terça-feira, 29 de outubro de 2019

Brass : Lancashire


Em meio a Revolução Industrial inglesa, grandes empreendedores enxergam a oportunidade de fazer dinheiro e ainda entrar para a história ao construir o progresso, é com essa pegada que em 2007 o grande Martin Wallace lançava uma das suas obras-prima que em 2018 recebeu uma repaginada e é essa versão que chega ao mercado brasileiro pelas mãos da Conclave Editora.

Em Brass : Lancashire os jogadores são empreendedores criando canais e ferrovias para transportar ferro e carvão e ainda levando tecidos manufaturados para fora do país através dos portos para então crescer o seu império financeiro tornando-se o mais rico entre todos.

O jogo se passa em duas Eras distintas, a Era dos Canais e a Era das Ferrovias e tem um tabuleiro central representando parte da Inglaterra, cada jogador tem um tabuleiro pessoal com os prédios que serão construídos durante o jogo, além das peças de canal/ferrovias que vão ajudar a montar a sua rede de entregas.

 Você constrói rotas e prédios para ganhar dinheiro e prestígio.

A mecânica central do Brass baseia-se nas cartas que você tem e a melhor forma de usá-las, a cada ação realizada você obrigatoriamente usará pelo menos uma delas para realizar a ação desejada.

As ações são basicamente construir prédios, conexões, desenvolver prédios, vender tecidos e pedir empréstimos, na sua rodada o jogador pode fazer exatamente duas dessas ações, comprando novas cartas e encerrando sua rodada.

 As cartas são o coração do jogo, com elas é que vamos
pensar na nossa melhor jogada.

O grande lance do jogo é que duas ações são super apertadas, você quer construir sua rota, pra depois entregar, conseguir dinheiro pra depois construir, e tudo isso consome as vezes duas ou três rodadas, e nesse passar de tempo às vezes um outro jogador te dá uma pernada e você fica a ver navios (ou trens dependendo da Era).

Aliás, a parte do dinheiro então consegue ser cruel mas com uma mecânica brilhante, você pode ir pedindo empréstimos durante o jogo, e isso vai fazer com que você caia na trilha de recebimentos, isso durante os primeiros momentos do jogo gera decisões doídas e as vezes você se vê pagando dividendos ao jogo, o que é uma coisa muito ruim, mas dificilmente (eu nunca vi) você vai conseguir prosperar sem fazer os malditos!

Outra coisa muito legal no Brass é a defasagem dos prédios, e a necessidade que os jogadores vão tendo de desenvolvê-los para conseguir construções mais modernas e que ajudem na renda e posteriormente na pontuação do jogo.

 No tabuleiros dos jogadores, prédios à serem construídos,
mas cuidado, com o passar das Eras alguns ficam defasados.

A primeira Era (dos Canais) termina quando o deck e a mão dos jogadores acaba, então acontece uma pontuação e são tirados do tabuleiro todas as conexões e prédios referentes a primeira Era, as cartas são re-embaralhadas, distribuídas aos jogadores e a Era das Ferrovias começa terminando o jogo no mesmo critério da Era anterior, tendo uma nova pontuação e quem tiver mais pontos é o vencedor.

Brass : Lancashire é um jogo brilhante, na minha opinião um dos melhores do grande Martin Wallace, e essa versão repaginada (mais graficamente, mas com uns detalhes arrumados) está realmente fora de série, é um daqueles jogos que todos que gostam de um euro de respeito devem jogar.

 Conforme o jogo avança, o mapa vai ficando
bem apertado e mais difícil de conseguir espaço.

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