terça-feira, 29 de junho de 2021

RetroGames : Spider-Man, uma RetroSpectiva


Criado em 1962 por Stan Lee e Steve Ditko, o Homem-Aranha é um dos personagens mais icônicos e queridos da Marvel e muitas coisas já levaram a sua marca e claro que os jogos eletrônicos não ficariam de fora do alcance do "amigão da vizinhança".

Desde a sua primeira aparição para o Atari 2600 em 1982 até o mais recente título para PS4/PS5 com o Marvel's Spider-Man : Miles Morales em 2020 já são mais de 30 jogos ou participações em jogos de franqueados da Marvel e com certeza alguns dos seus títulos são inesquecíveis.

O já citado para o Atari 2600 foi o primeiro com personagens da Marvel a ganhar um jogo de video-game e mesmo com as limitações do console ele era bem divertido para época e lembro que era um dos títulos que eu aluguei algumas vezes na locadora.

Questprobe featuring Spider-Man (1984) um curioso
adventure game do "cabeça de teia".

Em 1984 os consoles Apple II e Commodore 64 receberam o Questprobe featuring Spider-Man, uma versão em adventure de texto, muito comum para essas plataformas, onde a aventura era estática e tudo se desenvolvia através de linhas de comando para tentar resolver os enigmas do jogo.

Conforme as plataformas foram melhorando o desempenho, os jogos também começaram a ganhar mais qualidade, mas uma coisa que ficou marcada para os jogos do teioso nas gerações do SNES e Mega Drive foram os jogos com uma pegada mais de bater os inimigos.

Dessa geração o jogo com maior destaque ficou por conta do divertido Spider-Man and Venom: Maximum Carnage para o SNES onde os dois personagens rodam por Nova Iorque atrás dos vilões comandados pelo Carnificina.

As versões para SNES/Mega Drive sempre no
estilo beat'em up.

Mas é com a chegada do Playstation que o "cabeça de teia" começa a ter jogos memoráveis. O Spider-Man (2000) foi a sua primeira versão em 64bits e aquela visualização em terceira pessoa, além de ter um enredo muito bom, puzzles para serem resolvidos e uns chefões de fase bem legais.

Nos anos (e gerações) seguintes o Homem-Aranha recebeu adaptações dos filmes e alguns jogos interessantes como o Shattered Dimensions (2010) para o PS3/Wii/XBox360 onde o jogador passa por várias fases do personagem no quadrinho como a versão Noir e a versão 2099.

Mas foi em 2018 com o jogo para o PS4 que "com grandes poderes trazem grandes responsabilidades" e o console mais poderoso da geração colocou exclusivo para ele o melhor jogo do Homem-Aranha já criado até agora.

A versão para Playstation de 2000 é sem dúvida
TOP3 entre as quase 40 participações do "teioso".

Em Marvel's Spider-Man além de seguir o roteiro do jogo, eu duvido que você não gaste algum tempo só balançando pra lá e pra cá numa Nova Iorque visualmente perfeita, fora que a jogabilidade aqui é de cair o queixo.

Nesses quase 40 anos de vida do Homem-Aranha ele já esteve em mais de 15 consoles diferentes, desde os portáteis e celulares até os Arcades, fato é que o "teioso" é um daqueles personagens que mesmo não sendo o foco principal (como em alguns jogos tipo LEGO) ele acaba sendo um dos preferidos sempre, o que faz com que as desenvolvedoras sempre voltem à ele e a gente pode ter certeza que não importa a geração o "amigão da vizinhança" dará as caras para mais um joguinho divertido.

Em Marvel's Spider Man de 2018 o personagem atingiu
outro patamar em um jogo perfeito.
 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

ToteMonstros


No topo da montanha há um lugar maravilhoso para que sua tribo possa se estabelecer, um espaço lindo, fértil ideal para que a vida prospere, o único problema é que outras tribos também acham isso então o topo da montanha vai ser um cenário de batalhas para ver quem vai se assentar por lá.

Com essa premissa ToteMonstros dos amigos Daniel Martins e Leandro Pinto, faz com que cada jogador tome partido de uma das quatro tribos (os Goblins, os Diabretes, os Gnomos ou os Kobolds) e precise usar toda sua destreza para derrotar os adversários para ser a tribo que irá usufruir do espaço no topo da montanha.

ToteMonstros é um jogo de petelecos em dados, é assim que você vai resolver as batalhas e derrotar seus oponentes.

As tribos se enfrentam pelo controle
do topo da montanha.

Um tabuleiro modular é montado no início da partida com espaços neutros, espaços que começam com dados da sua tribo e existem também rochas (dados neutros) que são colocados no setup do jogo, cada tribo recebe então cinco cartas correspondentes aos dados dos seus guerreiros (são 3 recrutas, 1 furtivo e 1 brucutu).

A rodada funciona da seguinte maneira, o jogador da vez tem 3 pontos de ação para serem gastos em movimentação, invocação ou ataque.

A movimentação é importante para você andar com seus dados pelo tabuleiro e principalmente para prepará-los para os ataques, uma vez que você só pode atacar um oponente à partir de uma torre, que é um dado em cima de outro dado (seja um guerreiro ou uma rocha).

O lance é mirar e tentar acertar o
dado da tribo oponente.

As invocações servem para trazer novos dados para o topo da montanha, eles sempre aparecerão nos espaços indicados da sua tribo e ficarão disponíveis para serem usados para atacarem os adversários.

Agora a parte mais divertida do ToteMonstros são os ataques, que basicamente é mirar no dadinho do adversário à partir de uma torre e dar um peteleco de forma a fazer com que eles se encostem.

Acontecendo isso o dado adversário sofre um dano, se o dado for acima do poder inicial dele aquele dado fica fora de combate e o jogador adversário fica com um dado à menos.

Outra forma de diminuir as fileiras dos adversários é empurrando um dos seus oponentes para fora do tabuleiro, dessa forma é como se o dado tivesse sido jogado da borda do topo da montanha para encontrar uma terrível morte.

Depois de tomar todo seu dado ou ser jogado
para fora da montanha, você perde aquele dado.

Uma coisa legal do ToteMonstros é que cada face dos dados tem poderes especiais que são ativados ao final da fase de combate pelo dado que realizou o ataque e esse poderes servem para tentar acelerar o fim do jogo movendo dados, se esquivando, atordoando enfim uma série de ações para dar uma dinâmica legal aos dadinhos.

Quando uma das tribos se vê sozinha no topo da montanha, isto é, derrotou todos os outros adversários, ela é considerada a vencedora e o jogo termina.

ToteMonstros é um jogo muito bacana, jogos de petelecos tendem a ter partidas com alto nível de risadas e se você ainda precisa mirar no outros amiguinhos tem sempre a chance de haverem muitas implicâncias no decorrer do jogo, o que só colabora para cada partida seja bem divertidas.

Aqui o problema da produção não é muito sentido,
os dados são de boa qualidade e tranquilos de petelecar.
 

segunda-feira, 14 de junho de 2021

RetroGames : MediEvil


Estamos em 1826 e o temível mago Zarok quer dominar o reino de Gallowmere com sua horda de guerreiros mortos-vivos e as lendas contam que Sir Daniel Fortesque liderará as tropas do Rei até a vitória quando cairá morto para se tornar um herói, mas ele morre logo na primeira flechada em seu olho.

100 anos depois da batalha onde Sir Daniel tomba Zarok retorna lançando uma magia que deixará Gallowmere em uma noite eterna, mas ao reviver sua horda de mortos-vivos acaba também revivendo nosso pretenso herói que finalmente terá a oportunidade de mostrar que a lenda sobre seu nome não era só historinha.

Sir Daniel na luta contra a horda criada
pelo mago Zarok.

MediEvil foi lançado para o primeiro Playstation em 1998 e nele vamos nos aventurar com Sir Daniel que depois de 100 anos morto agora é uma pilha de ossos, e com ele nos aventuramos pelos cenários em Gallowmere para encontrar e derrotar Zarok e devolver a paz ao reino.

Um dos grandes baratos do jogo já começa pelo protagonista, um herói esqueleto que quando não tem uma arma apropriada retira o próprio braço para usar como defesa.

O jogo usa visão em terceira pessoa e tem cenários e situações muito divertidas que lembram muito a estética dos filmes do Tim Burton, inclusive na trilha sonora criada pela dupla Bob & Barn com nítidas influências do grande Danny Elfman (parceiro constante do Burton).

Em MediEvil II o jogo avança 500 anos
mas Sir Daniel não envelheceu nada.

Apesar de gostar muito de jogar eu nunca tive muita paciência para zerar os jogos, mas o MediEvil foi um dos que eu fiz questão de ir até o final, foi o jogo que me fez fã do Playstation e fez com que eu assumisse o console da Sony como meu preferido nos anos seguintes (já estou no PS4 tendo passado por todas as gerações deles).

MediEvil teve uma continuação em 2000 onde 500 anos depois do seu merecido descanso Sir Daniel seja revivido em uma Londres Vitoriana para tentar derrotar os planos de Lord Palethorn e do terrível Jack, o Estripador de reviver os mortos.

Nessa segunda aventura além do personagem principal temos a ajuda da múmia Kyia por quem Sir Daniel acaba se apaixonando e o grande barato desse jogo é que podemos "andar" com a mãozinha herói, que vai ser útil para entrar em lugares apertados e resolver alguns probleminhas durante o jogo.

O remaster de 2019 para o PS4, apesar de não
trazer muita novidade está com os gráficos lindos.

Em 2019 o jogo recebeu um remake caprichado para o PS4 com gráficos muito melhorados e algumas atualizações em relação ao original, mas a crítica não recebeu ele muito bem por achar sua jogabilidade datada mas apesar disso tudo para os fãs (como eu) foi muito legal reencontrar Sir Daniel com gráficos melhorados.


sexta-feira, 11 de junho de 2021

Herdeiros do Khan


O grande Gengis Khan está envelhecendo e um novo líder precisa ser escolhido e para ser o próximo líder você vai precisar viajar pela Ásia conquistando cidade e enviando presentes ao conselho para assim garantir votos suficientes para se tornar o mais influente entre os Herdeiros do Khan.

Esse é um jogo criado pelos amigos Lucas Ribeiro e Rodrigo Rego onde os jogadores serão candidatos ao posto de líder do povo Mongol, inicialmente cada jogador escolherá um dos personagens (com poderes diferentes) e receberá além do seu tabuleiro individual os marcadores de yurts, que são a forma de mostrar presença dentro do tabuleiro central.

No tabuleiro central temos três grandes áreas e em cada uma dessas áreas temos 3 cidades à serem conquistadas pelos jogadores e que terão fichas bônus para o primeiro jogador a conquistá-la, além disso vamos colocar as peças de melhorias de ações e as peças de tributo e também deixamos abertas demandas que vão dar votos a quem cumprí-las.

Você vai as cidades pegando os tesouros
para presentear os membros do conselho.

A rodada de Herdeiros do Khan funciona da seguinte forma, o jogador da vez escolhe uma das quatro colunas de ação, coloca sua ficha de ativação e realiza todas as ações possíveis daquela coluna, deixando ela desabilitada até que haja uma ação para recuperar as fichas de ativação.

As ações são simples, você pode mover pelo tabuleiro, pegar peças de tributo e usar o poder do Khan (única ação obrigatória caso seja ativada), além disso temos as ações extras que são atacar as cidades para conseguir tesouros, construir yurts que ajudam no controle de área do fim do jogo mas são também importantes pois diminuem o caminho dos jogadores, entregar os presentes aos conselheiros e cumprir demandas para ganhar votos e comprar melhorias para as colunas de ação.

Pra mim uma das grandes sacadas do Herdeiros do Khan está nas ações, são quatro colunas que inicialmente tem suas ações já pré-definidas, mas conforme o jogo avança você compra novas fichas e vai fazendo com que as colunas fiquem cada vez melhores e te ajudam e ter mais ações a cada rodada, então é muito importante que você consiga essas melhorias para não ficar para trás.

As colunas de ações vão melhorando conforme
você compra os upgrades, isso ajuda muito no jogo.

Outra coisa que os jogadores precisam ficar muito ligados é na progressão de votos, o jogo vai acabar quando um número de votos é atingido (dependendo da quantidade de jogadores), então ou você fica ligado nisso, ou as chances de você não conseguir ganhar o jogo é grande.

Então uma vez que a quantidade de votos é alcançada termina-se a rodada atual e mais uma rodada é efetuada e o jogo termina, é feito uma contagem de pontos baseado na influência sobre as três regiões no tabuleiro e votos são dados pelas cartas de conselho secretas e quem tiver a maior votação é o vencedor.

Eu acompanhei muitas "vidas" do Khan e fico muito feliz dessa versão final ser um jogo tão interessante e inteligente, apesar de ter saído com uma qualidade abaixo do que o jogo merecia, ele chega ao mercado num preço super acessível e com uma distribuição muito melhor do que a maioria dos outros lançamentos e eu torço muito pelo sucesso do jogo que já tem por aí kits de peças mais condizentes com a qualidade dele.

O lance é tentar espalhar yurts para facilitar durante
o jogo e para dar votos ao final dele.
 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

RetroGames : Knightmare


Quando eu era moleque, já possuidor de um TK-2000 na época, um dia fui a casa de um amiguinho e vi pela primeira vez um MSX, e foi paixão a primeira vista, lembro que quando eu cheguei estava rolando o cartucho do Hyper Olympic, mas o que realmente ganhou meu coração foi quando ele colocou o cartucho com Knightmare.

Neste jogo acompanhamos a saga de Popolon que tem sua amada Afrodite raptada e levada para o Castelo dos Pesadelos do Demônio dos Subterrâneos e precisamos percorrer um longo caminho cheio de perigos e monstros terríveis para resgatá-la.

Knightmare foi lançado em 1986 pela Konami e é basicamente um jogo de tiro rolando verticalmente e como é de costume nesse tipo de jogo conforme vamos avançando conseguimos novas armas e poderes especiais que nos ajudam na hora de enfrentarmos os chefões de fase.

Você vai avançando pela fase com o herói
Popolon ganhando poderes.

Vale dizer que os chefões do jogo são muito legais, são 8 no total que começa pela terrível Medusa e termina com Hudnos (uma espécie de monstro de muitos olhos) e todos tem suas peculiaridades para derrotá-los.

Outro destaque do jogo são suas musiquinhas, mas isso é uma das características dos jogos da Konami para o MSX (e outras plataformas), até a musiquinha do "game over" é legal e todas foram compostas por Miki Higashino.

Apesar do sucesso do jogo no MSX, ele não foi portado para nenhum videogame da geração 8bits, ficando apenas disponível para os computadores dessa família.

Durante as fases você tem que enfrentar umas
criaturas bem chatinhas.

Posteriormente o Knightmare teve duas outras continuações, a Maze of Galious (que chegou a ser portado para o Nintendinho) e a Shalom, mas ambos são bem diferentes do jogo original que acabou ganhando uma versão "gold" criada por programadores brasileiros que deram uma arrumada bem legal nos gráficos e principalmente na música.

Esse é um daqueles clássicos que mesmo depois de décadas, ainda é um dos primeiros que você lembra quando pega um emulador ou está numa conversa sobre os bons tempos dos joguinhos antigos.

Mas são os chefões que vão dar realmente

trabalho durante o jogo.




sexta-feira, 4 de junho de 2021

Prêmio Ludopedia 2020, esse ano com cara de Oscar!


Pelo segundo ano o Prêmio Ludopedia não pode acontecer presencialmente, mas dessa vez o pessoal do portal se virou bem e chamou o Rafael Studart do De Quem é a Vez? para fazer uma celebração digna do Oscar em uma transmissão ao vivo pelo youtube.

No último dia 31 de maio tivemos a premiação contando com a participação de vários amigos, além de vídeos de editoras parceiras durante uma live que teve picos de mais de 1100 pessoas acompanhando a transmissão, com o chat muito participativo bombando.

Nos premiados tivemos a edição de 20 anos do Tormenta, da Jambô Editora, levando o Prêmio de RPG tanto na categoria geral quanto na designer nacional, completando essa categoria a New Order levou o Prêmio de Suplemento de RPG com Chamado de Cthulhu - Através das Eras e a Devir com A Ilha Abandonada para o seu Bandeira do Elefante e da Arara.

A parada parecia saído do Multishow!

Para os pequenos tivemos o divertido Ice Cool da Conclave Ediotra levando tanto no voto do público quanto no voto do júri, enquanto e Ideia Jogos Pedagógicos levou nas duas categorias de Designer Nacional mas com dois jogos diferentes, o Foco Total (Jersey Juliano) e o Universo das Emoções (Juliana Negrão).

Quem brilhou na categoria Jogos Familiares foi o querido Robert Coelho com o seu Marvel : Comic Hunters da Bucaneiros Jogos, que levou o prêmio três vezes, voto do público e juri na categoria Designer Nacional e voto do juri da categoria principal, só perdeu no voto do público para o Azul : Pavilhão de Verão, da Galápagos Jogos.

O segundo maior vencedor da noite,
levando três prêmios.

Nos Experts unanimidade só de jogo nacional onde o Paper Dungeons do Leandro Pires, lançado pela Meeple BR, que levou tanto no voto do júri quanto na voto do público. Já entre os jogos importados o público escolheu o Gloomhaven da Galapagos Jogos enquanto a Meeple BR levou mais uma com o excelente Maracaibo com o voto do júri.

Nas categorias dos produtores de conteúdo deu a lógica, o Covil dos Jogos levou quatro prêmios depois de um 2020 onde eles estiveram presentes agitando a galera de várias formas diferentes, seja nos divertidos Prosa com entrevistas da galera, seja com textos dos colaboradores no site que foi todo reformulado, no Nordicast sempre editado com competência pelo querido Fabs ou agitando as mídias sociais com os torneios que foram organizados pelo Paulo e cia.

Donos da p#rr@ toda, o Covil faz por
merecer o seu enorme sucesso.

Eles só não levaram na categoria Audiovisual Infantil onde o ganhador foi o Romir Playhouse com seus vídeo de Jogos para Crianças.

No final foram mais de três horas de transmissão com muito mais acertos do que erros (quem não conferiu ao vivo pode ver aqui) o Studart teve aqui uma tarefa difícil de com menos de um mês organizar tudo e acho com o prazo que foi dado o saldo foi super positivo e fez um evento muito bacana e que pode ser piloto para outras iniciativas legais nesses tempos (ainda) de jogos à distância.

No final das contas, ficou um evento muito bacana
premiando quem foi destaque em 2020.
 

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Linha Premium de Jogos ESTRELA


Fundada em 1937, a Brinquedos Estrela é uma das editoras mais antigas de jogos e brinquedos em atividade no Brasil, sendo responsável por comercializar alguns dos maiores clássicos em jogos de tabuleiro como Detetive e Banco Imobiliário ela agora tenta entrar no mundo dos jogos modernos com a sua linha Premium.

Eu recebi os três primeiros jogos dessa linha, o Herdeiros do Khan (Lucas Ribeiro/Rodrigo Rego), ToteMonstros (Daniel Martins/Leandro Pinto) e o Navio Pirata (Beto Feres) e resolvi falar um pouco primeiro dessa iniciativa da marca e também do que esperar do material que cada caixa dessa nos apresenta e em breve falarei de cada jogo individualmente.

O Navio Pirata tem quase 200 cartas para serem
destacadas e um tabuleiro de papel cartão.

A primeira coisa que devemos ressaltar na iniciativa da Estrela é que esse jogos não estão sendo feitos para os colecionadores, é isso. A linha de jogos segue o padrão de qualidade que sempre foi característico da Estrela, que são componentes bem simples que vão desde a caixa em cartão corrugado, passando pelas cartas em que nós precisamos destacar e o manual em uma cor só.

O que inicialmente pode ser um balde de água fria para quem esperava que o "Premium" do título fosse passado para os componentes, principalmente para quem conhecia os jogos que já rodaram edições passadas do Diversão Offline sempre com bastante gente interessada.

O ToteMonstros tem bons dadinhos para serem
adesivados e hexágonos para o tabuleiro modular.

Mas a Estrela aqui tenta trazer para o mercado de massa aqui no Brasil (que se importa mais com o preço do que com a qualidade) os jogos com mecânicas mais elaboradas para vender em lojas de departamentos e produzido em quantidades que seriam impossíveis na qualidade que estamos acostumados a ver nos jogos europeus ou até mesmo as iniciativas de editoras nacionais.

Para vocês terem uma ideia do que estou falando, cada um desses três títulos terá uma tiragem inicial de 10 mil cópias, comparando com outros jogos a tiragem total do Die die DIE foi de 1200 cópias (via Catarse) ou alguns jogos que não chegam a 500 unidades no seu lançamento.

O público que a Estrela pretende atingir aqui é alguém que entra numa loja para comprar um presente, se depara com WAR e Banco Imobiliário e pensa em uma opção diferente, vendo capas como a do Khan e do ToteMonstros opta por um jogo diferente e leva pra casa uma nova experiência em jogos de tabuleiro.

O Herdeiros do Khan tem muitos componentes,
destaque para o tabuleiro muito bom.

Pensando como divulgador do hobby acho louvável essa empreitada de uma das mais conceituadas empresas de brinquedos do país, ainda mais por vermos que a sua maior rival já não está mais trazendo nada de novo em matéria de jogos modernos.

Como colecionador, fico triste de ter um jogo de pessoas queridas como o Daniel e o Rodrigo terem chegando ao mercado com uma qualidade aquém do que o jogo merece, mas sei que eles estão super felizes de verem seu "filhote" sendo comercializado, isso para o autor é realmente algo sem tamanho e merece todo o crédito.

Então a conclusão que eu chego é que a Estrela pode sim ter sucesso nessa empreitada, muito pelo nome e pela qualidade dos jogos apresentados, mas que ela poderia ter caprichado muito mais no resultado final apresentado.

É meio desanimador ter que destacar
quase 200 cartas (com muito cuidado).