terça-feira, 6 de outubro de 2009

Resenha : Pega o Pinguim!



Depois que você descobre o mundo dos jogos modernos, que conhece os jogos não apenas pelo o que eles são, mas pelo nome das pessoas que o fizeram, é cada vez mais bacana esperar um jogo de "fulano" ou "beltrano".

Quando isso acontece com dois autores que são uma referência para o brasileiro fã de jogos de tabuleiro, aí a coisa fica ainda mais interessante. É exatamente isso que faz com que o Pega o Pinguim! seja mais legal de analisar do que outros jogos.

Esse jogo é mais um da parceria André Zatz (já entrevistado pelo blog) e Sérgio Halaban, e foi lançado pela Toyster/Game Office.

INTRODUÇÃO : No jogo somos pesquisadores que vão ao pólo-sul para pesquisar os pinguins, mas esses são muito ariscos para serem capturados, o que faz com que os nossos aventureiros usem uma série de artimanhas para pegá-los. Não fosse isso suficiente, temos a presença do Pé-Grande que está sempre por perto para atrapalhar.



COMPONENTES : Vale destacar o trabalho realizado pela Toyster nesse quesito, o material do jogo é de excelente qualidade, em nada devendo aos padrões dos jogos importados.

A única ressalva vai para as cartinhas, que por serem muito manuseadas e embaralhadas poderiam (já que não conseguiram uma melhor qualidade) ser num tamanho padrão que desse para colocar algum plástico protetor, o que não é o caso.

MECÂNICA : A mecânica do jogo é bem simples de se explicar e utiliza ações simultâneas. A rodada é dividida em 4 fases distintas — mover os pinguins, definir a ordem e mover o pé-grande, realizar as ações e repor os pinguins.



A movimentação dos pinguins é super aleatória e caótica, existe um deck onde a cada rodada é aberta uma carta que vai definir a direção de cada bichinho pelo tabuleiro.

Feito isso os jogadores vão definir a ordem do turno através das cartas de movimentação (que tem valores impressos além da ação delas) e então o jogador que vai mover por último, escolhe onde o pé-grande vai atrapalhar os outros.

Movemos os aventureiros tentando pegar o máximo de pinguins possíveis e então repomos os pinguins no ninho, até que não hajam mais a serem repostos. Então o jogo acaba e quem tiver o maior número de pontos é o vencedor.


DIVERSÃO E REJOGABILIDADE : Uma partida dura no máximo uma hora, o que garante que o jogo fique na classe dos fillers, então o lance dele é justamente essa diversão despretenciosa. Outro ponto positivo pra ele é o fato dele ser facilmente apresentado a não gamers e a mulecada, que pelos eventos aqui onde o jogo vê mesa, tem curtido um bocado catar os pinguins.

Mais um bom lançamento da dupla Zatz/Halaban e uma iniciativa louvável da Toyster de trazer jogos de qualidade para o nosso mercado tão carente de bons lançamentos.

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