Esse ano não pude comparecer à ABRIN que acontece todos os anos em São Paulo e é maior feira de brinquedos da América Latina, mas aproveitando que o amigo Warny Marçano ia passar por lá pedi para ele fazer uma matéria dando as impressões dele sobre o evento, então umas palavrinhas do amigo sobre a ABRIN 2017.
Cheguei na ABRIN por volta de 10h da manhã e ao me cadastrar
e entrar pela primeira vez no espaço destinado aos estandes, me senti como se
estivesse numa mini Bienal do Livro, em relação à organização. Porém, com um
espaço e público bem menor. É importante ressaltar que como o evento é voltado
para fechamento de negócios, acaba ficando mais vazio do que merecia ficar.
Apesar dos 80 anos, sem muitas novidades significativas.
Logo nos primeiros momentos, me deparei com o estande da
Estrela. A empresa comemora 80 anos e preparou para o evento uma exposição de
seus jogos e brinquedos clássicos. O estande era um dos maiores da feira e a
exposição ainda ocupava uma parte externa. Um Pega Varetas de 1959 e o clássico
Batata Quente são exemplos do que estava exposto. Dos lançamentos, destaque
para o Masterchef Brasil, jogo licenciado do programa homônimo da Bandeirantes,
e o Escape Room : The Game, uma interessante adaptação das salas de enigma que
viraram febre nos Estados Unidos e que começaram a fazer sucesso também aqui no
Brasil.
O princípio é o mesmo: os jogadores precisam abrir um dispositivo através
de senhas que ele precisa decifrar ao longo de um determinado tempo. Cada
partida terá um cenário diferente e segundo o representante da Estrela, caso o
jogo faça sucesso, eles já têm um projeto para trazer mais cenários.
Escape Room - The Game : Será uma boa aposta?
Chegando no estande da GROW, nota-se claramente como eles se
distanciam da Estrela no público alvo, apostando em jogos mais infanto-juvenis
e adultos. Para variar, vem por aí uma nova versão do clássico WAR, agora com a temática sobre Vikings. Com a nova
temática, vem novas regras, mais estratégicas e com duração mais enxuta, para 2
a 4 jogadores. Parece promissor.
No setor de jogos de tabuleiro modernos, além
dos já lançados Catan - O Jogo, Ave Ceasar, Puerto Rico e Istanbul, o
representante da GROW e da Ludus também apresentava as novidades: Broom
Service, do novo queridinho da galera Alexandre Pfister, que é uma espécie de
edição revisada e expandida do Witch’s Brew; The Castles of Burgundy, do
grande Stefan Feld e um dos jogos mais bem posicionados no BGG e San Juan,
versão de cartas do clássico Puerto Rico, que inspirou mecânicas para jogos
como Race For the Galaxy.
Broom Service e San Juan vem aí pela GROW.
Parece que a GROW não está nesse nicho para perder,
pegando sempre os jogos mais bem premiados e vendidos do mundo.
O estande que mais me surpreendeu pela grandiosidade foi a
da Hasbro. A empresa investiu muito e recebia os clientes com telões de Led
mostrando imagens do novo filme dos Transformers e até números de dança! No
quesito jogos, nenhuma novidade. Apenas os jogos de sempre, como Monopoly, Game of Life e RISK.
WAR Vikings : Mais um para a franquia.
Copag e Toyster também marcaram presença no evento, porém
com estandes muito voltados para fechar negócios. Na COPAG, o que dominavam
eras as mesas com seus representantes de venda e não exposições de jogos nas
vitrines. A popular Pais e Filhos também estava com estande no local,
apostando em seus jogos qualidade discutível de componentes, porém com preços
de produção bastante acessíveis.
O último estande visitado foi a da Galápagos. A empresa,
única no evento totalmente especializada em jogos de tabuleiro modernos,
destoava bastante das demais, mas o importante é que se fez presente com um
imponente estande. Nas vitrines, jogos famosos do catálogo da editora, como Game of Thrones e Krosmaster Arena, numa clara tentativa de chamar a atenção
de possíveis parceiros pela beleza dos componentes de seus jogos. Lá pude
encontrar os amigos da Lends Club, lá do Sul, e o amigo Luiz Cláudio, da Orgutal lá
de Brasília.
Galápagos Jogos marcando presença na ABRIN com um estande bacana.
No final, o saldo foi extremamente positivo e a impressão
que fica era que poderíamos ter uma ABRIN maior ainda do que ela é hoje, com
empresas de todos os nichos de jogos participando e voltada também para o
público em geral, permanecendo obviamente com seu potencial de fechamento de
negócios, que é o ponto focal atual do evento.
Essa matéria foi escrita pelo amigo Warny Marçano.
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