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quinta-feira, 17 de junho de 2021

ToteMonstros


No topo da montanha há um lugar maravilhoso para que sua tribo possa se estabelecer, um espaço lindo, fértil ideal para que a vida prospere, o único problema é que outras tribos também acham isso então o topo da montanha vai ser um cenário de batalhas para ver quem vai se assentar por lá.

Com essa premissa ToteMonstros dos amigos Daniel Martins e Leandro Pinto, faz com que cada jogador tome partido de uma das quatro tribos (os Goblins, os Diabretes, os Gnomos ou os Kobolds) e precise usar toda sua destreza para derrotar os adversários para ser a tribo que irá usufruir do espaço no topo da montanha.

ToteMonstros é um jogo de petelecos em dados, é assim que você vai resolver as batalhas e derrotar seus oponentes.

As tribos se enfrentam pelo controle
do topo da montanha.

Um tabuleiro modular é montado no início da partida com espaços neutros, espaços que começam com dados da sua tribo e existem também rochas (dados neutros) que são colocados no setup do jogo, cada tribo recebe então cinco cartas correspondentes aos dados dos seus guerreiros (são 3 recrutas, 1 furtivo e 1 brucutu).

A rodada funciona da seguinte maneira, o jogador da vez tem 3 pontos de ação para serem gastos em movimentação, invocação ou ataque.

A movimentação é importante para você andar com seus dados pelo tabuleiro e principalmente para prepará-los para os ataques, uma vez que você só pode atacar um oponente à partir de uma torre, que é um dado em cima de outro dado (seja um guerreiro ou uma rocha).

O lance é mirar e tentar acertar o
dado da tribo oponente.

As invocações servem para trazer novos dados para o topo da montanha, eles sempre aparecerão nos espaços indicados da sua tribo e ficarão disponíveis para serem usados para atacarem os adversários.

Agora a parte mais divertida do ToteMonstros são os ataques, que basicamente é mirar no dadinho do adversário à partir de uma torre e dar um peteleco de forma a fazer com que eles se encostem.

Acontecendo isso o dado adversário sofre um dano, se o dado for acima do poder inicial dele aquele dado fica fora de combate e o jogador adversário fica com um dado à menos.

Outra forma de diminuir as fileiras dos adversários é empurrando um dos seus oponentes para fora do tabuleiro, dessa forma é como se o dado tivesse sido jogado da borda do topo da montanha para encontrar uma terrível morte.

Depois de tomar todo seu dado ou ser jogado
para fora da montanha, você perde aquele dado.

Uma coisa legal do ToteMonstros é que cada face dos dados tem poderes especiais que são ativados ao final da fase de combate pelo dado que realizou o ataque e esse poderes servem para tentar acelerar o fim do jogo movendo dados, se esquivando, atordoando enfim uma série de ações para dar uma dinâmica legal aos dadinhos.

Quando uma das tribos se vê sozinha no topo da montanha, isto é, derrotou todos os outros adversários, ela é considerada a vencedora e o jogo termina.

ToteMonstros é um jogo muito bacana, jogos de petelecos tendem a ter partidas com alto nível de risadas e se você ainda precisa mirar no outros amiguinhos tem sempre a chance de haverem muitas implicâncias no decorrer do jogo, o que só colabora para cada partida seja bem divertidas.

Aqui o problema da produção não é muito sentido,
os dados são de boa qualidade e tranquilos de petelecar.
 

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Linha Premium de Jogos ESTRELA


Fundada em 1937, a Brinquedos Estrela é uma das editoras mais antigas de jogos e brinquedos em atividade no Brasil, sendo responsável por comercializar alguns dos maiores clássicos em jogos de tabuleiro como Detetive e Banco Imobiliário ela agora tenta entrar no mundo dos jogos modernos com a sua linha Premium.

Eu recebi os três primeiros jogos dessa linha, o Herdeiros do Khan (Lucas Ribeiro/Rodrigo Rego), ToteMonstros (Daniel Martins/Leandro Pinto) e o Navio Pirata (Beto Feres) e resolvi falar um pouco primeiro dessa iniciativa da marca e também do que esperar do material que cada caixa dessa nos apresenta e em breve falarei de cada jogo individualmente.

O Navio Pirata tem quase 200 cartas para serem
destacadas e um tabuleiro de papel cartão.

A primeira coisa que devemos ressaltar na iniciativa da Estrela é que esse jogos não estão sendo feitos para os colecionadores, é isso. A linha de jogos segue o padrão de qualidade que sempre foi característico da Estrela, que são componentes bem simples que vão desde a caixa em cartão corrugado, passando pelas cartas em que nós precisamos destacar e o manual em uma cor só.

O que inicialmente pode ser um balde de água fria para quem esperava que o "Premium" do título fosse passado para os componentes, principalmente para quem conhecia os jogos que já rodaram edições passadas do Diversão Offline sempre com bastante gente interessada.

O ToteMonstros tem bons dadinhos para serem
adesivados e hexágonos para o tabuleiro modular.

Mas a Estrela aqui tenta trazer para o mercado de massa aqui no Brasil (que se importa mais com o preço do que com a qualidade) os jogos com mecânicas mais elaboradas para vender em lojas de departamentos e produzido em quantidades que seriam impossíveis na qualidade que estamos acostumados a ver nos jogos europeus ou até mesmo as iniciativas de editoras nacionais.

Para vocês terem uma ideia do que estou falando, cada um desses três títulos terá uma tiragem inicial de 10 mil cópias, comparando com outros jogos a tiragem total do Die die DIE foi de 1200 cópias (via Catarse) ou alguns jogos que não chegam a 500 unidades no seu lançamento.

O público que a Estrela pretende atingir aqui é alguém que entra numa loja para comprar um presente, se depara com WAR e Banco Imobiliário e pensa em uma opção diferente, vendo capas como a do Khan e do ToteMonstros opta por um jogo diferente e leva pra casa uma nova experiência em jogos de tabuleiro.

O Herdeiros do Khan tem muitos componentes,
destaque para o tabuleiro muito bom.

Pensando como divulgador do hobby acho louvável essa empreitada de uma das mais conceituadas empresas de brinquedos do país, ainda mais por vermos que a sua maior rival já não está mais trazendo nada de novo em matéria de jogos modernos.

Como colecionador, fico triste de ter um jogo de pessoas queridas como o Daniel e o Rodrigo terem chegando ao mercado com uma qualidade aquém do que o jogo merece, mas sei que eles estão super felizes de verem seu "filhote" sendo comercializado, isso para o autor é realmente algo sem tamanho e merece todo o crédito.

Então a conclusão que eu chego é que a Estrela pode sim ter sucesso nessa empreitada, muito pelo nome e pela qualidade dos jogos apresentados, mas que ela poderia ter caprichado muito mais no resultado final apresentado.

É meio desanimador ter que destacar
quase 200 cartas (com muito cuidado).