quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Whistle Mountain


Depois de ganhar muito dinheiro com as ferrovias, agora os jogadores irão investir em novas tecnologias para extração de recursos das montanhas, mas todo cuidado é pouco pois quanto mais máquinas, mais chances das geleiras derreterem e acabarem afogando as máquinas e os trabalhadores.

Com essa premissa, chega o Whistle Mountain, jogo de alocação de trabalhadores com gestão de recursos e colocação de tiles onde planejamento e uma boa observação das oportunidades serão muito importantes para as pontuações.

No início da partida cada jogador recebe o seu tabuleiro individual contendo seus três balões, o espaço para os cinco recursos do jogo e cada jogador recebe também uma ficha com um poderzinho diferente (para dar aquela assimetria).

No tabuleiro individual temos, além de uma ajudinha,
o lugar para upgrades, os balões e o poder inicial.

No tabuleiro central temos a grande montanha com os espaços para os andaimes e máquinas que os jogadores vão colocar durante a partida, além dos espaços onde você aloca os balões para realizar ações.

Durante cada rodada os jogadores terão turnos onde podem realizar uma ação entre coletar ou forjar e essas ações serão subdivididas.

Na ação de coletar você leva seus balões ao tabuleiro para pegar recursos ou colocá-lo em um dos espaços do tabuleiro para poder comprar máquinas, andaimes, cartas, upgrades ou resgatar um dos seus trabalhadores que estiver se afogando no rio.

Alocamos os balões para conseguir recursos dos
andaimes e das máquinas.

O lance de pegar os recursos é que é uma das paradas mais legais do jogo. Conforme você vai colocando os andaimes (pecinhas tipo tetris) no tabuleiro, eles vão deixando espaços, ao colocar o seu balão nesses espaços você vai pegar recursos de acordo com os lados do balão que forem encostando no desenho do recurso desejado.

Conforme o jogo avança, as máquinas também entram no tabuleiro principal e elas é que serão fontes importantíssimas de pontos e de geração de recursos, só que no caso das máquinas você aloca seu balão em cima delas para ativar, mas ao tocar as peças vizinhas, elas também são ativadas, e aí é que entram a boa observação de oportunidades do tabuleiro.

Mas para construir as paradas, você precisa da ação de forjar, quando você escolhe usar essa ação, você pega de volta do tabuleiro principal todos os seus balões e tem a opção de construir os andaimes e/ou máquinas, além de mover seus trabalhadores do acampamento para os andaimes ou salvar algum que esteja se afogando.

As máquinas ajudam muito durante o jogo,
mas perdem suas funções se forem alagadas.

Os trabalhadores serem colocados nos andaimes servem para que no momento em que você construir as máquinas, consiga colocar em algum espaço com trabalhador seu, isso faz com que ele seja "promovido", uma coisa boa pois além de garantir pontos no final do jogo, também é uma forma de salvá-los de serem afogados.

Agora, o que eu achei mais maneiro no jogo foi justamente esse mecânica do aumento do rio, nela conforme você vai construindo as coisas até determinada altura está tudo tranquilo mas à partir do momento que você cruza uma marca da montanha, toda máquina que é construída faz com que a geleira derreta e o nível do rio aumente.

Na prática é colocada uma barrinha no tabuleiro tapando uma linha do tabuleiro, só que se você tiver ainda algum trabalhador no acampamento ou no andaime daquela linha ele cai no rio e corre o risco de se afogar e além disso as máquinas que forem inundadas param de funcionar, então deixam de oferecer os recursos que estavam escritos nela.

Conforme o rio vai enchendo, a coisa fica feia
para máquinas e trabalhadores.

O jogo vai seguindo até que não tenhamos mais trabalhadores nos acampamentos, então temos pontuações pelos trabalhadores promovidos, perdemos pontos se alguém ficou afogado, pontinhos dos upgrades e recursos e no final quem tiver o maior somatório, ganha.

Whistle Mountain apesar de ser do mesmo autor e parecer ser parecido com seu antecessor, o Whistle Stop, na verdade só tem de semelhança o "whistle" pois são propostas totalmente diferentes sendo esse aqui um jogo bastante desafiador, muito inteligente e pra quem curte um bom euro é uma pedida boa para ter na coleção (junto com o irmão dele, que também é um jogaço).

Ele ainda não tem previsão de chegar no mercado brasileiro, mas esperamos que a Paper Games traga ele pra gente pra família ficar completinha por aqui.


A versão física do jogo é bem bonitona,

tomara que chegue no Brasil.
 

Nenhum comentário: