sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Luxor


Lançado esse ano pela Queen Games lá fora e chegando no Brasil pelas mãos da Calamity Jogos, em Luxor os jogadores são grupos de exploradores tentando se aprofundar no grande templo de Luxor para coletar tesouros e serem os primeiros a descobrir o túmulo do lendário faraó.

As regras são impressionantemente simples, temos um tabuleiro com um caminho que leva da entrada do templo ao túmulo do faraó, cada jogador começa com dois exploradores no início da trilha e conforme vai avançando libera até mais três novos exploradores, e além disso temos uma mão de cinco cartas.

E é aqui que o jogo brilha,  as cartas são o que faz com que os exploradores andem pelo tabuleiro, elas vão de 1 a 5 movimentos com duas especiais, uma que usa um d6 para definir o número de espaços a avançar e uma de 1 espaço que você pode usar para avançar normalmente ou retroceder, mas você só pode usar as cartas das extremidades da sua mão, isso é, apenas a primeira ou a última carta e ao final do seu turno repõe a mão para cinco cartas colocando a nova no meio.

 O grande caminho a ser trilhado dentro do templo de Luxor.

Então o gerenciamento de mão no Luxor é o grande lance aqui, você precisa pensar bem em qual carta usar, para qual você vai liberar à seguir, simples e engenhoso.

Bem, mas o jogo é a caça por tesouros, e você consegue eles ao parar com seus exploradores em cima dos tiles que formam o caminho do grande templo, e para consegui-los você precisa ter a quantidade de exploradores indicados no tiles (1, 2 ou 3), ao cumprir essa requisito, você pega o tile, anda a quantidade de pontos indicada e verifica se abaixo desse tile tem algum desenho especial.

Caso o espaço seja vazio, ele deixa de contar como caminho válido, mas se aparecerem as figuras do falcão, da cobra ou do leão, um novo tile é colocado, e esse novo tile vem com funções especiais tais como passagens secretas, tesouros coringa para o set-collection de final de jogo e escaravelhos que rendem pontuações escondidas.

 A sacada é gerenciar a mão, uma vez que você só usa
a primeira ou a última carta.

Além desses tiles temos também os que dão cartas novas aos jogadores, essas novas cartas entram normalmente na sua mão, mas tem poderes diferentes, e uma vez usadas vão para o descarte comum, podendo ser pegas novamente no decorrer do jogo.

Ainda temos os espaços de "turbo" que obrigam o explorador que para em cima dele a avançar o número de casas indicados, e os espaços que dão chaves que são necessárias para entrar na câmara onde ficam as tumbas dos faraós.

Quando dois exploradores conseguirem entrar nessa câmara, a rodada vigente acaba e contam-se pontos, que são o somatório do lugar onde os exploradores estão no templo, somado aos escaravelhos, chaves não usadas e quantidades de set-collections para definir o vencedor.

 Você para com seus exploradores pelos tiles para pegar
tesouros e para realizar ações especiais.

Eu sou fã do trabalho do Rüdiger Dorn (mesmo autor do Karuba e do Istambul e que inclusive já foi entrevistado aqui no blog) por ele ter soluções super inteligentes em jogos que são muito bons de jogar, e Luxor é mais uma prova de que o cara sabe realmente ser criativo sem precisar de parafernalha nenhuma junto.

Excelente jogo que chega no Brasil e que com certeza vocês precisam jogar e aposto que vão ter na coleção depois de uma partida.

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