quarta-feira, 2 de março de 2022

A Primeira Impressão é a que Fica?


Sabe quando você experimenta uma comida pela primeira vez ou quando você vê um filme ou ouve um disco e aquele primeiro encontro te deixa com uma sensação esquisita, pois é nos jogos de tabuleiro também temos esses casos, mas diferente de outras mídias acho que nos jogos temos um monte de fatores que pode alterar essa experiência.

Hoje eu poderia estar fazendo uma resenha do Ankh : Deuses do Egito, mais recente jogo do Eric Lang, mas devido a uma primeira experiência bastante decepcionante resolvi escrever um texto mais abrangente sobre o assunto.

Nos jogos a experiência da primeira partida passa por fatores que são muito importantes como os outros jogadores na mesa em que está sendo jogado, se as regras foram corretamente aplicadas e se tudo estiver na "temperatura e pressão" corretos vem o jogo em si.

Hoje podia ser sua resenha, mas você não colabora.

Então as vezes não curtir o jogo de primeira pode não ser culpa do jogo mas da experiência em geral e aí será que vale a pena dar uma segunda chance?

Eu já tive casos de jogar várias vezes jogos que eu não gostei de primeira e eles continuarem lá em baixo no meu gosto, como o Caylus e o Power Grid só para citar dois exemplos, mas também tem os casos em que o jogo acaba brilhando em outras mesas, comigo aconteceu com o Princes of Florance e o Coup.

O grande problema hoje é o excesso de jogos que nos são apresentados a cada vez que sentamos com os amigos (principalmente se você tá nessa de produzir conteúdo), o que as vezes nos impede de jogar um jogo que consideramos "menos bom" uma segunda ou terceira vez.

Princes of Florence, um jogo que teve uma primeira impressão horrível mas melhorou com outras partidas. Foto BGG.

Pode ser que com a volta dos eventos (aqui no Rio ainda estamos bem devagar nesse retorno) com mais tempo de jogatina pode ser que dê pra ter sempre uma mesinha "Tente Outra Vez" para esse tipo de redenção (ou não) dos jogos.

No citado caso do Ankh : Deuses do Egito eu espero conseguir jogar pelo menos mais uma vez pra quem sabe escrever uma resenha dele, mas ele de cara mostrou umas facetas que eu não curti (tipo o jogador mais pra trás não conseguir muitas chances de recuperação ainda zoar com o amiguinho que estiver logo à frente puxando ele pra trás).

O que dá pra passar de dica é que se você não curtiu a experiência de um jogo tente perceber o que pode ter dado errado (mesa, regras, gosto) e baseado nisso veja se vale gastar seu tempo nele de novo pra dar mais uma chance ou se põe a fila pra andar.

Já com o Power Grid não rolou mesmo depois de algumas partidas. Foto BGG.
 

Um comentário:

Unknown disse...

Isso (Não gostar de um jogo na primeira partida) rolou comigo no Brass Lancashire, que foi meu primeiro contato com o design do Martin Wallace. Na segunda vez joguei o Birmingham e minha cabeça explodiu. Gostei demais do jogo. Depois, voltei a jogar o Lancashire e gostei tanto quanto o Birmingham. Hoje, Brass é um dos meus Euros favoritos de sempre.