quarta-feira, 27 de março de 2019

Vampire : The Eternal Struggle


Na escuridão, uma guerra sem fim é travada entre os vampiros mais antigos, esses "Matusaléns" convocam neofitos para seus exércitos e lhes prometendo sangue dos inimigos, os colocam na frente de batalha para que seus clãs prevaleçam e sejam cada vez mais respeitado.

Com essa premissa, em 1994 o grande Richard Garfield lançou seu card-game colecionável baseado no universo vampiresco do World of Darkness, esse jogo foi inicialmente chamado de Jyhad, mas devido as crescentes ondas terroristas ligadas e motivos religiosos (que também levam esse nome), em 1995 ele recebe seu nome definitivo, Vampire : The Eternal Struggle.

Nesse jogo, cada jogador assume o papel de um dos Matusaléns controlando sua horda de vampiros atacando sua presa e se defendendo do seu predador.

 Na nossa mão, cartas que vão ajudar na disputa contra
nossos adversários.

O baralho do Vampire é formado de duas formas distintas, uma é a cripta, onde o jogador escolhe vampiros que serão enviados para conseguir acabar com o sangue dos seus adversários, e para isso eles vão precisar da biblioteca, onde teremos cartas que baseadas nas disciplinas escolhidas, darão ações para os jogadores além disso cada jogador começa com uma reserva de sangue que serve para acordar seus vampiros e pagar por determinadas ações.

Uma rodada padrão é composta pela fase onde os vampiros utilizados previamente são acordados, depois o jogador pode usar cartas Master, seguido pela fase onde os vampiros realizam suas ações, depois o jogador pode colocar sangue nos vampiros ainda não controlados e finalmente pode descartar cartas para rodar sua mão.

 Mas precisamos antes acordar nossos vampiros,
para isso damos o nosso sangue... literalmente.

A fase de ação dos vampiros é a mais importante, nela é que acontecem os ataques, onde são baixadas as cartas de política e principalmente onde os jogadores tentam reduzir a reserva de sangue da sua presa.

Ao contrário de jogos como Magic e atualmente o Keyforge (ambos também de autoria do Garfield), no Vampire as partidas podem ter mais de dois jogadores, então a definição de presa/predador é super importante para o andamento do jogo, pois por princípio o jogador só pode atacar sua presa, então a sua preocupação principal numa mesa grande é atacar um jogador e se defender de outro.

Mas o Vampire é muito mais profundo que isso, nesses anos todos foram muitas expansões, que sempre trazem novas cartas, novos vampiros, e as vezes novas situações de jogo, então uma das grandes graças é você tentar ir equilibrando se baralho.

 Anos de expansões e edições conferiram um monte
de vampiros, difícil é escolher só alguns pro seu baralho.

Depois de 2010 o jogo entrou em "torpor" por conta de disputas entre editoras, mas ainda assim os jogadores continuaram fazendo o jogo funcionar, criando inclusive expansões que só saíram em PDF, mas depois de anos sem alguma posição oficial, agora em 2019 a Black Chantry anunciou que vai voltar com a produção do jogo, e a Conclave vai trazer inicialmente a versão em inglês e quem sabe finalmente teremos o Vampire : The Eternal Stuggle em português.

Para mim, ele é um dos card-games mais bacanas de todos, e acho que esse retorno dele ao mercado vai trazer muitos novos jogadores e fazer com que ele cresça mais, pois além do tema ser muito bem implementado, vem com toda a mística do Vampire : The Mascarade que por si só já é um chamariz e tanto.

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