segunda-feira, 25 de março de 2019

Glory to Rome


Lançado em 2005 pelo designer Carl Chudyk, Glory to Rome é um dos primeiros (se não for o primeiro) a trazer uma multi-função para as cartas e na época em que foi lançado chamou atenção por diversos motivos (bons e ruins) e vamos falar um pouco desse excelente jogo para vocês.

No jogo, após o grande incêndio que praticamente devastou grande parte da cidade de Roma, os jogadores são convocados pelo Imperador Nero para juntarem recursos para se reerguerem à partir dos destroços.

Basicamente juntamos recursos, usamos mão de obra de trabalhadores, erguemos prédios e assim ganhamos influência junto ao Imperador, isso tudo em um card-game bem dinâmico.

 As cartas servem para diversas finalidades
durante o jogo. Foto ArsTechnica.

O jogador da vez, chamado de líder, tem duas opções possíveis na rodada, ativar um dos seis personagens do jogo ou pensar, comprando assim cartas para sua mão e encerrando assim sua rodada prematuramente.

Ao puxar um dos personagens, todos os jogadores podem seguir esse chamado, utilizando uma carta da mesma função que esteja na sua mão ou também podem pensar.

Os personagens são usados para contratar clientes (que ajudam nas puxadas posteriores de funções), conseguir materiais, começar construções e adicionar materiais até que elas fiquem prontas, vender materiais para ganhar pontos no final e os legionários que cobram recursos dos outros jogadores.

Você vai construindo prédio, contratando clientes,
vendendo materiais entre outras coisas. Foto ArsTechnica.

O lance do Glory of Rome é as cartas são usadas para todas essas funções, você tem várias representações nas cartas, elas podem ser usadas como materiais, como as cartas de função e como prédios, que ao serem construídos dão uma série de vantagens aos jogadores.

Mas ele também é um jogo onde a área de compras no centro da mesa, vai se expandindo durante o jogo, e como os prédios tem mais de 40 tipos diferentes, pode ficar uma confusão danada, tanto que o autor inclusive recomenda que as primeiras partidas sejam usadas sem os textos delas.

O jogo prossegue com os jogadores puxando as funções e construindo coisas até que uma das algumas condições de fim de jogo sejam alcançadas, os pontos são contados pelos materiais vendidos, mais os pontos de influência em quem tiver a maior pontuação é o vencedor.

 A primeira versão do jogo era horrível e vinha numa
embalagem plástica bizarra. Foto BGG.

A primeira versão do jogo tinha uma ilustração cartunesca (bem feia inclusive) e um financiamento coletivo foi feito para uma versão mais minimalista e que fez um enorme sucesso, mas os atrasos na entrega e outros motivos, fizeram com que os autores, também responsáveis pela produção, se distanciarem do público e praticamente desistissem do jogo, e a versão "black box" do Glory to Rome é hoje um daqueles itens que quem tem não se desfaz pela raridade.

Ele chegou a ser reimplementado em jogos como o Uchronia em 2012 e o Mottainai, que saiu no Brasil pela Ludofy em 2017, e ainda é pra mim um dos card-games mais criativos e interessantes que eu já joguei, e foi um grande influenciador nos anos seguintes.

https://www.bucaneirosjogos.com.br/kingsburg-segunda-edicao?utm_campaign=eaitemjogo_bannerlateral&utm_source=eaitemjogo&fbclid=IwAR1FZKeJRltB6tr3DkOIb1NFrcjMqRL9UTtMbcx2Ax8jBuKIi9duRrpnGIY

Nenhum comentário: