No último sábado, dia 17, aconteceu a primeira edição do Mansão Convida, um evento voltado exclusivamente para a apresentação de protótipos que ainda não tem contrato assinado com nenhuma editora.
Além dos próprios "mansioneiros", foram convidados outros 5 designers do Rio e de fora para apresentarem seus jogos, e o que poderia ter sido uma aposta arriscada acabou tornando-se um tremendo sucesso de público.
Começando às 14h e se estendendo por seis horas de evento, foram 20 mesas onde 10 protótipos eram apresentados, e um público de mais de 80 pessoas dentre jogadores da velha guarda e novatos não deixaram os designers pararam nem pra bater papo.
Mesas cheias e concorridas o tempo todo.
Uma grata surpresa também foi a presença do Cris Boelinger (autor do Archipelago e Dungeon Twister) que trocou ideia com os autores, jogou alguns protótipos e foi super simpático com todos que estavam lá.
Apesar de não ter chegado no início do evento, deu tempo de jogar quatro protótipos, dois de amigos "mansioneiros" e dois de outros autores, e agora vou falar um pouquinho de cada um deles para vocês.
Rodrigo Rego
Esse eu já tinha jogado uma versão anterior, mas como é do Rodrigo fiz questão de jogar novamente para ver as mudanças.
Ele é um tile placement onde somos arquitetos montando prédios colossais cheios de entretenimentos e funcionalidades para os hóspedes que vão chegando.
Como grande parte dos jogos do Rodrigo (autor também do Papertown) ele é um jogo médio, divertido, e que já está praticamente pronto para as editoras interessadas.
Sanderson Vigolino
O Sanderson é outro velho conhecido da galera carioca, o "formigas" é um jogo que eu tinha lido o manual, mas ainda não tinha sentado para joga-lo.
Nele somos formigueiros que durante as quatro estações do ano precisam coletar recursos, aumentar seus domínios e ficar de olho nas ameaças que estão sempre a espreita.
Jogo rápido, de decisões a curto prazo e bem amarradinho ao tema, com uns ajustes tem tudo pra ser um dos grandes jogos do Sanderson (que tem no currículo o Cangaço, vencedor do 2º Protótipos em Jogo).
Robert Coelho
O Robert foi um dos autores de fora do Rio que vieram abrilhantar essa primeira edição, e com ele trouxe um tile-placement bastante legal, o Lands.
O jogo faz um draft de tiles que são colocados numa matriz de 5x5 no máximo e que no final de três eras pontua conforme uma tabela.
O jogo tá redondinho também, jogamos numa mesa boa e ele rodou super bem, o Robert já tem planejado para ele expansões e com uma arte caprichada ele tem grandes chances de ser um sucesso entre os jogadores.
CASSINO ZEPPELIN
Romulo Marques
O último que eu joguei foi o mais novo projeto do meu brother/vizinho Romulo (que assina comigo o Die die DIE).
Na Inglaterra vitoriana era proibido jogos de azar em solo britânico, a solução? Colocar cassinos voadores, e nós como empreendedores somos responsáveis por levar os ávidos jogadores aos zeppelins para que eles possam deixar o seu rico dinheirinho em nossos cofres.
Dos que eu joguei é o mais "cru" ainda, tem bastante caminho ainda pela frente, mas apresenta umas coisas interessantes como os zeppelins se empurrando pelo espaço do jogo e a fila de clientes.
Dois andares com mais de 80 pessoas jogando.
Os que eu não consegui jogar foram o Levitadores do André Teruya, o Heráldica do Swami Guimarães, o Datacube do Eduardo Guerra, o Master Detective do Leandro Pires, o Wise Guys do Humberto Cotta e o Herdeiros do Khan do Lucas Ribeiro, o que foi uma pena, pois todos pareciam grandes jogos mas o tempo não foi suficiente para experimentar todos eles.
E foi isso, essa primeira edição do evento só não foi perfeita por conta do dia extremamente quente no Rio (que fez com que o ar-condicionado da casa não desse vazão) e pela ausência de mais representantes de editoras, nesse ponto a Dijon Jogos está de parabéns pois apostou no evento e viu em primeira mão grandes jogos. Agora é esperar ansiosamente por novas edições.
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