sexta-feira, 25 de setembro de 2020

TOP 3 : Jogos bons... mas feios!


Esse mês entrou na lista de jogos do Board Game Arena o excelente Saint Petersburg, mas que apesar de ser um daqueles euros inesquecíveis, é feio de doer, o que resultou numa resenha muito boa do Luis Perdomo, lá na Ludopedia (aqui o link).

Baseado nessa resenha e na minha experiência própria, fui relembrando de outros jogos maravilhosos, mas que as editoras resolveram não investir na parte gráfica, o que na prática pode inclusive afastar novos jogadores.

 Saint Petersburg : Jogaço, com uma arte medonha

Eu, por exemplo, demorei muito tempo para me interessar em jogar o ótimo Ilha dos Dinossauros por achar ele graficamente medonho (acho as escolhas de cores dele, toda errada).

Então vamos aqui elencar três jogos muito feios, mas que são excelentes.


Puerto Rico foi por anos o TOP1 no Board Game Geek, mas seguindo uma tradição da Alea, o bicho é feio demais, aliás, nem sei se dá para considerá-lo feio, pois a arte é praticamente inexistente.

Tanto isso é um defeito a ser considerado, que ele ganhou redesign feito por fã, o artista Mike Doyle, mas também nas edições posteriores, tentaram dar uma "melhorada" colocando arte nos tiles e tals, mas ainda assim, a Alea consegue não ser uma editora que melhora muito graficamente seus jogo, deixando à desejar muito mesmo nessas reedições.


Outra editora, dessa vez autoral, que consegue ter praticamente zero apreço pela parte gráfica, era a extinta Treefrog do grande Martin Wallace.

Muitos dos seus melhores jogos foram lançados com arte feia ou no melhor dos casos, aceitável, mas a primeira versão do Age of Steam se destaca aqui.

Sério, esse "design" aqui só pode ter sido feito
de má vontade.

Como já falei em outras oportunidades, esse é um jogo fora de série, mas a primeira edição dele parece terem pego o protótipo e lançado.

Tudo é muito feio, o mapa, o tabuleiro de mercado, até os componentes não ajudam muito por aqui, e embalando tudo isso, até a capa não colabora, mas é um jogo maravilhoso.


Agora a empresa campeã em feiura/jogo bom é sem sombra de dúvidas a Splotter Spellen que consegue fazer com que TODOS os seus jogos sejam ótimos, mas feios de fazer vergonha na mesa, e pra mim, dentro de um catálogo medonho, o grande campeão é o Roads & Boats.

Esse é um dos jogos mais feios de todos os tempos, sério, tudo nele é medonho, e apesar disso, é um dos melhores euros pesadões que eu já joguei na vida.

Aqui todas as escolhas gráficas foram erradas, os tiles foram feitos de forma preguiçosa, o marcador de tecnologia é ruim de usar, o fato de precisar meter um acetato por cima dos componentes para que ele seja rabiscado é no mínimo temeroso, o tamanho da caixa é bisonho e para coroar, uma das PIORES capas de jogo já lançadas.

 Todos os componentes do Roads & Boats são feios.

Aí você deve estar se perguntando o que faz alguém querer chegar perto desse jogo, bem, ele é brilhante, toda a "engine" dele o processo de você começar com um pato, um toco de madeira e no final das 4 ou 5 horas de partida estar extraindo petróleo e fazendo dinheiro é bárbaro.

Roads & Boats foi um jogo que por anos esteve fora de catálogo (como boa parte dos jogos da Splotter), mas que eu fiz questão de produzir uma cópia "home-made" melhorando os componentes para que ficassem mais apresentáveis na mesa.

O mínimo esforço foi suficiente para ter componentes
mais apresentáveis para esse JOGAÇO!
 

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