Finalmente estou conseguindo manter uma regularide no Calabouço, e ontem, mesmo numa noite vazia (só éramos 7) deu para jogar alguma coisinha.
Começamos eu, Fel, Bouzada e André Amiúne estreando o Tribune. O jogo foi criado pelo mesmo autor do Die Macher, o Karl-Heinz Schmiel e o jogo tem um tipo de mecânica meio "em moda" atualmente, que é a de colocação de carinhas nos espaços para ativar a parada (tipo Agricola e Stone Age), mas também é um jogo de coleção de cartas, que na verdade é o que vai ser responsável por conseguirmos completar os objetivos.
O jogo é da Fantasy Flight, então nem precisa falar que ele é bem bonito, o tabuleiro é dividido em duas áreas distintas, uma onde colocaremos cartas e outro são as facções que já vou falar mais adiante.
No jogo temos 5 fases distintas, na primeira preenchemos com cartas os campos onde mais tarde entrarão os carinhas, esses espaços tem valores de compra e efeitos diferentes . Em seguida cada jogador vai colocando seus trabalhados nos espaços que deseja. Depois resolvemos os espaços.
Visão geral do tabuleiro. Foto BGG.
Aí o jogo começa a ficar interessante, depois de termos as cartas vamos resolver a situação das 7 facções do tabuleiro. Essas facções é que vão ajudar a cumprirmos os requisitos para fecharmos o jogo. Para ganhar uma delas você tem que estar com seu carinha lá, e usar um "set" de cartas, se duas pessoas estiverem disputando a mesma facção (é o máximo de disputa por facção, dois jogadores) quem colocou o carinha por último escolhe primeiro as cartas e quem tiver o set maior ou com mais cartas leva.
Outra parada legal é que o jogo pode ser resolvido de duas formas, através de pontos ou de objetivos cumpridos, nós jogamos com os objetivos, nesse caso recebemos uma lista com objetivos e quem completasse 4 primeiro ganhava. Bem a partida foi teve poucos confrontos diretos, ficou meio que cada um tentando fazer seus objetivos sem atrapalhar (demais) a vida dos outros, eu dei uma corrida em uns objetivos no início e acabei ganhando. Achei o jogo muito bom, melhor que o Stone Age que segue a mesma linha.
Visão geral do tabuleiro. Foto BGG.
Depois com a chegada do Franklin jogamos uma partida do El Grande, clássico. Não preciso falar muito sobre o jogo, já a partida foi desastroza para mim, comecei com uma estratégia furada de pontuar rápido e deixei passar uma carta de esvaziar a corte logo na primeira rodada, resultado, passei o resto do jogo contando o prejuízo. Enquanto isso a disputa lá na frente foi apertada até o início da segunda pontuação, quando o Franklin abriu uma boa vantagem e conseguiu manter nos 3 turnos finais e levou o jogo, com o Bouzada em segundo um ponto na frente do André, bem mais atrás ficou o Fel e bem atrás dele (hehehehehe) fiquei eu.
Visão geral do tabuleiro. Foto BGG.
André foi para casa, já eram uma e pouco pegamos um "light" pra fechar a noite e atacamos de Notre Dame. Grande jogo, classudo, rápido e que funciona direitinho. A partida foi disputada pelo Bouzada e pelo Fel que já tem mais de "800" partidas dele, eu e o Franklin ficamos chutando ratos e passeando de charrete crente que isso ia fazer a gente ganhar o jogo. Resultado, empate entre o Fel e o Bouzada, que acabou levando no desempate, o Franklin em terceiro e eu amargando outro último lugar.
13 comentários:
A semana passada eu joguei o Tribune que, acho , foi um dos melhores jogos de 2007. Tem todas as características que eu gosto num jogo: estratégia difícil, variação de líderes, alguma (ligeiríssima) sorte e tempo de jogo nos 70/90.
É um daqueles jogos que, sem serem brilhantes (não há nada tchan), são muito bons, sem defeitos.
PS
Grande Soledade,
Pois é, você definiu bem o Tribune, não é brilhante, mas é muito bom...
Abraços do Brasil...
Também aderi ao fã-clube do Tribune (mas só depois de ganhar uma partida, claro).
Fel = Mr It's Only Fun when I'm winning :-D
Engraçado, o Tribune não me empolgou. A mecânica é boa, mas por alguma razão misteriosa não me entusiasmei.
Pois é Victor, é que lá não tem que receber "uma comida" não pegar em ferramenta.... mas a gente entende as suas "predileções"... hehehehehehe
Agora falando sério, achei o Tribune super "classudo", enquanto o Stone é mais "fun"... E apesar do sorteio das cartas a sorte é bem mais controlada no Tribune...
Abraços...
Cacá, excetuando sua assertiva perjuriosa sobre "comida" e "feramenta" (isso é departamento do Warny, não o meu), concordo com o tudo que citou.
A mecânica é mais fina, mas tenho minhas dúvidas sobre a rejogabilidade (apesar do Felipe ter dito que há vários objetivos, também foi citado durante o jogo queestes não diferiam tanto assim). Talvez o que não tenha me atraído seja o uso das cartas na disputa pelas áreas (seria um "set collection" ? ). Mecanicamente funcional, mas que não me empolgou :)
Fala Cacá... cara o Zoloretto é um coloretto com tabuleiro e duas ou três regrinhas diferentes que o deixam muito melhores... bem filler mas muito divertido... é um dos melhores pra mim... o blokus, esse trigon, é o melhor de todos os blokus... eu adoro jogos tipo puzzle (sem falar das cores) Factory Fun, blokus, Gemblo, etc... otimo filler tb... acho que você tb gostaria...
@victor
Em relação ao Tribune isso é bem verdade. Ele não empolga muita gente. Fazendo uma daquelas analogias futebolísticas, é como um jogador que não joga mal. Ele também não é vistoso e não faz golos e não dribla e não faz nada muito bem, mas não sabe jogar mal. É sempre titular porque é um jogador de treinador, não é um jogador de bancada (arqui-bancada?!). :)
Abraços
PS
É por aí mesmo, Soledade. Se o Tribune se fosse um time de futebol, seria a seleção italiana. COnsegue ganhar, mas de forma pouco vistosa.
Mudando de assunto, confesso que fiquei decepcionado com o visual do Tabuleiro do Princes of Machu Picchu :( . Ok, um jogo pode ser excelente e ter uma arte horrível (ex: Through The Ages), mas será que não poderiam melhorar a arte ?
A arte do Princes está sendo discutida numa lista de mensagens e concordo com o que foi dito sobre um outro jogo do autor:
"antike: capa funcional, bonita até, com uns desenhos de uns guerreiros horriveis parecendo livro da terceira serie."
Bem, pelo menos eu gostei da mecânica do Antike (mas sim, aqueles guerreiros na capa são hediondos). Já o Imperial tem uma qualidade visual melhor mas eu não tive uma boa impressão do jogo.
Sei que não é mais possível mudar, mas gostaria que o tabuleiro do Princes fosse melhor ilustrado.
Um adendo... Excelente analogia Soledade, hehehehehhe....
Mas ainda tendo a gostar mais do Tribune, embora goste do Stone, enfim, questão de gosto...
Sobre o "Princes" realmente não achei a arte tão bisonha quanto o povo tá falando, mas enfim, o que temos que esperar mesmo é o jogo...
E Formiga, vou ver se consigo jogar o Trigon, sou fã do Blokus (tenho até um home-made dele)...
Abraços aos amigos...
A arte do P. Machhu Pichu não é grande coisa, é verdade. Também não é péssima. Eu próprio disse ao Mac Gerdts que mais parecia um protótipo mas ele confia e gosta do trabalho daquele artista gráfico, o que fazer?!
Pelo menos o jogo é bom, mesmo muito bom. Quer dizer, não é melhor que o Imperial, na minha opinião, o que, obviamente, já vos pode fazer desconfiar :)
Abraços
PS
Cacá e formiga, eu adoro o Blokus. Já conheço o clássico e o travel. O trigon é tão bom assim? Quase encomendei o Blokus, mas não sabia se o trigon era melhor.
Quanto ao Princes, Soledade, espero que em jogos futuros o mr. Mcgerdts se sensibilize à críticas sobre a arte. Tomara que haja resenhas no BGG para que volte a me entusiasmar.
Em tempo, falando de jogos feios mas excelentes, eu conheci o Antiquity no fim de semana passada. Mecânica ótima, mas os tiles são feios de doer.
Vitor,
o blokus travel é muito paradão... pequeno e somente dois players... o pra 4 pessoas é + legal... o trigon acho que cria mais possiblidades de caminhos... mas o melhor é o Gemblo...
O campeão de feiura é o Age of Steam...
Abraços
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