Teseu : Um dos destaques de 2017
Último mês do ano e minha intenção em dezembro é tentar apenas jogar novamente alguns jogos (nada de novidades), então baseado nesse objetivo, já vou tentar fazer uma retrospectiva dos grandes jogos desse ano, os que não convenceram (ainda) e algumas decepções.
2017 foi um ano super produtivo, foram mais de 130 postagens no blog, quase 300 partidas registradas e conheci mais de 100 novos jogos. Foi um ano em que Essen trouxe um monte de grandes jogos, que os designers brasileiros apareceram com uma safra bem interessante e que o mercado trouxe para o Brasil lançamentos excelentes.
Mas como nem tudo são flores, vamos começar por algumas decepções e om eu TOP3 de decepções em 2017 são o Mysterium, o Imperial Settlers e o Imhotep.
Imperial Settlers : Esperava mais, ainda assim é legal.
Imhotep e Imperial Settlers foram dois jogos que eu fui com a expectativa alta, um por ter uma ideia interessante de utilização dos cubos e do transporte, mas que no final mostrou ser um jogo com pouco controle e frustrante, já o outro é um card-game gostoso, mas que parecia ser mais pesado do que realmente é, não que eu não tenha gostado dele, só ficou abaixo do que eu esperava.
Já o Mysterium tinha uma premissa interessante, um jogo de dedução usando cartas tipo Dixit, mas no final acaba sendo um jogo arrastado em que você passa mais tempo querendo que ele acabe do que se divertindo, decepção total com ele.
Já o Mysterium, esse decepcionou totalmente.
Já os designers brasileiros tem aparecido com ideias muito boas e esse ano joguei muita coisa de qualidade feita por essa galera e destaco aqui meu TOP3 de autores nacionais em 2017.
Na minha opinião os dois maiores destaques foram Os Incríveis Parques de Miss Liz e o Teseu.
Miss Liz tem mecânicas sólidas em um jogo fluido, bonito, com uma temática legal e foi um sucesso instantâneo no financiamento coletivo (que ainda está rolando), tendo alcançado sua meta em menos de 24h.
Incríveis Parques de Miss Liz : pra mim,
o melhor entre os designers nacionais.
o melhor entre os designers nacionais.
Já o Teseu foi uma surpresa que apareceu no Diversão Offline, um jogo todo artesanal, bacana, inteligente e que ainda hoje tá causando um barulho legal por onde passa (e merece ter uma produção grande).
Agora, pra completar o terceiro lugar foi complicado, pra não ficar injusto, vou fechar um "empate técnico" com Maracanã, Vinyl, Labyrinx e Cangaço, todos jogos prontos, ideias ótimas e os que ainda não tem nenhuma editora por trás, fica a dica, corram atrás deles (e fiquem de olho nos designers envolvidos).
Maracanã : Doido pra ver ele nas lojas.
Nos lançamentos das editoras, a coisa pegou fogo, se foi difícil um TOP3 de autores nacionais, um TOP3 de lançamentos no Brasil fica ainda mais difícil, então vou tentar por relevância e não por achar melhor ou pior.
Terraforming Mars, Clans of Caledonia e Great Western Trail foram jogos super "hypados" e trouxeram um pouco desse hype fresquinho lá de fora, quase que simultaneamente para o Brasil, no caso mais recente do Caledonia então, o jogo foi praticamente entregue ao mesmo tempo aqui no Brasil e para os compradores dele (via KS) lá fora.
Mas como eu falei, esses três foram só uma amostrinha em um ano de tantos lançamentos relevantes, tivemos Kingdomino (Spiel des Jahers desse ano), San Juan, Saboteur e Bohnanza (três card-games essenciais que demoraram a dar as caras por aqui), Mansions of Madness com seu app totalmente em português, entre outros.
Mansions of Madness : Produção caprichada para o
mercado nacional com o app todo traduzido.
mercado nacional com o app todo traduzido.
E para finalizar esse papo (eu ouvi um "aaaaahhhh"??) meu TOP3 agora sim com os que eu achei os melhores jogos desse ano.
Não vou me estender muito, mas Mombasa, A Feast of Odin (que ficou no TOP3 desde janeiro) e Twilight Imperium 4th Ed. foram jogos que fizeram minha cabeça explodir.
Mombasa tem duas mecânicas que eu amo, usadas de formas um pouco diferentes, que são deck-building e controle de área, que nele tem aplicações bem interessantes que fogem do padrão.
Mombasa : Bom demais!
A Feast of Odin é um euro daqueles de te deixar grudado na mesa pensando em tudo que pode ser feito e em como você não vai conseguir fazer tudo que quer, ainda é o jogo do Uwe com a melhor aplicação das pecinhas "tipo Tetris" que ele está com mania de usar de uns tempos pra cá.
E o Twilight Imperium 4th Ed. conseguiu pegar uma obra-prima (que é o 3th Ed.) e retirar umas arestas, dar uma embelezada nas pecinhas (que já eram lindas), e transformar essa experiência em um jogo mais enxuto, com um manual mais palatável (lembro de como me assustou o manual do 3th Ed.) sem perder a alma e os contornos de saga que o jogo tinha.
Basicamente é isso, 2018 promete ser um ano bem interessante com eventos de nível nacional, jogos importantes sendo anunciados, designers cada vez mais produtivos, então é separar aquele tempinho precioso para jogar e vamos que vamos que esse hobby ainda tem muito que crescer!
Twilight Imperium 4th Ed.: "O" jogo de 2017!
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