quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ninguém é perfeito

Sabe quando você curte o trabalho de alguém de forma especial (tipo uma banda, um escritor ou um autor de jogos) e todos os lançamentos dessa pessoa são cercados sempre de grande expectativa e aí, bem...

É fácil apontar quais as obras primas dos autores de jogos, mas e suas bombas? E o que é uma bomba para você, será que é uma bomba para todos? Vou dar uma geral nos autores que eu mais gosto e os piores jogos deles na minha opinião.


Candamir e sua carinha de adventure meia-boca. Foto BGG.

Começo logo pelo meu autor preferido, o Klaus Teuber. O cara tem jogos fantásticos, mas errou a mão feio no Candamir. Joguinho de aventura com visual de "computer-adventure" dos anos 80. É até agora a minha única decepção entre seus jogos. Fique longe.

Ao contrário do Klaus, que não tem uma produção tão grande de jogos, o Martin Wallace está sempre lançando coisas no mercado, e era de se esperar que algumas delas não atendessem as expectativas (como o Périkles e o Toledo, que são bons jogos, mas pecam em alguns detalhes).


"Ó não, vão roubar minhas vacas!" Foto BGG.

Mas foi com o Way Out West que ele entrou na lista de bombas. No jogo vamos investindo em prédios, gado e tentando fugir dos saqueadores inimigos. Um tema até interessante, mas o jogo é chatinho que doi, e a arte da Warfrog não colabora em nada para melhorar.

Mas até agora acho que os amigos concordam mais do que discordam, mas dois autores fantásticos tem na sua vasta coleção de jogos alguns títulos que para mim são supervalorizados.

O primeiro é o Kramer e o seu Princes of Florence. Top 20 do BoardGameGeek o jogo é arrastado e chatinho que doi. Acho que o grande problema dele é a completa falta de interação (embora seja um jogo de leilão), o que torna ele uma experiência muito caída.


O bonito, mas chato Princes. Foto BGG.

Já o meu outro exemplo vem do Knizia e chama-se Tigris & Euphrates. Esse eu tentei jogar algumas vezes (acho que cheguei a jogar umas 4 partidas), por que todos falam que quanto mais você joga mais apaixonado pelo jogo fica.

Mas é tudo tão confuso (tanto na mecânica quanto visualmente) que eu não consigo dar mais chances para ele e agora ele é fácil um dos meus Worst 10.


O Tigris que fica bonzão na sua 200ª partida. Foto BGG.

É claro que ambos tem jogos bem piores, Buy Low/Sell High do Knizia e o Australia do Kramer são bons exemplos de jogos bem fracos, mas nenhum deles tem o apelo dos citados acima.

Tudo isso também é uma questão de gosto, como bem diz o filósofo "gosto é que nem c.., cada um tem o seu" (heheheheh)

4 comentários:

Leandro Zombie disse...

Excelente post, Cacá.

Mostrou de forma direta e sem lingüiça que nossos "deuses" também possuem pés de barro.

Abrax

Fabio disse...

Ótima postagem Cacá.
Gosto é gosto.
Candamir e Autralia eu sou doido para jogar e conhecer justamente por serem desse autores. Até tenho o Australia mas ainda não foi a mesa.
Sou fanático pelo Kramer. Na verdade, se considerar quantidade e variedade de títulos é o melhor autor na minha opinião mas PoF achei bem chatinho também. Principalmente pela comunicação visual do jogo. A fonte usada é muito infeliz.
Knizia dá 10 tiros para acertar 2, sendo que 1 dos acertos é certeiro.
T&E é o melhor Tile Placement que existe. Ele não é um jogo de guerra como muita gente pensa. É um Tile Placement com muito conflito, as vezes até caótico demais. Realmente é muito abstrato. Não sei se na versão americana isso piora. Eu só gosto da versão européia. Bem mais bonita.
Abs.

Ubiratã de Oliveira disse...

PÔ Cacazito... Tigris e Princess aí nos teus piores..aposto que fez esse post depois do jogo com o Botafogo né...hehehe...
Mas agora sério...todo Knizia tem seu dia de Bira né...(tenho uns joguinhos inventados que nem minha filha curte...)
Braços ao amigo...e dá mais uma chance pro Princess pelo menos...

Unknown disse...

E pensar que por várias vezes em que estive no Camilo, o Way Out West estava sendo jogado animadamente... ô jogo chato!
Cacá, o Tigris é muito bom. Acho que o seu problema é que não passou no teste psicotécnico da montagem dos templos!