quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Azul : Stained Glass of Sintra


Na sequência do seu maior sucesso, o grande Michael Kiesling lançou recentemente o seu Azul : Stained Glass of Sintra, que traz similaridades com seu antecessor, mas ainda assim consegue ser um jogo bem diferente.

Logo de cara, o "tabuleiro" de cada jogador é formado por oito colunas que são colocadas de forma aleatória formando os padrões do vitral que você precisará preencher durante o jogo.

Em um tabuleiro central, sorteamos um tile de cada uma das cinco cores de vidro a serem sorteadas durante as rodadas, esses tiles vão dizer em que momento qual cor dará pontuação bônus.

 O mercado com as fábricas continua igual,
mas esses novos tiles dão vontade de comer.

Completando o setup, temos as fábricas, que são os espaços onde ficam os tiles coloridos, igual ao do jogo anterior, definidos pela quantidade de jogadores e tendo em cada um dos seus círculos quatro tiles coloridos que serão comprados durante as rodadas.

A ação de compra funciona exatamente igual ao Azul de azulejos, você escolhe um espaço, pega a cor que você quer, coloca as demais no centro da mesa, e precisa colocar as cores escolhidas no seu tabuleiro, e é aqui que o jogo muda totalmente em relação ao seu antecessor.

Os jogadores começam com um meeple na primeira coluna do seu tabuleiro, ao pegar os tiles você deve colocá-los na coluna logo abaixo desse meeple, ou em qualquer coluna posterior a ele.

 Você vai sempre colocar peças sob o meeple ou à direita dele,
para voltar ao começo do tabuleiro, perde uma rodada.

Se você colocar na coluna do meeple, o jogo segue sem maiores complicações momentâneas, mas no caso de você escolher colunas à frente dele, você deve mové-lo até ela, deixando colunas para trás desse meeple.

Isso faz com que em rodadas posteriores você fique mais travado na hora da colocação, ou aconteça um novo tipo de ação, que é não comprar nada no seu turno e mover seu meeple de volta para a primeira coluna do tabuleiro.

A pontuação também mudou em relação ao outro jogo, ao completar uma das colunas você ganha a pontuação marcada logo abaixo dela, coloca um dos tiles coloridos em um dos dois espaços da base dessa colula, e vira ela para a face inversa, podendo pontuá-la novamente.

 Ao completar a coluna pela segunda vez,
ela sai do jogo criando um espaço vazio.

Caso você pontue aquela coluna pela segunda vez, ela é eliminada do seu tabuleiro, a vantagem é que você ao ir pontuando as colunas e juntando os tiles na base, como disse anteriormente, dispara uns pontos no final do jogo muito bons.

Outra coisa que o jogador precisa ficar ligado, é qual cor está dando pontos bonificados na rodada, pois ao fechar uma coluna com aquela cor específica, você ganha pontos extras por cada tile daquela cor.

Outra coisa que mudou um pouco foram as penalidades, no Azul de Sintra, você vai sendo penalizado pelos tiles que pega e não tem onde colocar, mas são penalidades acumulativas, você não vai recebendo elas o tempo todo (apenas com o marcador de primeiro jogador), mas quando ela vem, geralmente é uma senhora porrada.

 Conforme as peças vão saindo, você as coloca na torre
(muito mais prático) e o tabuleiro de bônus e penalidades.

O jogo vai se desenvolvendo da mesma forma até o final da sexta rodada, aí os jogadores somam os pontos bônus da base dos seus tabuleiros, mais um pontinho para cada três tiles ainda no seu tabuleiro e descontam a posição na trilha de penalidades e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Azul : Stained Glass of Sintra é mais cabeçudo que o Azul, você precisa pensar mais na forma de colocar as peças, como pontuar, a melhor hora de mexer com o seu meeple pra não pegar a "xepa" dos tiles, e nisso ele acaba sendo um jogo mais pesado.

Confesso que ainda não sei qual eu gosto mais, ambos são brilhantes, e dá pra ter tranquilamente os dois na coleção, então se você jogou e curtiu o Azul, com certeza vai gostar desse, se achou o anterior simples, pode ser que goste mais do Azul de Sintra, é meio isso.

Michael Kiesling acertou de novo!

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