Final do século XV e a Península Itálica está fervendo com brigas entre as famílias mais poderosas que buscam cada vez mais influência dentro da Igreja Católica e também buscam destaque nas artes financiando mestres que serão importantes para sempre, esse é o cenário de Virtù.
O jogo tem num tabuleiro central o mapa da Itália, cada um dos jogadores vai ficar responsável por uma das cinco proeminentes famílias que estão tentando subir ao poder, mas dependendo do número de jogadores apenas algumas podem ser jogadas.
Definidas as famílias cada jogador recebe seu tabuleiro pessoal chamado de Palácio, recebe também três familiares iniciais e duas cidades daquela família onde colocaremos no mapa principal os nossos marcadores e também exércitos iniciais.
A mecânica principal em Virtù é o rondel de ações no nosso Palácio, inicialmente com 5 espaço vagos temos como setup a possibilidade de alocarmos as nossas três primeiras cartas de família.
Além dos espaços principais temos disponíveis três espaços cortigianos, onde vamos colocar outras cartas e que vão nos servir (muito) durante as ações.
No jogo temos 6 ações básicas, na primeira rodada (primavera) colocamos de fora o marcador de ação, mas à partir da segunda primavera só podemos avançar com o marcador uma ou duas casas (sem custo).
As ações são Governar, onde você gasta recursos para tornar disponíveis peças de recursos que tiverem sido utilizadas, Patrocinar, usada para conseguir avançar na trilha de mecenato, Comercializa, para ganhar florins com rotas marítimas, Anexa, que te faz ganhar novas cidades "parlando con la gente", Guerrear, que cria cercos nas cidades que não foram convencidas no papo e precisarão ser atacadas antes do inverno e Conspirar, que ajuda nas conversas e pode atrapalhar o desenvolvimento das outras famílias.
Para tudo isso precisamos de recursos, e esse recursos vem pelas cartas de personagens e pelas peças de cidades e títulos e os jogadores não guardam recursos (somente florins) eles viram as cartas e usam o que precisam e depois precisam fazer com que fiquem disponíveis novamente.
O grande lance em Virtù é fazer com que o rondel de ações funcione a seu favor da melhor forma possível, como disse anteriormente são 5 espaços de ação já disponíveis, mas o jogo tem 6 ações possíveis, então logo de início você precisa ver no Palácio da sua família qual a ação que está faltando e se você vai focar em arrumar essa situação ou tentar tirar vantagem do que já tem pronto.
Outra coisa importante é saber colocar as cartas, você começa com três duas com ações e uma que vai servir de melhoria para uma ação fixa ou se vai ficar nos espaços cortigianos para servir de recursos.
Colocar uma melhoria no Palácio é uma boa pois você não exaure a carta quando usa, mas também só vai poder usar os recursos que ela proporciona na hora de fazer a ação, mas deixando em um espaço cortigiano você usa os recursos sempre que estiverem disponíveis, saber o momento certo de rearrumar sua corte é crucial.
Esse momento vem depois da fase de ações (a primavera), uma vez que cada um dos jogadores realiza uma ação temos o inverno onde vamos pagar salários para os exércitos, reorganizamos as cartas do palácio, compramos novas cartas e títulos, recrutamos novas tropas e podemos formar alianças.
Boa parte do jogo você fica tentando otimizar ao máximo o que fazer com seus recursos, sempre de olho em algum amiguinho que esteja de olho em alguma cidade sua e também tentando pensar em uma estratégia baseada no progresso do seu rondel, sabendo que uma vez feita uma determinada ação para voltar nela você vai precisar de pelo menos duas primaveras (à menos que você comece a gastar para andar mais, e florins são bem escassos).
O jogo rola até que todas as cidades tenham sido controladas, alguém tenha chegado ao final da trilha de cidades ou alguém tenha chegado ao final da trilha de mecenato, em qualquer desses casos o ano termina, somam-se os pontos e quem tiver a maior pontuação é o vencedor.
Virtù é um eurozão pesado, daqueles que você fica em pé jogando (os cascudos sabem do que eu tô falando), tudo é muito escasso e com uma ação por rodada é bem tenso você tentar se programar o tempo todo, aliado a isso temos um mapa apertado onde todo mundo quer alguma cidade pra tentar dar uma melhorada nos seus recuros, então o que não falta é faca apontada para nossas costas e isso faz desse jogo um daqueles que você vai terminar de jogar e vai querer jogar de novo.
Um comentário:
Tá aí. Gostei. Aguçou minha curiosidade.
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