sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Abrindo a caixa do The Convicted

Todos os componentes da caixa.

Ontem finalmente tive tempo de abrir com calma a caixa do The Convicted, jogo que eu peguei pelo KickStarter e que chegou essa segunda-feira pra mim.

The Convicted é um jogo de cerco, que pode ser jogado por até 4 jogadores (com direito a versão solo), onde os jogadores são ex-condenados que recebem uma segunda chance para se redimirem colonizando novas cidades, fazendo-as prosperar e lutando contra os constantes ataques.

Os seus personagens, ex-condenados tentando se redimir.

Ele tem a proposta de funcionar como uma campanha de 10 partidas ou em cenários pré-definidos (no manual vem o primeiro e um link onde devem ser disponibilizados outros).

A caixa deve pesar dois quilos ou mais e os componentes são lindos a começar pelo enorme tabuleiro representando a cidade.

Os avanços da cidade...

Depois temos centenas de peças de cartolina com um acabamento brilhoso e de ótima qualidade, que representam as evoluções que vão acontecendo na cidade.

Novas fortificações, novos prédios, poços e muros são todos colocados no tabuleiro como quebra-cabeças e dão uma cara quase de video-game conforme a cidade vai se "modernizando".

 ...e como eles ficam dispostos no tabuleiro.

Além disso temos os para as forças aliadas e inimigas cada qual representando um tipo de unidade.

O manual de regras é um pouco confuso (e enorme), já li mas ainda não consegui fazer uma partida solo de aprendizado, mas estou bem ansioso em fazer logo, pois The Convicted jogo parece muito, mas muito bacana mesmo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Resenha : Snake Pit


Lançado em 2002 com print and play, o Snake Pit deve ter sido um dos primeiros jogos que eu fiz home-made e joguei MUITO com minha patroa por algum tempo.

Depois com a coleção crescendo ele foi sendo empurrado para trás das prateleiras e nunca mais viu mesa... Até que meu muleque começou a se interessar por jogos que ele podia jogar e ainda não conhecia.

Pequeno concentrado na próxima jogada.

Com isso já foram algumas partidas bem divertidas desse tile placement leve e bacana onde seu objetivo é completar as cobras que estão na mesa, se possível com a maior quantidade de segmentos para pontuar mais.

O Snake Pit tem regras simples, produção molezinha e até hoje figura na lista Print n Play Games That People Actually Play. Então fica aí a dica de joguinho legal, barato e que você pode jogar com a família toda.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Primeira Rodada : Die die, DIE!


Estou desenvolvendo um jogo junto com o amigo Romulo Marques e ontem pela primeira vez o levamos para o público começar a jogar e dar as suas opiniões.

No Die die, DIE! os jogadores tem um "exército" com 5 dados cada e o objetivo de conquistar mais territórios que os seus adversários.

Primeiro protótipo, para testes.

A forma como o jogo funciona é que é o seu charme, na sua vez o jogador escolhe uma das plataformas do tabuleiro e peteleca seu dado para dentro das áreas.

Você tem a opção também de queimar um lançamento, rolar o dado e distribuir o valor mostrado entre suas unidades que já estão nas áreas do tabuleiro.

Depois de uma arrumada, é hora de visitar os eventos.

Após todos os jogadores já terem dado seus petelecos há uma redistribuição das unidades que estejam nas fronteiras e após isso um somatório das faces para definir o vencedor de cada área.

O jogo segue por quatro turnos e no final quem tiver mais pontos é o grande vencedor. Simples assim.

Já no Boards & Burgers, primeiro evento oficial a ser mostrado.

O bacana do Die die, DIE! é que ele é um filler, mas tem algumas decisões a serem tomadas, e visualmente ele está bastante bacana, o que posteriormente pode ser um desafio grande para a produção.

O objetivo agora é começar a rodar os eventos, deixar a regra afiada, para em 2015 lançar o projeto. Então fiquem ligados pois ainda vão ouvir falar bastante do Die die, DIE!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Boards & Burgers de nova casa e Top Mage

Ontem fui dar uma olhada na nova casa do Boards & Burgers, que agora saiu do Burger King e foi para o Bob's (em frente a Livraria Cultura do Cine Vitória).

O novo espaço é mais arejado, com menos cheiro de gordura, mais espaçosos e muito melhor iluminado. Totalmente aprovado!

Casa cheia no novo espaço do Boards & Burgers.

Ontem tinham mesas de Battle Scenes (um dos prediletos da casa), Terra Mystica, Summoner Wars e Forbidden Island.

Eu tinha combinado de jogar os futuros lançamentos da Pensamento Coletivo : O Top Mage e o Yabu no Nakade que estarão no mercado ano que vem.

O Top Mage é um card-game de criação brazuca do amigo Peter Richter onde somos magos tentando fazer nossas receitas coletando encantamentos, itens e elementos.

Top Mage : Magos correndo para fazer suas receitas.

O jogo é bem divertidinho, tem um timming bom (a partida com 5 magos durou uns 20/25 minutos) e está com um tema bem bacana e bem explorado.

Essa é uma das apostas para 2015 e tem tudo para ser daqueles joguinhos casuais que a galera vai curtir.

Yabu no Nakade : Quem será o assassino?

O Yabu no Nakade é um jogo japonês de dedução para até 4 jogadores que tem mecânicas bem interessantes e que favorecem o blefe para conseguir a vitória.

Curti como o jogo se desenvolve e como a resolução dos casos (a cada rodada) funciona, junto com o Top Mage, são duas boas apostas da Pensamento Coletivo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Resenha : Fields of Gore


Tive a oportunidade de testar o jogo da Riachuelo Games chamado Fields of Gore. Ele é um sistema de jogo que usa miniaturas e cenários pré-montados com objetivos.

Para quem já está familiarizado com esse tipo de jogo, vai ver que no Fields of Gore o conhecimento das regras é fundamental para o bom desenvolvimento da partida, e por ser um jogo de estratégia e visão espacial, se atentar aos detalhes é muito importante.

Mesa pronta para testar o sistema de jogo.

Basicamente temos no turno de jogo, a decisão da iniciativa (qual lado vai começar primeiro), a fase de mover, invocar ou atirar a distância, a fase de combate corpo-a-corpo e uma rolagem final de moral.

A movimentação funciona com as réguas de polegadas e é medir e mover. O combate a distância funciona quase da mesma forma : mediu, está no alcance, pode atacar.

Combate pegando fogo (usando as minis do HeroScape).

Já no combate corpo-a-corpo as miniaturas envolvidas precisam estar com a base encostadas e temos o combate propriamente dito.

O sistema de combate (tanto à distância quanto perto) é interessante, pois após confirmado o acerto ainda temos uma rolagem para definir se aquele acerto causou dano ou não. É tenso, mas como (pelo menos no cenário base) as unidades são fracas, dá uma esperança interessante para os envolvidos no combate.

Depois de testar o sistema, vale comprar as miniaturas exclusivas dele.

Enfim, Fields of Gore está liberado para download gratuito no site da Riachuelo Games e quem curtir o sistema pode dar aquela "bombada" comprando as miniaturas (muito bacanas) e ficando de olho nas novidades que o site vai liberando.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Entrevista com a galera Masmorra de Dados

A equipe Masmorra de Dados : Eurico, Daniel e Patrick.

Com o maior sucesso do financiamento coletivo brasileiro terminando e o Masmorra de Dados se firmando como a grande surpresa de 2014, vamos conhecer agora um pouco mais das mentes por trás dos dados.

Saibam como pensam e quais as expectativas para o futuro dos criadores: Daniel Alves, Patrick Matheus e Eurico Neto.


E aí, tem Jogo?: Como surgiu a ideia do Masmorra de Dados, quando sentiram que o jogo estava pronto e por que escolheram a plataforma de financiamento coletivo para o lançamento?
Equipe Masmorra: Como sempre dissemos, nós somos gamers antes mesmo de ser criadores, e adoramos jogos de dados, como todo bom brasileiro. Uma influência muito grande pra gente foi o Alien Frontier, que é um excelente jogo de docagem de dados. Um belo dia o Eurico disse: “vamos fazer um joguinho de docagem de dados medieval?”, e foi ai que tudo começou. Com uma brincadeira que foi tomando forma dia após dia e se transformou no jogo de hoje. Era pra ter sido um joguinho pequeno e rápido.

Temos um grupo de jogo semanal com muitas mentes criativas, e meses de testes e alterações finalmente chegamos em um momento que falamos: “agora tá bom, temos um ótimo jogo, vamos para o financiamento”. E naquele momento o único que conhecíamos no brasil era o Catarse.

Durante os playtestes no Castelo das Peças (RJ).

EatJ?: Faltando apenas 3 dias para terminar o financiamento, com mais de 800% do valor arrecadado, tendo que inventar metas para saciar o público (que está super ativo e participativo com o projeto), bem lá no início, vocês esperavam essa repercussão toda?
EM: De forma alguma, foi uma surpresa muito grande pra gente. Sabíamos que o jogo estava realmente bom, pq nosso grupo de amigos é muito exigente e crítico, e todo mundo tava achando o jogo super divertido. Jogamos MUITO, MUITO mesmo. 10 a 15 partidas por dia e não estava ficando cansativo, a cada jogo perdido, queríamos voltar pra jogar mais uma pra tentar ganhar. Com isso sabíamos que o jogo estava bom, e com isso seria financiado. Mas não essa repercussão toda. Foi um boom muito grande. E isso é o reflexo da carência brasileira de jogos de qualidade. Temos uma comunidade muito grande em busca de jogos bons lá fora, e esperamos mudar um pouco esse cenário mostrando que aqui no Brasil também tem jogo bom! Inclusive um de nossos criadores o Daniel Alves já está com seu próximo projeto quase pronto, o Caçadores da Galáxia que entrará em financiamento coletivo no início de 2015, não percam!

 Sucesso entre os jogadores, o financiamento voou e bateu recordes.

EatJ?: Ao que vocês devem esse sucesso todo e se a participação de vocês nos eventos e nos fóruns foi fundamental nisso?
EM: Olha, primeiramente ao nosso grupo de amigos, que testaram inúmeras vezes e com críticas e sugestões chegamos em um jogo melhor. Em segundo lugar, a divulgação antes do projeto ir pro ar foi muito importante, a interação com a comunidade antes do lançamento, dando idéias, sugestões, foi sensacional! E pra finalizar, queríamos mostrar pra todos que estamos aki juntamente com eles, um acompanhamento diário, de pessoas pra pessoas, e não de clientes para empresas, por isso demos a cara a tapa. Respondemos quase todas as perguntas nos fóruns, mensagens via inbox, blogs, entrevistas, acompanhamos tudo e todos, diariamente. Todos os 3, mostrando para toda a comunidade que estamos ouvindo, aceitando críticas, sugestões, alterações. O jogo hoje está melhor por causa de todos vocês que postaram, acompanharam, apoiaram, reclamaram. Esse contato intenso da gente com a comunidade foi importante demais para mostrar pra todos que estamos nessa juntos. Erramos muitas vezes, mas acho que os acertos foram muito além dos erros, portanto, muito obrigado a todos pela confiança e apoio.

A ida ao Castelo das Peças no Rio de Janeiro foi extremamente importante também para contribuir com tudo isso, conhecer novas pessoas, mostrar pra todos quem somos, e que estamos aki para fazer o melhor jogo para todos, e não apenas para vender um produto.

 Próximo jogo do Daniel, o Caladores é um dos
3 ou 4 projetos já em andamento

EatJ?: Acham que com o sucesso do Masmorra de Dados, o mercado abriu mais ou que foi apenas um caso isolado de sucesso?
EM: O mercado está aí. Ansioso por melhores jogos, mostramos isso e esperamos do fundo do coração que as portas tenham sido abertas para jogos de melhor qualidade, afinal de contas, estamos nessa pra valer. A Histeria Games e Taberna do Dragão estão aki para ficar e criar mais jogos no futuro. A equipe do Masmorra de Dados: Daniel Alves, Eurico Neto e Patrick Matheus já estão com 4 jogos na fila depois do Masmorra de Dados. Ou seja, preparem-se por que estamos com muitas idéias para dividir com toda a comunidade nacional e internacional!

EatJ?: Com o final do financiamento, começa o processo de produção para fechar na data correta de entrega, e como com mais de 800% de sucesso, o mínimo de unidades aumentou significativamente. Acham que isso pode ser um problema?
EM: Com certeza aumentou e muito, estamos produzindo o dobro do que inicialmente tinhamos planejado, mas estamos bastante confiantes de que isso não será um problema para entrega do jogo inicial que foi o Natal. E para isso, lembra daqueles amigos que ajudaram a testar tando o Masmorra? Pois eh, já contratamos esses goblins para trabalho extra de segunda pra frente justamente para não afetar esse prazo de entrega. Do que depender da gente, será entregue conforme combinado.


EatJ?: Agora, qual será o futuro da Histeria Games e Taberna do Dragão? Já temos o início dos playtestes e divulgação do Caçadores da Galáxia, o que podemos esperar desse e se vocês já tem outros projetos no forno.
EM: Sim, o Caçadores da Galáxia está a todo vapor, com inúmeros testes com a turma daki, e está prestes a testes com o público. O jogo é um Euro light, introduzindo uma temática sci fi super bacana com Robôs Gigantes e adicionando combate ao estilo Euro de jogo. Esperamos que ele traga muito sucesso nas mesas de todos os grupos de jogos nacionais. A arte está sensacional e já estamos planejando uma campanha no estilo do Masmorra de Dados, com muitos itens extras vendidos a parte do jogo básico para agradar todos os tipos de pessoas, desde os que gostam de um jogo mais básico, aos que curtem um Euro com várias formas de pontuação e condições de vitória do jogo.
Quanto aos próximos jogos, depois do Caçadores, já temos 3 novas idéias de jogos que pelas conversas que estamos tendo por aki, serão muito divertidas também. Ou seja, preparem os bolsos por que 2015 promete e muito.

Obrigado pela entrevista, foi muito bacana conhece-los pessoalmente e aqui no E aí, tem Jogo? Temos certeza que tanto o Masmorra de Dados quanto os próximos lançamentos serão um sucesso, deixem aí uma mensagem para a galera que acompanha o blog.
Agradecemos a você Cacá e todas as pessoas que nos acompanharam e apoiaram desde o início dessa jornada. A todo mundo que ajudou o Masmorra a se transformar no fenômeno nacional que ele se tornou. E se preparem, que se tudo der certo, o Papai Noel esse ano do Masmorra deixará muita gente feliz! Grande abraço a todos, curtam nossas páginas no facebook e fiquem ligados nos próximos lançamentos.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dissecando : This Town Ain't Big Enough for the 2-4 Of Us

Semana passada chegou uma leva de micro-games da Tasty Minstrel para mim, foram três joguinhos que eu peguei via KickStarter e que você vai ver resenhados por aqui pelas próximas semanas.

O primeiro que eu joguei foi o This Town Ain't Big Enough for the 2-4 Of Us, que é um tile placement bacaninha, rápido e de regrinhas fáceis e componentes bem feitinhos (pelo precinho que saíram).

Todos os componentes do jogo couberam em um envelope.

O jogo vai até 4 jogadores que se revezam para irem formando estábulos e assim pontuar. Na sua fase você sorteia um tile e coloca junto aos que já estão na mesa.

Uma vez o estábulo sendo fechado ele pontua da seguinte forma : contamos quantos símbolos de cada uma das 4 cores tem, o primeiro colocado ganha a pontuação da quantidade de símbolos do segundo colocado e por aí segue.

 Pilha de compra e marcador de pontuação.

Se um estábulo com a barra de prata for fechado, você pode realocar um tile que esteja "solto" na mesa para dar uma mexida nas coisas e no final quem tiver mais pontos ganha.

Curti, joguinho despretensioso que dá pra levar pra qualquer cantinho, This Town Ain't Big Enough for the 2-4 Of Us valeu o investimento no KS, e ainda vieram três "expansões" que foram metas batidas no financiamento.

 Tiles já posicionados durante o jogo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Resenha : Pokémon


Lançado em 97 e trazido para o Brasil pela Copag, o Pokémon TCG nunca esteve na minha mira, até meu muleque começar a ler e todos os amigos da escola começarem a colecionar as cartinhas.

No último aniversário (de 7 anos) ele ganhou um deck e eu como pai (e gamer) comprei outro para jogarmos e lidas as regras, já foram algumas partidas de um jogo divertidinho feito para pais e filhos e claro, para introduzir nos pequenos o conceito de "cartas colecionáveis".

A mesa como fica durante a "batalha".

As regras do Pokémon TCG inicialmente são meio confusas, e as que vem encartadas nos decks deixam alguns furos, mas baixando no site da Copag tem um livreto mais completo.

Basicamente você tem cartas dos bichinhos Pokémon, cartas de treinador e energia. Na sua rodada você compra uma, coloca suas criaturinhas no banco de reservas (no máximo 5 delas), evolui alguma, coloca uma energia em alguma, usa cartas de treinador e finalmente ataca com o seu Pokémon ativo.

Os ataques são bem simples, textos relativamente rapidinhos e (pelo menos nos decks) nada de combinhos muito cheio dos efeitos.

Todas as cartinhas com as artes bastante conhecidas pelos muleques.

O jogo vai se desenvolvendo até um dos jogadores atingir uma das condições de vitória (conseguir seus 6 prêmios, exaurir o deck do adversário ou nocautear todos os Pokémons do adversário).

Eu curti, o meu filho se amarrou (até por que o deck que ele ganhou é mais forte que o meu) e acho que quem tem filhos na casa dos 7/8 anos pode comprar sem medo pois é um card-game tranquilo para eles irem aprendendo até virem as "drogas" mais fortes.

Os dois decks que foram utilizados.