A partir de hoje vou começar uma série de posts sobre o mercado nacional de jogos de tabuleiro. Nessas matérias vou tentar focar principalmente na galera que está fazendo um trabalho independente de qualidade e com isso ajudando ao crescimento do hobby no país.
O COMEÇO
Desde pequeno eu sou acostumado a passar algumas horas com meus irmãos, primos e amigos em volta de algum jogo de tabuleiro. Nos anos 80 tínhamos uma boa quantidade de opções, na maioria dos casos trazidos pela GROW ou Estrela.
WAR da GROW, um dos antigos clássicos. Foto BGG.
Quem já jogou uma partida de WAR, Banco Imobiliário, Detetive, Scotland Yard, Imagem & Ação entre outros, sabe bem do que eu estou falando.
O problema é que desde os anos 80 até o início deste novo século, continuávamos com essas pérolas e ocasionalmente algum outro título que entrava no mercado e depois de pouco tempo não se achava mais.
Banco Imobiliário, ainda hoje sucesso de venda. Foto BGG.
Mas a partir de 2001 os brasileiros começaram a ter maior conhecimento do boom que estava acontecendo na Europa e nos Estados Unidos, a chegada dos jogos de tabuleiro moderno e o nascimento da maior lista de discussão sobre o assunto, o Boardgame Brasil.
Com grupos de jogadores principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, começaram a chegar as mesas brasileiras jogos como Settlers of Catan, Puerto Rico, El Grande, Clans, Transamerica e outros que foram pioneiros em mecânicas modernas, regras diferenciadas e que mostraram aos jogadores que existia vida inteligente além do Monopoly.
Imagem & Ação, clássico party-game. Foto BGG.
PRIMEIRAS INICIATIVAS
Agora que nós descobrimos esse mundo maravilhoso, como ter acesso aos jogos modernos? Ou os jogadores vendiam os jogos entre si, ou buscavam nas lojas de jogos importados pelos títulos.
O problema era tentar levar esses títulos ao público não muito acostumado a ler em inglês, então começaram a aparecer no mercado os primeiros selos a trazerem os clássicos importados para o Brasil.
Samurai da Ceilikan, umas das primeiras iniciativas nacionais.
Os primeiros casos foram o Catan e Carcassonne (trazidos pela Devir), o Arte Moderna (trazido pela Odysseia Games) e o Samurai (da Ceilikan), que trouxeram alguns clássicos já reconhecidos pelo público lá fora ao mercado nacional.
Mas apesar desses primeiros títulos, ainda estávamos carentes de novidades e de iniciativas que apoiassem os autores nacionais.
2 comentários:
Fala Cacá,
Me intriga saber que o Catan nacional parece que esgotou a primeira tiragem, porém ainda não ha sinais de uma nova.
Outro fato curioso foi que, em uma breve troca com um dos criadores do Cosmic Encounter, perguntei a razao do jogo nao ter nenhuma reedicao por aqui.
A edicao antiga classica da Grow era pirata, por isso saiu de mercado. Um outro empecilho é que as taxas para a nacionalizacao de jogos (não sei ao certo como isso funciona) torna uma possivel reedicao inviavel economicamente.
Abracos
Espero que essa saudavel discussao a respeito do mercado continue em andamento, pelo blog e outros meios.
Fala Cacá,
Muito bom esse post.
Estou interessadíssimo nos posts futuros e nos comentários que virão.
O mercado nacional me decepcionou por muito tempo e agora começa a crescer aquela luz no fim do túnel.
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