terça-feira, 20 de maio de 2014

Resenha : Nosferatu

 

No último sábado fui ao Castelo das Peças, joguei o Nosferatu, um jogo de dedução que está no processo de financiamento pelo pessoal da Conclave Comic Shop. Importante ressaltar, eu detesto jogo de dedução.

Não gosto de Resistance, de Hanabi, Letters from Whitechapel e Werewolf está entre os 10 piores jogos da minha vida. Dito isso, eu gostei do Nosferatu, pedi "bis", jogando uma segunda vez e resolvi até escrever a respeito. Para entender mais sobre as regras, dá uma olhada na excelente review do Groo. 

O jogo rolando de forma descontraída e rapidinha.

Nosferatu é jogado em times, Vampiro + Reinfield contra os caçadores. O Reinfield é mais um moderador do que um jogador e tem um papel bem interessante de "dosar" o timing do jogo e um papel muito crítico de esconder a identidade do Vampiro. O Vampiro tem um papel muito bacana, porque ele pode ser "pego com as calças curtas" graças ao gatilho do turno (um deck separado com x cartas de noite e uma carta de dia, o turno acaba quando todos jogarem uma vez ou quando a carta de dia aparecer). E o Caçador foi uma manobra bem arriscada do pessoal do desenvolvimento: Cada vez que aparece a carta de dia, o caçador pode usar a estaca. Isso quer dizer que o jogo pode durar 5 minutos. Quando a estaca é usada, o jogo acaba imediatamente.

Um pouco da arte das cartas do Nosferatu.

Eu acho que o grande diferencial do Nosferatu é que ele coloca bastante peso na mesa para a partida ser boa. Mecanicamente é simples e engenhoso, permite algumas decisões mas não tenta fazer das decisões o aspecto mais importante do jogo e sim a farra/discussão/baixo downtime. Um bom Renfield e uma boa mesa, é garantia de diversão em 15-20 minutos e acho que nesse ponto, ele cumpre o papel melhor que o Werewolf (com eliminação de jogadores) e do que o Resistance/Avalon (que pode virar um jogo mais gamer/sério).

O Nosferatu fica ali numa zona cinza entre o filler e o party, depende dos seus amigos serem legais e se tornou um dos favoritos de dedução, logo atrás do Mr.Jack.

Resenha escrita pelo Fel Barros.

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