quarta-feira, 28 de julho de 2021

TOP 3 : Carcassonne


Chegando em breve no Brasil a versão de 20 anos, Carcassonne vem através dos anos se firmando como um dos maiores jogos de tabuleiro de todos os tempos, e como praticamente todos os jogos de grande sucesso acabam ganhando versões diferentes com o tempo.

O Carcassonne hoje tem versões que vão desde jogos para os mais novinhos (Carcassonne Júnior) até as versões baseadas em franquias de sucesso (Carcassonne : Star Wars) e hoje eu vou elencar o meu TOP3 com as versões mais bacanas que eu já joguei.

Lançada em 2016 lá fora e chegando no Brasil no final de 2020 o Carcassonne : Amazonas traz umas novidades interessantes ao jogo, mas a passagem do Rio Amazonas cortando todo o jogo para mim é o grande diferencial dele.

O jogo tem uns tiles maiores com o rio, onde vamos avançando com os barquinhos dos jogadores, e essa "corridinha" vai rendendo pontos aos jogadores e faz com que a gente fique sempre ligado e tentando ganhar pontinhos por ali.

O Rio Amazonas passando pelo meio do jogo.

O segundo mais legal foi lançado em 2002 e foi o primeiro spin-off da franquia, o Carcassonne : Caçadores e Coletores é até hoje uma das versões mais legais e competitivas do jogo.

Nessa versão passada nos tempos das cavernas, os jogadores tem além dos tiles que são sorteados normalmente, tiles especiais que são ganhos ao se completar as florestas, além disso a disputa pelos rios e os animais ao final do jogo, torna o Caçadores e Coletores um jogo de muita marcação e muito mais apertado do que a versão original.


Um Carcassonne pré-histórico, bem disputado.

Mas o melhor Carcassonne entre todos é o The Castle, lançado em 2003 e infelizmente sem ter tido uma versão brasileira, esse é um jogo exclusivamente para dois e tem como coautor o grande Reiner Knizia.

Além do diferencial já citado de ser um jogo exclusivo para dois, ele ainda tem os muros do castelo que limitam a área de colocação dos tiles, além de tiles bônus que ficam na trilha de pontuação e que só são ganhos pelo primeiro que passar por lá gerando uma corrida de pontos maior do que nas outras versões.

O espaço limitado e a corridinha pelos bônus deixam
o The Castle mais competitivo.

Carcassonne é um jogo com um potencial gigante, tanto que volta e meia saem novas versões e expansões para o jogo base, e mesmo depois de mais de 20 anos de estrada ainda é um dos grandes jogos para se apresentar aos novos jogadores ou para desafiar os mais experientes.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

RetroGames : Tony Hawk's Pro Skater


Ainda extasiado pelas medalhas de prata do Kelvin Hoefler e da fofíssima Rayssa "Fadinha" Leal resolvi revisitar aquele que foi o ponto de partida de muitos skatistas da geração dos anos 90, o divertido Tony Hawk's Pro Skater que saiu originalmente para o Playstation 1.

No jogo assumimos a identidade de um skatista tentando fazer as manobras mais radicais para conseguir as pontuações mais altas e assim se tornar o melhor.

O lance é tentar fazer as manobras e ir
juntando pontinhos.

O jogo tem vários modos, mas os mais divertidos certamente são o modo carreira, onde precisamos juntar cinco objetivos em cada fase de dois minutos e o modo multiplayer em que você compete com seu amiguinho (aqui ainda sem modo online) podendo dar aquela zoada.

Tony Hawk's Pro Skater contava também com uma trilha sonora irada com bandas bem conhecidas da cena como Suicidal Tendencies e Dead Kennedys.

O jogo teve várias versões desde a lançada em 1999 tendo sempre boa receptividade entre os jogadores e contando com várias participações especiais de skatistas famosos e algumas curiosas "celebridades" como as Tartarugas Ninjas (no Pro Skater 5 do PS4 de 2015).

Para skatistas frustrados (como eu), era
a forma de conseguir dar as manobras.

A Neversoft foi responsável pelos primeiros anos de sucesso do jogo, que estampou o nome da desenvolvedora em 1999 até 2008 quando passou para as mãos da Robomodo e ficou lá até 2015, hoje a Vicarious Visions tem a franquia e lançou recentemente o remake do Pro Skater 1+2 para a geração atual de consoles com gráficos muito melhores e atingindo mais de um milhão de cópias vendidas nas primeiras semana de lançamento.

Tony Hawk's Pro Skater foi um divertido jogo que trouxe para as casas o mundo do skate, fazendo que a mulecada ficasse interessada pelo esporte e fazendo crescer ainda mais a paixão por ele que finalmente se transformou em esporte olímpico e trouxe medalhas para o Brasil em Tóquio.

Para a geração atual de consoles,
o remake está lindão.
 



quinta-feira, 22 de julho de 2021

Quatro Estações


Sua pequena cidade está passando por dificuldades financeiras, e os fazendeiros da região tem exatamente um ano para conseguir juntar uma grana para levantar novamente sua querida cidadezinha e em Quatro Estações do Edu Reis, você é um desses fazendeiros que espera ao final do ano ter colaborado e ter se destacado nessa empreitada.

O jogo se passa nas quatro estações do ano e em cada uma delas teremos uma três rodadas onde os jogadores se revezam em ações na carta aberta da estação ou em ações no tabuleiro que são realizadas com seus capatazes.

Na sua rodada você vai ter que obrigatoriamente escolher um dos espaços com as cartas da estação, ao escolher esse espaço você tem a oportunidade de comprar aquela carta para a sua fazenda, descartá-la para conseguir um benefício imediato ou utilizar a ação da feira naquela cor.

Abrimos cartas durante as estações para
formarmos nossa maquininha de pontos.

Quatro Estações é um jogo de maquininha de pontos, então para sua máquina funcionar você vai precisar das cartas na sua fazenda, então é importante que você pense bem na hora de ir nas cartas para que elas rodem bem com as previamente compradas.

A ação dos capatazes são ações livres, você tem dois capatazes disponíveis por estação e eles servem para ir à feira da cidade para realizar as ações de semear, criar, produzir e negociar, tendo três rodadas ao todo por estação precisamos usar com sabedoria os capatazes sabendo que em uma das rodadas só teremos a ação principal.

Uma coisa legal do jogo, são as horas extras atribuídas aos capatazes, sempre que eles forem realizar ações na feira você pode fazer uma ação de hora extra, mas isso vai te render uma ampulheta que no final da estação te tira pontos, então fique ligado no custo/benefício de ser exigente com seus funcionários.

No tabuleiro central tem as ações da feira,
o mercado e a trilha de tarefas.

O lance principal do jogo é saber trabalhar com a gestão dos recursos e a forma com que a sua maquininha de pontos vai tirar vantagem das suas ações pois sendo um jogo de cobertor curto, conseguir maximizar suas ações é primordial para conseguir boas pontuações.

Ao final da terceira rodada a estação termina e temos a Fase da Feira onde os jogadores receberão dinheiro pela quantidade de medalhas adquiridas e venda de produtos e perde dinheiro pelas horas extras gastas, ao final da quarta estação quem tiver mais pontos (obtidos pelo dinheiro no jogo) é o vencedor.

Quatro Estações é um jogo muito bacana, tem muito de observar a fazendinha do amigo e não deixar ele combar as cartas e obviamente não deixar passar as oportunidades para você fazer seus combinhos, é pra mim o melhor jogo (até agora) do Edu Reis e acho que vai fazer bastante sucesso nas mesas.

Conforme você vai comprando as cartas,
sua maquininha vai tomando forma.
 

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Red Cathedral


Durante o reinado do Czar Ivan, o Terrível, para celebrar suas conquistas ele mandou que fosse construído o templo que hoje é conhecido coma a Catedral de São Basílio e em Red Cathedral os jogadores serão grupos de arquitetos contratados para construir partes da catedral ganhando prestígio junto ao Czar.

O setup inicial conta com a arrumação das cartas que serão segmentos da catedral, além de um tabuleiro central onde existe um rondel com quatro áreas representando estações do ano e onde os jogadores irão para conseguir recursos e favores para ajudar durante a construção.

Além disso cada jogador tem seu tabuleiro individual onde temos o nosso inventário, os ornamentos para a catedral e onde colocamos os tiles de oficina conforme vamos coletando eles durante a partida.

O desenho da catedral é definido no início
do jogo e precisamos construí-la.

A partida de Red Cathedral consiste em várias rodadas onde os jogadores se revezam em turnos rápidos fazendo uma das três ações possíveis do jogo, que são : reivindicar um segmento da catedral, construir um segmento já reivindicado ou adquirir recursos.

Os segmentos da catedral são divididos em base, os meios e os telhadinhos e a forma com que a catedral será montada depende da quantidade de jogadores e da cartinha da planta de construção que foi sorteada no setup inicial do jogo.

Ao reivindicar um segmento da catedral você precisa primeiro ver se já não existe nenhuma bandeira de outro jogador e se o segmento é o mais próximo a base sem ter sido reivindicado, caso não haja você coloca uma bandeira sua e pega o tile de oficina que está na carta e leva para o seu tabuleiro e à partir desse momento você estará apto a construir esse segmento.

O mercado do jogo é um dos seus grandes
destaques, com um rondel "multi-uso".

Para construir você vai precisar de recursos e pra mim é aqui que o jogo brilha, o rondel de mercado no Red Cathedral é formado por 5 dados que foram previamente rolados durante o setup, ao escolher a ação de conseguir recursos você vai andar com esse dado a exatamente quantidade mostrada e vai pegar os recursos de onde ele parar, caso haja outros dados você multiplica a quantidade de dados pelo recurso, isto é, se você pegaria 2 tijolos com um dado caso haja outro dado você pega 4 tijolos.

Outra ação que você pode fazer é utilizar o poder de uma das quatro cartinhas de guilda que estão disponíveis e ajudam ao jogador a ganhar reconhecimento e/ou prestígio, conseguir levar recursos aos segmentos ou adquirir recursos.

E finalmente dependendo do dado que você escolheu, se por acaso você tem alguma oficina no seu tabuleiro que você tenha colocado na mesma cor do dado utilizado, você pode realizar aquela ação descrita.

Conforme vão sendo construídos os segmentos,
a catedral vai ganhando vida.

Uma vez que você tenha os recursos você precisa levá-los para os segmentos, e aqui o jogo tem aquela pegada de "cobertor curto" que eu particularmente gosto muito. Ao escolher a ação de construir você pode levar até 3 recursos para os segmentos que você reivindicou, caso você consiga já atender a todos os recursos desejados, você ganha os rublos e os pontos de reconhecimento por ter terminado aquele segmento.

Se você ainda puder, pode ornamentar esse segmento (ou outro que ainda não tenha sido ornamentado), essa ação possivelmente dará pontos de prestígio (dependendo dos recursos usados) e ajuda na disputa da pontuação de final de partida.


As guildas dão uma força para os jogadores

que vão utilizar o mercado.

O jogo prossegue até que o primeiro jogador consiga completar o seu 6º segmento de catedral, disparando assim o final do jogo, cada outro jogador terá mais um turno e partimos para a pontuação final onde os jogadores vão ganhar pontos de prestígio pelos recursos não usados e num "controle de área" de cada uma das colunas da catedral contando bandeiras e ornamentos, uma vez computado todos esses pontos, quem tiver o maior somatório é o vencedor.

Red Cathedral é um euro muito gostoso de jogar, tem elementos que eu gosto muito como o rondel e o controle de área, tudo isso numa duração bastante boa e pelo preço que chegou ao mercado nacional merece destaque (e um lugar na sua coleção).

segunda-feira, 12 de julho de 2021

The Legend of Zelda : Ocarina of Time


Lançado para o Nintendo 64 em 1998, The Legend of Zelda : Ocarina of Time é até hoje considerado por muitos um dos melhores jogos de videogames já feitos e certamente o melhor da franquia Zelda.

Nessa aventura acompanhamos o pequeno Link que precisa sair de sua pacata Hyrule e viajar no tempo para conseguir despertar os Sete Sábios e assim parar o terrível Ganondorf de pegar a Triforce, um objeto mágico que concede desejos a quem o possuir.

Acompanhamos o pequeno Link em sua
jornada pelo tempo.

Primeiro jogo da franquia a utilidade gráficos 3D graças ao poderoso processador 64-bits do Nintendo, o jogo realmente impressiona pelos cenários mas principalmente pela jogabilidade e pela história que acompanhamos com atenção nos detalhes.

Personagem de destaque no jogo, a ocarina é essencial durante a aventura do Link e nela podemos tocar 13 canções que são aprendidas e que servem para diversas coisas como nos teleportar.

Uma das coisas mais legais do jogo,
tocar a sua ocarina.

Escrito e produzido pelo lendário Shigeru Miyamoto, o jogo foi desenvolvido ao mesmo tempo de outro grande clássico do console, o Super Mario 64 e curiosamente algumas ideias que seriam usadas em um jogo foram parar no outro e vice-versa o jogo tornou-se um dos maiores sucessos de venda da Nindendo e à época do seu aniversário de 20 anos (em 2018) tinha contabilizado mais de 7,5M de cartuchos vendidos no mundo.

Em 2000 o jogo recebeu uma continuação, o Majora's Mask e depois portabilidades para o Nintendo 3DS, Wii e Game Cube, mas a versão para o N64 ainda é a mais lembrada e cultuada pelos jogadores que o transformaram num clássico atemporal.

Zelda e Link, dois dos personagens mais
amados dos video games.
 

sexta-feira, 9 de julho de 2021

A Ludus Luderia (não) pode acabar!!!!!


Hoje nas mídias sociais da Ludus Luderia, a querida Lucy fez um apelo a todos para ajudarem ao estabelecimento num momento em que eles estão na real eminência de fechar, você pode achar que é só mais uma loja que sucumbe aos efeitos da pandemia e de um desgoverno que deu quase nada para que as pequenas e médias empresas se segurassem, mas vou tentar explicar um pouco da importância da Ludus e talvez você mude de opinião.

Em 2007 quando foi inaugurada, aqui no Brasil não tínhamos praticamente NADA voltado aos jogos de tabuleiro, eles foram os pioneiros e por causa deles muitas outras iniciativas começaram a aparecer sendo um dos reflexos diretos batendo aqui no Rio com o início do Castelo das Peças e até mesmo com o começo do E aí, tem Jogo?.

A primeira vez a gente nunca esquece,
a minha foi em 2009 (com Warny e Fel).

De lá pra cá a Ludus cresceu, virou referência e cunhou o nome "luderia" trazendo não só novos jogadores ao hobby como consolidando editoras, sendo parceiras dos eventos e sempre recebendo a todos com um enorme carinho.

Vê-los chegar nesse ponto me entristece muito e o máximo que eu posso fazer é tentar tocar o coração de vocês (e até mesmo dos donos de editoras) para que possam colaborar com a Lucy e toda sua equipe nesse momento tão difícil.

Já que praticamente ninguém está recebendo a ajuda que deveria de quem foi colocado no poder para ajudá-los (e aqui falo não só das empresas, mas também das pessoas que estão com seus empregos ameaçados e famílias que perderam pessoas pelo descaso), acho que está na hora de nos unirmos para ajudar a nossa casa de jogos em São Paulo.

Vamos torcer pra que a casa volte a ficar assim, cheia!

Quem quiser (e puder) a Ludus criou uma vaquinha virtual na plataforma Abacashi — https://abacashi.com/p/amigos-da-ludus — e também fazendo um PIX para
amigosludus@luderia.com.br

Vamos ajudar agora dessa forma, para quem sabe daqui a alguns meses possamos estar todos comemorando juntos à volta das jogatinas, dos eventos e dos encontros nesse que é um dos lugares mais legais (e pra mim, o mais especial) de jogos de todos.

Sempre que vou a SP, é um lugar
obrigatório pra levar a família!

quinta-feira, 8 de julho de 2021

É Top!?


Criado pelos queridos amigos Rodrigo Rego e Leandro Pires, É Top!? recém lançado pela Grok/Mandala Jogos é um jogo de trivia mas com uma pegada de blefe bem interessante e diferente.

Temos na caixa 100 cartas com uma categoria como "Pintores Com Obras Mais Caras" e atrás dessa cartas temos o TOP10 dessa categoria, só que ninguém tem acesso a ele ainda.

A partir do primeiro jogar você pode passar (e não participar mais dessa rodada) ou dizer um item que estaria nessa categoria e é aqui que o jogo tem esse twist do blefe.

Uma categoria é aberta, e todos precisam
ir dizendo algum elemento do TOP10 dela.

Como ninguém sabe as respostas os outros jogadores podem assumir que a resposta dada está no TOP10 ou então dizer que aquela resposta "não é top!", nesse caso o jogador que duvidou pega a carta e olha a lista, se o nome dado estiver na carta aquele jogador perde uma das suas 4 vidas e sai da rodada mas se o nome não estiver aí então o jogador que duvidou ganha a rodada.

A grande graça no É Top!? é que foram escolhidas categorias com curiosidades que não são triviais, não vou dar spoiler da caixa do jogo, mas na versão digital (que tem categorias diferentes) existem umas como "Quais músicas dos Beatles são mais tocadas em streaming" ou "Aves que produzem mais ovos para consumo humano".

Se algum jogador duvidar, as respostas são
olhadas e você pode ser dar bem (ou não).

O jogo prossegue até que apenas um jogador esteja vivo, ou seja, não tenha sido eliminado depois de perder suas quatro vidas ou se algum jogador conseguir quatro cartas.

É Top!? é um daqueles jogos que vão rolar 3 ou 4 partidas direto e você nem vai sentir o tempo passar, ele comporta até 10 jogadores e obviamente os mesões são sempre mais legais nesse tipo de jogo e já pensando em que talvez 100 cartas sejam pouco a Grok/Mandala já está trabalhando em duas novas caixinhas que estão sendo desenvolvidas pelos autores.

A produção dele está ótima e o preço
excelente, então vale pra ter e dar de presente!
 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

TOP3 : Trilogia Kramer/Kiesling


Parece preguiçoso fazer um TOP3 de uma série de 3 jogos, mas é que sempre que eu posto alguma coisa falando de um dos três títulos SEMPRE alguém pergunta "qual o melhor?".

Pra dar um panorama, os três jogos são quase um manual de como fazer jogos de controle de área além de terem em comum a utilização de pontos de ação durante o turno dos jogadores.

Na sua primeira versão, as caixas e suas "máscaras"
que deram a alcunha à trilogia.

Lançados inicialmente entre 1999 a 2002 eram conhecidos como "trilogia das máscaras" devido às capas das primeiras edições, mass versões que chegaram no Brasil pela Conclave já são suas reedições que ganharam além de uma repaginada gráfica absurdamente boa os três jogos passam agora a serem localizados nas Américas, trazendo para Cuzco o segundo jogo antes chamado Java.

Então para facilitar a vida dos leitores resolvi fazer essa lista elencando a minha ordem de preferência para esses três jogos excelentes da dupla Wolfgang Kramer e Michael Kiesling.

No Mexica temos uma forma interessante de controle de área para os jogadores, aqui vamos usar canais para cercar determinadas áreas do tabuleiro formando distritos que darão pontos aos jogadores.

Mexica é dos três o jogo que fica mais "apertado"
mas deixa um visual lindo no final da partida.

Além dos distritos os jogadores também marcam ponto com os templos e ao diferente dos outros dois jogos da série, aqui você sempre vai realizar as ações com um meeple só no tabuleiro que vai precisar ficar andando pra lá e pra cá para fazer as construções.

Já em Cuzco os autores resolveram subir os Andes trazer seus diversos platôs e aqui os jogadores além do controle territorial plano, também precisam crescer o tabuleiro verticalmente para assim conseguir construir os templos.

Cuzco ganhou uma repaginada e uma mudança
de "CEP" nessa nova versão.

O barato no Cuzco é essa corridinha, pois apenas o meeple na posição mais alta do terreno pode construir o templo nos espaços de cidade, então gastar sabiamente os pontos de ação para conseguir subir o terreno e fazer a construção é primordial.

Mas o melhor de todos para mim é o Tikal, tendo sido o primeiro dos três a ser lançado ele é ainda hoje uma referência em jogos de controle de área, sendo apontando por muitos como o melhor de todos os tempos (eu ainda prefiro o El Grande, mas ele fica em segundo).

No Tikal temos o tabuleiro mais enxuto dos três, são apenas 36 espaços que serão preenchidos com hexágonos que mostram bases onde serão erguidos os templos, ruínas que recebem artefatos, clareiras onde montamos nossos acampamentos e os vulcões que servem de "trigger" de pontuação e atrapalham a vida dos trabalhadores.

Todo turno é pensado de forma milimétrica, pois apesar de ser o jogo com mais pontos de ação disponível e o que tem menos ações à serem feitas, é o que tem a maior sensação de que não temos pontos o suficientes para o que queremos fazer, então é muito comum você pensar e repensar o turno muitas vezes fazendo dele o mais "cabeçudo" dos três.

A produção dada às novas versões fazem
deles "upgrade" quase obrigatório.

Aliás, a sensação de "cobertor curto" é exatamente um dos grandes charmes da trilogia. Todos são jogos onde você tem opções, quer fazer um monte de coisas e acaba esbarrando na falta de pontos de ação, e também não pode começar uma parada pra terminar no outro turno pois periga algum amiguinho aproveitar a oportunidade deixada.

Esses três jogos são obras-primas de mecânicas e desenvolvimento e é impressionante que mesmo com muitas similaridades as suas diferenças façam com que você tenha vontade não só de jogar os três como de tê-los em sua coleção e isso é total mérito dos designers, os grandes Wolfgang Kramer e Michael Kiesling.

O Tikal continua hoje, quase 20 anos depois
uma referência em controle de área.