O Castelo das Peças comemorou o seu primeiro ano de existência e como eu só perdi o 1º e dois da minha viagem, não pude deixar de ir. Eu tenho algumas políticas em relação ao Castelo e a primeira delas é chegar cedo. Como bom gamer, maximizar os ganhos é sempre importante.
Mesa dos jogos no primeiro dia.
Outra característica importante do Castelo é que você tem a oportunidade de jogar algumas raridades, principalmente os jogos do Rogério (que só aparece no Calabouço de vez em nunca). E finalmente, nada muito demorado. Eu, inclusive, cometi a heresia de recusar uma partida de Agrícola com o Kiko!
O mais importante, no entanto, é explicar e incentivar novas pessoas a entrar no hobby. Quando eu cheguei lá, o Wykthor estava terminando sua detalhada e complexa explicação de 1h30 minutos sobre o Louis XIV, não só contando a biografia completa do mesmo (com as amantes que estão no jogo), como detalhando os mais de mil cômodos do Palácio de Versalhes (usado para marcar o starting player) mas também as mil e uma sutilezas e estratégias possíveis para o jogo.
Rogério explicando o Louis XIV.
O mais surpreendente, no entanto, foi o backfire da Rogério Edition já que o mesmo CORRIGIU uma regra ensinada pelo Wykthor! O Louis XIV, para quem não conhece, é um jogo da medium box series da Alea. Um controle de área com uma arte incrível e uma mecânica bem similar aos outros jogos do mesmo gênero.
Você tem um pool de marcadores de influência e um general supply que precisa ser abastecido para que você possa colocar mais pessoas no tabuleiro. As viradas do jogo ficam por conta da “pessoa que ganhou em determinada região” perder os cubos para o general supply, as quests que precisam ser completadas ao final de cada rodada e que não só são a principal fonte de pontos de vitória no final do jogo como também te dão benefícios imediatos e os brasões que te dão um ponto no final do jogo por cada um e mais um ponto por cada maioria que você tiver.
O jogo também é bem rápido, não dura mais que 1h se as pessoas não ficarem no Heavy AP. Como o Wykthor já era íntimo do Louis XIV em vidas passadas, jogou rápido também e a partida durou em torno de uma hora mesmo. No final, emocionante, o Rogério que tinha feito uma estratégia bem diferente, focando em brasões ao invés de quests, ficou um ponto na minha frente. Eu cometi erros grosseiros mas foi uma excelente vitória já que o Rogério não seguiu o livro de Wykthor Zavandor “Como vencer sempre no Louis XIV sem muito esforço”.
Galera concentrada contra os zumbis no Last Night.
Depois do Louis XIV, ensinei o Notre Dame para dois irmãos. O Warny e o Rodrigo estavam entretidos numa partida de Last Night on Earth que estava acabando e iam completar a mesa. O Warny, por sinal, adorou o jogo, basicamente por ter jogado com o Bobby (ou Johnny) um jogador de futebol americano que, segundo ele, “era muito gato e eu adoraria pegar no taco de baseball dele”. Como eu não tenho discriminação de cunho sexual, respeitei a decisão do rapaz.
A partida do Notre Dame, como era de se esperar, foi muito boa. Em termos competitivos, no entanto, o vencedor já era certo desde sempre, Rodrigo, a Lenda maior do jogo. 67 a 64 para ele e um Warny revoltado com as cartas ruins passadas pela lenda para ele acabou amargando o 3º lugar.
Depois do Notre Dame, fui aprender o Domaine que o Rogério trouxe para preencher minha cota de “jogos novos no Castelo”. Acabei interrompendo o finalzinho da explicação para ensinar mal e porcamente o Bohnanza para outra galerinha.
Zoom no tabuleiro do Domaine. Foto BGG.
A primeira coisa que se percebe no Domaine é a beleza dos componentes. Os castelos de plástico, 3D e os cavaleiros com um nível de detalhamento incrível. Fora o tabuleiro, sempre muito bonito. Ele segue um pouco o esquema do controle de área dos outros jogos. Cartas representam suas ações, você tem territórios a serem dominados e os Knights representam sua influência e poder de expansão.
Os dois irmãos da mesa do Notre Dame jogaram conosco e foi uma partida bem legal. O Rogério, conhecido por seu fair play lúdico, dava umas dicas boas e o jogo rolou em clima de amistoso. No final das contas, uma situação absurdamente atípica. O que cada jogador fizesse, poderia dar a vitória para outra pessoa. Acabou que o Paulo, um dos irmãos, acabou fechando o jogo com méritos, observando uma jogada que ninguém mais viu.
Zoom na muralha do Chang Cheng. Foto BGG.
Com o Castelo perto do final, decidimos por um jogo rápido que eu também não conhecia, também do Rogério e com o mesmo grupo de jogadores, o Chang Cheng. O Cadu já tinha me falado bem do jogo e como eu adoro controle de área (só deu controle de área no Day 1) topei imediatamente. O jogo é super simples. Devemos construir a muralha da China e proteger a mesma da invasão Mongol. Temos uma torre, um muro duplo e muros simples para o mesmo. Controle de área tem aquele problema da marcação.
Eu e Rogério ficamos disputando territórios e o Pedro acabou entrando em umas disputas com a gente. O Paulo, que não é bobo nem nada, fugiu das brigas e procurou sempre ganhar onde não tinha muita competição. Acabou se dando muito bem, usou bem as cartas e deu uma surra na gente. Eu e Rogério acabamos virtualmente empatados e o Pedro ficou um pouco atrás.
Casa cheia no sábado, quase 50 pessoas.
No final das contas, mesmo não tendo ganho uma partidinha sequer, foi muito bom. Não só por poder jogar com pessoas diferentes, mas pelo propósito maior de agregar mais gente ao hobby.
3 comentários:
O espírito é esse... Otimizar o tempo.. Infelizmente fica ruim jogar jogos mais demorados... Eu quando vou à Jogasampa levo um lanche na mochila para não precisar sair para comer :))))
Fala Fel,
Sou um dos irmãos que jogou com vocês. Valeu pelas explicações e pelas boas partidas. Próximo evento, estaremos lá.
Um abraço,
Fabio
Fábio,
não sei se você vai ver essa mensagem mas eu perdi o e-mail de vocês :/
manda um email pra mim:
lefelbarros@gmail.com
e entra no calaboucodaspecas.blogspot.com , o blog q eu escrevo ;)
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