sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

TOP3 : Jogos de Corrida


Para fechar o ano de 2017 um TOP3 com jogos de corrida onde vou focar só nos jogos realmente com largada e chegada, não vou entrar no mérito de jogos como Montana (uma das surpresas desse ano) ou outros jogos em que você precisa terminar alguma coisa antes dos outros, o negócio aqui é pé no acelerador... ou no cachorro, como vocês vão ser a seguir.


Meu terceiro lugar vai para um jogo de corridas muito peculiar, Powerboats é uma corrida de barcos que tem por objetivo contornar as boias que estão no circuito e voltar ao ponto de partida.

O diferencial dele é que o motor usa dados de 3 lados, que você pode manter na velocidade, baixar, ou aumentar, adicionando ou subtraindo dados e re-rolando sempre que chega a sua vez de jogar.


Outra coisa é que seu barquinho só anda em linha reta, sempre ao final do movimento você direciona o bico do barco para uma das três posições possível do hexágono e no próximo turno, linha reta de novo, o que garante batidas bem interessantes com a aposta nos dados. ADORO!


Em Snow Tails, saímos da água e vamos para corridas de trenó na neve, puxados pelos simpáticos husky-siberianos.

As regras de movimentação dele são as mais brilhantes, você tem cartas numeradas de 1 a 5, dois espaços para elas (o cachorro da direita e o da esquerda) e os freios. A sua quantidade de movimentos é o somatório das cartas menos o freio e a quantidade de casas que você pode ir para direita ou para esquerda é definido pela diferença entre um cachorro e outro (se você tem o cachorro da direita com 3 e o da esquerda com 5 você vai pode andar duas casas para direita).


Fazer essas continhas no jogo é fundamental para um bom desempenho, pois cada vez que você bate em algum obstáculo, ganha uma carta de dano, que vai diminuindo a quantidade de cartas que você compra, deixando por consequência menos opções para você.

Snow Tails ainda por cima tem circuito modular, um monte de obstáculos, como pinheiros e desmoronamentos, e poxa, é uma corrida de trenós!!!!


Em primeiro lugar um jogo de corridas CLÁSSICO, Formula Dé foi criado em 1991 (recebendo uma nova edição caprichada em 2008) e até hoje é o jogo de corrida mais legal e gostoso de jogar entre todos.

Com circuitos clássicos do Formula 1 mundial, o jogo tem um sistema extremamente simples de movimentação, DADOS! Só que cada marcha tem um dado diferente a ser rolado com uma numeração equivalente a rotação do seu carrinho.


Então não espere tirar números baixos em rotações mais altas, certeza de precisar gastar freio ou pneu para conseguir ficar nas curvas (onde precisamos geralmente gastar um ou mais turnos antes de sairmos dela).

O boardzinho de cada jogador garante que não nos percamos nas marcações, e que fiquemos de olho se ainda dá pra queimar um pneu ali ou gastar um motor acolá (para baixar mais de uma marcha de uma vez só).


Na reedição de 2008, foram adicionadas regras de corrida de rua também, nada muito significativo, mas acabaram dando uma renovada num jogo que poderia estar na esteira do esquecimento pela idade dele.

Não fossem todos esses motivos para deixar o Formula Dé no topo, ainda temos a parte colecionista de tentar conseguir os diversos circuitos que saíram de 91 para cá e até mesmo tentar criar os seus próprios e por isso ele está no topo do pódium do TOP3 Jogos de Corrida.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Oceanos

 
Oceanos é um dos mais recentes jogos do grande Antoine Bauza (autor do 7 Wonders e do Tokaido) e que chegou pela Sherlock SA agora em 2017 para o público brasileiro.

Em Oceanos somos exploradores do fundo do mar atrás de tesouros, recifes de corais e animais exóticos para o nosso aquário.

O jogo tem 3 rodadas e em cada delas temos 5 turnos onde os capitães se revezam dando cartas para os outros submarinos começarem suas explorações.

 As expedições vão avançando, e novas cartinhas aparecendo.

Falando dos submarinos, eles são muito legais, cada um é formado por 5 partes distintas : a cabine (que define quantas cartas você recebe por turno), a escotilha (onde ficam os mergulhadores), o aquário (para pontuar por quantidade de criaturas diferentes), o motor (onde armazenamos o combustível que ajuda a manter mais cartas) e a hélice (que garante pontos durante as rodadas).

Como disse anteriormente, o grande lance do jogo são as cartinhas, a cada turno os jogadores recebem cartas pela quantidade de periscópios na sua cabine, dessas cartas uma é escolhida e a outra entregue ao capitão da vez,simultaneamente todos abrem e esse carta é adicionada a expedição de cada um.

 Enquanto isso, fazer upgrades nos submarinos é super importante.

As cartas tem informações como quantidade de animais, tesouros, corais, cristais, bases e olhinhos do Kraken (que é uma coisa ruim de ter), e a cada turno vamos formando uma grande linha com essas cartinhas, uma do lado da outra, para no final da rodada pontuarmos ela.

Além do que já foi mencionado, os cristais e bases são muito importantes, pois são com eles que vamos fazendo upgrades nos nossos submarinos, e fazê-los é vital para que você consiga boas pontuações, seja aumentando o aquário, ou conseguindo pegar e manter cartas entre outras coisas.

Ao final dos cinco turnos de cada rodada temos uma pontuação baseada na quantidade de animais no seu aquário somado a pontuação da sua hélice e dentre os jogadores, quem tiver mais marcadores de kraken tem uma penalidade, marcamos isso no scorepad e começamos outra rodada.

 Perto do final do jogo, uma expedição grandiosa (e linda).

Caso seja o final da terceira rodada, temos também a pontuação do seu maior recife de coral com cartas adjacentes (de forma ortogonal) e os mergulhadores colocados nas cartas de tesouro recolhem seus prêmios, somamos tudão e quem tiver a maior pontuação leva a partida.

Oceanos é daqueles jogos do Bauza que agradam a praticamente todos os níveis de jogadores, pois ele serve de gateway, serve de jogo leve para jogatinas, enfim, é daquelas jogos que vão ver mesa com bastante frequência, principalmente por servir até 5 jogadores e ter uma duração muito boa, se tiverem oportunidade joguem, aposto que depois vão querer tê-lo nas suas prateleiras.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Bunny Kingdom


Lançado em Essen desse ano, Bunny Kingdom é um jogo do Richard Garfield (mesmo autor do Magic : The Gathering e do King of Tokyo) e que usa card-drafting como mecânica principal e chega em 2018 pela Red Box Editora aqui no Brasil.

No jogo somos tribos de coelho fazendo o que eles sabem fazer de melhor, se multiplicar pelo tabuleiro.

O jogo dura 4 rodadas e em cada rodada temos vários turnos que funcionam da seguinte forma : Recebemos uma quantidade de cartas (10 ou 12 dependendo da quantidade de jogadores), separamos 2 e passamos as restantes para o jogador seguinte.

 As cartinhas : a alma do Bunny Kingdom!

Essas duas cartas escolhidas a cada turno podem ter coordenadas, cartas de fazendas, de postos de troca, de fortaleza, de campos e de pergaminhos.

Depois da última dupla de cartas a ser colocada no tabuleiro, acontece uma pontuação que é baseada nos feudos de cada jogador, onde multiplicamos a força daquele feudo pela quantidade de produtos diferente que cada feudo produz.

 Coelhos fofos, mas muito fortificados protegendo seus feudos.

Então o grande lance do jogo é tentar pegar coordenadas que deixem seus coelhos juntinhos, pois só dessa forma você vai conseguir uma pontuação boa, uma vez que se os coelhinhos não estiverem em espaços adjacentes são considerados como feudos separados.

Outra forma de pontuar bem no jogo são os pergaminhos, essas cartas são separadas no draft mas só são abertas no final das quatro rodadas, e essas sim vão te dar uma pontuação que vai fazer diferença, então não se espante em fazer uma pontuação baixa durante a partida e dar uma corrida com as cartas de pergaminho.

 Chegando perto do final, coelhos espalhados pelo tabuleiro todo.

Eu achei o Bunny Kingdom um jogo bem gostoso, nada demais, mas inteligente, com boas sacações de observar o tabuleiro, ver onde colocar uma fazenda com um bem diferente, o melhor pergaminho a ser guardado, enfim, bem tático e como quase todos os jogos da Iello, com uma produção impecável.

Como disse, a Red Box estará trazendo ele ano que vem para o nosso mercado, e ele fica naquela categoria de bons gateways, com apelo visual e jogabilidade fluida que vale ter na coleção.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SeJoga, um super evento itinerante de inclusão


Esse fim de semana teve Castelo das Peças, seria mais uma edição normal se não fosse a participação da galera do SeJoga.

O SeJoga é um "evento dentro do evento" que traz para os tabuleiros a galera LGBT+ e é capitaneado pelo casal nota 1000, Elson Bemfeito e Dan Paskin.

Elson (da camisa com S), um dos organizadores, sempre atencioso.

Essa não é a primeira vez que eles "invadem" outro evento com sua alegria e cores, em novembro eles dividiram o espaço com as meninas da Lady Ludica, num grande abraço inclusivo, onde todos puderam aproveitar ao máximo um ambiente livre de gente babaca (sem floreios ao me referir a gente homofóbica e misógina).

O evento além de somar as tribos, ainda traz seu acervo de jogos, conta com o apoio dos amigos da Arca dos Jogos como monitoria, então não é só a inclusão da marca, é realmente somar esforços para que o evento que está recebendo o SeJoga fique ainda mais bacana.

 Os eventos ficam mais coloridos com a turma do SeJoga.

O mais legal aqui é que estão aparecendo mais eventos assim, até pouco tempo atrás só existia a galera do Jogayme em São Paulo (que eu ainda não tive a chance de ir), mas que o Dan e o Elson fizeram questão de ir conhecer para trocarem experiências.

Infelizmente no meio nerd ainda tem muita gente preconceituosa, o que não faz o menor sentido, uma vez que o próprio nerd foi alvo de preconceito durante anos, mas eventos como o SeJoga servem para mostrar que tem muito mais gente tolerante e que gosta de estar cercado de gente bacana do que gente afim de causar tumulto.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Papertown


Na esteira para ser um dos primeiros financiamentos coletivos da RedBox Editora em 2018, em Papertown os jogadores são urbanistas tentando cumprir projetos na cidade que não para de crescer desenfreadamente.

Criado pelo grande amigo Rodrigo Rego, e com um trabalho gráfico todo feito em papercraft pelo Rafa Miqueleto, o jogo tem como mecânica principal tile-placement.

No início, Papertown é uma cidade pequena, são sorteado três tiles que são colocados no meio da mesa, então cada jogador recebe dois projetos pequenos (que ficam abertos) e um projeto grande (que fica escondido).

 Três tiles abertos para compra e as pilhas fechadas.

No seu turno o jogador pode, comprar um dos tiles abertos (inicialmente três, mas a oferta vai aumentando durante a partida) ou comprar dois fechados, escolher um e colocar o outro aberto para os outros jogadores usarem.

Então, o jogador precisa colocar esse tile na cidade, existem algumas regrinhas de colocação, como não repetir tiles com a mesma ilustração ao lado um do outro, ou colocar um tile sem estar tocando em nenhum outro da mesa.

 Conforme a cidade cresce, mais linda ela fica.

Uma vez que ao colocar o tile, você cumpra um dos seus projetos (3 tiles para os pequenos e 4 tiles para os grandes) você escolhe um dos tiles para colocar o projeto realizado e povoa os tiles com seus meeples.

A colocação dos meeples é que vai definir quem ganha o jogo, pois o jogador que conseguir colocar todos os seus 12 meeples antes do outro, vence a partida.

O impressionante trabalho feito pelo Rafa.

O grande barato do Papertown é ficar de olho no projeto do amiguinho e tentar dar pernada nele ao mesmo tempo que se beneficia, sempre que possível.

Outra coisa muito legal, é que tem uma pegada "toma isso", pois se você for cumprir um projeto (e apenas nesse caso) você pode colocar um tile em cima de outro, e isso as vezes te pega de surpresa.

 Os tiles realmente parecem ser em 3D!

O jogo tem além dos modos habituais, conta ainda com uma versão solo e versão em duplas (que eu gosto muito).

Como disse, Papertown está programado para 2018 e eu se fosse você ficava de radar ligado, pois além de ser um jogo ótimo, teve um capricho na confecção dos tiles que eu particularmente ainda não tinha visto nem aqui, nem em jogos lá de fora.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Caverna : Cave vs. Cave


Um dos próximos lançamentos da Ludofy aqui no mercado brasileiro, Caverna : Cave vs. Cave é a versão do ótimo Caverna para apenas 2 jogadores, e assim como a versão do Agricola : All Creatures Big and Small, ele remete ao jogo grandão, mas tem sua própria personalidade.

No "Caverninha" temos o display de ações, cada jogador começa com uma caverna com dois espaços já descobertos (sendo que com uma sala já funcionando) e mais nove espaços a serem escavados.

O jogo dura 8 rodadas, e em cada rodada temos três fases distintos, uma primeira fase onde abrimos uma nova ação possível para os jogadores, a segunda fase onde as ações são resolvidas e a fase final onde devolvemos as cartelas de ação e e nos preparamos para a próxima rodada.

 Display de ações e primeiras salas abertas.

A fase de ações é a mais importante do jogo, e é onde tudo acontece. Inicialmente temos 4 ações disponíveis, mas logo na primeira rodada abrimos uma quinta e a cada rodada vamos abrindo outras.

O lance é que nas três primeiras rodadas, cada jogador só pode fazer duas ações por turno, o que deixa o Cave vs. Cave aquele típico jogo de "cobertor curto" tão legal, onde você precisa pensar em maximizar suas ações, ou preparar o terreno para dar o bote quando puder.

No início da partida, sua caverna ainda pouco explorada.

As ações são basicamente escavar sua caverna, que ao contrário do Caverna original, começa praticamente toda coberta, e a cada escavação você libera um tile de sala, achei isso genial, pois você não sabe a ordem em que os prédios vão sair e precisa ir se preparando conforme eles vão aparecendo.

Outras ações são coletar e trocar bens, construir e destruir paredes (ação bem importante, pois certas salas tem pré-requisitos para serem construídas), construir salas e ações de ativação dessas salas.

Como disse anteriormente, são muitas ações possíveis, para poucas ações a serem executadas, depois das três primeiras rodadas onde só fazemos duas ações, temos quatro rodadas com três ações e na última rodada fazemos quatro ações.

 Já chegando no final, quase todas as salas ocupadas.

Ao final da última ação da oitava rodada o jogo termina e contamos os pontos gerados pelas salas construídas na caverna de cada jogador, somado a quantidade de ouro de cada um e quem tiver o maior somatório leva a partida.

 Mais uma vez o Uwe Rosenberg consegue pegar um jogo fantástico e coloca uma experiência dele de forma mais rápida, fluida e gostosa para que você possa jogar contra apenas um adversário, e como na dupla Agricola + "Agricolinha", ter o Caverna + "Caverninha" faz com que você possa jogar jogos excelentes em qualquer oportunidade.

Cave vs. Cave : mais uma excelente adaptação de jogo grande para dois.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Lembra Desse? Não Entre Pelo Cano


Lançado lá fora em 1972 com o nome de Waterworks, Não Entre Pelo Cano chegou ao nosso mercado sendo trazido pela Estrela e aposto que muitos amigos (mais antigos) vão lembrar da banheira onde ficavam as cartinhas e das chavinhas inglesas que acompanhavam o jogo.

No jogo, cada jogador é um encanador que tem que criar um sistema para a água ir do registro à torneira evitando vazamentos e com uma quantidade certa de cartas a serem baixadas (baseada no número de jogadores).

 Produção caprichada, com a "banheira" para as cartas e as chaves.

No seu turno você pode fazer UMA ação dentre três possíveis : colocar uma peça de cano bom na sua tubulação, colocar uma peça de cano com vazamento na tubulação do coleguinha ou descartar uma carta ao final do seu turno você compra cartas até ter cinco na sua mão.

O lance dos canos é onde está a graça do jogo, você tem alguns tipos, entre retas, curvas, desvios e "rolhas" divididas em canos de cobre (que não podem ser sabotados) e canos de chumbo, que é onde mora o perigo, uma vez que os seus adversários podem sabotá-los.

Bom jogo pra jogar com a turma mais nova.

Uma vez que você tenha um vazamento na sua tubulação, precisa gasta uma das suas ações para gastar uma das chaves inglesas que você começa OU colocar um cano bom tapando o vazamento.

Quando o primeiro jogador conseguir ligar o registro à torneira na posição correta e sem vazamentos, o jogo termina e esse "bombeiro" é o vencedor.

 Procurando direitinho, ainda se encontram por aí cópias bem inteirinhas.

Não Entre Pelo Cano é de uma época em que tínhamos uma produção nacional de qualidade feita pelas grandes empresas, então não é raro encontrar cópias em muito bem conservadas com as pecinhas e cartas em boas condições.

Outra coisa legal sobre o jogo é que ele entra naquela lista de jogos que mesmo tendo regras defasadas, ainda divertem e são ótimos para jogar com a turminha mais nova.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

10 anos... A partida mais longa!!!


Hoje a postagem é especial, o blog está comemorando 10 ANOS!!! Isso mesmo amiguinhos, 10 anos de postagens com muito bate-papo, resenhas, entrevistas, divulgação e tudo que a gente pode falar sobre os jogos de mesa, sejam eles de cartas, dados, tabuleiros, cubos, miniaturas.

Nesse tempo todo vimos o crescimento da indústria, do mercado, dos jogadores, dos designers, muita gente boa que tentou na hora errada não vingou, projetos que vingaram aos 48 do segundo tempo, outros que foram sucessos instantâneos, designers que estavam na luta desde "quando tudo aqui era mato" e começaram a receber o merecido destaque, amigos que começaram no "esse é tipo WAR?" e agora são experts em jogos modernos.

Sempre com o amigo Shamou no Castelo das Peças.

Muita coisa ainda tá na luta com a gente, como o Castelo das Peças, a Ludus Luderia, a JogaSampa, entre outros, mas hoje fica até difícil ficar nomeando todo mundo, tantos são os destaques e as pessoas que fazem o hobby crescer a cada ano.

Mesmo com a enxurrada de bons canais de vídeo (e que a grande maioria do público prefere), ainda continuamos com o trabalho em texto, tentando passar para vocês através de palavras o nosso sentimento em relação a pessoas, eventos e principalmente, sobre os jogos.

 Durante a ABRIN de 2011 celebrando o Catan chegando no Brasil!

Nesses 10 anos fizemos tantos amigos quanto compramos jogos para a coleção, e hoje o carinho que recebemos pessoalmente ou nos bate-papos virtuais é muito legal, e nos faz perceber que o que plantamos lá atrás floresceu, e podemos colher agora e transformar em pontos de vitória.

Agora a nossa meta é pegar tudo que aprendemos nesse caminho, e melhorar, transformar essa fonte de informação num canal cada vez mais presente, com mais colaboração (principalmente fora do Rio) e trazendo a informação cada vez mais rápido para quem nos acompanha pelas mídias sociais.

Na Ludus Luderia com a querida Lucy.

Sabemos que todas as vezes que você clica num link do E aí, tem Jogo? espera receber um material de qualidade, embasado, feito por uma galera que tem alguma experiência no que está escrevendo, e isso a gente faz com o maior carinho e respeito a você.

Então é isso galera, obrigado por estarem nos acompanhando por tanto tempo, esperamos continuarmos merecendo a sua companhia e que os próximos 10 anos sejam ainda mais divertidos, com mais jogos sendo lançados, mais eventos e mais designers brasileiros fazendo sucesso aqui e lá fora.

Com os amigos da Mansão das Peças no Diversão Offline.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Dreamwell


Em Dreamwell os jogadores são crianças tentando encontrar seus amigos imaginários em um poço de sonhos, para isso eles precisam passar por locais mágicos para encontrar criaturas maravilhosas.... Viajandão né? Pois o clima desse joguinho com uma arte lindona, é esse mesmo.

Durante o setup criamos um grid 4x4 de tiles e um display de cartas que podem ser compradas durante as rodadas.

Na nossa rodada cada jogador tem três ações para gastar entre cinco possíveis, que são : comprar uma carta, colocar novas cartas no display, rotacionar um tile, jogar uma carta de amiguinho ou mover-se entre os tiles.

Os balões procurando as criaturas nos sonhos.

O lance do jogo é que você precisa baixar as cartas de amiguinho, e para conseguir isso, você precisa estar com seus dois balões (os peões do jogo) em determinados símbolos, e ao baixar essas cartinhas de amiguinhos você vai conseguindo corações que te darão pontos no final do jogo.

No grid, cada tile tem porta que te levam a outros tiles, então você precisa ficar bem atento na hora de andar, pois as vezes um tile que está do lado onde você está vai te custar muitos pontos de movimento ao passo que se ambos os tiles tiverem portas dos dois lados você ganha movimentos adicionais.

Pensando nesses tipos de situações, a ação de rotacionar os tiles também é muito usada, pois, como você tem apenas três ações por rodada, saber otimizá-las vai fazer com que sua partida seja melhor e por consequência, você ganhe mais pontos.

Na nossa mão, os amiguinhos que precisamos baixar.

Vamos rodando turno a turno, até que o primeiro jogador consiga baixar sete amiguinhos de sonhos, nesse momento cada jogador tem direito a mais um turno e o jogo acaba, contam-se as pontuações e quem conseguir a maior pontuação ganha o jogo.

Dreamwell, apesar de chamar bastante atenção pela beleza, não é só uma carinha bonita, tem um jogo bem redondinho ali, com turnos apertados, aquela sensação de "cobertor curto" que prende o jogador.

Ele chegou via Kickstarter ao mercado conseguindo mais de 69 mil dólares e vale a atenção por ser um joguinho pequeno mas ainda assim bastante interessante.

Apesar da cara fofinha, Dreamwell pode ser bem sinistrinho.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

The Resistance

Demorei para conhecer o The Resistance pois sabia que ele lembrava jogos como Werewolf, e confesso que não sou tão fã desse tipo de jogo, mas tive a oportunidade de jogá-lo recentemente e ele me surpreendeu de forma positiva.

Em The Resistance os jogadores são agentes da Resistência a um governo autoritário e estão realizando missões para tentar derrubar esse governo, mas alguns espiões estão infiltrados e seu objetivo é sabotar as missões e manter tudo como está.

 Espiões e membros da Resistência.

No início da partida, cada jogador recebe o seu papel, como agente da resistência ou espião, nos mesmos moldes do Werewolf, os espiões se conhecem (o esquema de "fecha os olhos, abre os olhos espiões, todo mundo abre os olhos") e a resistência precisa fazer 5 missões bem sucedidas para ganharem o jogo.

A cada início de missão, o líder da rodada escolhe os jogadores para participarem, então acontece uma votação para saber se todos concordam com aqueles indicados.

Caso os jogadores decidam que aquele grupo não deve ser o escolhido para a missão, outros jogadores são escolhidos e uma nova votação acontece, até que um time seja aceito ou até que 5 votações sejam realizadas sem sucesso (nesse caso, os espiões ganham o jogo).

 Você decide se a missão vai ser um sucesso, ou se será sabotada.

Se o time for escolhido, então passamos para a missão, quando o líder da rodada entrega um par de cartas (sucesso e fracasso) ao jogadores do time, que escolhem secretamente qual carta usar.

Depois de escolhidas eles são embaralhadas e abertas. Caso todas as cartas sejam de sucesso, a missão tem êxito e a resistência ganha um ponto, caso haja uma carta de fracasso a missão falha e os espiões ganham um ponto.

O jogo termina com o sucesso de 3 missões (Resistência ganha) ou com 3 missões sabotadas (Espiões ganham).

 No final, quem completar 3 missões primeiro, ganha!

No modo básico de jogo, a tendência é que os espiões acabem ganhando mais partidas que a resistência, mas a caixa vem com algumas variantes que equilibram melhor essa balança.

The Resistance tem a pegada de jogos de farra, com todo mundo se acusando, tentando empurrar o título de "traíra" para o outro coleguinha e como é um jogo que pega bastante gente na mesa (de 5 a 10 jogadores) ele tende a render partidas bem divertidas.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

2017 : Um apanhado de TOP's 3 para os leitores

Teseu : Um dos destaques de 2017

Último mês do ano e minha intenção em dezembro é tentar apenas jogar novamente alguns jogos (nada de novidades), então baseado nesse objetivo, já vou tentar fazer uma retrospectiva dos grandes jogos desse ano, os que não convenceram (ainda) e algumas decepções.

2017 foi um ano super produtivo, foram mais de 130 postagens no blog, quase 300 partidas registradas e conheci mais de 100 novos jogos. Foi um ano em que Essen trouxe um monte de grandes jogos, que os designers brasileiros apareceram com uma safra bem interessante e que o mercado trouxe para o Brasil lançamentos excelentes.

Mas como nem tudo são flores, vamos começar por algumas decepções e om eu TOP3 de decepções em 2017 são o Mysterium, o Imperial Settlers e o Imhotep.

Imperial Settlers : Esperava mais, ainda assim é legal.

Imhotep e Imperial Settlers foram dois jogos que eu fui com a expectativa alta, um por ter uma ideia interessante de utilização dos cubos e do transporte, mas que no final mostrou ser um jogo com pouco controle e frustrante, já o outro é um card-game gostoso, mas que parecia ser mais pesado do que realmente é, não que eu não tenha gostado dele, só ficou abaixo do que eu esperava.

Já o Mysterium tinha uma premissa interessante, um jogo de dedução usando cartas tipo Dixit, mas no final acaba sendo um jogo arrastado em que você passa mais tempo querendo que ele acabe do que se divertindo, decepção total com ele.

Já o Mysterium, esse decepcionou totalmente.

Já os designers brasileiros tem aparecido com ideias muito boas e esse ano joguei muita coisa de qualidade feita por essa galera e destaco aqui meu TOP3 de autores nacionais em 2017.

Na minha opinião os dois maiores destaques foram Os Incríveis Parques de Miss Liz e o Teseu.

Miss Liz tem mecânicas sólidas em um jogo fluido, bonito, com uma temática legal e foi um sucesso instantâneo no financiamento coletivo (que ainda está rolando), tendo alcançado sua meta em menos de 24h.

Incríveis Parques de Miss Liz : pra mim,
o melhor entre os designers nacionais.

Já o Teseu foi uma surpresa que apareceu no Diversão Offline, um jogo todo artesanal, bacana, inteligente e que ainda hoje tá causando um barulho legal por onde passa (e merece ter uma produção grande).

Agora, pra completar o terceiro lugar foi complicado, pra não ficar injusto, vou fechar um "empate técnico" com Maracanã, Vinyl, Labyrinx e Cangaço, todos jogos prontos, ideias ótimas e os que ainda não tem nenhuma editora por trás, fica a dica, corram atrás deles (e fiquem de olho nos designers envolvidos).

Maracanã : Doido pra ver ele nas lojas.

Nos lançamentos das editoras, a coisa pegou fogo, se foi difícil um TOP3 de autores nacionais, um TOP3 de lançamentos no Brasil fica ainda mais difícil, então vou tentar por relevância e não por achar melhor ou pior.

Terraforming Mars, Clans of Caledonia e Great Western Trail foram jogos super "hypados" e trouxeram um pouco desse hype fresquinho lá de fora, quase que simultaneamente para o Brasil, no caso mais recente do Caledonia então, o jogo foi praticamente entregue ao mesmo tempo aqui no Brasil e para os compradores dele (via KS) lá fora.

Mas como eu falei, esses três foram só uma amostrinha em um ano de tantos lançamentos relevantes, tivemos Kingdomino (Spiel des Jahers desse ano), San Juan, Saboteur e Bohnanza (três card-games essenciais que demoraram a dar as caras por aqui), Mansions of Madness com seu app totalmente em português, entre outros.

Mansions of Madness : Produção caprichada para o
mercado nacional com o app todo traduzido.

E para finalizar esse papo (eu ouvi um "aaaaahhhh"??) meu TOP3 agora sim com os que eu achei os melhores jogos desse ano.

Não vou me estender muito, mas Mombasa, A Feast of Odin (que ficou no TOP3 desde janeiro) e Twilight Imperium 4th Ed. foram jogos que fizeram minha cabeça explodir.

Mombasa tem duas mecânicas que eu amo, usadas de formas um pouco diferentes, que são deck-building e controle de área, que nele tem aplicações bem interessantes que fogem do padrão.

Mombasa : Bom demais!

A Feast of Odin é um euro daqueles de te deixar grudado na mesa pensando em tudo que pode ser feito e em como você não vai conseguir fazer tudo que quer, ainda é o jogo do Uwe com a melhor aplicação das pecinhas "tipo Tetris" que ele está com mania de usar de uns tempos pra cá.

E o Twilight Imperium 4th Ed. conseguiu pegar uma obra-prima (que é o 3th Ed.) e retirar umas arestas, dar uma embelezada nas pecinhas (que já eram lindas), e transformar essa experiência em um jogo mais enxuto, com um manual mais palatável (lembro de como me assustou o manual do 3th Ed.) sem perder a alma e os contornos de saga que o jogo tinha.

Basicamente é isso, 2018 promete ser um ano bem interessante com eventos de nível nacional, jogos importantes sendo anunciados, designers cada vez mais produtivos, então é separar aquele tempinho precioso para jogar e vamos que vamos que esse hobby ainda tem muito que crescer!

Twilight Imperium 4th Ed.: "O" jogo de 2017!