sexta-feira, 24 de agosto de 2018

"Traquitanas" nos jogos de tabuleiro


Essa semana eu recebi o Noria, que os novos parceiros do Clube BG me enviaram, e logo a primeira impressão do jogo, é de como ele é lindo e cara, que "tranquitana" bacana que a designer inventou para a escolha das ações do jogo, e aí eu tive a ideia de escrever um pouco mais sobre como determinados elementos podem fazer com que seu jogo ganhe notoriedade.

E não estou aqui falando de jogos/brinquedos, como Pinote e seu burrico que dá coice, ou Pula Macaco, com sua árvore onde os macaquinhos são arremessados para ficarem pendurados, falo dos jogos em que essas engenhocas são complementos dos jogos e não seu "core". 

A engenhoca para escolher as ações do Noria.

Acho que a minha primeira lembrança da minha relação com jogos de tabuleiro, vem justamente por conta de uma engenhoca do Mouse Trap que a gente montava e que em determinado momento do jogo era acionada e fazia com que o seu ratinho fosse preso, aquilo era o máximo e lembro vividamente de adorar montar a parada para as partidas.

De lá pra cá, muita coisa mudou, tivemos o adventos dos jogos modernos e como o caso do Noria, muitos outros antes dele, ganharam algum destaque pela implementação, as vezes desnecessária, de uma traquitana dentro do jogo.

Khet, que usa laser e reflexos para funcionar.

Na minha história pós-Catan, o primeiro que eu lembro é o Wallenstein, de 2002, que trouxe a torre de cubos, depois utilizada no Shogun e mais tarde no Amerigo.

Essa torre tem uma funcionalidade dentro do jogo que é saber quais e quantos cubos vão aparecer, e funciona muito bem e a princípio não vejo como poderia ser substituído, diferente da pirâmide do Camel Up, que também teve todo o buzz quando foi lançado fazendo o jogo um sucesso, e poderia muito bem ser um saquinho e talvez o jogo não chegasse onde chegou.
Alguns elementos interagem diretamente com o jogo, como a engrenagem maneirona do Tzolkin ou não só afetam como são o jogo, como o caso do Khet, um jogo baseado em espelhos e laser.

 Os três andares do palácio de Naboo no Queen's Gambit,
bonitão, mas precisava de tudo isso?

Outros tem mais apelo visual do que propriamente afetam o jogo em si, e poderiam ser resolvidos de outra forma, muitas vezes mais barata para o consumidor final, como o Queen's Gambit, um dos grandes tesouros para os colecionadores de jogos ou mais recentemente da maldita (em todos os sentidos) "miniatura" do Cthulhu : Death May Die que mede quase 60cm de altura e vai servir como "tabuleiro" de algum cenário do jogo e fez com o jogo alcançasse cifras de mais de dois milhões de dólares.

Fato é que toda vez que um jogo com alguma traquitana é apresentado, dificilmente os nossos olhinhos não deixem de brilhar, pois somos assim, fascinados por novidades e se elas tem apelos visuais ou parecem engenhocas com certeza vão ganhar nossa atenção (e possivelmente nosso rico dinheirinho).

As lindas engrenagens do Tzolkin.

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