quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Blackout : Hong Kong


Hong Kong, uma noite de outono em 2020, as luzes da cidade se apagam, ninguém além dos operadores das usinas de força dão importância ao fato, até que as luzes não voltam no dia seguinte e caos se instaura.

Essa é a premissa de Blackout : Hong Kong, que apesar de bizarra para os brasileiros (que atire a primeira pedra que não passou aperto por apagões), serve como gancho aqui para o jogo onde somos grupos tentando remediar a situação.

No tabuleiro central temos a região de Hong Kong com os pontos críticos e que circundam os distritos da cidade, além disso, temos o rondel de ações que regem a rodada.

 O rondel de recursos, dá uma dinâmica
muito interessante às rodadas.

Cada jogador recebe um baralho inicialmente com 12 cartas, onde 4 já são previamente colocadas no tabuleiro individual como se já tivessem sido usadas e outras duas começam no hospital de cada jogador, além disso recebemos transportes e dinheiro para o início da partida que funciona numa sequência de rodadas formadas por oito fases distintas.

Na primeira fase três dados são rolados para dizer quais áreas do rondel estarão ativas naquela rodada, além disso os jogadores escolhem das cartas disponíveis na sua mão, uma para cada um dos três espaços de ações disponíveis no tabuleiro individual.

Na segunda fase você usa as cartas preparadas, que são os especialistas e os voluntários tentando resolver a crise, e basicamente são cartas que vão te dar recursos baseados na cor do voluntário e no dado rolado ou dão ações bombadas pelos especialistas.

 No tabuleiro individual, você prepara as ações que
serão realizadas por você durante a rodada.

A sacada em Blackout é essa equação entre os dados, o rondel e as cartas, tipo, se você coloca um voluntário vermelho no quadro de ações, ele vai produzir o recurso vermelho que saiu no dado do rondel, mas o jogo não é travado, você pode usar os transportes para conseguir produzir recursos diferentes dos que saíram nos dados, mas nesse caso eles acabam ficando mais caros.

A próxima fase é para cumprir objetivos. Os jogadores começam com um no seu tabuleiro, mas você pode ir comprando outros durante as rodadas, alguns te darão pontos ou benefícios, outros são cartas de voluntários e especialistas que vão para sua mão aumentando as suas opções durante o restante do jogo.

Na fase seguinte você pode pesquisar os distritos da cidade, para isso você usa voluntários. Nos distritos os tokens vão te pedir um número mínimo de pesquisadores que foram atrás de pontos e recursos, mas como a cidade está um caos, sempre que você vai fazer essa busca, alguma das suas cartas vai para o hospital.

 Os objetivos são o relógio do jogo e ajudam
a aumentar suas opções de jogada além de darem pontos.

A fase de comprar objetivos é que faz o jogo andar, pois o que determina o final da partida é justamente o final do baralho de objetivos, então você pode meio que controlar o andamento da partida comprando mais ou menos cartas durante essa fase e as cartas que forem compradas vão para o seu tabuleiro individual na área dos objetivos.

As duas últimas fases são bacanas, em alguns objetivos você pode colocar cubos da sua cor em áreas de risco no tabuleiro, uma vez que você consiga cercar uma determinada região, você coloca um posto seu e à partir desse momento aquela região é considerada segura e vai te dar pontos a cada rodada, além de ativar uns bônus.

 Na cidade de Hong Kong, os pontos críticos que precisam
ser protegidos para acalmar os cidadãos.

A última fase é a de repor a mão, você não é obrigado a fazê-la, mas ao realizar essa ação, você verifica nas suas áreas de ações a que tem a maior quantidade de cartas já utilizadas, e dali você pega todas as cartas e devolve para sua mão, essa ação tem um feeling parecido com o do Mombasa, mas é mais tranquila de se programar.

Quando o baralho de objetivos exaure, temos mais uma rodada completa e o jogo acaba, computando mais uns pontinhos aqui e ali, quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

Blackout : Hong Kong é o terceiro jogo mais pesado do Alexander Pfister, e seria excelente não fosse o fato de ser muito demorado. Por ser um jogo cheio de decisões, ele acaba se tornando infinito depois de muitas rodadas, perdendo a graça conforme ele se desenvolve, se ele tivesse outras condições de final de jogo que o fizessem reduzir um pouco mais a duração, acho que ele estaria brigando de igual para igual com o Mombasa ou com o Great Western Trail.

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