Paris

Criado por duas das maiores mentes dos jogos de tabuleiro, os grandes Wolfgang Kramer e Michael Kiesling, em Paris somos investidores imobiliários no início do século XX pegando carona nas transformações que fizeram da "cidade luz" uma das mais belas do mundo.

Logo de cara já temos um tabuleiro central que faz jus ao tema, é LINDO, dividido em seis distritos e com uma miniaturinha em 3D do Arco do Triunfo, nesse tabuleiro temos também uma trilha de bônus e a trilha de pontuação.

Cada jogador vai receber um "screen" para guardarmos as nossas chaves e moedas, além disso preparamos pilhas de edifícios que irão para o tabuleiro central e são o coração do jogo.

Você usa suas chaves para conseguir dinheiro nos
Bancos para depois comprar os edifícios.

A partida de Paris se desenvolve durante muitas rodadas, o jogador da vez executa os seguintes passos : pega um dos edifícios e coloca no distrito correspondente, depois disso ele pode realizar uma ação que é colocar uma das suas chaves no Arco do Triunfo ou em um dos Bancos existentes nos distritos ou pegar uma dessas chaves previamente colocadas e comprar um dos edifícios.

O lance com os edifícios é que em cada distrito existem seis deles com preços que variam de 1 a 8, em cada um inicialmente existem tiles que o primeiro comprador dele leva, além de poderem te dar tiles bônus ou pontos.

Ao ir comprando os edifícios, você aumenta
sua influência e isso pode lhe render pontos.

Mas quanto maior a sua soma de valores em edifícios, maior o seu controle naquele distrito, e isso é o controle de área que a gente espera em qualquer jogo dessa dupla, pois uma vez que é colocada a quarta chave em algum dos distritos o jogador que colocou essa chave, pega uma das plaquinhas de pontuação para colocar em qualquer distrito do tabuleiro, e à partir daquele momento, o distrito passa a ter uma pontuação de final de jogo baseado nessa soma de prédios.

Além dos edifícios, ainda temos os monumentos que podem ser adicionados aos distritos, e tem cotações mais altas para o controle de área, além de darem pontos bastante bons durante a partida e os tiles bônus que ajudam (muito) durante o jogo, pois com uma ação por rodada, o jogo é muito de cobertor curto.

A trilha de bônus te garante tiles que ajudam
muito no decorrer da partida.

A partida se desenrola até que as pilhas de edifícios acaba, então os jogadores começam a pegar os tiles de bandeira que vão indicar o momento em que o jogo acaba, pois quando ela se acaba, cada jogador terá mais um turno e se dá o início da contagem de pontos.

Todos os distritos com placas de pontos são avaliados, os tiles de final do jogo garantem mais alguns pontinhos o jogador mais à frente na trilha de pontuação é o vencedor.

Paris é tudo que se espera da dupla Kramer/Kiesling, um jogo enxuto em regras e brilhante no seus desenvolvimento, é impressionante como esses dois fazem jogos tão bons e esse acabou sendo meu jogo preferido em 2020 e para os brasileiros, ele já está em pré-venda nas lojas sendo trazido pela Grok Editora, então garanta o seu que vale MUITO à pena.

Além de excelente, é um jogo com uma produção
absurdamente linda.

 

Paris: La Cité de la Lumière

Lançado recentemente pela Devir, Paris: La Cité de la Lumière é um jogo para duas pessoas em que os jogadores irão aproveitar a chegada da energia elétrica na "cidade luz" para construir seus prédios próximo aos postes e assim chamar maior atenção dos visitantes.

Uma vez que cada jogador recebe seu kit de peças, composto por 8 tiles de ruas, seus 4 discos de ação e suas chaminés, sorteiam-se oito cartões postais para a partida (esses cartões são efeitos que acontecerão durante o jogo) e a partida pode ser iniciada.

O jogo funciona em duas fases distintas, na primeira fase, os jogadores se alternam em turnos onde podem realizar uma entre duas ações possíveis, que são colocar um dos seus tiles no tabuleiro ou pegar um dos prédios que serão construídos posteriormente.

 Na primeira fase você vai preparar as ruas
de Paris para os prédios que vão chegar.

O lance dos tiles é que eles são divididos em quatro espaços cada, que podem ser da cor do jogador, da cor do adversário, uma cor neutra ou ter um espaço com um poste de luz e a sacada é tentar colocar espaços que sejam úteis para você na hora de construir os prédios, que tem formatos diferentes (sabe as pecinhas tipo Tetris? isso aí) e quanto maior elas forem, mais pontos podem render para você.

Uma vez que os dois jogadores tenham colocado todos seus tiles e estão satisfeitos com os prédios que pegaram começa a segunda fase onde os jogadores também alternam turnos que podem fazer uma entre duas ações, que são, colocar um dos prédios escolhidos anteriormente ou colocar um dos seus discos de ação em um dos cartões postais e realizar a ação escolhida.

O lance da construção aqui é que você precisa que o seu prédio seja muito iluminado, e só pode construir em espaços da sua própria cor ou em espaços neutros.

 Os prédios tem formatos complicados, então preparar
as ruas de forma a conseguir encaixá-los é fundamental.

Já os cartões postais tem os mais diversos tipos de efeitos, como construir em cima de postes, colocar um chafariz que dará pontos à mais, ou um busto de uma personalidade importante que dará pontos pelos espaços vazios no seu entorno.

Uma vez que os jogadores não consigam mais colocar nenhum prédio e os postais tiverem todos sido usados, o jogo termina e os jogadores contam seus pontos multiplicando o número de casas de cada prédio pelos postes que estejam adjacentes a eles, além de pontos pelo seu maior conjunto de prédios vizinhos, além de possíveis pontos pelos cartões postais e perdendo pontos pelos prédios não construídos.

A Devir tem se notificado ultimamente por trazer jogos que não estão muito no radar e acabam por serem agradáveis surpresas, e o Paris: La Cité de la Lumière é um excelente exemplo, pois é um jogo com bastante observação e estratégia, com regras super simples e rapidinho de jogar.

Quanto mais postes de luz seus prédios tocarem, mais
pontos você ganha ao final da partida.