quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Novidades Brazucas à Caminho!


Nesse tempo que tenho ficado em casa, tive a oportunidade de jogar um monte de jogos ainda em estágios de preparação para se tornarem produtos prontos para chegarem as prateleiras dos jogadores brasileiros.

Alguns eu acompanho desde o "berço" outros só vim a conhecer agora já quase prontos, mas vou deixar aqui as minhas impressões e espero que mais pra frente todos ganhem postagens exclusivas de lançamento com o jogo já sendo produzido e disponível em todas as ludotecas.


Durante a GenCON Online tive a oportunidade de jogar o Persona Non Grata com o grande Sergio Halaban, que além de ser um dos autores mais antigos no Brasil sempre produzindo é certamente um dos mais gente fina.

Esse é um jogo de cartas que onde os jogadores são bichinhos tentando hackar um sistema, nós vamos usar um sistema de draft para tentar recolher chaves que nos darão pontos ao final do jogo.

Ele tem um sistema de draft junto a escolha de ações escondidas muito promissor, e eu gostei muito de como ele se desenvolve (apesar de não ter conseguido terminar a partida) e já está assinado com a Dijon Jogos.



Outro que eu joguei na GenCON Online foi o Camisa 12, esse eu conheço desde os primeiros rabiscos e já joguei um monte de vezes.

Nele duas torcidas rivais participam de um clássico enchendo o estádio e com isso empurrando o seu time para a vitória.


O jogo se utiliza de um rondel para escolha de tiles, além de cartas de objetivos secretos que podem ser usadas para aquela virada de jogo sensacional aos 47 do segundo tempo.

O Camisa 12 tá prontinho, pra mim é um dos meus jogos preferidos do Rodrigo e eu espero que saia logo com a qualidade que a Dijon Jogos vem produzindo (e o jogo merece).


Outro do amigo Rodrigo Rego mas dessa vez como co-autor outro grande amigo de jogatina, o Leandro Pires, Salon de Paris é um jogo de colocação de tiles tipo tétris, onde estamos em exposições para conseguir as melhores obras no meio de um pandemônio de artistas querendo um lugar ao sol.

O grande lance do jogo vem do leilão para a escolha das peças e a colocação delas no seu tabuleiro pessoal ou em um salão de exposição comum, onde em ambos os casos você pode valorizar ou depreciar determinado tipo de obra e ganhar também pontos e ajuda na hora do leilão.

Esse tá ainda na fase de mudanças e arrumações, mas é bastante promissor, ainda mais se ganhar uma arte caprichada, pode vir a ser um daqueles jogos que você quer na coleção pela beleza dos componentes (além de ser um jogo muito gostoso).


Pindorama é uma criação do Eduardo Andrade e trata da colonização das Américas desde a chegada dos Europeus em 1492 até a industrialização no início do século XIX.

Cada jogador é um grupo ameríndio tentando sobreviver à chegada dos brancos, e nesse processo temos também a chegada dos negros escravizados que dividem esses espaços.


O Eduardo fez uma pesquisa muito grande, e você tem momentos chave da história do nosso povo que influenciam diretamente no decorrer do jogo que mecanicamente trabalha com o conceito de controle de área.

Apesar de parecer difícil num primeiro momento, quando você joga ele é muito fluido e mesmo ainda não estando 100% finalizado, tem tudo para ser um dos grandes jogos nacionais em termos de estratégia, fiquem bem ligados nesse aqui.


Terminando meu passeio pelos protótipos temos o Front, um jogo de cartas para duas pessoas com temática da Segunda Guerra Mundial feito pelo Alexander e que impressiona pelo design gráfico e pelo cuidado na pesquisa histórica.

Mas isso aliado a uma mecânica inteligente de escolha simultânea de tropas, faz com que o jogo seja muito bacana e estratégico.

Ele funciona como uma "melhor de três" conflitos, em cada um deles temos condições adversas, a entrada de personagens com efeitos especiais e muita observação de situação para que os conflitos sejam resolvidos de forma favorável para o seu lado.


Por enquanto é isso, e pensar que eu ainda estou super enrolado postergando partida de jogos como Rio 1808 do Butilheiro, o Bom do Videogame dos amigos Patrick e André, mais uma novidade da Bucaneiros, o Opentop do Éderson e novidades do Quilombolas do Valter.

Esse está sendo um ano produtivo para os criadores, uma pena que as jogatinas tenham que ser virtuais, mas pelo menos dá pra jogar coisas que dificilmente eu teria acesso mais fácil, mas acho legal que as editoras (principalmente as maiores) comecem a olhar para os autores nacionais com mais carinho, tem saído uma leva de jogos muito interessante que não podem ficar só no protótipo.

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