sir Holland, A Fuga da Torre, a galera da Game Vault também estava dando espaço para os autores, e podíamos encontrar por lá o Mix Tapes do Adré Teruya, o Arena - The Contest com suas miniaturas pintadas entre outros.

 SOBERANO - Lincoln / Eduardo

A Ludopedia até tentou dar uma ajuda disponibilizando uma lista do que a gente ia encontrar por lá, mas mesmo tendo impresso essa lista, na hora a coisa mudou de figura, era muito jogo para pouco tempo.

Mas isso não quer dizer que não vamos falar deles por aqui, muitos autores deixaram cópias com a gente, ou contato para jogarmos via Tabletopia e com certeza faremos uma força danada para durante o ano falar cada vez mais dos projetos de autores brasileiros.

E com isso encerramos a nossa cobertura desse que foi, até agora, o maior evento voltado para os jogos analógicos no Brasil, e que com certeza vai a cada edição trazer coisas novas e, como já falei, em pouco tempo será referência até lá fora.

 Sanderson Virgulino, recebendo seu prêmio
pelo MEEPLE UP na Área Catarse.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Diversão Offline SP : Editoras e Premiações


Na segunda parte das matérias sobre o Diversão Offline de São Paulo, vamos falar hoje das editoras, seus lançamentos e das duas premiações que rolaram, o Prêmio Ludopedia e o Goblin de Ouro.
Logo ao chegar no Centro de Eventos éramos recepcionados pelo tapete vermelho da Red Box, que estava com mesas de vários jogos de RPG e tabuleiro. Dentre os destaques o FrogRiders que fez a alegria da criançada e o Big Book of Madness já todo em português.

Dos mega-estandes íamos direto para o da Mandala que teve como destaque as "big" árvores do Fotossíntese que ficaram decorando todo o estande e é claro, o próprio jogo que vendeu como água, além do Covil do Luis Brueh que estava sendo entregue e estava lindão e dos futuros lançamentos com o aguardadíssimo Gaia Project (sucessor espacial do Terra Mystica) e o VAST (que já falamos aqui no blog e é excelente).

Até os estandes "menores" sempre cheios.

Para vocês terem uma ideia, as filas não paravam de aumentar, e as pessoas as vezes saíam com mais de uma cópia do jogo, que estava com um preço inacreditável.

Aliás, vale ressaltar aqui que os preços estavam fazendo diferença, praticamente todas as editoras estavam com preços especiais em seus jogos e acessórios, e o público estava comprando, não era difícil ver a galera com sacolas e mais sacolas rodando pelos corredores.

O estande dos amigos da Meeple BR pra mim foi um dos destaques, o palco para receber o pessoal dos canais para trocar ideias e fazer os anúncios foi uma sacada de mestre, com tudo sendo transmitido via streaming ao vivo.

Na Red Box, um tapete vermelho ao público.

E olha que eles tinham o que anunciar, tem muita coisa boa chegando para um catálogo que na minha opinião, é um dos melhores do país, além que pegarem para si a distribuição dos jogos da Arcano Games. Vai ter o Triora (do Michael Alves), Colt Expres, a série Tiny Epic, CO², reprint do Terraforming Mars com as expansões, enfim, os caras não estão para brincadeira esse ano.

O último "mega-stand" ficou por conta da galera da Conclave, que também não veio só fazer número, no ano em que comemoram 15 anos de atividades, os anúncios não foram poucos, vai ter Flamme Rouge e INIS, além de vermos que os caras assinaram com o Teseu, que foi destaque no último Diversão Offline aqui do Rio e o Gnomópolis dos amigos Igor Knop e Patrick Matheus.

 Sucesso garantido, o Jenga Gigante do estande da Mitra.

Pelo restante do pavilhão as nenhuma editora fez feio. O estande da Bucaneiros não parou com o seu A Tale of Pirates, a Papegames era só sucesso rodando mesas dos recém lançados Luna e Manhattan Project : Chain Reaction, na Sherlock SA eles anunciaram os jogos Mistfall e Kanban, um dos mais bem cotados do Vital Lacerda, na LudensLab o interessante Abstratus, na Geeks'n'Orcs o Melvin vs. Kronk não parou um momento. Cara, é muito coisa que com certeza eu vou esquecer de alguém.

O fato é que estava todo mundo empenhado a mostrar jogos recém lançados, o que vai chegar em breve, como a Dijon, a Legião e a Potato Cat que estavam com o Café Express e o Crop Rotation lindões e prontinhos para venda e Os Incríveis Parques de Miss Liz já com a arte finalizada deixando mais ansioso quem pegou o jogo no financiamento.

 Na Meeple BR, o espaço nota 10 para conversar
com os canais ao vivo.

Agora, quem "monopolizou" as atenções no auditório foi o pessoal da Galápagos Jogos. Toda era com a chancela deles, então além das palestras (que comentamos na primeira postagem) eles usaram o espaço para seus anúncios, e que não foram poucos.

Anunciaram todas as expansões do Eldritch Horror até 2019, o Azul, o Massive Darkness, o Dice Forge eram jogos que até de uma forma ou outra já eram esperados, mas o anúncio do Mage Knight, esse sim surpreendeu, até por ser um jogo que não tem muito o perfil da editora, mas que é um dos jogos mais bacanas do Vlaada Chvátil.

Tinha Fotossíntese saindo igual água.

No espaço da Galápagos também aconteceram os dois prêmios do evento, o Prêmio Ludopedia, voltado aos jogos de tabuleiro e o Goblin de Ouro, voltado ao pessoal de RPG.

No Ludopedia, era já a quarta edição do prêmio, mas a primeira com premiação presencial, e o que se viu foi a galera realmente emocionada por estar tendo o seu trabalho sendo reconhecido pelo público.

Os destaques ficaram para a Conclave que recebeu 3 prêmios, a Mandala, Mitra, Papergames e Histeria com 2 e a Meeple BR com 1, já nos canais, o Covil foi o grande nome da noite, levando o prêmio em audiovisual e podcast enquanto os amigos da Tábula Quadrada levou o de mídia escrita.

 Os amigos da Ludopedia capricharam na premiação.

Mais uma vez ficamos em segundo lugar na categoria, mas de forma alguma ficamos chateados, pois qualquer um dos vencedores (em todas as categorias) faz um trabalho bacana e merece destaque, e cara, pessoalmente são todos pessoas do bem, foi muito legal conhecê-los ao vivo e poder trocar ideias.

E é isso, na sexta-feira vamos fechar a série de matérias falando dos protótipos que jogamos e o feedback que recebemos dos autores que estiveram nos dois dias do Diversão Offline São Paulo.

O povo do Covil, show de simpatia e competência,
premiados em duas categorias.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Diversão Offline SP : O evento


Nesse fim de semana do dia 10 e 11 de março aconteceu a primeira edição do Diversão Offline em São Paulo, e amigos, foi um evento inesquecível e que o gabarita a definitivamente fazer parte do calendário obrigatório de eventos no Brasil.

Como MUITA coisa aconteceu de legal nesses dois dias, vou dividir em três partes o meu relato. Essa primeira publicação vai ser para falar do evento propriamente dito, na quarta vou falar das editoras e seus anúncios e destaques e fechando a semana falarei dos protótipos e jogos brazucas que estavam por lá e não fizeram feio em meio a enxurrada de jogos importados.

A aposta em levar o evento para São Paulo era arriscada, mas era um passo que precisava ser dado, e o pessoal da Geek Carioca não podia ter acertado mais no local do evento.

Já na montagem, tudo lindo. Foto AfterMatch.

O Centro de Eventos São Luis foi perfeito, o espaço é ideal para o tamanho do nosso público, e a disposição dos estandes ficou ainda melhor que nas edições cariocas, pois tínhamos mais espaço para circular e as editoras que pegaram os estandes centrais, capricharam na montagem e fizeram espaços em que dava pra jogar com conforto.

Além da área de exposição, tínhamos a Área Galápagos de Palestra, que não parou um momento, e trouxe temas como "Mercado de Arte para Games", "Representatividade LGBT nos Jogos de mesa", "Os Desafios do Game Design" além de entrevistas internacionais como as com o Eric Lang e com o Michel Fischman da editora Bureau del Juegos (Argentina).

 Com a feira rolando já, espaços disputados nas editoras.

A galera compareceu em peso, principalmente no primeiro dia e as mesas ficaram cheias o tempo todo, tanto para os jogos prontos, quanto para os playtestes de protótipos, tanto na área do Catarse, quanto nas próprias editoras que estão trabalhando com esses futuros lançamentos.

Mais de CINCO MIL PESSOAS (segundo a organização) passaram pelo evento, e foi muito legal conhecer pessoas com que você costuma trocar ideia pela internet e as vezes nunca teve a oportunidade de conhecer pessoalmente.

 E mesas cheias nos protótipos.

Aliás, foi uma ótima desculpa para tirar da toca pessoas que foram extremamente importantes lá no início do hobby e que hoje colhem os louros por não terem desistido do sonho de ver os mais importantes jogos modernos sendo comercializados no Brasil.

Para não dizer que tudo estava perfeito, a área de alimentação ainda é uma detalhe que precisa ser melhor organizado, mesmo que em São Paulo já tenhamos tido uma melhora considerável em relação as edições cariocas, ela ainda fica num espaço muito tímido, e se todo mundo resolver ir comer mais ou menos ao mesmo tempo, a coisa fica bem complicada.

 No auditório, várias palestras bacanas acontecendo.

Mas como já falei, a localização do Centro de Eventos é perfeita, estamos a poucos metros de uma padaria que é uma delícia, e pertinho de vários restaurantes, então dava para sair, comer e voltar caso desejassem.

Quanto ao evento é o que tenho à dizer, quem conhece pessoalmente a galera da Geek Carioca sabe o quanto eles puseram "sangue, suor e lágrimas" para que tudo chegasse até o público da melhor forma possível. E se ainda não está 100%, está muito perto disso e acho que à partir de agora a tendência é que o hobby aumente ainda mais.

Na quarta falaremos das editoras e seus lançamentos e do prêmio Ludopedia.

Galera do Rio em peso, cobrindo o evento!